love is a rebellious bird ➤ p...

By louchopsuey

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AU em que os meninos ainda fazem música. Louis é o concertino da Orquestra Sinfônica de Londres, Harry é o no... More

Chapter I
Chapter II
Chapter III
Chapter IV
Chapter V
Chapter VI
Chapter VII
Chapter VIII
Chapter IX
Chapter X
Chapter XI
Chapter XII
Chapter XIII
Chapter XIV
Chapter XV
Chapter XVI
Chapter XVIII
Chapter XIX
Chapter XX
Chapter XXI
Epilogue
EXTRA
nova fic - vou deletar isso aqui

Chapter XVII

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By louchopsuey

boa noite. quinta feira fui para a praia e eu estava planejando atualizar antes de viajar mas acabou rolando um imprevisto. enfim, aqui está, um capítulo gigante para compensar o atraso.

boa leitura.
lari.

*

Harry ficou até bastante tarde no Barbican naquela noite, digitando algumas anotações sobre a performance final do ciclo em seu notebook até a sala ficar escura ao redor dele. Ele franziu para seu celular depois de terminar, checando por novas mensagens enquanto pegava sua bolsa e desviava pela mesa para chegar até a porta. Ele estava esperando por uma de Louis, desde que ele mandou uma mensagem horas atrás para ver se ele estava se sentindo melhor pela noite passada. Mas havia apenas uma mensagem entusiasmada de Niall, concordando em ajudá-lo a lever todas as suas caixas  para casa de St. Luke's no dia seguinte em troca de cervejas.

Claro, mate!!! :) Cervejas!!!!!!!!!!!!!

Nada de Louis.

Harry suspirou pesadamente quando saiu para o mezanino deserto e fechou a porta de seu escritório, puxando para baixo uma sensação de inquietação. Não era de Louis ignorar suas mensagens.

"Ainda não deve estar se sentindo bem, é tudo..." ele murmurou para si, balançando a maçaneta para ter certeza que a porta estava trancada.

Sua mente voltou para a composição que ele havia deixado no buraco de pombo de Louis naquela tarde. Ele esperava não ter ultrapassado os limites e deixado Louis desconfortável por ter examinado. Ele estava completamente perdido em pensamentos enquanto seguia para as escadas, onde quase colidiu com Liam Payne.

"Whoa, Maestro!" Liam disse, apoiando Harry com uma mão em seu antebraço. Ele estava se movendo razoavelmente rápido e Harry teve que se virar para o lado para desviá-lo, cambaleando sobre seus calcanhares. "Não te vi aí. Me desculpe por isso."

"Onde está o fogo, Payne?" Harry perguntou com uma risadinha, logo que recuperou seu equilíbrio. Ele se sentiu como um pai idiota assim que as palavras saíram.

Liam não pareceu se importar, apenas balançou sua cabeça em exasperação e correu uma mão por seu cabelo cortado antes de começar a falar. "É essa reunião interminável do conselho," ele disse, apontando por cima do ombro na direção geral dos escritórios administrativos com um revirar dos olhos. "Grimshaw acabou de me enviar para pegar alguns documentos que ele esqueceu em seu escritório." Ele olhou para seu relógio. "Eu duvido que sairemos daqui antes das dez."

Harry assentiu, seu pulso acelerando um pouco pela menção da reunião. Ele sabia que eles tomariam uma decisão sobre sua oferta qualquer dia agora, provavelmente estavam fazendo agora. O debate prolongado não o fez se sentir exatamente confiante de que as coisas iriam ao seu favor.

A vergonha tomou conta de Harry enquanto ele se mexeu desajeitadamente em frente ao Liam, esfregando a ponta de sua bota no tapete vermelho macio do chão do mezanino. Ele sabia que sua preocupação não estava totalmente ligada ao resultado da decisão, era que a decisão estava sendo tomada. Eu tenho que conversar com Louis de qualquer jeito, Harry pensou, estremecendo internamente pela sua insegurança e pelo o vago pavor que a ideia de tal conversa o encheu. Já deveria ter conversado com ele. Semanas atrás. Semanas atrás... Ele usava o atraso como uma tática de prevenção por um mês e ele não poderia mais mentir para si mesmo.

Liam deve ter sido capaz de perceber que Harry estava imaginando para que lado o vento estava ventando, porque ele se inclinou para frente da maneira um pouco exagerada que ele tinha, claramente prestes a falar algo confidencial. "É inacreditável que demoraram tanto tempo para decidir," ele sussurrou, revirando seus olhos novamente. Sua expressão escureceu e ele inclinou seu corpo ainda mais na direção de Harry, a fofoca brilhando em seus olhos. "E só entre você e eu, se isso não acontecer..." ele olhou para todos os lados para ter certeza que eles estavam sozinho antes de continuar, a voz mais baixa do que antes, "eu aposto que é tudo por conta de Louis Tomlinson."

A cabeça de Harry recuou em surpresa confusão, a adrenalina correndo rapidamente por suas veias como veneno quente.

"O quê?" ele conseguiu colocar para fora, seu coração batendo ferozmente contra sua caixa torácica.

"Yeah," Liam assentiu, franzindo os lábios em aborrecimento antes de continuar. "Então, Turner para ele no saguão essa tarde e pergunta sua opinião, se ele acha que você seria uma boa escolha para a OSL. E Tomlinson diz que não... Ele diz que não!" Liam arregalou seus olhos, incrédulo com a irritação de Louis enquanto ele falava, balançando sua cabeça lentamente de lado a lado. "Eu pensei que Grimshaw iria estrangulá-lo."

Harry fez um som suave de angústia, mordendo seu lábio inferior com força para engolir. Ele piscou para Liam rapidamente, atordoado demais para fazer qualquer coisa. Eu não entendo. Eu não entendo. Ele se sentiu desconcertado e perturbado quase ao ponto de desorientação, com concussão por ele. Seu cérebro era feito de algodão e havia um estranho toque em seus ouvidos.

Isso tinha que ser um engano. Tinha que ser. Apenas um mal-entendido. Louis não faria, Harry pensou. Ele sentiu um puxão enjoado no fundo de sua garganta enquanto o gosto de algo doentio e metálico inundou sua boca, seu coração como uma bola de dor dentro de seu peito. Por que ele faria? Por que?

"E depois que você deu para ele o presente daquele Dvořák!" Liam sussurrou em desgosto.

Harry levou uma mão trêmula para sua sobrancelha e deixou um suspiro longo, encarando para a frente. Ele não conseguia entender isso, não conseguia compreender nada. Ele ainda estava atordoado por isso, sua mente era uma coisa distante, o sistema nervoso em revolta. Um suor frio começou sobre seu corpo.

Liam parecia que estava se sentindo cada vez mais fora do lugar quanto mais Harry ficava em silêncio. Obviamente, ele esperava um pouco de queixas compartilhadas sobre a arrogância ridícula de Louis, talvez alguma ligação sobre isso. Provavelmente alguém teria esperado uma resposta verbal de algum tipo. Particularmente sendo tão incrivelmente inconsciente do fato de que Louis segura meu coração patético na palma de sua mão.

"Eu, uh —" Harry disse, ainda lutando e falhando em se recompor. "Eu —"

Ele precisava evitar que isso seja um desastre. Ele certamente não queria que Liam Payne descobrisse tudo. Lendo isso dele. Não agora. Deus, especialmente agora não. Não se...

Mas.

Ele não faria. Eu conheço ele. Eu não o conheço? Ele não faria... Como ele pode? Eu não acredito que ele faria. Eu não consigo!

