Se Eu Fosse Você

By thinkingaboutgirls

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Noah e Sina são melhores amigos. Ele namora Heyoon. Sina e Heyoon se odeiam. Mas algo misterioso muda o desti... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo Final

Capítulo 18

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By thinkingaboutgirls

O dia amanheceu nublado e frio. Noah abriu os olhos lentamente. Esboçou um largo sorriso ao perceber que estava em seu quarto, em sua casa. Isso só podia significar uma coisa. Correu até o espelho mais próximo.

- Estou de volta! – Ele gargalhou alegremente.Ele apalpou seu rosto enquanto olhava para o reflexo no espelho.- Como eu senti minha falta!

Apertou cada parte de seu corpo.

- Hey garotão, como está? – Falou enquanto olhava dentro das calças.

O rapaz começou a dançar divertidamente em frente ao espelho se admirando, estava alegre. Feliz por tudo ter voltado.

- Qual o motivo de tanta alegria? – Levemente sonolenta, perguntou ao se deparar com o filho dançando em frente ao espelho.

- Mãe! – Correu para abraça-la.

A apertou em um abraço e começo a gira-la no ar, a mulher gargalhava. Sentia tanta falta dela...

- Não é nada... Só estou feliz por ter uma mãe tão maravilhosa como você!

(...)

Estranhamente ela alcançou seu despertador que fazia barulho. Desligou e o pôs no lugar onde estava. Ela bocejou e esticou os braços, por fim abriu os olhos. Sina franziu o cenho ao se deparar com seu quarto. Rapidamente, ela fez pressão com as mãos contra o colchão para levantar da cama e foi ao banheiro. Um sorriso apareceu em seus lábios ao ver seus olhos verdes, sua pele branca e seus cabelos loiros. Seu corpo... Ele estava de volta. Olhou dentro do pijama e sorriu mais ainda.

- Deu certo... Ah, graças a Deus! – Sorriu aliviada olhando-se no espelho.

Na casa dos Jeong's, Heyoon se encontrava devidamente vestida naquele uniforme vermelho e branco, ela dava os últimos toques em seu cabelo enquanto se olhava em sua penteadeira. Ela sorriu sem ânimo ao ver-se. Ela ainda teria de aturar aquilo até que a escola acabasse.

- Bom dia querida! – Assustou-se e viu seu pai parado na porta. Ela franziu o cenho confusa ao ver sua mãe ali também, mas eles não tinham que estar na empresa aquele horário?

- Bom dia Yonnie. – Hana depositou um beijo em sua testa.

- Bom dia? – Falou duvidosa, ela estava cética.

Seus pais em casa. Sua mãe lhe chamou pelo apelido de infância que Jennie havia dado desde que era pequena. E ainda lhe dando beijo de bom dia. Isso só podia ser alguma brincadeira, devia ter alguma câmara filmando essa pegadinha. Heyoon olhou desconfiada em volta para se certificar.

- Está tudo bem com vocês?

Eles só podiam ter batido com a cabeça, essa era a única explicação contundente. Ou algum espírito havia visitado eles na noite passada lhes mostrando como sua vida seria miserável e triste daqui a alguns anos, só podia ser isso.

- Precisamos conversar. – Seu pai se pronunciou novamente.

- Agora? – Eles assentiram. - Não pode ser depois? Além do mais, vocês têm mais um dia cansativo e cheio hoje, certo?

Eles perceberam o tom de deboche e até chateado na voz dela. Heyoon virou-se pra frente na cadeira giratória voltando a arrumar-se. Hana puxou uma cadeira e sentou-se em sua frente. Girou a cadeira de sua filha para que Heyoon olhasse pra ela e quando o fez, a menina desistiu e decidiu ouvir o que eles tinham pra dizer.

- E temos... Mas você é mais importante e precisamos conversar agora. – Jin falou.

- Okay... – Surpreendeu-se um pouco com a frase dele.

