Hola bebecitas, espero que gostem! Boa leitura 💓
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Acho que me enganei de lugar, achei que vinha para o vestiário mas ao que parece é um bueiro de esgoto. Sina olhava para o vestiário do time com uma cara distorcida tampando o nariz.
- Aqui fede a chulé. - Grunhiu para os companheiros do time, que vestiam seus uniformes, ainda com a mão no nariz.
- E você queria que tivesse cheiro de que? Rosas? Florzinha... - Zabdiel riu de um jeito sarcástico.
- Não seria nada mal. - Respondeu inocente enquanto olhava pro seu armário não querendo vê aqueles garotos se trocando.
- Noah o que você ainda faz sem o uniforme? - A treinadora Selena perguntou com as mãos na cintura, dando uma bronca no garoto pois era o único que continuava sentado em um banco entre os armário ainda de roupa normal.- Vamos, levanta dai agora e vai se vestir. Não temos todo o tempo do mundo, o jogo começa daqui a dez minutos. A quadra já esta lotada rapazes, deem o seu melhor. - Se dirigiu a todos e logo após saiu.
Sina estava matando mentalmente Noah, de mil maneiras diferentes em apenas cinco segundos repetidamente por fazê-la ir a escola. Teria que participar de um dos jogos mais importantes contra o time de um colégio concorrente e o que era ainda pior: sendo Quarterback sem ter nem a mínima idéia do que fazer. Que ótimo.
- Vamos rapazes! - Selena gritou já de volta apontando para os jogadores. - Noah não demore, 5 minutos! - Avisou ao garoto, o mesmo já terminava de vestir a proteção.
Sina estava imersa à seus pensamentos e não percebeu a presença de um alguém atrás de si. A mesma pessoa tocou seu ombro e ela virou-se assustada mas relaxou ao ver que era Heyoon.
- Vim desejar boa sorte... - Murmurou com um sorriso de lado e Sina levantou a sobrancelha meio atômica.
Heyoon já estava com seu uniforme e aquela saia parecia mais curta do que o normal.
- Boa sorte na torcida. - Sorriu sem mostrar os dentes e Heyoon se aproximou olhando nos seus olhos como se esperasse algo mais.
Sina apertou os lábios já sabendo o que ela queria, se aproximou lentamente e Heyoon fechou os olhos por instinto esperando pelo beijo. O beijo que nunca veio. Pelo menos não aonde ela queria. Sina havia beijado sua testa. Heyoon bufou.
- Isso não é um beijinho de boa sorte... - Reclamou contrariada.
- Não?
- Eu quero aqui... - Apontou pros próprios lábios passando o dedo indicador neles sensualmente, estavam pintados de um batom cor de pele, lábios grossos e chamativos.
Sina mordeu o seu em nervoso. O que eu vou fazer?! Senhor manda uma luz!
- Noah você vem hoje ou amanhã? - Elas se assustaram com a treinadora que apareceu de surpresa gritando e logo após desapareceu.Valeu professora. Já disse que te adoro? Sina sorriu e beijou novamente a testa da garota a sua frente.
- Ouviu ela... o beijinho fica pra depois. - Se afastou correndo deixando Heyoon com um beicinho se formando em seus lábios.
O campo estava realmente cheio, barulhento. Todos esperando ansiosos pelo jogo, as animadoras abriaram a partida com um número sensacional e no instante que terminaram, Sina logo pensou que fodeu.
Estava apavorada. Noah disse a ela que era fácil, que não tinha com o que se preocupar. Algumas horas antes ele lhe mostrou alguns passes: "Pague a bola, mantenha-se com ela depois é só correr atravessando a linha branca, e ponto Touchdown!".
E se as presses feitas a uma fonte dos desejos pudessem se tornar realidade e por um erro do destino você voltasse para mim? Repetia as palavras que ele lhe dissera a poucas horas atrás com a finalidade de criar coragem. Noah estava visivelmente na primeira fileira da arquibancada, também parecia nervoso. A partida se iniciou e Sina corria para todos os lados só observando e torcia mentalmente para que ninguém passasse a bola pra ela.
- Camacho passe a bola para o Urrea! - A treinadora gritava pro garoto, que se encontrava cercado, jogasse a bola para o Quarterback
Essa era a indicação dela: Quando souber que não vai conseguir, passe a bola para o Noah.