Harry respirou fundo. Ele se sentia tão impotente em proteger Louis, estava tão apaixonado por ele que, apesar do fato de isso talvez ser o fim do mundo, ele não podia deixar o comentário de Liam sobre o concerto de Dvořák permanecer. Ele usou aquela parte desesperada e devota de sua alma para finalmente encontrar sua voz.

"Eu posso ter escolhido o Dvořák," Harry explicou quietamente. Ele reuniu toda a força que tinha para não trair o fato de estar tão perto de chorar que ele estava quase sufocando. "Mas ter Louis aqui para tocar, esse era o presente."

Liam piscou para ele, seu olhar preocupado passando rapidamente pelo rosto de Harry como se ele estivesse descobrindo alguma coisa. Merda. Ele provavelmente apenas conseguiu piorar as coisas.

Harry engoliu em seco novamente e respirou fundo. Ele poderia fazer isso, desempenhar um papel para que ele pudesse sair dali. E conversar com Louis. Porra, eu preciso conversar com Louis.

"Tendo dito isso," Harry continuou, ignorando a dor feroz que enchia seu corpo, provocando uma dor maçante, "Eu acho que nós nunca tivemos uma relação de trabalho particularmente harmoniosa, não é mesmo?" Ele conseguiu dar uma risada desapegada.

Liam deu a ele um pequeno sorriso conhecedor, a confusão em seu rosto clareando um pouco.

Isso é uma mentira, Harry pensou. Isso é uma mentira. Pontadas de medo corriam por suas costas. Não é? Pelo menos é para mim... Talvez no começo, mas depois...

Ele sacudiu seu corpo. Ele tinha que passar por isso se isso o matasse.

"Não posso dizer que não estou desapontado, mas eu posso dizer que não estou tão surpreso," ele disse. Ele deixou seu tom o mais seco possível, mesmo que seu coração estivesse preso em sua garganta enquanto ele mentia.

Liam suspirou em entendimento, balançando sua cabeça. Ele estava claramente pensando em suas próprias experiências em lidar com músicos prima donnas difíceis.

Eu deveria estar, no entanto? Harry pensou, um nervosismo nocivo se contorcendo em seu estômago. Eu deveria estar surpreso?

Seus pensamentos foram interrompidos por Liam limpando sua garganta e apontando para o corredor do escritório de Grimshaw. "Bem," ele disse, batendo no ombro de Harry uma vez, "Eu tenho que ir. Desculpe por ser o portador de más notícias, Maestro. Estou torcendo por você."

Harry deu um pequeno aceno em agradecimento e em seguida, Liam estava a caminho, suas calças fazendo barulho enquanto andava.

Harry ficou sozinho no mezanino e tomou uma respiração trêmula, uma mão apoiada na barriga. Ele sentia-se exposto e cru; até sua pele doía.

Ele tinha que ir falar com Louis, agora mesmo.

Menos de uma hora depois, Harry estava parado no meio-fio do lado de fora do apartamento de Louis com o coração pesado, olhando para a tinta verde descascada em sua porta da frente. Ele pegou um táxi, não se incomodando em não mandar mensagem que ele estava vindo. Ele imaginou que Louis não responderia de qualquer jeito, ou ele falaria para ele não ir até ali, e Harry não tinha certeza qual seria pior. Parecia que Louis estava em casa; Harry conseguia ver o brilho suave da luz na janela da frente.

Seu peito se apertou quando olhou para a casinha. Ele nunca esteve lá antes, e só sabia da localização porque Niall já os levou para a casa depois de um brunch de ressaca no Astra. A de Louis foi a primeira parada. Lembrando do jeito que ele subiu as escadas, virando para acenar alegremente e sorrir na direção de Harry (sorrir para Harry, na verdade) fez com que a dor sob o esterno de Harry aumentasse repentinamente, irradiando através de suas costelas.

Merda. Ele soltou uma gargalhada infeliz. Tipo diferente de azia dessa vez.

Ele havia comido muita comida gordurosa na lanchonete que eles foram para o brunch naquele dia e passou a corrida para a casa e várias horas seguintes se afundando em pena de si mesmo e reclamando para Louis sobre sua qualidade de vida acentuadamente reduzida. Mas então Louis apareceu no final da tarde daquele dia com alguns antiácidos. Ele provocara Harry sobre o que ele considerava uma tolerância ridiculamente baixa à dor, mas também o mimou até se sentir melhor, deixando ele deitar no sofá com sua cabeça no colo de Louis, os dedos de Louis passando lentamente pelo os seus cachos.

"Eu sei que você se sentiu melhor horas atrás," Louis dissera com um sorriso carinhoso, quando o anoitecer caiu. "Comportamento inacreditável, Harry, atrasando a situação dessa maneira! Se aproveitando de minhas simpatias."

Ele não fez nenhuma indicação de que Harry deveria sair, no entanto, e eles ficaram na mesma posição no sofá, as mãos delicadas de Louis enterradas em seu cabelo até a hora de ir pra cama.

Foi tão amável.

Lágrimas surgiram nos olhos de Harry pela memória estúpida. Haviam muitas... muitas memórias estúpidas e perfeitas.

Coração partido, na verdade. Sem azia, ele pensou inexpressivo, ainda olhando para a luz na janela. Uma risada maníaca estrangulou para fora de seus pulmões diante de sua patética e levemente desequilibrada tentativa de aliviar a situação. É isso mesmo, ria para não chorar. Não chore. Não chore.

Harry havia entrado no táxi cheio de raiva, pronto para invadir o apartamento de Louis e ordenar por respostas, ordenar saber se era verdade. Perguntar a ele por que, e como, e por que, e eu realmente conhecia você?

Agora ele apenas estava com medo. Tão assustado e triste, e tão machucado. Ele não estava preparado para a confirmação que tinha certeza que estava chegando. Não estava preparado em ver o Louis que estava dentro do apartamento. Ele queria continuar segurando o Louis que embalara sua cabeça em seu colo e gentilmente fez carinho em suas têmporas. Harry não foi capaz de conciliar os dois em sua mente. Ele não queria admitir que um deles existisse.

Harry enxugou algumas lágrimas que haviam derramado em suas bochechas, sacudindo seus membros e se preparando para o pior. Ele começou a subir as escadas.

Como ele pode, na verdade? Como? ele se perguntou, ainda segurando nos últimos vestígios de esperança. A energia nervosa cresceu dentro dele a cada passo, chegando a um nível próximo de pânico. Parecia que ele estava prestes a descobrir o resultado de uma audição muito importante, uma que ele tinha certeza de ter estragado. Mas dessa vez ele não sabia quando ou como, quais notas havia perdido.

Ele parou em frente à porta de aparência decrépita, todo o seu corpo tremendo em ansiedade. Ele levantou uma mão instável, engoliu em seco e bateu.

Harry abaixou a cabeça e fechou seus olhos. Ele deu um passo para trás, ouvindo o som de passos se aproximando lentamente dentro da casa. Seu coração estava batendo tão rápido e com tanta força que estava machucando sua coluna.

Ele não faria. Ele não fez.

A porta se abriu lentamente e os olhos de Harry abriram com ela. O tempo parecia suspenso quando ele lentamente levantou a cabeça.

Lá estava Louis na porta, o rosto vazio e olhando para ele.

Ele fez.

"Louis." O nome saiu em um terrível suspiro terrível de um soluço, arrancado de Harry como se sua alma estivesse indo com ele. Ele se virou e encarou a rua, as lágrimas desfocando sua visão. Ele não conseguia olhar para Louis nem por mais um segundo, incapaz de realmente entender o que viu em seus olhos azuis guardados.

Cinzas. Cinzas. Tudo estava cinza ao redor dele. Desmoronando, desmoronando e desintegrando-se quando a dor e a humilhação o envolveram.