- Eu e seu pai conversamos e... – Percebeu que Heyoon a ouvia atentamente, então continuou. - Nós percebemos o quanto erramos.

- Como assim?

- Que estamos arrependidos. Nós não sabíamos que se sentia dessa forma. – Suspirou. - Desculpe por todas as vezes que demos mais atenção ao trabalho do que a você... – Hana continuou. Heyoon limpou o ouvido pra ver se estava escutando direito.

- Espero que um dia você possa nos perdoar por isso... – Jin chegou mais perto. - E quero que saiba que nós te amamos muito, okay? – Olhou nos olhos da filha. - Você é a coisa mais importante pra nós. Sempre foi! Mesmo que eu e sua mãe não soubéssemos demostrar.

- Eu amo você, Heyoon! – Sua voz saiu embargada. - Como pode supor que eu não te ame, que eu não lhe dou a mínima por causa de uma droga de coroa? Fui tão ruim á esse ponto?

Heyoon abaixou a cabeça. Aquilo fez com que eles soubessem,  aquele simples ato fez com que todas as respostas fossem óbvias. Que fossem esclarecidas. Com carinho, Hana levantou e olhou nos olhos castanhos tão parecidos com os seus.

- Jamais pense que nós não te amamos. Ou que preferimos Jennie ao invés de você. Jamais diga isso, okay? – Sussurrou acariciando seu rostinho.

Heyoon não respondeu, estava incapaz de dizer algo. Hana pegou Heyoon pelo braço suavemente e a fez sentar-se em seu colo. Heyoon soltou um soluço que estava preso e se aconchegou no peito dela. Seu pai acariciou seus cabelos e olhou nos olhos que estavam tão marejados.

- Se você nos der uma segunda chance, prometemos que dessa vez vai ser diferente. Queremos muito consertar nossos erros com você. Você nos perdoa? - Se não quiser nos responder agora tudo bem, nós entendemos... – Heyoon levantou a cabeça.

- Sim! Deus, sim eu perdoo vocês.

Aquilo era tudo que Heyoon queria. Nada mais se passou em sua cabeça, a não ser dizer sim. Perdoa-los. Nada mais importava, ela apenas queria aquilo e por algum motivo ela estava tendo. E agora eles queriam fazer parte de sua vida, queriam consertar os erros. Se redimir. Heyoon não podia estar mais feliz. O homem e a mulher esboçaram um sorriso aliviado e a envolveram em conjunto em um abraço.

- Amamos você, querida... – Jin murmurou apertando-a.

- E a propósito... – Hana sorriu olhando pra filha. - você estava maravilhosa como rainha do baile.

- Vocês me viram? – Sua feição mudou para radiante.

A mulher piscou positivamente enquanto se levantava e se dirigia até a saída do quarto, acompanhada de Jin. Heyoon sorriu mais ainda com a constatação.

- O que fizeram vocês mudarem de ideia?

Os dois pararam seu trajeto, trocaram um olhar e por fim, olharam-na com um sorriso.

- Noah. Ele nos fez enxergar tudo que não conseguíamos perceber antes. – A mulher respondeu simplesmente, para logo depois sair do quarto.

- Ah e Yoon... – Heyoon olhou para seu pai. - Amo você!

- Também amo você, papa... – Ele sorriu.

O homem seguiu sua esposa deixando Heyoon sozinha. A mesma sorriu balançando a cabeça. Noah... novamente Noah. Todas essas coisas maravilhosas que estavam acontecendo em sua vida era tudo por causa dele. Ela não quis perder mais tempo, e se apressou...

Noah estava sorridente em seu armário pegando alguns livros para a próxima aula. Esperava por Sina, sabia que também logo estaria ali. Alguém tocou seu ombro e ele se virou. Ele levou uma surpresa, não foi Sina que estava ali, mas sim uma Heyoon saltitante e sorridente ao ver seu namorado. Ele ficou tenso.

- Amor!

