𝐓𝐡𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓...

By mebyella

341K 31K 20.4K

A onda de assassinatos em Seoul continua a aumentar perigosamente. Uma pessoa desconhecida e muito inteligent... More

• ➵ Capítulo 01
• ➵ Capítulo 02
• ➵ Capítulo 03
• ➵ Capítulo 04
• ➵ Capítulo 05
• ➵ Capítulo 06
• ➵ Capítulo 07
• ➵ Capítulo 08
• ➵ Capítulo 09
• ➵ Capítulo 10
• ➵ Capítulo 11
• ➵ Capítulo 12
• ➵ Capítulo 13
• ➵ Capítulo 14
• ➵ Capítulo 15
• ➵ Capítulo 16
• ➵ Capítulo 17
• ➵ Capítulo 18
• ➵ Capítulo 19
• ➵ Capítulo 20
• ➵ Capítulo 21
• ➵ Capítulo 22
• ➵ Capítulo 23
• ➵ Capítulo 24
• ➵ Capítulo 25
• ➵ Capítulo 26
• ➵ Capítulo 27
• ➵ Capítulo 28
• ➵ Capítulo 29
• ➵ Capítulo 30
• ➵ Capítulo 31
• ➵ Capítulo 32
• ➵ Capítulo 33
• ➵ Capítulo 34
• ➵ Capítulo 36
• ➵ Capítulo 37
• ➵ Capítulo 38
• ➵ Capítulo 39
• ➵ Capítulo 40
Epílogo.
The White Roses.

• ➵ Capítulo 35

3.9K 482 426
By mebyella

┄┄✧✿✧┄┄

35

ˑ ᳝ Maninha, Eu Te Amo. ᳝ ࣪

˚₊୨🥀୧・

- 𝚁𝚂

Nada no mundo podia se comparar ao terror estremecido no meu coração.

Não quando eu podia sentir a respiração quente e aguçada de Jackson contra o meu pescoço, tão assustadoramente perto, como um predador felino, uma cobra prestes a dar o bote.

A esse ponto de tensão, eu mal conseguia sentir a mão cheia de cacos de vidro pressionada contra o piso branco, mesmo quando eles maltratavam o meu palmo, e queimavam os cortes. O papel higiênico não continha mais nenhuma gota de sangue a esse nível. Estava tudo simplesmente escapando pela fina camada, pingando vermelho no chão.

- Você finalmente está se rastejando como a cobra que é Rosie – seu tom se dissipou perto do meu ouvido.

Mas voltei a sentir dor quando senti Jackson puxando meu cabelo para trás, firme e abrupto, em uma dor tão intensa que era como se todos os meus fios estivessem sendo arrancados juntos. Jackson me levantou com o puxão, arrancando-me um grito de dor, que sumiu quando ele me jogou com tudo para os ladrilhos do chão.

Minhas costas doeram no momento que eu senti o impacto contra o piso, arqueei o meu corpo em uma tentativa inútil de amenizar, o que parecia ser a morte de meus ossos.

Jackson andou até minha direção, em um sorriso macabro e feição satisfeita. E antes que acontecesse, eu já sabia o que ele faria.

Chutes.

Senti todos os cinco chutes dados por ele na minha costela arderem dentro de mim, fraquejando até meus murmúrios de dor, que mal conseguiam mais fugir dos meus lábios.

Dói, dói, dói.

- Espero que esteja doendo tanto quanto o tiro que me deu – uma lembrança forçada se projetou na minha cabeça. De quando eu estava em Busan, e para salvar Taehyung atirei na perna de Jackson, um tiro que havia o acertado de raspão.

Contraí meu corpo no chão, não ligando para as gargalhadas de Jackson, e arrastando meu orgulho para trás, tentando focar no que realmente importava.

Mas a dor e a tensão... Elas não me deixam pensar em nada.

Quando percebi Jackson estava se agachando em minha direção. Agarrou meus ombros e me segurou para que eu não me movesse, enquanto sentava em minha cintura, depositando todo seu peso em mim, fazendo meu corpo arquejar em dor.

- Já vi tanto desse seu rosto bonito... Por que não explorar mais, não é Rosinha? – passando a mão por meu tronco, Jackson apertou um de meus seios por cima da blusa abotoada, fazendo-me grunhir em repulsa.

Usei as mãos para o afastar, porém antes que eu o tocasse, ele me segurou mais rápido, prendendo meu pulso no peso de seus joelhos firmes. Minha mão machucada se contraiu.

