O Morro dos Ventos Uivantes...

By KateBrasil23

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Esta é uma história de amor e obsessão. E de purgação, crueza, devastação. No centro dos acontecimentos estão... More

*Comunicado *
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34

CAPÍTULO 28

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By KateBrasil23

Na manhã, ou melhor, na tarde do quinto dia, senti passos diferentes a aproximarem-se, mais leves e mais curtos, e desta vez a pessoa em questão entrou no quarto. Era Zillah, envolta no seu xaile vermelho, de touca de seda preta na cabeça e um cabaz enfiado no braço.

--Credo, Mrs. Dean! --exclamou ela. --Que falatório vai a seu respeito em Gimmerton! Eu pensava que a senhora se tinha afogado no pântano de Blackhorse, e a sua menina também, até o patrão me dizer que as tinha encontrado e trazido para aqui!

Decerto conseguiram alcançar alguma ilha, não? E quanto tempo ficaram nas poças? Foi o meu patrão que a salvou, Mrs. Dean?

Mas nem por isso está mais magra... podia ter sido pior, não é?

--O teu patrão é o pior patife que existe à face da terra!--respondi-lhe eu. Mas ele vai pagar pelo que fez. E escusava bem de inventar essa história, pois tudo se virá a saber!

--Que quer dizer com isso? --quis saber Zillah. --Ele não inventou nada. É a história que se conta na aldeia: que a senhora se perdeu no pântano. Eu, quando cheguei a casa; até disse a Mr. Earnshaw: Ah, Mr. Hareton, que coisas estranhas aconteceram enquanto andei por fora. Tenho tanta pena daquela linda menina, e da Nelly Dean. --E ele olhou-me espantado e eu pensei que não soubesse de nada e contei-lhe os rumores que corriam em Gimmerton. O patrão ouviu, sorriu-se e disse:

--Se elas estiveram no pântano, já de lá saíram, Zillah. A Nelly Dean está, neste preciso momento, no teu quarto. Quando subires, podes dizer-lhe que saia. Aqui tens a chave. A água do pântano deu-lhe a volta ao miolo e ficou a imaginar coisas; mantive-a aqui fechada até que recuperasse o juízo. Podes mandá-la para a Granja, :, se ela estiver capaz, e leva-lhe um recado da minha parte: que a menina seguirá para lá a tempo de assistir ao funeral do pai.

--Mr. Edgar morreu? --balbuciei, --Oh, Zillah, Zillah!

--Não, não. Sente-se, Mrs. Dean. Vê-se que ainda está doentinha --disse ela. Mr. Edgar não morreu. O Dr. Kenneth pensa que ele pode durar ainda mais um dia; encontrei-o na estrada e perguntei-lhe.

Em vez de me sentar, peguei nas minhas coisas e saí pela porta fora, já que o caminho estava livre.

Ao entrar na sala, olhei em volta tentando encontrar alguém que me informasse do paradeiro de Catherine. O aposento estava inundado de sol e a porta escancarada, mas não se via vivalma.

Enquanto hesitava entre sair dali de imediato ou voltar atrás para procurar a minha menina, a minha atenção foi atraída por uma tossidela vinda das bandas da lareira. Aproximei-me. Deitado no banco, Linton, a única presença na sala, chupava um pauzinho de rebuçado e seguia os meus movimentos com um olhar apático.

--Onde está Miss Catherine? --inquiri severamente, pensando que poderia assustá-lo a ponto de obter dele alguma informação, agora que o apanhava sozinho.

Ele continuou a chupar o rebuçado, inocentemente.

--Foi-se embora? --insisti eu.

--Não --respondeu. --Está lá em cima --ela não pode ir para casa; nós não deixamos.

--Qual não deixam, seu idiota! --exclamei. --Leve-me já ao quarto dela, ou chego-lhe a roupa ao pelo.

--O meu pai é que lhe chega a si a roupa ao pelo, se tentar lá entrar --replicou. -Ele diz que eu não devo ser brando com a Catherine, pois ela é minha mulher e é vergonhoso que queira abandonar-me! Ele diz que ela me odeia e que quer que eu morra, para poder ficar com o meu dinheiro, mas isso ela não há-de conseguir; e também não voltará para casa! Nunca mais! Pode chorar e adoecer à vontade!

E prosseguiu a sua ocupação anterior, fechando os olhos, como se tencionasse dormir.