Foi pior do que ele esperava, pior do que ele poderia ter antecipado ou esperado. Era abrangente — seu corpo inteiro, todo nervo possível terminando cru e faiscante. O torso de Harry estava balançando levemente em um caminho elíptico irregular. Ele quase se sentiu bêbado pela dor. Bêbado e se afogando nela, desesperado pelo ar que nunca viria.

"O que é que você quer?" Louis perguntou secamente, depois de uma batida.

Toda a raiva justa de antes rugiu de volta à vida dentro de Harry, incendiando com um sopro, a qualidade removida da voz de Louis como um acendedor de gasolina. Ele virou de volta com os olhos em chamas.

"Você está de brincadeira comigo?" ele conseguiu cuspir através das lágrimas sufocantes. Antes de saber o que ele estava fazendo, ele colocou Louis de volta para dentro da casa e o seguiu para a sala, tremendo de raiva. "Você está?"

Louis rapidamente colocou o sofá entre eles, com o olhar duro, a mandíbula cerrada. Ele cruzou seus braços em seu peito. Ele não fez movimento para responder.

Harry começou a andar, sacudindo o excesso de raiva em seus braços e tentando não mostrar o quão perto ele estava de hiperventilar. Ele contornou Louis depois de cinco ou seis passos, com a intenção de jogar tudo nele, mas quando ele olhou diretamente para ele, toda a briga drenou para fora de seu corpo. Ele não tinha energia; outra onda de dor no coração tomou conta dele. Ele respirou fundo, levantando uma mão como uma barreira entre eles. Ele precisava de algo mais que o sofá de Louis, algo que ele escolhera ao invés de Louis.

"Eu não consigo entender," ele sussurrou finalmente, sua voz distorcida pela emoção. "De onde veio isso? Eu ficava dizendo para mim mesmo no caminho pra cá, Louis não faria. Louis não faria. Por que ele faria? E eu não consigo entender. Eu não consigo —" ele respirou fundo.

Louis se mexeu desajeitadamente do outro lado do sofá, parecendo pequeno, frio e desapegado. Incrivelmente bonito, mesmo assim. Ele continuou em silêncio.

"Porque eu pensei. Você não... mesmo? Porque e-eu am—" Harry se interrompeu. Ele não conseguiu dizer isso, percebendo com uma pútrida onda de vergonha o quão incrivelmente unilateral esse amor realmente deve ser para Louis ter feito isso. Ele foi cortado rapidamente, algo havia sido arrancado de dentro dele e ele lutou por vários segundos para conseguir ar. A dor na frente da porta havia sido apenas o começo, aparentemente.

"Eu sou tão tolo," ele sussurrou. Suas bochechas estavam brilhando em vermelho pela frustração e vergonha. "Você me fez parecer tão idiota."

A testa de Louis enrugou. Ele franziu a sobrancelha e arqueou ela. "Você ainda está claramente empregável. Então."

Harry ofegou em surpresa, seus olhos arregalando e lacrimejando. Pareceu que ele levara um soco no estômago pela reviravolta na história de um thriller de segunda categoria; seu personagem favorito era o vilão o tempo todo. Como eu pude ser tão cego? Eu não o conheço nem um pouco?

"Você vai ir para Berlim," Louis disse, dando de ombros e balançando-se em seus pés.

"Bem, essa parece ser minha única opção, de qualquer jeito," Harry disse, muito chocado e triste para dizer mais alguma coisa.

"Yeah," Louis disse, o único traço de emoção, um leve tremor no músculo de sua mandíbula. "Então. Quero dizer, eu não tenho certeza como você pode agir como se estivéssemos sérios sobre isso em primeiro lugar." Ele gesticulou entre eles com um movimento casual de seu delicado pulso.

"Oh, eu entendo," Harry falou, com a voz quebrada, apertando e soltando seu punho para distrair da dor brutal em seu coração. "Então... então você estava apenas agindo em concordância com o que você achava ser o melhor interesse para a orquestra, então?"

Louis sacudiu os ombros.

O corpo inteiro de Harry cedeu e ele encarou para seus sapatos, ainda se sentindo surpreso e despreocupado. Ele desejou que algo dentro dele se endurecesse contra Louis, mas não iria. Talvez nunca fosse. Isso era a pior parte. Ele talvez ame Louis pelo resto de sua vida e Louis nunca o deixaria se aproximar, não completamente. Nunca. Ele se sentiu tão desmoralizado, derrotado e pequeno.

Quando ele ergueu sua cabeça para falar novamente, havia lágrimas quentes escorrendo em seu rosto. "Eu não te entendo," ele colocou para fora, balançando sua cabeça. "Eu quero... eu quero tanto estar ao seu lado, sempre. E não importa quanto eu tente, você não me quer lá. Você não me deixa. Você sempre me afastará. Eu não sei por que não consigo aprender." Ele engasgou nas últimas palavras.

Louis estava olhando para baixo em um ângulo, o olhar entediante no sofá à sua frente. Ele não fez contato visual e não disse uma palavra.

"Certo," Harry disse. "Certo." Ele balançou sua cabeça. "Adeus, Louis," ele sussurrou, antes de sair pelo corredor de Louis e tropeçar pela porta.

*

Harry estava indo incrivelmente bem para chegar em Heathrow a tempo de fazer seu voo para Berlim. A única razão pela qual ele não perderia seu avião era porque Niall estava enviando mensagens de lembrete sobre a realidade de viagens internacionais desde o meio da manhã.

10:25 a.m. Espero que você tenha começado a arrumar as malas, Hazza. Não pode ir se não arrumar!!!

11:15 a.m. 2 horas mais cedo para voos internacionaaaaaaais. Não se atrase.

12:30 p.m. Voce fez as malas? Abra sua mochila, coloque algumas cuecas.

12:45 p.m. Não esqueça de considerar seu táxi como o horário para seu voo, mate!!!!!! :)

12:46 p.m. sei que vc disse que não precisa de carona para o LHR mas tem alguém para buscar vc no Flug Garten???

Harry finalmente cedeu e respondeu, mesmo sabendo que Niall estava provocando ele com seu alemão ridículo e ele estava brincando direto em suas mãos.

12:47 p.m. Flughafen

12:47 p.m. E não.

12:47 p.m. Mas eu vou ficar bem.

Harry saiu cambaleando de seu loft naquela tarde com apenas uma mochila mal feita e uma mochila para bagagem. Ele teria que deixar seu violoncelo para trás por enquanto, por não conseguir comprar uma passagem extra para ela em seu voo. Ele estava tentando se sentir melhor sobre isso dizendo para si mesmo que seria melhor para pegar um táxi. O que acabou sendo verdade, graças a Deus, porque, apesar do incansável incomodo de Niall, Harry já estava vinte minutos atrasado para passar pelo segurança a tempo.

Era bom, Niall apoiar tanto desde que a coisa aconteceu. Mesmo que Harry não pudesse falar abertamente sobre o que era. E mesmo se a bondade de Niall às vezes fizesse Harry se sentir ainda mais perto em chorar do que ele já estava, sempre foi um grande conforto, ter ele lá como amigo.

Harry estava bastante certo que Niall tinha sido capaz de perceber que algo estava estranho no segundo que ele chegou no escritório de Harry em St. Luke's para ajudá-lo com todas as caixas, como eles planejaram.

"Você não está disposto a sair pata beber essa noite, não está?" ele perguntou, depois que eles terminaram de descarregar o porta-malas do carro e levado as caixas para o apartamento de Harry aquela noite. Niall recostou-se contra o lado do Astra, os pés cruzados, olhando para Harry com o olhar gentil.

Harry mordeu o lábio para não chorar e balançou a cabeça lentamente.

