Tudo de mim

Por nextbye

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SPIN-OFF de MFDTA Eram de mundos diferentes, tinham dores diferentes, tinham vidas diferentes, eram completam... Más

Nota inicial | sinopse
Prológo
Epígrafe
Capítulo 01
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Epílogo

Capítulo 02

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Por nextbye

Bufo impaciente enquanto tombo a cabeça para trás, esperando meu pai terminar a ligação. As ligações dele demoram séculos.

A vida dele era a empresa, sei que ele me ama, porém também sei que não sou a prioridade. O que as vezes deixa tudo mais frustrante e cansativo, ainda mais quando eu sempre tento estar no padrão que ele espera de mim.

Mas eu quero ser livre, eu quero não precisar ir às festas importante que ele é convidado, quero não precisar comparecer aos jantares chiques, quero não ser julgada a cada passo que dou. Quando meu pai aceitou a proposta de liderar uma empresa de marketing, as pessoas começaram a querer sua queda.

Procuram por cada errinho que possa tirá-lo e eu entro nessa, sendo a filha perfeita, mas só na frente deles.

Não sou libertina ou qualquer coisa do tipo, sou o que mostro a eles, porém nunca mostro o outro lado.

O lado que não quer devolver o sorriso falso que eles sempre me lançam, o que não quer segurar o riso em situações constrangedoras, o lado que se segurou horrores para não olhar aquele homem de maneira que deixasse claro meu desejo.

Eu não pensei que poderia ser tão tentador ver um cara com roupa suja de graxa, ainda mais quando elas estavam contra seu músculo, eu quase derreti ao vê-lo falar com o irmãozinho.

-O que você queria, querida? -Meu pai finalmente sai do escritório.

-Minha mãe me ligou. -Suspiro. -Falou o de sempre, pedindo dinheiro.

-Filha, você sabe que não podemos fazer isso para sempre, não é? -Papai se senta ao meu lado. -Você sabe o quanto ela gosta de manipular, dê dois meses para ela arrumar um emprego e fale que vamos parar de dar dinheiro a ela depois desse prazo.

Ele diz firme, eu concordo com a cabeça, sabendo que ele está certo. Minha mãe é totalmente ao contrário de mim, sua vida era festas, bebidas, homens. Acho que talvez seja porque me teve muito nova ou sei lá.

Meu pai se separou dela quando eu tinha 9 anos, então ela se entregou cada vez mais em tudo isso. Me deixava sozinha e ia para as festas, trazia caras para nossa casa e eu tinha que ouvir tudo trancada no meu quarto. Meu pai soube dessas coisas em uma das visitas que ele me fez e pediu minha guarda. Obviamente minha mãe tentou me tirar dele, só para provocá-lo e isso não deu certo. Agora ela exige dinheiro de nós e eu nem sei por quê.

Às vezes eu ligo para saber se ela está bem, mas ela nunca gosta de falar comigo.

Eu deveria sentir raiva dela, mas sinto só pena. Tirando a parte que ela me fez ser a única com 20 anos, no meu último ano do colégio.

Quando meu pai foi embora, ela simplesmente esqueceu da minha educação.

Graças a Deus ninguém nunca desconfiou, geralmente só falavam comigo para pedir favores, então não se importavam o suficiente para saberem minha idade.

-Tudo bem. -Me levanto. -Vou sair, precisa de mim para algo?

Pergunto ao meu pai que nega com a cabeça, voltando a atenção para o celular. Seguro a vontade de bufar e subo para o meu quarto.

Trocando minha roupa, colocando um vestido soltinho, que fique confortável.

Saio de casa, decidindo chamar um táxi, não quero ter que me preocupar em não beber. Em menos de 20 minutos eu já estava na boate que sempre venho quando tudo fica difícil.

Não costumo sair muito, mas é para cá que venho quando não quero lidar com meus problemas e minha idade permite passe livre.

Danço em uma parte isolada da boate, me sentindo livre por não ter ninguém se importando com a minha presença. Minhas mãos passeiam pelo meu corpo enquanto sentia o ritmo da música. Eu estou bêbada o suficiente para não me importar com muita coisa.

Não penso no meu pai.

Na minha mãe.

Na ou na solidão.

Não penso em nada que não seja o ritmo animado da música.

Eu gosto disso.

Passo as mãos na testa, tirando o suor que se formava. Suspiro exausta, sentindo meus calcanhares doerem. Passo pelo aglomerado de pessoas na minha frente, caminhando até o bar.

Peço um drink qualquer, enquanto me sentava no banco vazio e me apoio sobre o balcão.

-Você não parecia esse tipo de Chica ontem. -Olho para o lado assustada quando essa frase é falada perto do meu ouvido.

Meu coração quase sai pela boca quando vejo os mesmos olhos verdes de ontem, a mesma cicatriz.

Mas ao contrário de ontem, eu estou bêbeda e não consigo disfarçar o quanto eu gosto de olhar para eles.

Desvio o olhar para os barmen que entregou meu Drink, o que eu deveria respondê-lo?

-Eu não entendi. -Murmuro, mas não sei se ele foi capaz de ouvir por causa da música alta, mas para minha surpresa, parece que sim.

-Chica, significa garota. -Ele responde, me analisando dos pés à cabeça sem sequer disfarçar.

-Eu sei o que isso significa. -Respondo virando o drink de uma vez só. -Não entendi a outra parte.

Tento soar firme, mas quando fito seus olhos me encarando com uma intensidade que nunca vi, abaixo a cabeça.

Que droga.

-Você parecia mais o tipo que prefere perder seu tempo lendo livros. -Ele recua alguns passos até se sentar no banco ao meu lado.

Sorrio, tecnicamente ele acertou, eu prefiro perder meu tempo em livros, do que em festas, mas tem dias que os livros não são capazes de me distrair.

-Talvez. -é a única coisa que respondo, me obrigando a prestar atenção em qualquer coisa que não fosse o cara ao meu lado.

-Achei confuso. -Ele ri. -Mas compreendi.

O cara ao meu lado diz se levantando.

-Entendeu o que? - Pergunto, vendo-o começar a se afastar.

-Que você não quer companhia. -Ele sorri de lado, por que ele está sorrindo?

Mas realmente não quero, ou quero?

Observo-o sumir diante da multidão de corpos dançando.

Não pensa, nas consequências, Sam.

Abaixo a cabaça, nem bêbada eu consigo fazer as coisas que quero. Tombo a cabeça para trás, observando as luzes que piscavam sem parar.

Uma música mais animada do que a de antes começa fazendo todos soltarem um gritinho de comemoração, olho para a pista de dança e lá estava ele.

Totalmente alheio ao meu olhar, ele dançava com uma morena que se esfregava descaradamente nele. Ele sorria enquanto apreciava cada movimento dela.

E sem conseguir desviar, eu os encaro de longe. Eu sou tão patética e antes mesmo de eu conseguir desviar meu olhar, o dele cai sobre o mim.

O idiota sorri como se não tivesse alguém rebolando nele, mas não parecia estar fazendo isso para me provocar.

Levanto as sobrancelhas quando ele continua a dançar, mas sem tirar os olhos de mim, sinto minhas bochechas queimarem pela cena.

Enquanto uma morena perfeita dança com ele, seus olhos continuaram focados em mim.

O que isso significava?

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