--Master Heathcliff --tornei eu --já se esqueceu de toda a bondade de Catherine para consigo, no Inverno passado, quando o menino afirmou que a amava? E quando ela trouxe livros e cantou para si e mais de uma vez enfrentou o vento e a neve só para o vir :, ver? Chegava a chorar se falhasse uma única noite, pois sabia que o menino ficaria desapontado; nessa altura achava que ela era cem vezes melhor que o menino. E, agora, acredita nas mentiras que o seu pai lhe conta, mesmo sabendo que ele vos detesta a ambos? E o menino aliado ao seu pai contra ela! Bonita gratidão a sua, não haja dúvida!

Os cantos da boca de Linton descaíram e ele afastou dos lábios o chupa-chupa.

--Acha que Catherine veio ao Alto dos Vendavais porque o odiava? --continuei. -Ora pense pela sua cabecinha! Quanto ao seu dinheiro, ela nem sabe se o menino alguma vez terá algum. Disse que ela está doente e, no entanto, deixou-a sozinha lá em cima numa casa estranha! E logo o menino, que sabe o que é sentir-se abandonado! Quando se queixava dos seus sofrimentos, ela sofria por si, e agora o menino não tem pena dela! Eu, que sou velha e não passo de uma criada, choro por ela, como vê... e o menino, depois de fingir uma grande afeição e tendo tantas razões para a adorar, guarda todas as lágrimas para si e fica aí deitado, muito calmo. Ah, o menino é um egoísta sem coração!

--Não consigo estar ao pé dela --afirmou contrariado.

--Prefiro ficar sozinho. Ela chora tanto que eu não consigo suportar. E não se cala, nem que eu ameace chamar o meu pai. Uma vez chamei-o mesmo e ele ameaçou estrangulá-la se ela não se calasse, mas ela recomeçou no mesmo instante em que ele saiu do quarto. E chorou e gemeu toda a noite, embora eu lhe gritasse que não me deixava dormir.

--Mr. Heathcliff saiu? --perguntei, percebendo que a desprezível criatura era incapaz de ter dó da tortura mental da prima.

--Está no pátio a falar com o Dr. Kenneth que diz que o tio está a morrer -respondeu. --Finalmente! Estou contente, pois serei eu o dono da Granja depois da morte dele. E Catherine sempre se referiu a ela como a sua casa. Mas não é dela. É minha! O meu pai diz que tudo o que ela possui é meu, todos os seus belos livros são meus. Ela até me disse que nos dava, mais os seus lindos pássaros e a Minny, se eu conseguisse apanhar a chave do quarto e a deixasse fugir, mas eu disse-lhe que ela não podia dar-me nada, porque tudo isso já era meu. Então, ela chorou e tirou um pequeno medalhão do fio que tinha ao pescoço, dizendo que seria meu: dois retratos numa moldura dourada; de um; lado a mãe e do outro o meu tio, quando eram novos. Isto passou-se ontem; disse-lhe que eram meus também e tentei tirar-lhos, mas ela, despeitada, não me deixou: empurrou-me e magoou-me. Desatei a gritar, o que a assusta sempre muito, e ela, ao ouvir os passos do meu pai, quebrou as dobradiças do medalhão, partindo-o em dois, e deu me o retrato da mãe, procurando esconder o outro. Mas o meu pai perguntou o que se passava e eu contei-lhe tudo. Ele tirou-me o retrato que eu tinha na mão e ordenou-lhe que me desse o outro. Ela recusou e ele bateu-lhe e arrancou-lhe o retrato da corrente, calcando-o em seguida com o pé.

--E o menino ficou muito contente de a ver espancada? --indaguei eu, com o propósito de o incitar a prosseguir.

--Fechei os olhos... --retrucou. --É o que eu faço quando vejo o meu pai a bater num cão ou num cavalo... E com que força ele o faz! No entanto, a princípio fiquei contente, pois ela merecia ser castigada por me castigar a mim; mas quando o meu pai se foi embora, a Catherine levou-me à janela e mostrou-me a face cortada pelo lado de dentro, contra os dentes, e a boca cheia de sangue. Depois, apanhou os bocados do retrato e foi sentar-se virada para a parede e não voltou a falar comigo. Por vezes, penso que ela não pode falar com as dores. Não gosto de pensar nisso! Mas ela é muito má por chorar continuamente; está tão pálida e desvairada que chego a ter medo dela!

--O menino, se quisesse, podia conseguir a chave, não podia? --quis eu saber.

