HAPPIER | Vhope

By Gabbieah

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[CONCLUÍDA] Quero te ver sorrir, quero que seja mais feliz, mesmo que isso signifique que eu tenha que partir... More

[1] O Fim
[2] Como Tudo Começou
[3] Eu Te Amo
[4] Gatinho
[5] Você e só você
[6] Flores e Chocolate
[7] O motivo da minha felicidade
[8] Titanic
[9] Hippie
[10] clichê
[11] uma semana antes
[12] amanhã talvez
[13] saudade dele
[14] destino
[16] carta da alma
[17] recaída
[18] De volta ao lar
[Epílogo] Taehyung

[15] só hoje

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By Gabbieah

21 de Julho, 2018

Como começar a contar a montanha-russa que foi esse dia? Bom, talvez o ideal sempre seja o começo.

Era sábado de manhã, oito ou nove horas, não me lembro. Jimin apareceu na porta de casa com café da manhã, contando algo engraçado que havia acontecido no caminho até a minha casa. Pois é, estávamos nesse nível.

Eu gostava da companhia de Jimin, gostava mesmo, das piadas e das risadinhas, ele era carinhoso e eu estava carente, o que mais eu preciso dizer?

Não sei ao certo do que chamar aquele rolo que tínhamos, era algo do tipo "você precisa de alguém pra depositar esse carinho e eu estou disposto a ser essa pessoa".

Nós costumávamos ficar quando eu estava bêbado e somente nessas ocasiões, até que nós começamos a ficar quando eu estava sóbrio também e depois disso, só ladeira abaixo. De repente ele começou a aparecer na minha casa em momentos aleatórios do dia, voltávamos juntos da academia, eu ligava pra ele quando estava bêbado, ia pra casa dele nos fins de semana e eu estava sempre despejando meus sentimentos em relação a Taehyung em cima dele, Jimin me ouvia me dava alguns conselhos e mudava de assunto.

Eu estava o usando como tapa buraco e tinha consciência disso, eu sei é horrível, me arrependo disso até hoje.

Em compensação eu deixei claro em todas as vezes que não queria nada sério, que não tinha sentimentos reais por ele, Jimin era apenas o Jimin, ele merecia muito mais do que eu tinha a oferecer à ele.

Mas ele ficou, ele insistiu em ficar do meu lado por um bom tempo, o pior de tudo é que eu sabia o que ele sentia por mim, eu jamais deveria ter deixado ele ficar, mas a porra da carência falava mais alto. Eu sou patético.

Era ridículo, nós nos beijávamos e porra, era bom, mas não era ele quem eu queria que estivesse ali, nunca foi.

Eu constantemente pensava em Taehyung e estava sempre comparando os dois. Quando assistíamos filmes juntos e ele fazia um comentário aleatório eu logo pensava "Taehyung diria exatamente o contrário". Quando eu pedia a opinião dele sobre algo "Taehyung nunca diria isso". Era sempre assim. Taehyung teria feito de outro jeito. Taehyung teria feito isso. Taehyung teria dito aquilo. Taehyung. Taehyung. Taehyung.

Era um inferno.

Naquela manhã depois de termos nos sentado para comer enquanto víamos um programa bobo qualquer na televisão, eu me levantei para levar a louça para a cozinha.

- É verão, nós deveríamos sair e aproveitar a praia, sei lá - ele comentou aleatoriamente - O que você acha?

- Eu gosto da minha casa - respondi o ouvindo rir fraco - Aliás que dia é hoje? - me apoiei no balcão para encara-lo no sofá.

- Vinte e um.

Vinte e um de julho. O bendito vinte e um de julho. Como eu pude esquecer aquela data? Era a droga do meu aniversário de namoro com Taehyung, ou pelo menos era pra ser. Me senti horrível por não ter me lembrado.

- O que foi? Que cara é essa? - Jimin perguntou de cenho franzido.

- Nada - respondi negando com a cabeça - Deixa pra lá, você falou sobre ir a praia?

- Sim, quer ir?

O último lugar que eu queria ir naquele dia era a praia. Me trazia lembranças demais, sentimentos demais e eu não queria sentir aquela dor desgraçada outra vez, não quando eu estava começando a passar por ela.

- Não, qualquer lugar menos a praia.

- Tudo bem - concordou desconfiado - Quer sair à noite então?