NÃO! PRA MIM NÃO PROFESSORA FILHA DA PUTA!!
O rapaz de cabelos vermelhos obedeceu mas um dos jogadores do time rival entrou na frente com um salto conseguindo ter a posse da bola. A treinadora Selena com certeza havia esquecido que gritar os passes não era uma idéia muito inteligente. Não te conheço mas já gostei de você. Sina ficou aliviada pela bola não ter chegado a ela. Ao contrário da torcida da escola, que gritavam xingando os jogadores e murmurando algo desconexo. Se passaram mais alguns minutos de jogo e Heyoon observava preocupada como Noah corria sem prestar atenção no campo. Nem parecia ser ele jogando. Pela falta de atenção, um jogador jogou a bola para ela e a própria caiu de joelhos. Heyoon tapou a boca chocada e quis ir lá ajuda-lo mas uma mão agarrou a sua para que ela permanecesse no lugar. Era Diarra.
- Oh... Meu deus... - Fechou os olhos fortemente. - Merda isso realmente dói pra caramba. - Murmurou quase sem voz com as mãos no meio das pernas.
Acabara de ser acertada em cheio e aquilo doía como o inferno. Esquecera de por proteção lá.Todos os garotos pararam para observa-lo e eles franziam a testa contorcendo o rosto em dor como se também tivessem sido acertados. Sina sentiu duas lágrimas caírem e Noah agradeceu mentalmente por não estar em seu corpo naquele momento. Será que isso ainda pode ficar pior?
Sina tentou se recompor da melhor forma que pôde. O jogo tinha que continuar.
- Noah é sua! - Josh gritou no instante em que jogará a bola para o amigo. Dessa vez ninguém entrou no caminho e a bola chegou ao destino certo.
Droga. O que eu faço agora?? Ok Sina fique calma, o que foi mesmo que o Noah disse...? Ah já sei: Pegue a bola. Tá, essa parte eu já fiz. Agora eu tenho que atravessar a linha branca... Mas que linha branca? Qual linha? Tem tantas... Ou será que primeiro eu tinha que correr?
- PORRA SINA CORRE!! - A resposta veio como um grito do seu amigo que estava na arquibancada. Ele logo percebu o erro. - Quer dizer... Vai Noah! Manda ver... - Sorriu sem graça vendo que alguns alunos o olhavam confusos e ele logo tratou de ficar com a cara fechada observando o jogo.
Quando Sina ia começar a correr, foi atingida brutalmente por um grandalhão do time rival, nesse momento ela podia dizer que quase viu a luz. Aquele beijinho de boa sorte esta fazendo falta. Sina grunhiu em agonia pelo corpo dolorido.
- Droga... acho que machuquei a perna. - A menina falou com o fio de voz sentindo a dor aguda na perna sem conseguir levantar.
- Parabéns seu idiota! - Um dos jogadores berrou sem parar seu trajeto para observa-lo e seguiu para o vestiário.
- Acho que vou conseguir o meu posto de Quarterback de volta. - Bailey que vinha atrás do garoto sorriu em escárnio indo pro vestiário.
- Cara qual o seu problema? Esqueceu como se corre? - Josh o alfinetou sem esperar pela resposta ou ajuda-o a se levantar. Parecia que todos faziam uma fileira indiana esperando sua vez para recrimina-lo.
- O que deu em vocês? Eu to bem, obrigado por perguntarem.
Conseguiu se levantar a muito custo e ficou de pé sentindo a dor na perna.
- Você está bem? - Heyoon perguntou e Sina gritou quase se desequilibrando. Rapidamente pôs sua mão na cintura dele e pôs o braço do mesmo ao redor de seu pescoço para que o ajudasse a caminhar.
- Veio me recriminar também? - murmurou com cara distorcida.
- Claro que não... Venha. - Ajeitou o braço em seu ombro. - Você precisa ir ao hospital. Consegue dar alguns passos até o carro? - Falava preocupada e o garoto assentiu.
[..]
- Não foi nada muito grave... Não está quebrada. Vai sobreviver. - O Doutor examinava a perna sobre o olhar expectante da asiática.