--Pois podia, quando estou lá em cima --retorquiu. --Mas agora não posso ir a acima.

--Em que quarto está ela? --inquiri.

--Oh --exclamou --isso não posso dizer! É segredo. Ninguém sabe. Nem mesmo o Hareton ou a Zillah podem saber. Bem, já me cansou bastante; vá-se embora, vá-se embora! --e, dizendo isto, escondeu o rosto no braço e fechou os olhos novamente.

Achei melhor partir sem me encontrar com Mr. Heathcliff e ir à Granja buscar ajuda para a minha menina. Ao verem-me chegar, os outros criados não cabiam em si de espanto e alegria. E quando souberam que a menina estava sã e salva, dois ou três prepararam-se logo para correrem escada acima e darem a boa nova a Mr. Edgar, mas não deixei: queria ser eu mesma a fazê-lo.

Como ele tinha mudado neste curto espaço de poucos dias!

Jazia na cama, qual imagem da tristeza e resignação, esperando a morte. Parecia ainda tão novo! Apesar de já ter trinta e nove anos, dir-se-ia dez anos mais novo, pelo menos. Estava a pensar em Catherine, pois ouvi-o balbuciar o seu nome. Toquei-lhe na mão e sussurrei:

--Miss Catherine está a chegar, meu querido senhor! A menina está viva e de boa saúde e estará aqui, se Deus quiser, ainda esta noite.

Estremeci ao ver o efeito que esta notícia produziu: o meu patrão soergueu-se, correu os olhos pelo quarto, ansioso, e voltou a cair para trás, sem sentidos.

Assim que recuperou o conhecimento, relatei-lhe a nossa visita forçada e posterior detenção no Alto dos Vendavais. Disse-lhe que Mr. Heathcliff me forçara a entrar, o que não era inteiramente verdade. Falei o menos possível contra Linton e não descrevi em pormenor a conduta brutal do pai, já que a minha intenção era, se possível, não acrescentar mais amargura à taça já tão cheia do meu patrão. Ele adivinhava que um dos propósitos do seu inimigo era garantir ao filho, ou seja, a si próprio, a posse, não só dos seus bens móveis, mas também dos bens de raiz. Mas a razão por que Mr. Heathcliff não esperava pela sua morte era algo que o meu patrão não compreendia, pois ignorava que tanto ele como o sobrinho deixariam o mundo quase ao mesmo tempo. Contudo, considerou que seria melhor alterar o seu testamento: em vez de deixar a fortuna de Catherine à disposição dela, pretendia deixá-la ao cuidado de testamenteiros, para seu usufruto, passando depois para os seus filhos, caso viesse a ter alguns. Desta forma, a herança não poderia ir parar às mãos de Mr. Heathcliff, caso Linton morresse.

Obedecendo às ordens recebidas, mandei um homem buscar o tabelião e ordenei a mais quatro que se munissem de armas e fossem, resgatar a menina à sua prisão. Tanto um como os outros se demoraram. O criado que tinha partido sozinho foi o primeiro a chegar.

Disse que Mr. Green, o tabelião, não se encontrava em casa quando ele lá chegara e que tivera de esperar duas horas até ele voltar e que, ao chegar, ele lhe dissera que tinha um assunto a tratar na vila, mas que passaria pela Granja dos Tordos antes do amanhecer.

Os quatro homens voltaram igualmente desacompanhados. Traziam o recado de que Catherine se encontrava demasiado doente para deixar o quarto e que Mr. Heathcliff não lhes havia permitido vê-la.

Ralhei com os idiotas por acreditarem em semelhante patranha, que não pode contar ao meu patrão. Resolvi então que, ao romper da manhã, levaria comigo um bando de gente até ao Alto e tomaríamos a casa de assalto, se a prisioneira não nos fosse entregue de imediato.

Jurei e tornei a jurar que o pai tinha de ver a filha, nem que para isso tivéssemos de matar aquele demônio à sua própria porta, por nos impedir de entrar.

Felizmente, foi-me poupada a viagem e o incômodo. Por volta das três horas, desci ao piso inferior para ir buscar um jarro de água e, ao passar pelo vestíbulo, já com o jarro na mão, ouvi umas pancadas na porta da frente que me fizeram sobressaltar.