- Não, esquece - voltei a me sentar no sofá ao seu lado - Vamos ficar aqui - apoiei a cabeça em seu ombro, pronto para receber carinho. Passamos a manha inteira assim, aproveitando a companhia um do outro.

Eu estava dando o meu máximo para não pensar em Taehyung naquele momento, mas estava sendo impossível. Porque não era para eu estar ali com Jimin, não era porra, eu deveria estar com ele, na casa dele, na cama dele, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, e parar a conversa com beijinhos, ele faria manha para levantar e só depois iríamos tomar café, faríamos planos para a noite logo depois de assistir uma animação qualquer, seria um dia perfeito, era sempre perfeito.

Fantasiar sobre Taehyung talvez sempre tenha sido um dos meus maiores erros nesse processo de superação, mas mesmo que me machucasse muito, eu não conseguia parar de pensar nele e fantasiar sobre como teria sido nossa vida juntos.

Jimin foi embora no comecinho da tarde, disse que precisava passar na casa da irmã e me pediu para ligar caso eu precisasse de algo. Eu não liguei para ele nenhuma vez aquele dia, eu sequer me lembrei dele pelas próximas horas.

Sabe, é incrível como 24 horas podem parecer longas, longas até demais. Sentia que aquele dia nunca teria um fim, eu só queria que ele acabasse logo para eu poder dizer a mim mesmo: Você conseguiu, meus parabéns.

Em busca de ocupar a minha mente com qualquer coisa que fosse eu decidi que iria arrumar a casa, eu limpei tudo umas duas vezes seguidas, não tinha mais o que limpar e ainda eram três da tarde. Era um pesadelo.

Fucei o celular, tentei assistir alguma coisa, me entupi de comida e eu continuava levando meus pensamentos até Taehyung, os afastando antes que eu pudesse me aprofundar nele e começar a ficar triste.

Foi quando eu tive a brilhante ideia de abrir a garrafa de vinho que estava na geladeira a uns bons meses. Foda-se o tempo do vinho eu queria era esquecer da minha vida.

Passei uns bons minutos na varanda pensando em tudo e nada, a garrafa de vinho chegando na metade e minha visão embaçando. Ficar bêbado tomando vinho é ridículo.

Voltei para a dentro com meu vinho barato e a minha taça, a única que havia sobrado das cinco que eu tinha. Taehyung quebrou duas delas, e eu as outras duas, todas no meu aniversário quando fazíamos a questão de comprar um vinho descente e não um fardo de cervejas.

Não sei o que me levou até o quarto, mas me encontrei fuçando o meu armário atrás da caixa de coisas do Taehyung. Era assim que eu a chamava.

Lá estava eu cutucando a ferida, joguei todas as roupas dele no tapete até finalmente encontrar a maldita caixa, ignorada por meses. Não sei onde eu estava com a minha cabeça para abrir aquela porra.

Me sentei entre as roupas dele deixando a caixa no chão, enquanto enchia a taça mais uma vez, soltei um suspiro fitando as roupas ao meu lado. O cheiro dele vindo delas, havia me esquecido do quão bom o cheiro dele podia ser.

Deixei a taça de lado por um momento, puxando uma das camisas branca com uma estampa colorida, eu adorava aquela camisa em particular porque era uma das que eu gostava de dormir usando.

Sem pensar duas vezes eu tirei a camisa que usava apenas para vestir aquela, que era muito maior do que eu e ainda tinha o cheiro dele. Fez meu coração errar uma batida.

Quando voltei a atenção para a caixa, tomando coragem para abri-la e quando finalmente consegui eu quis me matar, eu me auto saboto todas as vezes, aquilo quebrou o meu coração.

Tinha todos os presentes que ele me deu ali, todos. Todos os livros dele. Todas as nossas fotos. Tudo ali, todas as coisas que ele não veio buscar e que talvez eu devesse joga-las fora, mas eu não tinha coragem, nunca tive.

Eu revirei aquela caixa inteira atrás do que realmente me interessava, a nossa aliança de namoro e depois de muito tempo eu lembrei que estava na última gaveta da cômoda. Me levantei desesperado para destrancar aquela merda, não consigo nem descrever a dor que eu senti quando achei não só o anel como nossa foto de quando começamos a namorar e as várias folhas de poemas que ele me dava, os bilhetinhos que ele deixava.