"Tudo bem," Niall disse, segurando sua nuca e franzindo, a testa enrugada. "Só me diga quando quiser conversar, tá bem Hazza?"

Harry apenas assentira, incapaz de falar enquanto Niall batia em seu ombro, entrava em seu carro e dirigir para longe. Harry ficou na calçada e observou ele virar na primeira direita, então subiu as escadas até seu apartamento e chorou até finalmente dormir.

É assim que as coisas estavam indo, na última semana e meia. Harry passou seu tempo vagando em um transe como um zumbi desapegado, ou chorando ou prestes a começar. Ele sentia-se tão devastado, tão irreparavelmente triste. A dor havia se assentado como um jugo em seu pescoço e ele carregava ela pars todos os lugares com ele, o tempo todo. Ela nunca desapareceu completamente, apenas variava na intensidade. Ele nem conseguia escapar quando dormia. Era muito pior do que uma simples decepção romântica; Harry estava bem e verdadeiramente de coração partido. Ele sabia que pela primeira vez em sua vida, ele estava presenciando um pesar real e profundo. Niall parecia sentir isso também.

Foi por isso que ele apareceu sem sequer ter sido convidado para ajudar Harry limpar seu escritório no Barbican, depois que a oferta da OSL oficialmente foi desfeita. E porque, ao invés da festa grandiosa que Harry sabia que ele normalmente teria planejado, Niall levou Harry para um buffet chinês à vontade para um almoço quieto de despedida, apenas os dois. E porque ele tem mandado mensagens para Harry a manhã toda, encorajando-o para conseguir fazer seu voo, tentando fazer ele rir, e geralmente deixando ele saber que ele estaria sempre lá se Harry precisasse dele. Harry era grato.

A visão de Londres passando pelas janelas do táxi turvou enquanto lágrimas brotavam nos olhos de Harry pelo o que parecia ser a centésima vez do dia. Ele estava arrependido de ter deixado Niall, especialmente desde que ele estava sendo um amigo excepcional, mas a verdade era que havia apenas uma razão pela qual ele tinha tanto ódio em partir para seu voo, por que ele se atrasara além do que era sensato ou racional. Apenas uma razão por que seu coração estava batendo mais rápido e mais rápido quanto mais perto que chegava do aeroporto. Era isso. Harry estava deixando Londres para valer. Ele estava deixando Louis para valer. Estava acabado. Ele teve que engolir um soluço quando a realização afundou, a tristeza sempre presente dentro dele se acentuando ao máximo. Parecia que seu coração se romperia. Ele ainda não queria que isso terminasse.

Louis Tomlinson.

Louis Tomlinson.

Respire fundo.

Respire fundo.

A voz de Louis dentro de sua cabeça era a única coisa que o salvou de se fazer um completo idiota atrás no táxi.

Respire fundo.

Harry teve muito tempo sozinho desde a noite da casa do Louis, muito tempo para pensar, para refletir e ficar obcecado, e ele ainda não conseguia entender tudo. Ele não conseguia entender onde tudo deu errado e como ele poderia ter mal interpretado a situação tão completamente. Não conseguia entender a frieza nos olhos de Louis, a distância proposital e cuidadosamente mantida que parecia tão diferente do Louis por quem ele se apaixonou. Seu apartamento havia se tornado um tesouro venenoso de lembranças anteriormente queridas. Risadas e toques suaves, a pressão da mão de Louis em sua nuca. Eu sinto muito pelo Boléro, Harry. Eu — Eu sinto muito por tudo.

Harry suspirou e fechou seus punhos, sentindo seus bíceps flexionares quando ele socou suavemente o banco de vinil do táxi. Ele deve ter sentido alguma coisa. Eu sei que ele sentiu. Não sentiu? Mas por que? Por que... Sua mente continuava presa em círculos de segundos adivinhando e se auto duvidando.

Ele não conseguia parar de pensar no que teria acontecido se ele não tivesse esbarrado com Liam no mezanino naquela noite. Teria sido melhor? Teria doído menos não saber o que Louis fizera? Louis teria sugerido cuidadosamente em ir para Berlim depois de Harry oferecer ficar mesmo ele não tendo mais um emprego em Londres? Porque Harry teria feito isso. Ele queria ficar com Louis, não importa o quê, não importa onde. Louis teria o rejeitado? Sutilmente dar a entender que não havia nenhuma razão para Harry permanecer em Londres, não por sua conta, no entanto? Em seu coração, Harry não podia acreditar plenamente que Louis faria isso, mas novamente, no fundo, era isso que ele tinha tanto medo o tempo todo. Rejeição.

Rejeitado por Louis Tomlinson, mais uma vez.

Harry tinha apenas provado que estava certo, mas ele não conseguia tirar a vaga, sensação de afundamento de que de alguma forma havia sido uma profecia que se auto-realizava. O mais desesperadamente deprimido que ele sentiu foi quando ele pensou em quão raramente eles brigavam, uma vez que finalmente ficaram juntos. Uma voz horrível e insistente dentro de sua cabeça continuava falando, Nunca brigaram porque nunca conversaram, na verdade, não sobre nada que importasse. Nunca conversam, significa que na verdade você não o conhece, conhece? Nunca. De modo nenhum.

Mas eu conhecia! ele queria gritar. Eu conhecia ele! Eu conheço ele! Mas ele não conseguia ter certeza de que era verdade.

"Terminal?" o motorista perguntou enquanto Heathrow se aproximava, tirando a atenção de Harry.

"Cinco," Harry disse, mas sua voz saiu muito suave para ser ouvida, bloqueada pela emoção. Ele limpou sua garganta e tentou novamente. "Cinco."

E lá estava ele, parado justamente no Terminal Cinco, piscando para o quadro de partidas, procurando pelo voo das 4:50 p.m. da British Arways para Berlim Tegel. Estava bem na hora. Harry teria que pagar.

*

Uma semana se passou desde que Harry foi embora de Londres, e Louis estava vestido apresentavelmente. Se cabelo estava lavado e arrumado. Ele se barbeara naquela manhã, sem nem fazer birra, e ele lembrou de passar desodorante. Suas meias combinavam. Ele estava na sala de prática no porão de St. Luke's às 7:30 da manhã, trabalhando diligentemente em sua música nova para a regente convidada Lucinda Price. As notas ecoaram com confiança de seu violino e reverberaram entre as paredes sem eco do espaço pequeno, rolando e desaparecendo uma sobre as outras como ondas. Ele era o concertino da Orquestra Sinfônica de Londres.

Ele se sentia como uma merda humana.

Não que ele estivesse permitindo que isso o afetasse, agora que Harry havia ido embora, agora que ele o deixara para pastos (Alemães) mais verdes e menos complicados, Louis conseguia finalmente se concentrar. Ele conseguia se encontrar novamente na música. Em sua agenda de treinos, que ele prometeu triplicar.

Ele franziu a testa. Então por que eu pareço um robô?

Não é nada, ele disse a si mesmo. Apenas enferrujado. Só tenho que relaxar.

Louis viu um flash de Harry se inclinando sobe ele, rosa e quente com cachos úmidos pelo suor espalhados pela sua testa, cantando suavemente enquanto usava dois dedos para abrir Louis. "Hang loose... Hang loose..." Ele começou a rir, então, colocando um terceiro dedo, e Louis jogou um braço em seu rosto. "Idiota," ele murmurou, com carinho. Mas Harry continuou cantando.

"Vá com a maré e eu vou cuidar de você."

