Um dia após meu suicídio.

By Vavaschin

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[CONCLUÍDA] " Conseguia sentir meu corpo sendo apertado sobre seu colo, o choro de tristeza do rapaz fez com... More

Cap. 1 - Um recomeço...
Cap. 2 - Os olhos de tempestades
Cap. 3 - "conheço esse drama"
Cap. 4 - "É mais facil quando me temem"
Cap. 5 - o beco
Cap. 7 - "Se isso for a sua provocação, preciso te dar umas aulas..."
Cap. 8 - "É assim que se provoca alguém."
Cap. 9
Cap. 10 - "Temos que ir embora!!"
Cap. 11- "por que você estava saindo da casa dele agora a pouco?"
Cap. 12 - o começo da viagem
Cap. 13 - "Agora é diferente"
Cap. 14 - "você tem medo de mim?!"
Cap. 15 - Stroh 80
Cap. 16 - "vi um olho desenhado com caneta branca"
Cap. 17 - "SiM! Eu eRa deSsA cOmuNidAde."
Cap. 18 - "Boa menina!"
Cap. 19 - "Lá eu saberei o que fazer... lá eu saberei..."
Cap. 20 - E chegamos na praia
Cap. 21 - "deixado os cortes a mostra, corri até o mar azulado."
Cap. 22 - "Você pode me ensinar a atirar?"
Cap. 23 - "Estaria realmente feliz, se essa lingerie não estivesse aí..."
Cap. 24 - "e... não se sente mal por isso."
Cap. 25 - "Esse seu jeito, me faz alucinar sabia?"
Cap. 26 - HOTTT
Cap. 27 - "não posso sentir ciúmes pelo que não é meu. Nunca vai ser..."
Cap. 28 - "não paro de pensar em você desde que fugiu. Eu te amo"
Cap. 29 - "Às vezes nem você mesma sabe o que é melhor pra você."
Cap. 30 - " Ele não é pra você, Isa..."
Cap. 31 - "quantas vezes eu vou ter que sair desse quarto magoada?"
Cap. 32 - "Isabele Johnson, é esse mesmo o seu nome?"
Cap. 33 - "Ele sentiu quando me conheceu, eu sei."
Cap. 34 - "Agora está na hora da nossa proposta."
Cap. 35 - "Logo, você não vai mais sentir dor alguma."
Cap. 36 - "me desculpe, por tudo."
Cap. 37 - A carta
Cap.38 - "Isabele Johnson, não consigo te colocar em palavras"
Cap. 39 - "morta, por nossa culpa"
Cap. 40 - "Pra onde eu vou? Não faço a mínima ideia."
Fim
Centro de valorização a vida
Bonús (um pouco atrasado)
Novo livro!

Cap. 6 - "Você tem a cara de pau de vir falar comigo depois do que fez!"

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By Vavaschin


Me arrepiei ao ouvir aquela voz, eu parei e me virei calmamente.

⁃  Você tem a cara de pau de vir falar comigo depois do que fez!

Ele fez uma cara de quem não sabia de nada.

⁃  O que eu fiz?!

Eu levantei minha blusa branca e mostrei as bandagens.

⁃  Realmente você tem uma bela barriga pirralha! Olha só! - O rapaz falou mordendo os lábios inferiores.

Revirei meus olhos e continuei a andar, ele me seguiu, então perdi a paciência.

⁃  Você pode parar de me seguir?! Não quero falar com você!

⁃  Ah! Então a pirralha besta tem medo de mim agora?! Cadê aquela coragem toda?!

Então, vi que ele estava com a pistola em um dos bolsos, ela estava um pouco para fora. Estiquei meu braço a pegando e mirando para seu peito.

⁃  A coragem está aqui ainda, não tenho medo de você!

⁃  A pistola está travada, você não vai conseguir atirar com ela assim. Bela coragem que você tem.

O rapaz riu, virou-se, se afastando de mim com passos lentos.

Eu observei a pistola havia uma pequena alavanca ao lado, a puxei, fazendo um barulho para sinalizar que havia destravado. Mesmo assim o rapaz continuou a andar.