Eu passei horas ali lendo tudo e absorvendo todos aqueles sentimentos, era doloroso demais, era horrível saber que era para estarmos juntos.

Eu já estava cansado de chorar por isso, mas porra, eu não conseguia controlar, não diante a vários poemas e bilhetes onde ele dizia que me amava, não com aquele anel em mãos, eu não conseguia segurar o choro naquela situação.

Fitei aquela foto nossa, naquela maldita praia, naquele maldito dia e tomei uma decisão, sem pensar muito eu apenas me levantei e fui atrás das minhas chaves.

A praia era o último lugar que eu deveria ir e lá estava eu, saindo em direção aquela maldita praia. Eu queria chegar antes do sol se pôr, meio bêbado, usando uma camisa dele, indo atrás do que quer que fosse.

Quando cheguei e pude ver o mar, as ondas calmas e a areia branquinha, foi a sensação mais tranquilizadora que eu tive a chance de sentir nesses meses conturbados, foi como encontrar finalmente a calmaria depois de uma longa tempestade.

Haviam poucas pessoas ali, a maioria estava distante demais, eu não precisava me preocupar. Caminhei em direção a margem e só então me sentei na areia, mantendo o olhar focado no horizonte.

Me perguntei por onde Taehyung andava, eu sabia que ele iria adorar ver o por do sol daquele fim de sábado, e eu não poderia estar mais certo sobre isso.

- Oi - sua voz veio até mim, tão de repente que chegou a me assustar. Queria ter perguntado de onde caralhos ele havia saído, mas em vez disso apenas o assisti se sentar ao meu lado, com uma garrafa de cerveja em mãos.

- Oi - respondi em meio a um suspiro cansado, para então deixar que o silêncio permanecesse entre nós.

Tudo acabou se tornando melhor com ele ali, do meu lado, a presença de Taehyung me preenchia e ele nem precisava dizer nada.

Ficamos longos minutos apenas fitando o horizonte, esperando que o sol se fosse. Taehyung apenas bebendo e eu implorando para que ele dissesse algo, qualquer coisa.

Virei o rosto para encara-lo, desde os cabelos loiros desgrenhados até a pontinha do nariz, ele parecia cansado. Taehyung soltou um suspiro, desviando o olhar para o chão e dele para mim.

Aqueles olhos castanhos lindos, tão apaixonantes, mexeu comigo notar que ele ainda me olhava da mesma forma, com as pupilas dilatadas.

Seu rosto estava corado pela embriaguez. Estávamos os dois bêbados, fracos demais para controlar o coração.

Era difícil demais sustentar o seu olhar, era doloroso, ainda sim ficamos presos naquela troca de olhares por muito mais tempo.

- Que merda - ele grunhiu virando o rosto outra vez - Que merda, Hoseok.

- O que foi? - perguntei me inclinando para encara-lo, foi quando eu percebi que ele estava chorando. Eu odiava vê-lo chorar, saber que ele estava sofrendo me causava uma angústia horrível.

- Por que nós estamos aqui, porra? - perguntou, a voz carregada por todos aqueles sentimentos.

- Eu não sei - respondi começando a sentir o choro preso na garganta.

- Não era pra ter sido assim - murmurou abraçando as próprias pernas, escondendo o rosto entre elas - Não deveria ter acabado assim. O que foi que nós fizemos?

Suas palavras me atingiram da pior forma possível, aquela dor que eu não sentia a dias voltou com tudo, me despedaçando por inteiro. Eu não sabia o que fazer, não sabia porque eu estava ali, não conseguia entender o porque de estarmos os dois ali, depois de tudo, de toda a dor que causamos um ao outro.

Se éramos tão destrutivos, por que eu continuava o amando tanto? Por que esse sentimento nunca mudava? Por que aquilo ainda me machucava tanto?

- Nós tínhamos a melhor coisa do mundo e estragamos. Nós estragamos tudo - sua voz soou fraca - Eu queria tanto que tivesse sido diferente.

Por mais que eu quisesse dizer algo minha voz não saía, não conseguia dizer nada, os soluços não deixavam. Era sufocante, era doloroso demais, eu não tinha mais forças para isso.