Louis cambaleou, os dedos puxando em seu arco. Harry havia acontecido — ele havia acontecido, e ele foi embora. Isso foi tudo. Estava na hora de trabalhar. Ele respirou fundo e virou a página de sua partitura. Ele iria voltar ao que era antes. O que ele era antigamente era bom. "Harry escolheu," ele murmurou para si mesmo como um mantra. "Foi a escolha de Harry. Harry escolheu Berlim. Harry escolheu. Harry escolheu." E o que eu disse para o conselho não fez nenhuma diferença.

Ele ouviu uma batida na porta. Louis olhou para seu relógio antes de virar — ainda cedo, quase oito. Ele colocou seu violino cuidadosamente em sua case e colocou sua cabeça para o corredor. "Nicholas Grimshaw," ele disse. Cristo, até sua voz soava morta.

"Louis Tomlinson," Nick respondeu. "Nós precisamos conversar. Posso...?" Ele abriu caminho para a pequena sala de prática, uma pasta de papel pardo quase explodindo de cheia sob um de deus braços.

"Claro..." Louis disse, suas sobrancelhas erguidas enquanto Nick tentou ficar confortável em uma cadeira dobrável meio quebrada. Seus joelhos pontudos estavam quase cutucando Louis, que estava desajeitadamente acima dele na parede oposta. Ele não achava que já tinha visto o diretor administrativo no porão da St. Luke's antes. Ele não se encaixava.

"Você não aceitou nenhuma das minhas solicitações de reunião no Outlook," Nick franziu a testa. "É por isso que vim encontrá-lo pessoalmente."

"Desculpe, eu —"

Nick levantou sua mão, a pasta escorregando para seu colo. "Não que eu espere que vocês músicos verifiquem seus e-mails; vocês estão sempre em algum lugar praticando, o que é provavelmente como deveria ser. Como pastorear gatos..." Ele suspirou. "Enfim."

"Nick," Louis interrompeu. "Eu sinto muito sobre o que eu falei para Dennis Turner. Eu sei que você estava tentando me fazer dizer basicamente o oposto..." Ele mordeu seu lábio e rolou seus olhos para o tapete no chão, olhando para a ponta dos sapatos de Nick.

"Não, não," Nick afastou sua desculpa. "Você só estava falando a verdade. Honestamente, foi um pouco inapropriado ele ter te encurralado daquele jeito e perguntar para você. A maioria do conselho estava procurando por qualquer desculpa para não comprometer o dinheiro com o salário de Styles. Mesmo que você dissesse o que eu queria, eles teriam encontrado um em algum lugar. Não, não é sobre isso que se trata."

Louis ficou um pouco aliviado, seus músculos relaxando um pouco, embora ele ainda estivesse tenso. Não é minha culpa, ele pensou, com uma indignação hipócrita. Viu? Realmente não foi minha culpa. Ele teria ido para Berlim de qualquer jeito. Teria acabado de qualquer jeito. Ele adicionou essa nova peça de informação em sua realidade cuidadosamente construída, aquela que ele construira para si mesmo na estação duas semanas e meia atrás, no seu caminho ao voltar do Barbican depois da conversa com o conselho. Ele teria ido embora não importa o quê. Esse era o único pensamento que estava em sua mente durante o confronto com Harry, a única coisa que deixou seu rosto impassível, mesmo que seu coração estivesse quebrando. Você está me deixando não importa o quê. Não importa o quê, você escolheu me deixar.

"Embora seja uma pena, porque Harry deixou bem claro para mim que ele teria ficado mais do que feliz em assumir uma posição permanente na OSL. Continuava falando sobre o quanto ele amava Londres. O quanto ele queria ficar... Eu estou positivo de que se a posição tivesse sido oferecida, ele teria rejeitado Berlim num piscar de olhos." Nick abaixou sua voz com um sorriso de canto. "Confidencialmente, eu acho que ele estava vendo alguém."

Não havia ar. Não havia ar na sala. A mente de Louis apagou. Seu mundo explodiu e se recompôs um segundo depois, em formas novas e aterrorizantes. Ele apertou seus olhos fechados por um momento, sentia-se que não conseguia se mexer. Não conseguia reagir. E Nick apenas riu.

"Mas isso não é aqui nem ali. Obviamente, você está feliz em ver as costas dele, e eu admito que isso facilita o orçamento da próxima temporada para mim."

Louis desejou que Grimshaw fosse direto ao ponto. Ou ele só estava aqui para arrancar o coração de Louis para fora de seu peito e empurrá-lo pela garganta? Sufocando em seu próprio coração — é isso que, Deus, é isso o que estava acontecendo. Louis não conseguia respirar. Ele sentia seu coração subir e descer, em pânico (isso é o que ele estava evitando com as meias combinado, o barbear, a vestimenta, a prática) enquanto ele tentava respirar. Por que Nick não percebeu a falta de oxigênio? Louis estava engasgado no vácuo. Suas mãos começaram a tremer, ele imediatamente procurou por Trovão, não queria derrubar — oh, ele estava ali na case...

"Uma coisa que ficou clara pelo resultado dos negócios do Styles, é que a OSL precisa de uma estrela jovem e brilhante."

"Hum," Louis conseguiu falar a palavra. Ele conseguia dizer que estava agindo estranho; ele quase conseguia se ver remexendo, respirando fundo. Mas Nick continuava falando.

"Sim, alguém para todos se empolgarem. Alguém para a internet, se você entende o que eu digo; alguém para criar hype, alguém... sexy."

Então, Nick entrou na sua sessão matinal de prática para informá-lo que Harry Styles era sexy. Esse deve ser o ponto baixo, Louis pensou, com um repentino pânico fresco. Deve ser isso, aqui, agora. Ou era o ponto baixo, ou ele estava lentamente se afundando em profundidades que nunca pensaria.

"Nós pensamos que essa pessoa poderia ser você."

Louis piscou. "O q-quê?" Ele estava suando; ele conseguia sentir as manchas molhadas sob suas axilas. Ele conseguia ouvir os pequenos respiros estranhos ecoando ao redor da sala de prática, e ele se sentiu tão, tão exposto. Como uma minhoca em um anzol — uma pequena coisa nojenta, contorcendo-se de dor. Ele não entendia nada.

"A jovem estrela brilhante!" Nick aplaudiu, encantado. "Você ainda é novo e..." ele bateu suas mãos na direção do rosto de Louis, "um bom partido. O conselho pensa que, com base na performance de Dvořák do mês passado, nós poderíamos promovê-lo como um artista solo. Começando com um outro concerto; nós estamos pensando que o primeiro de Bruch pode ser uma boa ideia. Outro terceiro movimento e de alta energia, certo? Como o Dvořák. E então podemos começar a falar de acordos de álbuns..."

A cabeça de Louis nadou. Ele tossiu e encostou sua cabeça na parede, piscando para a luz fluorescente trêmula em leve confusão. Uma carreira solo. Acordos de álbuns. Reconhecimento. Nick ainda estava falando.

"... e a imprensa absolutamente gozaria por você, perdoe a expressão. Nós temos contato com PR e nós achamos provável que possamos plantar alguns perfis fofos cheios de bajulação. Grande promoção..."

Era isso o que ele queria. Se você tivesse perguntado para Louis cinco meses atrás o que ele queria, essa cena seria mais ou menos o que ele teria descrito. A chance para fazê-lo um nome familiar, se tornar o próximo Joshua Bell. Louis sentiu-se estranhamente removido da situação, como se ele estivesse em um sonho e assistindo ele mesmo, vendo Nick tirar algumas folhas de papel de sua pasta de papel pardo e segurá-las para Louis, continuando sobre a Operação Tomlinson.

"E é claro, com os dedos cruzados, o Dvořák deve ir no seu álbum de estreia. As pessoas ainda estão falando sobre isso. Temos que atacar enquanto o ferro está quente..."

