Se Eu Fosse Você

By thinkingaboutgirls

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Noah e Sina são melhores amigos. Ele namora Heyoon. Sina e Heyoon se odeiam. Mas algo misterioso muda o desti... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo Final

Capítulo 4

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By thinkingaboutgirls

Os dois amigos petrificaram. Sina engoliu em seco. A palidez tomou conta do rosto de ambos. Heyoon se limitava a olhar confusa para ambos sem entender o porque da tensão que havia formado.

- Hu-hum ér... - gaguejou nervosa. – Nossa olha só a hora, já estou atrasada. Atrasado! - Corrigiu rapidamente o gênero. – Se eu não correr agora vou perder a aula. - Sina dissimulava olhando trêmula para o pulso como se chegasse as horas em um relógio imaginário.– Heyoon, depois a gente se fala com mais calma, ok? - Gritou para a asiática correndo, se afastando dos dois. Noah saiu do transe que se encontrava. Heyoon olhou pra ele levantando uma sobrancelha em completa confusão, o garoto olhou pra ela por alguns segundos antes de correr atrás de Sina. A morena permaneceu no lugar ainda confusa.

Os dois entraram na sala de História. Teriam a mesma aula, o lugar ainda se encontrava vazio, havia somente três alunos num canto conversando.

- O que a gente faz agora?! - Murmurou brava sentando em uma das cadeiras vermelhas na fileira da frente, Noah a imitou sentando ao seu lado. – Eu não vou beijar a sua namorada! Droga, não, não e não! Nem pensar!

Sina estava histérica e o garoto pôs sua mão no ombro dela.

- Se acalme!

- Como você quer que eu me acalme?! - Sina arregalou os olhos irritados para ele.

– Já se deu conta? A Heyoon me pediu um beijo! Ela é sua namorada e não vai me deixar em paz porque ela acha que eu sou você! Eu não vou atura-la por um mês inteiro. Nem pensar! Nós não nos suportamos, ela me odeia e eu não me importo nem um pouco com seu bem estar! E agora não vai ser diferente, nem assim, nem nunca! Não vou conseguir ser legal com ela. Heyoon não me cai bem, você já sabe tudo que eu penso sobre ela, é uma estúpida, idiota, metida, fria e fútil que acha que sua vida depende de ser a rainha do baile e se isso não ocorrer o universo se acaba. - Desabafou respirando fundo pelo monólogo.

- Você não a conhece, Sina... Não sabe o que fala. - Cruzou os braços irritado pelas palavras da amiga e olhou pra frente. A loira bufou e revirou os olhos.

- Isso não vai dar certo!

- De qualquer jeito fique calma, já sei o que faremos... Não supôs que deveríamos contar o que aconteceu para alguém? Pois bem, começamos com Heyoon.

Aos poucos os outros alunos apareceram sentando em seus devidos lugares. O professor entrou na sala e desejou bom dia a todos. Esperaram terminar a aula e Noah trocou os horários com Sina. Assim também fizeram com seus celulares. Não se desgrudaram um minuto, quando tinham de se separar para trocar de sala, que não seria a mesma para ambos, combinaram de se encontrar em seus armários. Sina bateu na testa ao ir pro armário errado, que antes era seu, deu meia volta. Em uma dessas trocas de sala, Sina avistou Heyoon de longe e logo tratou-se de se esconder. Tinha que evita-la até contarem o que estava acontecendo.

[...]

Heyoon fechou a porta de casa colocando suas chaves no porta chaves preso na parede. A casa da asiática apesar de não ficar na zona sul de Miami, onde ficavam as mansões, por vontade própria Heyoon não queria morar longe de sua avó Charlotte ou até mesmo do colégio. Era maravilhosamente grande e iluminada com janelas que iam do chão ao meio teto. Decoração situada bem feita, área de lazer, piscina, sauna, um mini cinema. Era uma 'pequena mansão' que ficava entre a casa de Noah e Sina separada por alguns quarteirões.

Tirou seu uniforme, tomou um banho relaxante em sua banheira e pôs um short e uma blusa regata, o cabelo em um coque mal feito deixando mexas escuras caídas em seu rosto. Ela gostava de ficar confortável.

– Mãe? Está em casa? - Perguntou surpreendida ao encontrar Hana no escritório.

- Sim, filha. - Respondeu rápido concentrada na tela do notebook e com um telefone na orelha. Heyoon inclinou a cabeça levemente para o lado passando a mão no braço meio constrangida

- O Baile é daqui a um par de semanas... Acho que esse ano enfim conseguirei minha coroa. - Disse com um sorriso simples tentando puxar assunto com a mãe que parecia estar esperando alguém falar no outro lado da linha.

- Me alegro querida. - Heyoon franziu as sobrancelhas suspirando. – Sim Jimmy, feche o negócio com os mexicanos... Mas meu marido não está ai...? Okay. Eles querem tratar disso pessoalmente com a dona da empresa... - Bufou coçando a têmpora. – Entendo. Atrase eles ao máximo, por favor, chego ai em alguns minutos.

Desligou o telefone levantando logo em seguida da cadeira de couro.

- Heyoon depois continuaremos essa conversa, okay? - Arrumava sua bolsa. – Os latinos querem tratar pessoalmente com a proprietária majoritária da empresa, como vê tenho que ir urgentemente. - Argumentou apressada dando um beijo na testa franzida da filha saindo do escritório sem esperar a resposta da garota.