Diz isso porque não foi com você. - Pensou
Sina revirou os olhos.
- Só vamos engessar e já poderá ir para casa rapazinho.
- Engessar?! - A menina deitada na maca perguntou assustada.
- Não se assuste, é só por alguns dias. Assim vai melhorar mais rápido. E para que não falte o colégio poderá usar moletas. Mas... nada de esforço, ou seja nada de jogos por pelo menos um mês, está bem?Essa é a melhor notícia que já recebir até agora.
Assentiu e Heyoon o ajudou a se levantar. A mesma beijou seu nariz e enrugou o seu de uma forma engraçada enquanto sorria. Sina riu em meio a dor achando graça.
(...)
_- Como você está? - O garoto perguntou na linha.Depois de sairem do hospital a morena a deixou em casa, que agora repousava na cama.
- Tive que engessar a perna. - Respondeu e suspirou olhando pra perna.
- Desculpe por ter metido você nessa. Você não saberia jogar só com uma dica sem ter feito treinamento antes. - Falou se sentindo culpado. - Mas veja pelo lado bom... Pelo menos não vai precisar jogar mais, certo?
- Vai a merda Noah!
- Hey mas escute... - Falou diante o mutismo da outra. - O que seus pais querem dizer com: "Não se esqueça da aula de dança"?
- Merda... - apertou os olhos levando a mão a testa. - Tinha me esquecido. É minha aula de Balé Clássico. Não se lembra de quando te contei que havia entrado há um mês?
- Sim... Agora que você disse, lembrei.
- Pois então... É hoje às seis. Não pode se atrasar.
- O que? Não, não... Eu não sei dançar Balé. Nem pensar. Eu não vou!
- Ah mais você vai! - Ordenou. - Eu também não sabia jogar futebol americano e joguei. Agora estou com a droga da perna engessada! - Falava irritada. - Isso é o mínimo que você pode fazer.
- Supõe que devo te agradecer por quebrar minha perna? - Provocou sabendo que iria irrita-la.
- A perna é sua mas quem está sentido a dor aqui sou eu! - Caiu na provocação e ficou mais irritada.
- Okay... Eu vou pra sua aula. - Dito isso desligou a chamada e Sina grunhiu deixando o celular de lado.
- Querido... - Wendy adentrou no quarto. - Hoje infelizmente eu vou ter que ficar de plantão. Tentei cancelar. Achar alguém para ocupar meu lugar hoje mas ninguém pôde. Não queria te deixar sozinho, ainda mais assim, então eu liguei para sua namorada pra ela ficar aqui essa noite com você.
- Não mama! Por que fez isso? Não precisava incomodar a Heyoon. Eu vou ficar bem aqui. - Passar uma noite inteira com a garota não estava em seus planos. E se ela tentasse beija-la? Como fugiria só com uma perna boa?
- Ela não pareceu se incomodar. Pelo contrário, ela gostou e também estava preocupada com você. Disse também que seus pais fariam uma conferência hoje à noite e talvez só voltassem amanhã à tarde.
- Ainda acho que não deveria ter ligado... - Murmurou incomodada mas Wendy não tinha ouvido.
(...)
- Sina...? - Comprimentou uma garota sorridente. Oi total desconhecida.
- Oi...
- Como tem passado? Tirando as aulas de dança, a gente mal se ve. - A garota fora simpática e Noah coçou a nuca.
- Bem, obrigado. - Respondeu sem graça.
- Tem falado com Any? - Tá mas...Quem diabos é Any?
- Não.
- Nem eu... - Sorriu sem mostrar os dentes.
- Faz tempo que não nos falamos. Em tão pouco tempo você deve saber quando ela vem aqui em Miami, não é?
- Hum... Não sei quando vem. - Respondeu boiando.
- O que foi, Sina? Olha pra mim como se não me conhecesse. - ela ri.
É porque eu realmente não te conheço criatura.
- Você está bem?
- Sim. - Respondeu rápido.
- É bom mesmo estar... Já sabe como Hina é amável. - Foi irônica e Noah franziu as sobrancelhas.
- Hina?
- Sim... - Tombou a cabeça pro lado confusa. - Nossa professora. Esqueceu?
A tal professora entrou na sala e pelo olhar da menina ao seu lado, supôs que essa seria Hina.