Heyoon o apertou em um abraço de urso, Noah logo ficou um pouco desconfortável.

- Você sabe o quanto eu te amo, não sabe? – A morena murmurou e Noah ficou ainda mais tenso.

- Heyoon espera... – Sua fala foi interrompida por um beijo dela.

O beijo durou por alguns segundos, depois de fazê-lo Heyoon franziu o cenho olhando os olhos dele. Algo a atingiu. Um sentimento estanho, mas não era o mesmo que ela estava acostumada a sentir toda vez que o beijava. Ela se sentiu estranha de repente, ela não sabia ao certo... Então voltou a beija-lo, dessa vez mais demoradamente. Precisava entender o que estava acontecendo.

Por ordem do destino, foi nesse momento que Sina entrou em cena e o sorriso que carregava em seu rosto se desfez como fumaça ao se deparar com Heyoon, sua Yoon... beijando Noah. Droga, ela sabia que isso aconteceria. Mas ela não conseguiu olhar para outro lugar.

- Heyoon para! – A afastou e pôde ver Sina tristonha um pouco distante os observando.

- Eu ahm... O quê... – Ela murmurou contra o vácuo, seus olhos viajavam tentando entender aquilo.

Por que estava diferente? Heyoon não gostou daquilo. Ela fez milhões de perguntas em seu interior e Noah percebeu a guerra que se fazia nela.

- A gente pode conversar depois? Estou com pressa.

Noah se afastou, deixando uma Heyoon confusa para trás com uma pergunta insistente em sua cabeça: Por que não sentiu absolutamente nada ao beija-lo?

Ela se virou vendo Noah indo à passos longos até a sala. No meio do caminho, conseguiu ver a silhueta de Sina, vestida de um jeito completamente diferente. Uma calça rasgada e uma blusa azul, seu cabelo estava solto. Ela não conseguiu ver algo além disso e do olhar da Deinert, já que ela praticamente correu dando a volta no corredor.

(...)

- Esse corpo realmente lhe cai bem! – Any sorriu antes de envolver Noah em um abraço apertado.

Sem deixar é claro, de apertar o bumbum do rapaz no meio desse abraço. Ele riu com o gesto típico da garota.

- Então... Já estou pronto pra ganhar meu beijo? – Sorriu.

- Prontíssimo meu amor... – Ia sem cerimônia tascar um beijo no garoto quando Sina entrou no meio dos dois, separando-os.

A loira estava ali o tempo todo avulsa à conversa de ambos, a única coisa em que pensava era como contar pra Heyoon. Tentar de alguma forma. Seria a única chance. Sina tinha três opções do que podia vir acontecer: Ou Heyoon te diria um não logo de cara; Ou ela pensaria e no fim diria que não; Ou por milagre ela diria um sim. O sim estava nas opções e ela queria se arriscar.

- Eu estou precisado de vocês agora e vocês só pensam em beijar?! – Balbuciou irritada.

Os três estavam na casa de Noah, em seu quarto. Os dois estavam sentados na cama do garoto enquanto Sina andava de um lado pro outro.

- Eu sei que você não gostou nenhum pouco de vê-la me beijando, mas você tem de entender que eu não tive como evitar e além do mais ela ainda não sabe de nada Sina. Nós precisamos contar pra ela... Você precisa contar pra ela!

Sina engoliu em seco e Noah se jogou na cama, emburrecido por Sina ter interrompido seu precioso quase beijo.

- É Sina... chegou o grande momento. Tem que contar tudo pra ela. Ela vai saber de qualquer forma... O momento é agora. – Any decretou.

- Não vai adiantar de nada, ela não vai me querer porque ela não é gay!

Noah a olhou por um momento e seu olhar se tornou completamente incrédulo. Ele calmamente se sentou no colchão, ainda com os olhos fixos em Sina.

- De onde veio isso? - Indignou-se.

- O que?

- Sina... ela não precisa ser gay pra amar você! – Falou firme. - Ela só vai amar você e pronto, ela não precisa se definir primeiro!