Sua voz sumiu novamente. Louis tentou ler o pedaço de papel que lhe foi entregue, conseguiu registrar algo sobre como ele realmente deveria checar seu Outlook com mais frequência porque ele estava prestes a ser inundado com reuniões. Ele trabalharia de perto com Liam Payne nisso. Grandes coisas, Louis! Grandes coisas! Bem, eu vou deixar você ir. Tenho certeza que você quer fazer algumas ligações.

"Mhmm," Louis assentiu, um pouco distraído. "Obrigado, Grimshaw." Isso era tão errado. Ele não tinha palavra para descrever como tudo isso parecia errado.

Então Nick havia ido. Louis virou e desabou na cadeira dobrável com um pequeno suspiro, passando os dedos por seu cabelo, esticando a pele de sua testa enquanto se inclinava sobre suas mãos e olhava para o chão. Seu corpo inteiro ainda estava tremendo, a dor disparando através dele em pequenos suspiros enquanto ele conseguia registrar o que Nick havia dito anteriormente.

Harry queria ficar... Bem, se ele queria, porque ele não disse a porra de nada? Louis lembrou da expressão de dor em seu rosto, quando ele invadiu sua casa e começou a gritar. O olhar de completa traição. Ele estava bravo comigo por contrariar ele na frente do conselho; eu entendi, Louis pensou para si com bastante cuidado. Ele se apegou a isso como a principal razão da dor de Harry, pelas lágrimas que encheram seus olhos. Mas ele foi embora, e ele teria ido não importa o quê. E agora você recebe isso.

"Não é minha culpa," murmurou Louis, teimosamente. Sua voz soava pequena, no entanto. Como se ele não acreditasse na verdade. "Eu não pedi por isso. Quer dizer, eu queria... Eu deveria estar feliz!"

Ele se perguntou com quem estava discutindo.

Louis levantou-se. Ele estava começando a se irritar, a raiva passando por ele junto o sentimento persistente de culpa. "Pelo amor de Deus, eventualmente ele teria ido embora! Ele escolheu. Eu não fiz nada. Eu não fiz. Isso não é culpa minha. Grimshaw disse. Ele disse que provavelmente não dariam a posição para ele..."

Porra. Louis fechou a boca e pegou seu violino, juntou suas partituras e saiu da sala. Ele subiu as escadas tão rápido que suas coxas queimaram e sua cabeça ficou um pouco tonta, pisando no pátio verde atrás da igreja, onde os narcisos ainda estavam florescendo. Malik estava fumando seu cigarro da manhã; Louis levantou sua mão sem falar nada e recebeu um cigarro. "Bom homem," ele murmurou, e Zayn apenas assentiu silenciosamente.

Uma vez aceso, Louis se afastou e pegou seu celular com dedos trêmulos. Ele tocou em seus contatos recentes e escolheu o nome no topo da lista.

Tocou por um longo momento. Então,

"Baby?"

Louis respirou trêmulo. Sempre seria bom ouvir essa voz, mesmo que... "Oi, mãe," ele engasgou. Ele olhou para Zayn, que estava estudando seu olhar, fingindo estar distraído pelos brotos verdes da roseira. Louis foi para o canto da igreja, na sombra sob o beiral.

"O que há de errado?" ela perguntou. Ele conseguia ouvir mulheres rindo ao fundo, e o tilintar de talheres. Sua voz era fria, seu tom levemente insincero. Claramente ele a estava incomodando em um brunch ou algo. Clássico. Bem. Louis não pode de dar uma risada fraca e úmida.

"Eu acabei de ter uma reunião com Nick Grimshaw..."

Quando o tom de sua voz mudou depois de alguns minutos, Louis tentou não ficar decepcionado. Ele sabia sobre o que ela se importava, o que ela queria.

Ele só queria poder dizer o mesmo por si mesmo.

*

Harry olhou para a famosa fachada da Filarmônica de Berlim, flexionando seus dedos e respirando o ar levemente misturado com o cheiro de frituras. Ele tinha que encontrar seu escritório. Então haveria algumas papeladas e, logo então, seu primeiro encontro com a orquestra. Ele tentou não pensar no que falar para eles. Provavelmente se atrapalhar com seu alemão meio lembrado por um tempo, até que ele se envergonhe suficientemente.

"Casa," ele disse. Ele olhou para a sala de concertos, se deixando sentir. "Casa." Essa seria sua casa por um bom tempo, e as pessoas que ele conheceria seriam sua família. Eventualmente, todo o resto desapareceria em uma memória distante — como outras memórias distantes — ele estaria totalmente presente. Aqui. Em Berlim. Ele fechou seus olhos e tentou imaginar.

Nesse momento, seu celular tocou; ele recebeu um e-mail de Niall. Então o clima foi quebrado.

Harry, mate, eu vou falar com ele. Não finja que não sabe de quem estou falando. Ele pode ser, de longe, o maior idiota nessa situação, mas você também precisa saber que ele não é tão forte e independente, e acima de tudo, como ele finge ser. Ok??? Gladys envia cumprimentos. Tome uma caneca de Bitburger por mim. Tudo vai dar certo.

Harry bufou alto e apertou o botão de bloqueio, fazendo sua tela ficar escura e gelada. As lágrimas encheram seus olhos, Deus, ele pensou que não tinha mais lágrimas sobrando. Ele mordeu seu lábio e caiu seu olhar da estranha cor pálida pelo Sol da Filarmônica, chutando a calçada com sua bota suede, circulando uma mancha velha de chiclete de novo e de novo enquanto lutava para não chorar. Louis não é independente, tá bom. Claramente por isso que ele falou para o merda do Dennis Turner que eu não era uma "boa escolha" para a OSL, porque ele quer que eu fique e cuide dele e faça panquecas de café da manhã pra ele para sempre. Lógico. Harry respirou trêmulo. Ele sentia que não conseguia superar ainda, desde a conversa com Liam Payne no Barbican há uma vida e um continente atrás.

"O quê você fez comigo, Louis?" ele sussurrou. Suas mãos estavam firmes atrás das costas, seu corpo rígido. Ele não iria deixar acontecer de novo. Ele não iria se sentir como — ugh, não, ele não iria ter uma repetição de seu colapso no avião, o que terminara com Harry cercado por três comissárias de bordo oferencendo-lhe cuidadosamente guardanapos para limpar seus olhos molhados. Ele não iria pensar sobre a pele de Louis. Sua linda e dourada pele ou seu sorriso. Ou a maneira que ele encontrou de provocar Harry da maneira certa. Apenas o suficiente para deixá-lo um pouco excitado, só um toque envergonhado, mas não tanto que Harry não pudesse ver o carinho brilhando para ele por aqueles olhos azuis brilhantes. Lindo garoto, meu lindo garoto. Sentir que Louis o achava cativante era a melhor coisa. E então, por alguma razão...

"Deus, o que você fez comigo?"

Harry respirou fundo, tentando ficar firme. Só então ele sentiu uma mão em seu ombro, e quase pulou de susto.

"Hallo, Harry!" Era Florian Weill, pousando sua case de violino e abrindo seus braços para um abraço. Harry caiu neles e suspirou profundamente. Ao menos ele tinha um amigo aqui. Um substituto de Niall. É isso que direi quando responder o e-mail dele. Ele quase conseguia ouvir Niall gargalhando em Londres.

"Herr Weil!" ele disse, em seu melhor sotaque alemão. "Wie geht's? Es ist schön dich wiederzusehen!" [Como você está? É bom ver você de novo!]