- Gostosa. - Sussurrou sem querer fazendo a garota que estava ao seu lado olha-lo atômica.
- Gostosa não, eu quis dizer sebosa! - A garota franziu a testa e Noah resolveu olhar pra frente.
(...)
- Deve ser a Heyoon... Vou mandar ela subir. Já vou, tudo bem? Se cuida. Mamãe te ama. - Beijou a testa do garoto que estava deitada na cama, folheando com o controle remoto alguns canais na televisão, parecia incomodada.
Sina assentiu.
- Eu também te amo mãe. - Murmurou suavemente ainda com os olhos na televisão.
Wendy parou seu trajeto e o olhou com olhos emocionados. A última vez que o filho falará isso seu marido ainda era vivo, Noah tinha doze anos. Estavam fazendo um piquenique no parque, seu marido o ensinava a jogar baseball como sempre fazia todos os dias depois do trabalho. Sina sabia que Noah tinha problemas em demostrar seus sentimentos, amava sua mãe mas lhe custava dizer. Então resolveu dar uma mãozinha.
A mulher não pode evitar em voltar e dar um outro beijo na testa dele, dessa vez mais demorado. Logo após saiu do quarto sorrindo. Sina sorriu de lado e continuou a folhear alguns canais.
- Meu Deus, o que aconteceu aqui? - A menina que acabará de entrar no quarto falou, olhando cada canto do lugar com um ar surpreso.
- Como assim?
- Seu quarto. Está organizado...
- Oh sim... - Soube do que ela falava. - Pois é, estava precisando de uma limpeza então eu resolvi finalmente faze-la. - Sorriu com a expressão da outra.
- Fez bem. - Sorriu se aproximando. - E a perna ainda dói?
- Não muito. Está bem melhor do que antes. Já não vejo a hora de tirar isso, coça muito. - Começou a cutucar o gesso incomodada.
- Não mexe nisso teimoso... - Se sentou na cama. - Pode piorar se ficar cutucando. Ouviu o médico, serão apenas alguns dias. Se ficar mexendo vai demorar mais tempo pra tirar, você quer isso?
Sina balançou a cabeça suspirando e Heyoon segurou sua mão para que parasse de mexer na perna.
- Obrigado! - Respondeu sincera.
Sabia que ela só estava sendo legal, se preocupando, pois pensava que era Noah. Mesmo assim sentiu-se na obrigação de agradecer e já não sentia mais vontade de recrimina-la ou ofende-la. Heyoon limitou-se a sorrir. O mesmo sorriso que Sina achava fofo, com a língua entre os dentes.
- Bom... Eu vou ficar no quarto de hóspedes. Se precisar de alguma coisa é só me chamar, ok?
- Tudo bem. - Respondeu aliviada por não dormirem na mesma cama.
A noite estava fria e deu lugar à nuvens carregadas e escuras. O céu escuro e calmo fora avalado por relâmpagos. E a luz deles refletiam na janela do quarto. O vento batia contra as cortinas da janela semiaberta.
A Ai não... - Murmurou com a voz apavorada.
Papai...Frank e Alex já haviam deixado o espaço para a filha na cama. Sabiam o quanto Sina detestava aquele tempo. Frank a esperava com um sorriso acolhedor mas a menina não deu sinal. Os dois então ficaram confusos e se levantaram machando até o quarto da garota encontrado-a esparramada na cama nenhum pouco incomodada com os trovões fortes.
- Acho que a nossa meninininha já não é mais uma meninininha... - Sussurou Frank para a esposa com um fio de tristeza, observando a menina dormir tranquila na cama.
Ficava feliz por ela perder seus medos mas se dava conta de que estava crescendo e que já não era mais uma criança.
- Ela sempre vai ser nossa meninininha. - Alex sussurou com um meio sorriso para o homem, sabia o que ele estava pensando. - Vamos voltar pro quarto...
- Papai... - Voltou a chama-lo mas só depois percebeu que não estava em casa e começou a tremer. Sina começou a chorar em meio aos trovões e relâmpagos que caíam.
- Heyoon! - Gritou e outra trovoada se fez presente fazendo ela gritar mais alto. - Heyoon onde você está?!