- Ela não vai amar, okay? Porque ela ama você! – Ela respirou fundo tentando diminuir o bolo que se formou em sua garganta.

- Você não pode ter certeza disso, Sina... – Os ombros de Any balançaram. - Vai que, ela sempre teve uma queda por você mas nunca quis admitir. E quando descobrir vai adorar saber que sempre foi você?

- Você não vai tentar me dar expectativas. Sempre que eu gero expectativas no fim acabo decepcionada!

- Você só vai descobrir isso quando contar. – Any falou por fim. Sina suspirou. Ouviu um som estranho atrás de si mas não deu a mínima. Os olhou e continuou.

- Eu não vou conseguir... – Any viu ela fraquejar por um momento. - O que vocês querem que eu diga? Ah, Heyoon esse mês inteiro era eu quem estava no corpo do seu namorado. Eu, Sina Deinert. A garota que você sempre machucou e odiou. A garota que agora está perdidamente apaixonada por você. E mal sabe você o quanto eu morro por fazer amor contigo!

A boca de Any se abriu e logo um riso escandaloso saiu com a última declaração. Sina revirou seus olhos desistindo, e suas bochechas ruborizaram ao constatar que queria fazer amor com Heyoon.

Noah arregalou os olhos ao ver uma silhueta na porta. Primeiro achou que fosse sua mãe, mas Wendy não tinha cabelo castanho.

Era Heyoon.

Heyoon estava ali! Ela tinha chegado á pouco tempo e ouviu tudo que precisava ouvir. A morena estava perplexa, sentia o chão tremer embaixo de seus pés, e uma lágrima silenciosa caiu por seu rosto.

Depois que Noah lhe deixou com aquela dúvida na cabeça, precisava vê-lo, precisava entender o motivo de não sentir nada ao beija-lo. Quase perto do quarto percebeu que Any e Sina estavam ali. E dessa vez não tinha porquê não acreditar...

Por mais absurdo que parecesse, era verdade! Eles nem sabiam que ela estava ali, então não teria motivo para mentir... Então era Sina o tempo todo? Então aquela despedida tinha realmente algum sentido? Então foi por isso que não sentiu nada ao beija-lo hoje?

Porque já não era mais Sina...

Então foi por ela em que realmente se apaixonou?

Tudo desmoronou e mais lágrimas escaparam. Sua cabeça rodava. Talvez no fundo sempre soubesse que não era ele, mas algo fez com que ela não quisesse aceitar.

Os olhos verdes que ela havia visto enquanto o beijava, era Sina? O sentimento, o beijo, o olhar, as palavras doces, o carinho, a atenção, o toque... Estava tudo diferente, era ela o tempo todo?

Era como se houvesse uma faca atravessando seu coração. Ela não conseguia acreditar, e em como aquilo era possível...

- Acho que você não precisa fazer isso Sina... – Ele sussurrou tão baixo com o olhar fixo na ex-namorada, que parecia estar petrificada.

Any seguiu seu olhar e arregalou um pouco os olhos. Sina logo sentiu o medo domina-lá.

- Por favor, Noah... me diz que ela não está atrás de mim.

A loira não esperou pela resposta e se virou lentamente. Então se deparou com Heyoon na porta. E ela parecia quebrada. Heyoon estava quebrada... Sina sentiu seu coração parar dentro do seu peito, suas mãos suaram frio. Heyoon desviou seu olhar por um segundo para os olhos verdes e sua cabeça começou a balançar a negativamente.

- Heyoon... – O nome saiu quase inaudível de seus lábios.

Com isso, a coreana saiu correndo dali, sem dizer uma palavra. As lágrimas que caíam de seus olhos se misturavam com as lágrimas pesadas da chuva forte e barulhenta que se fazia do lado de fora.