Florian se afastou do abraço e sorriu para ele, seus olhos escuros observando seu rosto. Harry lembrou-se de como ele havia ajudado da última vez que se sentiu sozinho e perdido em Berlim, quase seis anos atrás, agora. Corrigindo gentilmente seu alemão, mostrando-o a cidade, ciente de que Harry era o tipo de pessoa que precisava de um pouco de cuidados maternais mesmo adulto. Florian era apenas um homem muito bom. Seu sorriso amigável lentamente se transformou em uma careta quando percebeu os olhos vermelhos de Harry e sua pele manchada. "Você está bem?" ele perguntou, mudando em consideração para seu inglês quase perfeito. "Não está com saudades de casa?"

Harry tentou não pensar em como se o Louis tivesse o encontrado assim, ele o provocaria por estar descaradamente enrolando, conversando com calçadas. Fora de controle, Styles. Ou algo parecido. No entanto, ele tentou apreciar a preocupação amigável de Florian.

"Eu, hum..." ele respondeu com uma voz trêmula. Ele deixou escapar uma risada fraca que parecia mais como um choramingo, e revirou seus olhos. "Oh, eu não vou fazer você me ouvir reclamar de meu coração quebrado."

"Bobagem!" Florian declarou, pegando seu violino e cruzando seu braço no de Harry. "Vamos encontrar um lugar para comer e sentar, e você irá me contar tudo. Tudo." ele repetiu severamente, apontando seu dedo para Harry. Sua sobrancelha grossa estava determinada, mas seus olhos castanhos estavam quentes. Harry se acomodou ao seu lado enquanto passeavam pelo Tiergarten, feliz pelo menos por algum contato humano, mesmo que parecesse estranho e errado estar caminhando assim com alguém tão alto.

"Du bist der beste, Flo," Harry suspirou. "Mas você não tem ideia de onde está entrando. Aliás, eles ainda tem aqueles döner super gordurosos por aqui? Aqueles com molho chili neles?"

"Logo estará escorrendo pelo seu queixo. Super scharf, eu garanto."

Harry checou seu relógio — ele ainda tinha uma hora e pouco antes de ter que estar em seu novo escritório, atolado em formas. "Okay," ele disse. "Acho que me sinto bem sobre isso." Era uma sensação estranha, depois da última semana e meia deitado na cama em seu flat em Londres e passando lenços e filmes tristes em um ritmo alarmante. Ele realmente deveria ter passado esse tempo colocando seu loft no mercado... (Ou arrumado as malas propriamente...) Mas ele achou que não precisava vendê-lo. Não imediatamente, e talvez Gemma pudesse usar no futuro, se ela fizer uma mudança permanente para Londres. Isso é apenas bom senso.

"Como está Anja?" ele perguntou abruptamente, se chutando por ser um destroço tão abjeto de um ser humano que ele esqueceu de perguntar sobre a namorada de Florian.

"Oh," Florian sorriu brilhantemente. "Wunderschön. Ela está grávida."

Harry parou no meio da calçada e ofegou, jogando seus braços para cima novamente. "Flo!" ele exclamou. "Deus, parabéns. Glückwünsche!" Eles se abraçaram e Harry até deu uma risada genuína enquanto pulava animadamente. Florian tinha sido um festeiro notório na cena da balada quando Harry estava morando em Berlim, sempre disposto a dar um amasso embriagado ou uma dança sensual com seu grupo diversificado de amigos. Ele sabia que havia alguns rumores interessantes, mas apesar das especulações persistentes de sua sexualidade, Harry tinha certeza que Florian era hétero. E agora ele filamento encontrou alguém para ficar.

O coração de Harry apertou. Eu não. Eu não tenho isso. De repente, ele sentiu estar perto em chorar novamente.

"Porra," ele ofegou, quando partiram o abraço. Florian riu dele, uma grande risada estridente que não era nada parecida com a de Louis, obrigado, Deus. "Quer dizer," Harry tossiu, "er, para quando é? Você sabe se é ein Jung ou em mädchen?"

Eles conversaram um pouco mais sobre a gravidez. Anja estava prevista para dar a luz em mais quatro meses, em Setembro, e o bebê era um menino. Florian gostava mais do nome Lukas, mas Anja estava inclinada para Moritz. No momento em que eles pegaram seus döner embrulhados e respingando e encontraram um banco para sentar, Florian começou a encher Harry de perguntas.

"Eu comprei sua comida," ele disse. "Agora me pague me contando sobre a pessoa que deixou você assim. Quem eu tenho que matar?"

Harry sorriu fracamente, a boca cheia de cordeiro, vegetais e o delicioso molho de chili. "É hum..." ele engoliu em seco. "Louis Tomlinson."

Florian grunhiu, quase cuspindo parte de seu döner. "Tomlinson? Aquele pequeno..."

"Heyyyy," Harry interviu automaticamente, suas sobrancelhas unidas em uma expressão brava.

Florian revirou os olhos e recuou. "Okay, mas me conte rapidamente antes que eu faça mais julgamentos."

Harry murmurou e engoliu parte da história — deixando de fora as partes mais privadas enquanto passava por tudo enquanto Florian estava sentado ao lado dele, mastigando e assentindo pensativo.

"Vou empalar ele com meu arco," Florian resmungou. "Bem através de seu coraçãozinho frio. Você sabia que costumávamos chamá-lo de 'Amati Ranhento?'"

Harry bufou e suspirou, lambendo um pouco de molho do pulso antes de amassar o papel alumínio vazio e jogá-lo em uma lata de lixo. "Eu não sabia disso, mas eu posso acreditar," ele disse, seco. Ele sentiu uma súbita vontade de protestar que o coração de Louis não era frio, que ele era uma pessoa incrível; ele era tão bonito, ele era...

Eu realmente preciso parar de me enganar, no entanto. Ele me machucou, e isso é inaceitável. Ele me machucou. Porque é isso que Louis Tomlinson faz. Harry respirou trêmulo, desejando que seu corpo não doesse. E ainda, em algum lugar dentro dele vivia a pequena semente de esperança que Louis havia feito isso por alguma razão que ao menos fazia sentido. Que Harry realmente não interpretou errado. Que Louis estava com medo, ou que havia sido manipulado de alguma forma, que terroristas colocaram uma arma em sua cabeça e... Foi aí que as teorias começaram a ficar ridículas. Porra, Harry pensou. Por que? Ele não conseguia entender por nada nesse mundo. Mas ele se importava comigo. Ele se importava. Não era?

"Eu tenho que parar de me enganar," ele falou para Florian quando levantaram e começaram a caminhar de volta para a Filarmônica, excluindo o resto de seus pensamentos. "Eu apenas sinto que estava usando essas cortinas por todo o nosso relacionamento. Eu só pensei que fosse uma coisa completamente diferente do que deveria ter realmente sido. Está me deixando um pouco louco, para ser honesto. Que eu estava tão fora de contato com a realidade que não percebi..."

"Ele deve ter um pau realmente bom," Florian disse.

Harry apenas grunhiu e o socou no ombro.

*

Mais tarde, quando ele estava em um novo pódio em
frente à Filarmônica de Berlim, ele sentiu uma estranha sensação de déjà vu. "Guten Tag," ele começou. "Danke, dass Sie mich hier eingeladen haben." [Obrigado por me convidar até aqui.] Ele olhou para todos os rostos agradáveis, a maioria deles desconhecidos. Tão desconhecido como Gerald Courtenay e Gladys Howard e Zayn Malik haviam sido para ele alguns meses atrás. Foi tão adorável conhecer todas essas pessoas, ter conversas e formar amizades e... Não pense nele. O coração de Harry começou a bater forte, e ele mudou seu peso um pouco, olhando para suas botas por um momento antes de falar, "Me desculpe; eu sou realmente péssimo em alemão."

Todo mundo riu. Harry sorriu. Assim como no seu primeiro dia em Londres.