- Vamos ver o que mais você tem de bonito – ele me encarou nos olhos, em um brilho sádico e horripilante.

E ali eu senti... Senti o medo se alojar em mim.

As mãos brutas foram para os botões desalinhados da camiseta social, os abrindo com certa dificuldade. Me remexi por baixo de Jackson, buscando uma forma de me soltar, mas a essa altura já era impossível.

Eu sabia que Jackson não estava fazendo aquilo por nenhum prazer sexual. Era tudo, cada mínima coisa, dedicada a me humilhar.

- Não me toque – disse assim que desisti de me soltar dele. A repulsiva se estendia por todo o meu interior, cada mínima parte de mim gritava por libertação.

Qualquer que fosse.

- Oh! Você finalmente falou Rosinha. Já estava me sentindo solitário – parando no botão do meio, onde os limites do top de renda se estendiam, Jackson me vislumbrou.

Os olhos marcados da selvageria de um predador, a dilucides de um louco perdido na própria ilusão.

Não era satisfação ou prazer. Era domínio.

Isso era o que se estampava em seus olhos guiados até o valoroso decote rendado.

- Você está cheia de sangue, isso é nojento. – riu sínico - Que top bonito, é de renda... O Detetive deve gostar não? Sabe, eu também amava quando minha garota usava isso, você não fica tão ruim, mas ela ficava tão linda.

Jackson umedeceu os lábios, desviando o olhar dos meus seios e indo até o meu rosto.

- Você está com uma expressão adorável... Deve estar gostando, não é? – Jackson se inclinou mais em direção ao meu rosto, colocando as mãos uma de cada lado da minha cabeça, e fitando-me perverso. – Você tem expressões maravilhosas senhorita Lee, Taehyung já te contou? – uma de suas acariciou meu cabelo, indo até o meu pescoço – Ou melhor, vocês já transaram? – Jackson sorriu, passando a mão por cima de meu seio novamente, dessa vez sem apertar – Parece que sim.

- Me... Solta. – gaguejei.

- Você está falante Rosinha – seu hálito quente me atingiu as narinas - Isso é um sinal bom você está consciente... Sabe o que isso significa? - Suspirei, fechei os olhos tentando controlar as lágrimas. Eu contava que Taehyung visse a mensagem e me entendesse vindo para cá com vários policiais, mas não havia se passado nem dez minutos que eu enviei - Significa que te matar vai ser mais interessante.

Um sombrio brilho tomou seus olhos. E eu pude sentir, ver e comtemplar a sagacidade vulgar em sua face.

Naquele momento, neste exato momento, Jackson havia despertado o psicopata dentro de si.

Todas as suas fantasias pareceram desaparecer, e agora ele parecia ter acordado para o objetivo final.

Ele vai me matar.

Uma gargalhada maléfica ressoou dele, na medida e que suas mãos iam até o meu pescoço, e então seu palmo grande começou a pressionar-me, roubando-me o ar.

Dessa vez... Dessa vez eu não quero.

Dessa vez eu não quero morrer.

Ele, ele, ele... Tem tantas coisas que eu quero viver com ele.

A pressão aumentou ainda mais, o corpo tencionado de Jackson me deu a oportunidade de libertar minhas mãos, mas mesmo quando eu alcancei seu pulso, as forças pareciam serem roubadas de mim.

Meus braços se perderam, e deslizaram para o chão novamente. A gargalhada de Jackson pareceu mais distante, mais fria, tal como sua imagem começou a se nublar diante dos meus olhos, e só a escuridão tomou-me.

O já estava distante, quase indo de vez embora. Estava poucos passos disso. E eu sentia, sentia o tempo se esgotando.

5...

Por favor, Deus, o deixe saber...

4...

Deixe-o saber que eu amei.

3...

Com cada parte do meu ser...

2...

Taehyung... O deixe saber...

1...

Que eu o amo.

E amarei.

E então como uma rajada forte de ventania, forte e precisa, o senti ser puxado de mim.

As mãos de Jackson desperecerem do meu pescoço, tal como seu peso foi liberado do meu corpo.

E então paz. Uma eminente paz me inundou.

Sentia-me leve como se deslizasse por nuvens.

O que? Isso é a morte? Eu morri?

Eu achei que doeria mais.

É mesmo tão pacifica assim? 

Rose...

Não sinto nada.

Rose...

É tão bom... Não sentir.

Rose...!