Sina em completo desespero correu atrás da garota que amava. Mas ao se dar conta do que ocorria do lado de fora, ela parou. Ela tentou uma, duas, três, cinco vezes sair da casa e encarar seu maior medo. Droga, tinha que trovoar justo naquele momento? Os relâmpagos não davam trégua, o céu era riscado por eles e Sina estava morrendo de medo observando o céu cinza. Então o medo de que não conseguisse alcançar Heyoon se tornou maior do que as trovoadas que se faziam.

- Heyoon! - Gritou.

Heyoon chorava enquanto corria. Sabia que ela estava atrás de si. Então ela se lembrou de todos os momentos, e isso fez ela chorar mais. Ouvia os chamados de Sina mas ela não parou de fugir.

- Heyoon, por favor, espera!

Heyoon ouvia seus pedidos, a voz carregada em desespero e choroso. Ela soltava soluços sôfregos. Heyoon queria se esconder. Ela não queria que Sina a seguisse. A cada trovão Sina choramingava entre gritos totalmente assustada, mais ela não parou até que finalmente conseguiu alcança-lá segurando seu braço.

- Me deixa, me deixa! – Ela gritou sem pensar que a machucava, e tentava se soltar.

Sina não obedeceu. Ela puxou Heyoon para mais perto e a abraçou forte. Não a deixaria escapar, não tão fácil. Sabia o que Heyoon sentia naquele momento, ela foi tomada por uma grande ilusão e sua reação deveria ser pior do que estava tendo. Mas Sina não iria permitir que ela fosse embora. Não agora. Não depois de tudo que passaram juntas.

O choro de Heyoon acabou se tornando mais alto, ela começou a se debater e socar Sina com força em todos os lugares. A de olhos verdes não se importou, ela reprimia cada grito dolorido à cada soco. Sina apenas a abraçava mais forte até Heyoon perceber que era inútil tentar fugir. Seu choro ainda era presente e ela foi encaixando o rosto no pescoço de Sina aos poucos, seus soluços não tinham fim. Mesmo com a chuva, ela sentiu o cheiro tão familiar durante todo o mês. Isso foi a acalmando aos poucos até que o choro e os soluços não era mais presentes.

A chuva desabava sobre suas cabeças e Sina não deixou de abraça-la um segundo. Seus corpos estavam tão juntos... pareciam um só. Sentia o coração de Heyoon acelerado. As trovoadas ainda não cessavam mas não fizeram com que Sina a soltasse. E então a de olhos verdes sentiu as mãos dela circularem suavemente sua cintura. Ela soltou um suspiro aliviado e choroso.

- Não... – Sussurrou completamente frágil. - Isso não pode estar acontecendo.

Sina separou-se apenas para ver o rosto de Heyoon. Mas ao se deparar com seus olhos vermelhos, a loira não pensou em outra coisa ao não ser beija-la com sofridão. Ao contrário do que pensava, Heyoon retribuiu ao seu beijo na mesma hora. Os lábios das duas estavam trêmulos mas ainda sim era gostosa a sensação de tê-los juntos de verdade.

Sina puxou seu lábio inferior e duas lágrimas foram derramadas de seus olhos. Heyoon apertou seus braços na cintura daquela garota... Ela se sentia totalmente arrepiada e sabia que não era por causa da chuva. Os suspiros satisfeitos foram ouvidos pelas duas, os gemidos foram se tornando cada vez mais audível perante a forte chuva.

Sina segurou sua nuca deslizando sua língua em sua boca. E o mais incrível era que o dia frio não estava a incomodando, a nenhuma das duas. A boca quente de sua garota fazia ela ficar quente o suficiente. Os lábios se moviam em perfeição, já conhecidos uma pela outra, sentindo a textura gostosa junto com a água da chuva. Heyoon soltou um longo gemido quando Sina chupou sua língua calmamente e após perceber o que estava acontecendo com ela mesma, cortou o beijo.

- Não... Não me beije, não. – Pedia sôfrega e o choro voltou.