_Oh! Deve ser o tabelião --pensei, recompondo-me. --_Só pode ser Mr. Green, e continuei o meu caminho, tencionando mandar alguém abrir a porta; mas as pancadas continuaram, não muito fortes, mas insistentes. Pousei o jarro no corrimão e apressei-me a ir eu mesma abri-la. Lá fora brilhava a lua cheia. Afinal, não era o tabelião. Era a minha querida menina que se atirou ao meu pescoço a soluçar...

--Ellen, Ellen! O papá está vivo?

--Está, sim! --afirmei --Está sim, meu anjo! Deus seja louvado, a menina está connosco outra vez!

Ela quis logo correr pela escada acima e ir ao quarto do pai, mesmo ofegante como estava, mas eu obriguei-a a sentar-se numa cadeira, fi-la beber um pouco de água e lavei-lhe o rosto empalidecido, friccionando-o com o avental para lhe trazer alguma cor às faces. Depois, disse-lhe que era melhor ir eu primeiro dizer a Mr. Edgar que ela chegara e implorei-lhe que se declarasse feliz com Master Heathcliff. Ela olhou-me espantada, mas logo compreendeu o motivo pelo qual a aconselhava a mentir, e prometeu-me que não se queixaria.

Eu não suportei assistir àquele encontro. Esperei do lado de fora do quarto durante um quarto de hora e só então entrei, mal me atrevendo a aproximar-me do leito.

Mas tudo estava sereno: o desespero de Catherine era tão silencioso como a alegria do pai. Ela amparava-o com aparente serenidade e ele fixava no rosto da filha uns olhos, que pareciam dilatados pelo êxtase.

E assim morreu em paz, Mr. Lockwood. Morreu feliz. Beijou a face da filha e murmurou:

--Vou reunir-me a ela, e tu, minha querida filha, um dia te juntarás a nós. Não disse mais nada, não se mexeu mais; continuou com aquele olhar extasiado até que, imperceptivelmente, o seu coração deixou de bater e a sua alma se elevou. Ninguém poderia dizer o momento exato da sua morte, pois não houve um só estremecimento que o denunciasse. Ou porque tivesse já esgotado todas as lágrimas, ou porque a dor fosse tão intensa que lhe refreava o pranto, Catherine ali ficou sentada de olhos enxutos até ao romper da aurora; e no mesmo lugar permaneceu até ao meio-dia, e ali teria ficado, meditando junto ao leito de morte, se eu não tivesse insistido para que ela descansasse um pouco.

Ainda bem que consegui tirá-la de lá, pois à hora do jantar apareceu o tabelião, que havia passado primeiro pelo Alto dos Vendavais, para receber instruções quanto às medidas a tomar. Tinha-se vendido a Mr. Heathcliff e essa havia sido a causa da sua demora em acorrer ao chamado do meu patrão. Felizmente que esta preocupação não veio atormentá-lo à hora da sua morte, tão feliz estava com a chegada da filha.

Mr. Green chamou a si a tarefa de dirigir tudo e todos. Despediu todos os criados, menos eu, e teria usado a autoridade que lhe fora delegada para ordenar que Edgar Linton fosse enterrado, não ao lado da mulher, mas sim na capela, junto da família. Havia, porém, o testamento para impedir tal propósito, bem como os meus protestos veementes contra qualquer infracção às suas disposições.

O funeral foi realizado a pressa e Catherine, agora Mrs. Linton Heathcliff, teve autorização para permanecer na Granja até à saída do féretro.

Segundo me contou depois, a sua angústia tinha finalmente compelido Linton a correr o risco de a libertar. Ela tinha ouvido os homens que eu enviara a discutirem à porta e adivinhara a resposta de Mr. Heathcliff, o que a deixara desesperada. Linton, que fora mandado lá para cima para a saleta logo que eu o deixara, ficou tão assustado que foi buscar a chave antes que o seu pai voltasse. Teve a astúcia de abrir a porta e deixá-la encostada, tornando a dar a volta à chave; quando chegou a hora de deitar, pediu que o deixassem dormir no quarto de Hareton, o que lhe foi concedido, por essa vez.

Catherine escapuliu-se do quarto antes do amanhecer. Não se atrevera a tentar abrir as portas com medo de que os cães dessem o alarme. Percorreu os aposentos desocupados e experimentou as janelas. Por sorte, pôde passar com facilidade pela janela do antigo quarto da mãe, descendo pelo abeto que se encontra encostado à casa e num instante alcançou o jardim. Quanto ao seu cúmplice, acabou por ser castigado pela sua participação na fuga, apesar das manhas utilizadas.

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