O que...?

Rose...!

Esse... Esse é meu nome.

Rose!

Estão o chamando... Não, estão o gritando.

Deus... É você?

Lee Rose!

Espera, espera. Essa voz...

Maninha!

Namjoon.

Como uma explosão dentro de mim tudo voltou, eu sentia o atrito com o chão, eu escutava algo, não era só meu nome... Eram batidas?

Uma dor, uma dor na minha mão, minha costela também.

Meus olhos... Tem muita luz aqui, eles estão doendo.

- Rose!

Namjoon, ele está me chamando, meu irmão está me chamando.

Então a realidade voltou.

- Rose!!! – abri meus olhos com tudo, impactada com a consciência ainda voltando e recobrando invasivamente, mas rápido, as lembranças e noção do que estava acontecendo ao meu redor.

Apoiei-me dolorosamente com os cotovelos no chão, olhando de supetão para frente.

- Rose, me escute! – Nmajoon gritou no meio, do que parecia ser uma luta corporal com Jackson – Você precisa pedir ajuda! Corra!

- Namjoon...

O que diabos ele estava fazendo ali?

- Levante! Você precisa reagir! Agora! – seus olhos fitaram-me ansiosos, seu rosto guardava uma expressão afobada, que por si só já dizia muita coisa.

Tomei o controle de mim novamente.

Segurei-me na pia, pegando impulso e levantando.

Agora não é hora de morrer Rose, não agora.

Andei a passos largos até a porta, desviando de Jackson e de Namjoon, que seguravam um ao outro.

- Não!!! – um grito ressoou de Namjoon, aflito e amedrontado, seguido de um som alto.

Antes de me virar para trás para conferir, senti uma irradiante dor no abdômen.

Tive noção de tudo quando olhei para baixo, e vi a mancha de sangue se estender na lateral da minha barriga.

Dor. Mergulhada em dor.

Me ajoelhei no chão logo em seguida, colocado a mão por cima da ferida, escutando quatro tiros seguidos serem disparados, ao que parecia ser lugares aleatórios.

Inclinei a cabeça para trás, vendo Jackson com a arma empulhada em mãos, enquanto Namjoon segurava seu braço por trás, desviando os tiros.

Reconheci o modelo da arma em suas mãos. Ela pode atirar seis vezes, e ele atirou quatro até agora.

Ainda há duas balas naquele cantil.

Jackson atirou em mim. E poderia muito bem fazer o mesmo com o meu irmão.

Você precisa levantar Rose.

Ao meu lado, a faca que eu tinha largado no meio da correria descansava sobre o carpete azul, a peguei.

Usei sua ponta para me apoiar e levantar.

Ok, pense.

Eu estou com uma mão machucada, um braço cortado, uma costela provavelmente fraturada e um tiro no abdôme. Eu tenho uma faca, e um laço de cabelo no meu rabo de cavalo já acabado.

Jackson está quase ileso, somente com um arranhão, ele tem uma arma, e músculos.

Namjoon está sem nenhum arranhão, está desarmado, mas luta tae-kwon-do, tem músculos, e é alto.

Preciso pensar nas hipóteses.

Namjoon vai distrair Jackson ali, e eu preciso dar um jeito de conseguir ajuda.

A porta da frente está bloqueada, e a dos fundos também muito provavelmente. Tenho que arranjar uma saída aqui.

Levantada, cambaleei pelo corredor.

Tem um telefone no escritório de Jimin, meu objetivo novo é entrarlá, ligar para a polícia, muito provavelmente vai cair para delegacia onde Taehyung trabalha – por ser a mai próxima da região -  e depois entrar naquele banheiro e dar um fim em tudo.

Ok, eu preciso viver mais quinze minutos.

Depois disso, você pode me matar e me mandar para o inferno Deus.

Mas só depois disso.

Cheguei à porta.

A vidraçaria cobre metade da porta e uma boa parte da parede, como uma janela.

Eu tenho a mão esquerda completamente ensanguentada, com pequenos cacos de vidro a perfurando e vários arranhões fundos com um papel higiênico enrolado, e uma mão direita boa, com uma faca emposta.

Preciso de uma delas boa.

Tudo bem, isso vai doer.

Passei a faca para a mão esquerda, a segurei firme sentindo os pequenos cacos de vidro me perfurarem.

E com força, joguei minha mão com a faca na vidraçaria.

Protegi meu rosto com o braço. E gritei.