- Por favor, não faz assim... – Murmurou contra seus lábios. - Você disse que me amaria amanhã e depois e sempre. Você prometeu pra mim Yoon... – Sina dizia entre soluços.

Heyoon tremia da cabeça aos pés e sentiu Sina aperta-lá no abraço. Elas ficaram em silêncio apenas olhando nos olhos da outra e depois de ter visto seu estado de antes, totalmente apavorada, Heyoon lembrou-se de algo...

- Você tem medo... medo de trovões e raios, não é? – Sina assentiu. - Por que veio atrás de mim?

O olhar de Sina vacilou contra aquela pergunta. Heyoon pensou em acariciar o rosto dela, mas se assustou com seu próprio pensamento, e assim ela não o fez.

- Porque o medo de perder alguém que eu amo é mil vezes pior do que todos os meus outros medos juntos.

A voz de Sina saiu um pouco trêmula com a presença de outro trovão. Heyoon sentia-se em ênfase ao ouvir sua resposta. Os olhos castanhos fixos nos olhos verdes, seu coração se aqueceu quando Sina acariciou sua bochecha e tirou alguns fios de cabelos molhados perto de seus olhos.

- Olhe no fundo dos meus olhos e veja o quanto eu te amo...

Heyoon não conseguiu não obedecê-la, então ela olhou e viu todo o sentimentos nos olhos verdes. E ela choramingou baixinho ao ver o que aquilo tudo significava. Heyoon não conseguiu evitar e a abraçou, Sina tentava se manter calma mas era visível sua fragilidade. Ela não soube de onde veio essa imensa vontade, Heyoon só queria cuidar dela naquele momento. Então a abraçou apertado, Sina retribuía na mesma intensidade e sentiu-se feliz por Heyoon dar aquele passo. E Deus... como era bom abraça-la! Sina queria ficar assim pro resto da vida se pudesse, sentindo aquele doce cheiro que fazia ela ficar inebriada a todo momento.

- Você me ama? – Olhou pra Sina outra vez. - Você me odeia Deinert! Lembra?

Sina balançou a cabeça em negação e seus lábios suavemente beijaram o nariz gelado de Heyoon.

- Eu não te odeio... Como eu posso odiar o amor da minha vida? – Seu olhar era puro amor e os lábios de Heyoon tremiam querendo chorar novamente. - Eu não sei explicar como isso aconteceu... Mas o amor supostamente é assim certo? Inexplicável... Você me fez amar e isso me assustou no início. – Suspirou e algumas lágrimas teimosas caíram, mas Sina sorriu. - Mas não tinha pra onde fugir, eu me apaixonei por você Heyoon. Eu nunca pensei que diria isso mas eu sou totalmente louca por você!

- Era você esse tempo todo? – Conseguiu falar e beijou sua bochecha.

Sina começou a beijar o rosto de Heyoon com beijos suaves. Beijou sua testa, o nariz, os dois olhos, queixo... Heyoon estava inebriada com seus toques. Seus lábios foram o último lugar em que Sina beijou e ela sussurrou finalmente: Sim... Fui eu meu amor.

- Você quem trouxe sorrisos sinceros de volta ao meu rosto... - Juntou as testas enquanto sussurrava. – Você quem me fez ganhar a coroa... Você quem falou com meus pais... Você quem me fez querer ser eu mesma... Você quem me fez estar pela primeira vez verdadeiramente apaixonada?

- Apaixonada? – Sussurrou como uma esperança e Heyoon fez algo que ela não esperava. Ela se afastou.

- Não... – Murmurou enquanto negava com a cabeça. - Não.

Foi então que Sina desabou pela primeira vez em sua vida. Vendo Heyoon sair correndo, desta vez, Sina não foi atrás dela. Sentiu os braços fortes de seu amigo a tomarem pelos ombros. Sina deixou ser carregada por ele e em seu peito chorou, enquanto era levada pra casa.

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perdão eu realmente não sei fazer isso