- Eu queria que não doesse tanto, queria conseguir deixar de te amar - ele ergueu o rosto para me encarar, seus olhos e o rosto vermelho, molhado pelas lágrimas.

Neguei com a cabeça, apavorado com a ideia de saber que ele não me amava mais, ainda que doesse muito, eu não queria que isso acontecesse. Me sentia egoísta demais por pensar assim, mas era a verdade.

- Não fala assim - pedi sentindo meu peito apertar - Não fala assim depois de tudo, não fala assim, Tae.

- Dói tanto - murmurou.

- Eu sei que dói.

- Eu sinto tanto a sua falta.

- Eu também sinto a sua, todos os dias, todas as noites, o tempo todo.

Taehyung mordeu o lábio com força, tentando segurar as lágrimas por se sentir fraco ao chorar na frente dos outros, mas nós dois sabíamos que aquilo era forte e intenso demais para tentar guardar dentro de si.

Sem controle nenhum sobre meus atos eu simplesmente me aproximei dele, o puxando para mim, fazendo com que apoiasse a cabeça no meu ombro. Taehyung desatou em um choro contido, os braços agora envolta do meu corpo, se encolhendo nos meus braços.

Me doía muito me entregar tão fácil, e mesmo assim eu o fiz, eu coloquei os sentimentos dele acima dos meus, eu guardei Taehyung em mim mais uma vez.

Eu o apertei contra o meu corpo, afundando o rosto nos fios cheirosos de seu cabelo. A dor que passava pelo meu corpo parecia simplesmente não caber em mim, me sufocava, mas eu podia aguentar isso por ele. Por Taehyung eu podia aguentar tudo.

Mesmo quando nenhum de nós conseguia mais chorar, continuamos ali, abraçados na areia. O sol já havia partido, dando espaço a lua e toda a sua magnitude.

Taehyung era a minha lua, com suas fases, o seu brilho e sua beleza quase que etérea, e eu era o sol dele, só dele. Porque Taehyung era o único capaz de me fazer sentir tanto amor, um amor intenso e puro, um amor feito só pra ele.

- Eu não me lembro do que eu era antes de você - murmurou cortando o silêncio - Não sei se gosto de mim sem você.

- Você é perfeito em todas as suas versões - sussurrei, deslizando a palma da mão pelas suas costas. E eu amo todas elas.

- Me sinto perdido, sozinho no escuro - sua voz falhou - Eu nunca me senti assim em toda a minha vida, eu não aguento mais isso - senti seus dedos puxando a barra da minha camisa.

- Eu estou aqui com você - murmurei deixando as lágrimas escorrerem - Eu vou sempre estar aqui pra você, amor - repeti sentindo um ardor na garganta - Sempre.

- Fica comigo hoje - pediu, erguendo a cabeça para me encarar - Só essa noite, Hyung, por favor.

Concordei com a cabeça segurando seu rosto, começando a enxugar suas bochechas com o polegar. Eu fui dele aquela noite, depois de tanto tempo, foi como da primeira vez.

- Só essa noite? - repeti o vendo concordar com a cabeça.

- Só essa.

Não foi só aquela.

Eu o levei pra minha casa depois daquilo, fomos o caminhão inteiro em silêncio e continuamos assim até entramos no apartamento.

Taehyung ficou parado na porta olhando envolta, seguido por um suspiro arrastado antes de resolver caminhar até o sofá, se sentando como se o lugar fosse completamente novo, mas continuava a mesma coisa.

Me lembro de tê-lo arrastado para o banheiro, lhe entreguei uma toalha e mandei que tomasse um banho. Taehyung ficou no banheiro tempo o suficiente para eu arrumar a bagunça que tinha feito no quarto mais cedo. Deixei somente uma de suas roupas em cima da cama e segui para a cozinha.

Eu o conheço melhor do que ninguém, sabia exatamente a fome que sentia depois de beber. Eu cozinhei pra ele, com uma taça de vinho na mão, tentando me manter controlado com aquela situação toda.

Taehyung voltou para a cozinha com o cabelo pingando, a toalha sobre os ombros, esbarrando em tudo o que vinha pela frente. O assisti se sentar em uma das cadeiras da bancada, fitando os dedos das mãos.