Mordi a língua com tanta força que ela sangrou.

Os cacos de vidro se espalharam pela minha mão, senti meu braço ser arranhado em pontos específicos como se as feridas fundas tivessem sido feitas uma de cada vez.

Ok, quando eu morrer, deixarei todo o meu dinheiro para uma ONG de gatos.

- Merda - sussurrei tirando o braço do buraco.

Não estava tão ruim, só parte do meu pulso que sofreu os maiores ferimentos.

Eu fui à manicure semana passada, droga.

Passei a mão boa pelo espaço feito, e destravei a porta virando a  chave posta do lado de dentro.

Escutei as vozes de Jackson e Namjoon.

Ótimo. Ele ainda está vivo.

Puxei a porta a abrindo.

Olhei para o relógio, ótimo. Deus eu ainda tenho dez minutos do nosso prazo, mande os demônios se acalmarem que eu já estou indo.

Procurei o telefone fixo.

Sentei-me na cadeira, o cheiro de Jimin passou pelas minhas narinas, fazendo meu coração pulsar.

Tá bom, Deus eu estou me sacrificando aqui, isso não vale as vidas que tirei, mas... Deixe eu o encontre no céu, se o Senhor achar que eu mereço me mande para o inferno depois, mas me deixei ao menos vê-lo.

Temos um trato Deus, o mundo perde uma péssima pessoa, e o Senhor me dá a chance de ver Jimin, e de Taehyung saber que eu o amo.

Temos nove minutos para isso.

Peguei o telefone, disquei o número da polícia.

Vamos lá, vamos lá. Nos filmes isso é tão rápido.

- Delegacia de Seoul, boa noite. - Essa é a voz de Kai.

Ah, obrigado Deus.

- Kai, Kai é a Rose! – não consegui conter o desespero em meu tom.

- Rose? A sua voz... O que aconteceu...?

- Kai, Jackson está aqui, ele me atacou, meu irmão está em uma briga corporal com ele agora, nós não temos muito tempo, preciso que você me ajude agora, mande homens para cá, bem armados, Jackson pode ter homens espalhados por aí - gritei, falei muito rápido. Mas eu estava sentindo, está sentindo que precisava ser rápida.

Depois de segundos, o qual ele pareia raciocinar, Kai disse:

- Eu vou comunicar a todos, chegamos aí em dez minutos - pude escutar ele aperta botões - Rose você está bem? Está ferida? O Taehyung está na sala do Senhor Bang, posso chamar ele para falar com você - foi por isso que ele não me atendeu, ele está com o chefe.

- Kai me escute, mande uma ambulância também, Namjoon pode estar ferido, e. E. - e eu vou morrer daqui a sete minutos, como dizer isso a ele? - Só mande uma ambulância ok.

- Tudo bem, eu vou me encaminhar para ir, eu acionei os homens, eles estão indo. - meu coração se tranquilizou, ao menos Namjoon ficaria bem.

- Kai, me faça um favor.

- Sim?

- Diga a Taehyung, diga a ele que eu o amo - senti as lágrimas escorrerem, quentes e revigorantes, não era pelo os machucados, era por amor. O amor impregnado em cada entrelinha de meu coração, o amor que eu precisava deixar para fora e expor, o amor que morreria comigo.  - Por favor, diga isso a ele assim que o ver.

Kai se silenciou na linha.

- P-por que você mesma não diz isso? Você está me preocupando.

- Diga Kai, por favor - Sorri - E. Mais uma coisa, o meu dinheiro, todo ele, doe a uma ONG de gatos, daqueles pelados e estranhos.

- O que? Do que você está falando? - olhei para o relógio, cinco minutos. Eu tenho cinco minutos. - Espera! Você está ferida? É grave?

- Eu tenho uma amiga em Daegu, ela chama Krystal e é dona de um restaurante muito famoso chamado f(x), você vai gostar dela. O número dela está no meu celular, ela é a única com a inicial com "K" - Sorri, ela estava encalhada há muito tempo. E Kai é uma boa pessoa - Ligue para ela e saem para jantar, não no restaurante dela, isso seria brega. - e assim eu desliguei o telefone.

Meu coração, por algum motivo, quis chorar.

Eles chegam em seis minutos.

Deus, eu ainda tenho quatro minutos.

Namjoon... Eu preciso ajudá-lo.

Levantei-me da cadeira cambaleando, usei a mesa como apoio e peguei a faca.