⁃  PARA NICHOLAS!! - Gritei mirando em suas costas, mesmo assim ele continuou a andar - EU PEDI PARA PARAR!!

Ele fingiu que nem me ouviu, então eu mirei em sua perna, suspirei, então, puxei o gatilho. Ouvi o barulho da bala saindo do cano da arma, poucos segundos depois Nicholas estava caído no chão, com a perna toda ensanguentada, suas mãos estavam segurando suas pernas.

    ⁃ Parabéns pirralha! Está se sentindo melhor?! Essa é a sua vingança?! - Ele murmurou, sua expressão não era de dor, ele parecia estar feliz com a situação.

Aí que eu voltei a realidade, minha raiva por aquele menino tinha passado, eu o vi ali, caído e senti remorso, por que senti isso?!

Sorte nossa que essa cidade vive deserta...

    ⁃ As coisas que já passei são bem piores que isso, você gastou essa bala à toa!

Ele murmurou novamente, com um sorriso no canto da boca.

    ⁃ Ah! Não acredito que fiz isso! Desculpa Nicholas! Meu Deus! - Falei correndo até ele. - Calma, deixa eu te ajudar a se levantar.

    ⁃ Agora você fica preocupada né?!

Ajudei ele a se levantar, o rapaz gemeu de dor algumas vezes enquanto o levava para meu carro.

    ⁃ Por que está me trazendo aqui?

    ⁃ Para eu tirar essa bala da sua perna!

    ⁃ Não, obrigado, eu me viro!

    ⁃ Não! Deixa eu ajudar!

Ele persistiu por um momento, depois revirou os olhos e deixou que eu o colocasse sentado no banco do passageiro, fechei a porta, dei a volta no carro e entrei no lugar do motorista.

    ⁃ Estica sua perna aqui, isso, agora você vai ter que confiar em mim! Ok?!

O olhei séria, ele revirou os olhos novamente, e confirmou com a cabeça. Paguei os kits médicos que estavam no chão do banco do motorista, todos meio sujos com meu sangue, levei as mãos ao pote de álcool.

    ⁃ Não! Você não vai passar álcool!! Doí muito! - Ele gritou fazendo cara de criança mimada ao ver que eu estava tirando a tampa do pote.

    ⁃ Você não falou que tinha passado por coisas piores?

    ⁃ Passei, mas álcool arde demais! - Ele murmurou baixo, ainda com a expressão de criança mimada.

Quando acabei de fazer o curativo na perna de Nick, já era noite, o rapaz fez tanta birra que demorei muito para terminar.

Ele havia deitado o banco e sua respiração estava pesada, estava dormindo.

Sai do carro, fechei a porta com cuidado para não o acordar.

Então, comecei a andar pela pequena cidade, até que encontrei um bar, então decidi entrar, fazia tempo que não bebia algo, sentia falta.

Lá dentro havia muitos homens, quando passei por eles, alguns me olhavam de canto, outros assoviaram, mas não liguei, fui diretamente até o balcão e pedi a bebida mais forte que eles tinham, o garçom parecia apreensivo, mas logo veio com um copo com um pouco de bebida.

Bebi o conteúdo em um gole, aquela bebida passou ardendo pela minha garganta, tossi algumas vezes abaixando a cabeça, logo pedindo mais duas.

" NÃO!! NÃO!! PIRRALHA?! - Ouvi uns gritos de tristeza lá longe, e alguns passos rápidos vindo até mim... tentei virar a cabeça para ver uma última vez o rosto do moreno que eu mais amava, mas, não consegui, eu estava com muita dor, antes de ele chegar até mim, minha visão embasou."

Abri um pouco meus olhos, uma luz não deixou eu ver onde estava, minha cabeça doía demais, me revirei na cama.

O que?! Como eu estava em uma cama?! Senti um medo nascer em meu peito, o que aconteceu na noite passada?

Levei as mãos aos meus olhos os esfregando, só assim minha visão voltou ao normal, eu estava em um quarto, havia alguns lençóis sobre mim, olhando para os lados, vi os cabelos escuros e desmanchados.

O medo em meu peito cresceu mais, ergui os lençóis rápido, ok, eu estava de roupa, menos mal.