Eu precisaria de muito mais vinho para não desabar com ele ali, muito mais. Soltei um suspiro antes de lhe servir o prato, puxei a toalha de seus ombros a usando para secar os fios loiros de seu cabelo. Taehyung bêbado costumava dar muito trabalho, mas eu já tinha experiência.

- Por que você nunca seca o cabelo quando saí do banho? - perguntei largando a toalha na cadeira ao lado - Você dorme com o cabelo molhado assim e acorda doente, eu já cansei de te dizer...

- Eu sei, me desculpa - murmurou agora enrolando o macarrão.

Fiquei em silêncio, penteando seu cabelo com os dedos, eu adorava fazer isso.

- Você precisa cortar o cabelo - murmurei - Tá começando a cobrir os olhos - disse, afastando sua franja. Taehyung concordou com a cabeça, sem tirar os olhos da comida.

Soltei um suspiro antes de me afastar, avisei que iria tomar banho e o deixei na cozinha comendo. Acho que foi o banho mais rápido e mais estranho que eu já tomei, o tempo todo pensando no que fazer com ele ali, me perguntando o porque daquilo estar acontecendo. Quando sai do banho Taehyung estava na varanda, em silêncio, parecia distante.

Caminhei até ele em silêncio, contendo minha vontade de abraça-lo por trás, como costumava fazer sempre, apenas parei ao seu lado, notando sua carinha de sono.

- Vem dormir - chamei.

- Com você?

- Comigo - concordei, o vendo assentir com a cabeça me seguindo para dentro.

Fomos os dois para o quarto, ele ficou em completo silêncio me assistindo arrumar a cama e ficou assim até eu encontrar uma camisa do Jimin no meio daquela bagunça, eu não queria que ele tivesse visto, mas é óbvio que ele viu e tirou suas próprias conclusões depois de eu tê-la jogado na cadeira. Minha vida é uma grande piada.

Taehyung deitou de frente pra mim, com apenas a luz da janela iluminando o quarto, ele estava tão longe. Continuamos naquela troca de olhares até ele finalmente ceder e se aproximar, passando o braço envolta da minha cintura, minha única reação foi levar uma das mãos até seu rosto, fazendo carinho.

Eu estava agoniado com ele tão perto e ainda sem saber o que fazer, eu sentia falta dele, mas só aquilo não parecia o suficiente pra fazer isso passar. Era muito pouco e eu queria mais.

Já estávamos ali mesmo, nos tocando, misturando as respirações, sentindo o calor um do outro, que o beijo que eu comecei parecia o menor dos nossos problemas.

Sentir o gosto dele depois de tanto tempo me causou uma sensação indescritível, era diferente de tudo, era aliviador, melhor do que eu me lembrava.

Taehyung ficou por cima de mim antes que eu me desse conta, as mãos exatamente onde eu gostaria que ficassem. Ele me deixava louco, me fazia esquecer tudo, por um segundo as coisas foram como deveriam ser.

- Só hoje - ele murmurou contra meus lábios, tão ofegante quanto eu.

- Só hoje - repeti antes de ceder totalmente, sem medo, sem arrependimentos.

A única noite em que esquecemos o porquê demos tão errado, a última noite, a melhor das nossas vidas. Sem promessas, sem qualquer destino, só ele e eu. Só hoje.

Taehyung foi embora de manhã cedo, quando acordei ele já estava se vestindo, pronto para sair e eu sei que ele teria ido escondido sem avisar, afinal a noite tinha acabado, não é? Não dissemos nenhuma palavra além de "tchau" quando o deixei na porta.

Foi uma das sensações mais estranhas que eu já senti, como se ele tivesse levado com ele uma parte de mim, me deixando aquele vazio da saudade outra vez.

Foi mais difícil ainda ver que a roupa que Taehyung estava usando antes do banho estava largada no quarto, ele nem fez a questão de levar.

Ignorei a bagunça da minha casa, da minha vida, de tudo, e apenas me deitei no lado dele da cama só pra sentir o cheiro dele por mais um tempo.

Só aquela noite.

Ou pelo menos era pra ter sido assim.

🌻

Olha eu vindo aqui faltando vinte pra meia noite pq noção eu nao tenho

queria saber se meus mores tem interesse em um grupo no zap&cody (wpp), mas no caso seria para todos os meus leitores, de todas as obras, saca? por favor me digam

é isso, bebam água pra hidratar até qualquer dia

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