Se encolheu na cama e logo viu uma silhueta entrar no quarto apressada
- O que foi? - Perguntou visivelmente assustada pelos gritos.
- Fica comigo. - Puxou seu braço. - Por favor Heyoon não me deixa sozinha... - Pediu entre soluços e apertava a outra para que não se afastasse.
- Tudo bem... Fique calmo. Eu estou aqui agora. - Se deitou ao seu lado. - Me diz o que aconteceu... Por que está chorando? - Falava doce limpando suas lágrimas.
- Eu tenho medo... - Sussurou. - Trovões... morro de medo. - Dizia ainda sussurrando como uma criança assustada.
Heyoon franziu as sobrancelhas.
- Desde quando tem medo? - Perguntou confusa enquanto acariciava seu rosto com as costas das mãos.
Sina abria a boca e não conseguia emitir nenhum som sem saber como explicar. Ela não conseguia pensar.
- Calma, tudo bem... Isso não importa de verdade. Eu não vou sair do seu lado. - Heyoon falava de maneira doce, ela achava aquela cena à coisa mais terna do mundo. Noah com medo de trovões? Nunca iria imaginar um dia ver isso e ele ainda admitindo. Estava parecendo um garotinho com medo, o que fazia sentir uma vontade de cuidar dele como nunca antes...
- Que bom que esta aqui... - Ela tinha que dizer, seu coração gritava por aquilo. Só de pensar em estar sozinha naquela casa como havia preferido horas atrás a deixava petrificada, não conseguiria dormir se estivesse sozinha. Sina agarrou a base da sua camisa com força olhando nos olhos castanhos da garota.
- Estou feliz que esteja aqui... - A puxou para um abraço e encaixou sua cabeça na curva de seu pescoço. Sina não sabia se era por causa do medo ou das circunstâncias que se encontrava, mas aquele abraço foi um dos melhores que já receberá e retribuiu ao mesmo nível. Com o direito de sentir o cheiro doce que exalava da pela morena, o que a deixava mais calma, serena. Quando uma trovoada se fazia presente ela a pertava mais forte e isso fazia Heyoon sorrir.
Cinco, dez, vinte minutos... Não soube dizer quanto tempo estava abraçada a ela. Nunca havia a sentindo tão de perto, podia ouvir seu coração batendo ao mesmo ritmo que o dela e tinha que admitir. Estava gostando. Do calor do corpo junto ao seu, a respiração tranquila, o carinho que ela fazia em seus cabelos.
Os trovões pareciam dar trégua e apenas a chuva fazia-se presente la fora. O Abraço também havia cessado e agora apenas se fitavam. O rosto um pouco corado da garota estava tão próximo ao seu, seus lábios convidativos apenas alguns centímetros. Tão próximas uma da outra que Sina por um segundo sentiu medo dela ouvir seus pensamentos. Ainda bem que isso não era possível. Pois nesse momento o que pensava era que não fugiria caso Heyoon tentasse beija-la. Era apenas um beijo, certo? Um pequeno beijo sem significado, não haveria problema. Ou seria errado? O que Noah acharia disso? Sabia que não queria mais fazer dano ou evita-la agora, pois a deixaria triste. Ela estava sendo legal. Não era por ela mas sim por Noah... Não importava. Agora não queria machuca-la ou vê-la sofrer. Droga. Por que pensava sobre isso? Agora se preocupava com ela. Por quê? Sina parou de pensar.
- Os trovões cessaram. - Murmurou olhando pros olhos do garoto.
- É... - Corou levemente como se a outra tivesse ouvido seus pensamentos.
- Vamos dormir. Você precisa descansar... - Tocou seu nariz com o dedo indicador de uma forma terna, estava sonolenta. Heyoon se aproximou dando um beijo suave no canto da boca dele. A intenção era nos lábios, mas estava escuro e o que era pra ser um gol fora apenas uma trave. Não houve segunda tentativa.
Sina soltou o ar que tinha prendido. Ela podia jurar que seu coração tinha parado de bater por alguns segundos, ou ele batia rápido demais que nem podia senti-lo. Esperava que Heyoon não tivesse sentido seu nervosismo. Sentia-se gelada, extasiada. E nem havia sido na boca.
- Boa noite Yoon...