Se eu os pegasse em um bom momento, poderia esfaquear Jackson pelas costas. Caso contrário, uniria forças a Namjoon para pará-lo tempo suficiente para encravar a lamina em algum lugar fatal. 

Assim que dei a volta na mesa senti o gosto metálico de sangue na minha boca.

Estava finalmente começando a coagular.

Tenho pouco tempo.

Encarei o botão vermelho ao lado da porta.

Sempre quis saber o que essa coisa faz.

O apertei sem hesitar, escutando um alerta ser anunciado.

Acabei de acionar o corpo de bombeiros.

Que pena, terei de incendiar Jackson. 

Apertei meus passos e o machucado no abdômen, estacando o sangue como podia.

Mas antes de passar pela porta, senti algo me empurrar. Um peso me colidir para trás, não me dando ao menos chance de raciocinar antes de ser derrubada com tudo no chão.

Dessa vez com uma dor ainda mais mortífera, e um novo peso sore todo o meu corpo.

Murmurei primeiro, gemendo de dor em segundo e soltando um grito em terceiro.

Abri os olhos, pronta para me livrar do que estava em cima de mim.

Até entender que era um corpo.

De Namjoon.

- Nam... – passei as mãos pelo seu rosto, vendo a face pouca iluminada suja de sangue vindo da boca. – Você está ferido!

- Me perdoe... – seu sussurrou soou casto e perdido, porém em um tom e perdido que me fizeram quebrar por dentro. Com um sentimento novo e angustiante percorrendo-me. Uma dor bem, bem maior do que qualquer uma que eu tivesse sentido no corpo.

- Namjoon... – senti algo molhado em suas costas, ao atravessar meus braços em volta de seu corpo. E enfim eu pude entender. Ele havia sido baleado nas costas.

- Agora eu matarei vocês... E então poderão ficar como sempre quiseram... Juntos pela eternidade – Jackson se aproximou – Queimando no inferno.

Namjoon inclinou seu corpo para cima, apoiando as mãos ao lado da minha cabeça, ficando cara-a-cara comigo.

A expressão sôfrega e abatida em seu rosto matou-me por dentro.

Você vai ficar bem. Vai melhorar.

A luz da lua iluminou Jackson. A figura dele estava completamente mudada de quando chegou. Seu terno branco estava completamente manchado, seu cabelo bagunçado, e ele estava completamente machucado.

- Sabe, você reconhece essa rosa - Ele tirou a rosa que vi mais cedo do bolso - Na verdade eu a roubei da sua floricultura antes de entrar aqui, a propósito, ela era a única, era uma dessas que você usou para jogar no corpo dela não foi? – seu tom se esquivou para um irritado.

Jackson se aproximou mais, e com tudo, diferiu um chute em Namjoon, que arfou de dor.

- Agora eu posso usar ela para colocar em você Rosinha!

Mais e mais chutes se desferiram para Nmajoon, que parecia tentar se manter firme e proteger meu corpo, mesmo quando Jackson começou a pisotear suas costas, onde ele havia o baleado.

- Pare! O que você está fazendo?! – cobria a cabeça com uma de minhas mãos, e a ferida da bala com outra, protegendo os pontos importantes de Namjoon. E sentindo a dor corroer a mão ferida onde Jackson pisava. – Joonie se abaixe – supliquei entre as lágrimas, mas Namjoon apenas me encarou – O que está fazendo Joonie? Assim você vai se machucar mais – nossos olhos se ligaram, em uma conexão que desviava a realidade. – Não. Não. Não. – as lágrimas escaparam mais e mais, fazendo-me fungar.

Meu coração se partia castamente, tornando a minha dor já decretada ainda pior.

Um sorriso atingiu o rosto de Namjoon, enquanto lágrimas se conjuravam no canto de seus olhos pequenos e bonitos, as covinhas preciosas e delicadas se delinearam nos cantos da sua bochecha machada de sangue, em uma expressão que cobria tod a sua dor.

Não. Não. Não.

- Maninha, eu te amo.

Foi o último sussurro que o escapou antes de seu corpo despencar em cima do meu,  e todo o seu peso se tornar morto e apático.

Não. Não. Não.

Você não pode me deixar. Não pode me deixar também.

Não pode morrer, não assim, não aqui.

Não. Não. Não.

Senti o último suspiro perde-se em meu pescoço. E então seu corpo se tornou manso e quieto.

Como o inanimado.

Como a morte.

Toquei a cintura de Namjoon sem querer, e lá estava ela.