    ⁃ Relaxa, não aconteceu nada, Fedelha. - A voz arrastada de Nicholas estava mais rouca que o normal, era uma voz de sono.

O rapaz se virou para mim, seu rosto estava amassado de tanto dormir, mas, nem assim, sua beleza desaparecia.

Ele fez uma cara de safado e levou uma das mãos até minha barriga.

    ⁃ Mas se você quiser, pode acontecer alguma coisa agora!

    ⁃ Que nojo! Seu pervertido! - Falei o empurrando para longe.

O empurrei com tanta força que o rapaz caiu da cama, eu gargalhei, Ouvi alguns gemidos de dor, mas logo se levantou com uma cara emburrada e com os braços cruzados.

    ⁃ Vou tomar banho pirralha, ainda estou todo ensanguentado.

Nicholas andou mancando até uma porta e a abriu, revelando um banheiro meio pequeno, então entrou e a fechou atrás de si, eu sentei na cama, agora podendo ver o cômodo.

Era um quarto pequeno, umas roupas jogadas pelo chão, tudo meio bagunçado.

Me levantei da cama, andando pelo quarto, até que vi meus kits médicos em um canto, tenho que trocar meus curativos.

Fui até a porta do banheiro e ouvi que chuveiro já estava ligado, então andei até os kits peguei as bandagens e tirei com cuidado minha jaqueta, depois minha blusa.

As bandagens estavam com sangue seco, retirei-as da minha barriga, os pontos ainda estavam firmes e fortes, deixando as letras fechadas, mas ainda sangrava um pouco no local, comecei a colocar as novas bandagens.

    ⁃ Fedelha, esqueci de pegar minhas roupas... - Nicholas saiu do banheiro olhando para as roupas jogadas no chão, até que ele me fitou, sentada na cama, sem blusa, somente com o sutiã, fazendo meus curativos - Ow! Falei que sua barriga era bonita

Nicholas estava com os cabelos um pouco molhados, estava só com uma toalha amarrada na cintura, sua barriga era pouco definida, no canto esquerdo havia uma cicatriz enorme, eu me peguei observando-o com a mesma intensidade que ele me fitava.

    ⁃ Gostando da paisagem, pirralha?

Ele perguntou voltando seu olhar para o chão, procurando sua roupa.

Balancei minha cabeça algumas vezes em silêncio, voltando minha atenção ao curativo.

   ⁃ Quer ajuda? - ele perguntou andando calmamente até mim.

   ⁃ Não! Pode deixar, eu me viro!

Ele não deu ouvidos, continuou andando até mim, sentou em meu lado esticando as mãos calmamente em minha direção, eu inclinei para trás, tentando fugir de seus braços.

    ⁃ Eu só quero te ajudar! Já consegui o que queria, você já tem medo de mim.

Seus olhos estavam mais claros, suas tempestades estavam calmas, serenas.
Abaixei a cabeça, dando na mão dele o rolo das bandagens, ele pegou com cuidado, esticando as mãos a minha cintura, terminando meu curativo com delicadeza.

Com o curativo acabado, ficamos nos olhando por longos segundos, seus olhos foram para minhas cicatrizes em meus pulsos, depois foi para minha boca, ele parecia ansioso com algo.

Então levei minhas mãos até a sua cicatriz no canto de sua barriga, meu olhar era preocupado, ele ainda observava minha boca silenciosamente.

Nossos olhares se encontraram, ele levou suas mãos até minha nuca, a acariciando, e se inclinou para frente devagar, fui inclinado para trás o puxando junto a mim com minhas mãos que ainda estavam em sua cintura, o rapaz entendeu o que eu queria naquele momento, então apoiou seu peso em um braço na cama.

Agora estávamos completamente deitados, com ele em cima de mim. Enquanto uma mão o apoiava, a outra ainda acariciava minha nuca.

Passei minhas mãos por todo o seu corpo até chegar em seus cabelos escuros, os desarrumando ainda mais, seus olhos de tempestades estavam fixos nos meus, seu corpo ainda úmido fazia pressão contra o meu, eu conseguia o sentir respirar.

Então, ele inclinou sua cabeça lentamente, fazendo nossos lábios se encontrarem.

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