Então, por que ele não acreditava que seria a mesma coisa?

*

A cabeça de Louis estava latejando quando ele caiu sobre a pia do banheiro. Sua garganta doía; ele acabou de tomar duas aspirinas e já temia pelo resto do dia. Eram quinze para as seis. Ele tinha que praticar a manhã toda e então liderar a seccional, logo antes do ensaio da tarde com toda a orquestra. Eles estariam ensaiando o Bruch pela primeira vez. Ele fechou o espelho do armário e encarou para o seu reflexo.

Ele estava desgrenhado. Seus olhos estavam vermelhos e sua barba estava crescendo novamente, o cabelo uma bagunça. Isso é para ser eu não distraído.

Ele não estava dormindo o suficiente, só isso. Não desde... Louis suspirou. Harry Styles. Não desde que eu estava dormindo naquela cama estúpida e muito macia. Estava começando a pegar. Ele se inclinou e estralou sua espinha, coçando seu estômago levemente com uma mão enquanto tentava acordar. Esse é o problema da insônia, Louis pensou. Você está acordado o tempo inteiro, mas na verdade não. Não para que você se sinta vivo.

De alguma forma, ele conseguiu tomar um banho e fazer algumas torradas antes de sair pela porta. A estação de trem parecia estranhamente silenciosa, como se todo mundo fugiu para Brighton para aproveitar o clima ameno de junho; não havia melodias para ele no 6:14. Louis se forçou a subir os degraus da Estação Barbican, resolvendo ao menos apreciar a sensação do sol em seu rosto, mas começou a piscar imediatamente quando subiu na calçada. Ugh. Patético.

Quando ele finalmente se isolou em uma sala pequena do porão da St. Luke's, seus membros pareciam pesados e sem inspiração. Ele percorreu por Bruch duas vezes — ele já havia memorizado, graças ao seu novo e melhorado horário de prática — e não sentiu nada em nenhuma vez. Ele mal conseguia lembrar como ele tocou, ou o quê. Seu cérebro parecia desbotado, como uma camiseta velha pintada depois de muitas lavagens. Confuso e desbotado, um pouco de lama cinza sobre ele. E amassado, ele grunhiu, coçando os cantos dos olhos enquanto viu seu reflexo em um espelho trincado acima de um bebedouro durante o pequeno intervalo que ele se permitiu.

Ele afastou Trovão e saiu para almoçar ao meio-dia, sem saber onde ou o que queria comer. Ele serpenteava pelas ruas ao redor da igreja, virando para a esquerda e direita, atravessando as ruas aleatoriamente junto com as pessoas que realmente estavam andando com propósito. E de alguma forma ele terminou em frente às portas de carvalho do Old Red Cow. Bem. Um hambúrguer de pub não é o pior. É claro, assim que ele entrou no interior escuro e quase deserto, ele viu um boné familiar sentado no bar.

Não é que ele estivesse evitando Niall. É só que... ele estava tão ocupado, ultimamente, se atualizando com os treinos. Certificando-se que ele ficasse no topo de tudo profissionalmente. Mas Niall também não estava procurando por ele. Não estava oferecendo a ele caronas para casa, ou o convidando para sair e jogar dardos com Gladys. Não é grande coisa, entretanto, Louis tentou dizer a si mesmo, enquanto ele continuava parado hesitante na porta. Ele está... ocupado, também, provavelmente.

"Para dentro ou para a fora, cara, tome uma decisão!" Louis pulou com a voz áspera do garçom e entrou, deixando a porta pesada fechar atrás dele.

Niall virou-se para ver para quem o grito estava sendo direcionado, e realmente franziu a testa.

"Hum," Louis começou. Ele não tinha certeza de ter visto Niall tão irritado. Era inquietante; mudou seu rosto inteiro.

Niall apenas revirou os olhos e puxou a banqueta ao lado dele antes de voltar para a cerveja que estava tomando. "Venha, então, Tommo. Seu bunda mole."

Louis andou até o bar lentamente e sentou com um suspiro relutante. "Olá," ele disse.

Eles ficaram sentados em silêncio por uns bons vinte segundos enquanto Louis fingia olhar para o cardápio enquanto entreolhava para Niall e estudava sua expressão teimosa e silenciosamente enfurecida. "Então..."

"Como o Bruch está te tratando?" Niall perguntou abruptamente, tomando um gole de sua cerveja sem olhar para Louis.

"É terrível," Louis murmurou. Ele bateu o cardápio de plástico contra o bar algumas vezes e deixou quieto, espalhando seus dedos sobre ele enquanto mexia em uma de suas cutículas. "Merda total."

"Eu pretendia ter uma conversa com você," Niall disse. "Sobre Harry."

"O que tem o Harry?" Louis conseguia ouvir sua voz ficar alta e tensa, defensiva demais rapidamente, mas fora de seu controle. Suas mãos tremeram. Elas eram firmes em seu violino e trêmulas em todos os outros lugares, nunca normais. Deus, ele estava tão cansado. Ele murmurou enquanto observava seus dedos tremerem. "Quer dizer, ele está em Berlim, então..."

"Eu sei o que você disse para Dennis Turner, okay?"

Louis fez um pequeno barulho desamparado. "Eu—"

"Eu também sei que você estava dormindo com Harry, então não minta para mim sobre isso não ser pessoal." Niall virou-se em sua banqueta, finalmente olhando para Louis. Merda. Merda, merda. Louis nao conseguia encontrar seus olhos, murchando sobre seu olhar e sentindo o cabelo em sua nuca arrepiar. Ele lutou para inspirar e expirar.

"Olha," ele engasgou. "Grimshaw falou para mim que não fez nenhuma diferença. O conselho não queria oferecer a posição para ele. E ele iria ir de qualquer jeito, Niall. Então não é — não é minha culpa."

"Oh, seu completo babaca. Quem liga para a merda do conselho?" Niall bateu com força sua caneca e levantou, colocando seu Ray-Ban e alçando sua mochila sobre seu ombro. "O ponto é que você disse isso. E eu não tenho ideia do porquê, mas eu assumo que seja por você ser um covarde."

Louis engoliu um nó em sua garganta. A desculpa que ele criou para si mesmo, naquele assento duro de plástico do metrô e agarrou-se como um bote, estava finalmente se quebrando. Niall estava certo, é claro; ele estava devastadoramente certo e Louis era um merda. É minha culpa. Realmente é. Não que Louis não soubesse o tempo todo que estava na conta dele, nos recantos mais profundos de si mesmo. Mas ele nunca chegou à superfície, empurrou para longe e colocou camadas de negação em cima. Se dispôs a esquecer de como Harry o olhara, o amor e a dor em seu rosto, como se isso não tivesse acontecido. Como se realmente fosse só sexo.

Ele não podia ser mais estóico. E ele se viu de volta no saguão do Barbican, de volta nos momentos depois dos membros do conselho se afastarem dele, quando ele se perguntou O que eu fiz? e não recebeu resposta. Ele ainda não havia uma.

Niall tinha.

"Não importa o quê, ele teria ficado por você. Você arruinou isso, Tomlinson. Você quebrou ele. Você." Niall virou seus pés e andou para longe com um suspiro exasperado, deixando Louis congelado no bar.

Seu merda de ser humano, Louis pensou, seu rosto se amassando quando se inclinou em seus braços. Sua bochecha estava pressionada no cardápio de plástico grudento, lágrimas saindo de seus olhos. Você não teve nem a decência de se responsabilizar.

Ele tinha seccional em vinte minutos. Ele tinha um concerto solo para apresentar. Ele não sabia o que iria fazer.

*

me desculpem se houver erros.

boa noite :)

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