Havia uma arma ali.

Porque ele não usou?

A puxei, e na hora eu senti.

O chaveiro preso, os desenhos no cano, a textura no cabo, e até mesmo o peso me eram familiar.

Essa arma é minha.

Por isso ele não usou, ele não conseguiu destravar a trava especial.

Algo partiu-se dentro de mim.

Não a tristeza.

- O que?! Só aguenta isso Kim? – a risada coberta de sadismo de Jackson ecoou.

Não a dor.

- Mas já morreu? – mais e mais chutes.

Não o luto.

- Ressuscite e me eixe acabar com você de novo seu maldito verme!

Mas o ódio.

- Jackson – minha garganta fervilhou.

Os chutes sessaram, e sua atenção voltou-se curiosa a mim.

- Hum? – um múrmuro sarcástico.

- Você quer saber, as últimas palavras dela? - sua expressão mudou, de divertida para surpreendida.

E então o prazer foi meu. A satisfação. O poder.

- Ela sussurrou Youngjae.

Bang!

O tiro o atingiu em cheio o abdômen.

Em segundos Jackson pendeu-se e jogou-se no chão.

Ele gritava, não de dor, mas de raiva.

Olhei para o relógio.

Um minuto, eu ainda tenho um minuto.

Afastei o corpo de Namjoon, o colocando com delicadeza para o lado. Não sentia mais meus macucados.

Somente o tórrido ódio em mim.

Encarei seu rosto.

Namjoon está morto. Morto. Morto. Morto.

- Obrigada, Joonie. – toquei-lhe a face ainda quente – Obrigada, Maninho.

Um triste sorriso se estendeu em meu rosto, e então eu me afastei de sue corpo.

Me levantei.

Jackson ainda gritava.

A sirene.

A sirene começou a soar.

Matar. Não matar. Matar...

Não. Isso é bom demais até para ele.

Não ia dar a chance de ele morrer e não ir parar na cadeia.

Tick, tack.

Senti meu corpo perder as forças, e consciência me abandonar, como em uma tontura.

Os passos estavam se aproximando.

Mais dez segundos.

Zonza, cambaleei para trás.

Soltei a arma.

Mais e mais passos.

3...

Tudo... Está se perdendo na minha cabeça.

2...

Cai, antes de alcançar o chão senti dois pares de mãos grandes me pegarem.

1...

E então aquele cheiro, aquele cheiro que eu conhecia bem.


🗓 𝐏𝐫𝐨́𝐱𝐢𝐦𝐨 𝐂𝐚𝐩. » [ 19/03/2022 ]

Titia aqui sempre fala isso, mas volto a repetir, escrever ação não é meu forte (mesmo que todos os meus livros tenham 🥲). Então quando fui reescrever esse capítulo quis me empenhar BASTANTE.

Porém esse neném aqui não tem somente ação, mas também muita sofrência e dor, ou seja, uma mistura de coisas me

Então não sei sobre o desempenho exato dele para vocês. Mas juro que tentei meu melhor.

Espero que tenham gostado, então deixe sua estrelinha - vote bastante ✨

Sigam a gata no Instagram e não perca nenhuma novidade - @ mebyella  (marketing da gata).

E vá conferir a pasta de The Roses no Pinterest no perfil @ ThisismeElla

E teremos capítulo de AFRODITE neste final de semana semana - ou seja talvez hoje, talvez amanhã, who knows?

Muito obrigada por tudo até aqui, vocês são incríveis.

Vejo todos vocês, meus consagrados, no próximo capítulo 🦋❤️

- Ella.

Why not me... Why not me...?

Continue Reading

You'll Also Like

29.9K 2K 94
Uma garota que vive no mundo humano sem mesmo saber a verdade sobre ela mesma, mal sabe ela que em apenas um dia sua vida mudaria para sempre e um no...
406K 33K 49
Jenny Miller uma garota reservada e tímida devido às frequentes mudanças que enfrenta com seu querido pai. Mas ao ingressar para uma nova universidad...
173K 13.7K 36
- Taehyung, eu não tenho mais ninguém! Depois dessa briga você vai ter o Jimin e os outros, prontos para acabar com esse sofrimento, mas e eu? Eu não...
2.6K 161 19
SUMÁRIO Mel Hale tem 20 anos e é uma loba da matilha branca ,filha do Beta Álvaro Hale. Desde dos seus 18 anos ,ela vem evitando a todo custo s...