Heyoon mordeu o lábio movimentando a cabeça sentida. Sempre ocupados... Nunca tinham tempo pra ela. Tinham problemas para demonstrar seus sentimentos e carinho pela filha, e compensavam isso com presentes, viagens, melhores roupas, carros... Tudo que ela quisesse que pudesse ser comprado, estaria em suas mãos em segundos. Heyoon desde pequena teve uma educação rigorosa, matinha uma rotina de alimentação saudável. Diferente de outras crianças nunca teve cáries, tinha as melhores babás, apesar de preferir sua avó Charlotte. Estilistas, professores de etiqueta, professores de vários idiomas, de instrumentos musicais. Mas ela não queria nada disso, apenas queria a atenção deles. Mas era pedir demais. Pobre menina rica...

Depois de ficar sozinha naquele escritório a morena resolveu subir para seu quarto e descansar um pouco. No andar de baixo, alguém tocou a campanha.

- Regina, a Heyoon está? - Perguntou Noah, no corpo de Sina que acabara de chegar junto, para a empregada.

- Sim, está no quarto. Entrem! - Respondeu simpática olhando para Noah. Sabia que o menino tinha acesso livre a casa então não hesitou em convida-los a entrar e manda-los subir diretamente e assim fizeram.

- O que essa garota está fazendo aqui? - Heyoon indignou depois de abrir a porta e ver Sina ali.

Noah ficou assustado com o olhar assassino de sua namorada em si e se escondeu atrás de Sina.

- Posso xingar ela agora ou espero mais um pouco? - Perguntou para Noah que lhe devolveu um olhar fulminante em resposta. – Ta bom eu espero. - Provocou rindo.

Heyoon olhou pra ele como se o mesmo tivessem três cabeças. Ela não estava entendo nada e os olhava em completa confusão. Noah que ocupava o corpo de Sina, não esperou um convite para entrar no quarto e logo sentou-se num sofá pequeno de formato coração que adornava um espaço para dois. Sina o seguiu. Heyoon fechou a porta olhando pra menina pelo atrevimento.

- Isso vai ser confuso pra você... Oh céus como vou explicar isso. - Heyoon olhava pra Sina com os braços cruzados. – Eu não sou a Sina... Eu sou o Noah.

Foi direto, sem rodeios olhando fixamente para a morena que parecia estar séria, agora sentada na cama.

- Sina está no meu corpo e eu no dela... Eu sei que parece loucura mas isso tudo aconteceu ontem à noite e quando acordei eu estava assim! - Olhou pro corpo que agora lhe pertence.

- Foi uma fonte mágica idiota que nos causou isso. - Sina se pronunciou séria. Heyoon acenou positivamente com a cabeça lentamente, dobrou as pernas em forma de índio sobre a cama ainda com os braços cruzados olhando séria para eles. Mas riu em seguida, não conseguindo segurar.

- O que vocês fumaram? Noah você está usando drogas?

- É sério! Você tem que acreditar na gente. - Argumentou o menino agitado.– Já sei. - Se levantou olhando pra Heyoon.

– Pergunta uma coisa que só o Noah saberia te responder.

- Boa ideia Sina!

- Olha só... eu não estou com humor para brincadeiras.

- Vamos, por favor, pergunte e iremos embora para que possa descansar. - Suplicou Noah.

- Ok. Qual a minha cor preferida? - Mantinha um sorriso no rosto entrando no jogo.

- Azul.

- Peen. - Heyoon fez som de negação. - Errado!

- É amarelo seu idiota! Não vê o quarto dela? - Sina deu um tapa estalado na cabeça do outro, frustada por ele ter errado algo tão bobo.

As paredes do quarto eram brancas, mas uma era completamente amarela. Havia desenhos de flores pintadas à mão também amarelas nas paredes brancas. Um urso de banana-de-pijama na cama, as cortinas, até o guarda-roupa tinha detalhes da cor amarela. Parecia um quarto de bebê, o que chamou a atenção de Sina. Não esperava que fosse tão... fofo.

- Huh, essa não valeu. Pergunte outra coisa, mais difícil desta vez. - Se desculpou e Sina revirou os olhos.

- Pergunte ao Noah alguma coisa que só ele saberia. - Interveio Sina.

- Essa é a última... - Avisou já se cansado daquela palhaçada. – Qual o dia que a gente começou a namorar? - Heyoon perguntou sem saber pra quem deveria olhar.

- Essa é fácil. - Noah sorriu. – Foi ano passado, dia sete de janeiro.

- Errou! Resposta incorreta. - Imitou voz de robô.

- Puta que pariu Noah, foi dia vinte de janeiro!

– E como você sabe? - Perguntou inconformado olhando pra Sina.

- Jamais poderia esquecer o dia em que perdi minha preciosa voz e quase fiquei surda porque meu melhor amigo não parava de gritar para todo o colégio que estava namorando Heyoon Jeong! - Debochou. – Foi o pior dia da minha vida!

– Okay, já chega! - Se levantou. – Eu não sei o que deu em vocês hoje, realmente não estou com paciência para brincadeiras. Você. - Apontou pra Sina. – Cai fora da minha casa! E você. - Apontou pra Noah. – Vamos ter uma conversa bem séria depois!

Abriu a porta do quarto, para eles se retirarem.

– Não, espera... Eu vou dizer uma coisa que só eu saberia. - Insistiu Noah olhando pra Heyoon. – Lembra daquela vez que voltávamos de carro só nós dois da casa de praia dos seus pais? Começou a chover e logo veio uma tempestade. O carro atolou na estrada de areia e tivemos que esperar passar a chuva e... - Coçou a nuca. – O clima começou a esquetar. Você tirou sua blusa e eu pude ver uma pequena cicatriz logo abaixo dos seios. A gente começou a se beijar e foi a primeira vez que a gente...

Que vaca... No carro em plena tempestade, no meio do nada, carro atolado. Lugar muito romântico para se ter uma primeira vez. Sina estava imersa em seus pensamentos

- VOCÊ CONTOU PRA ELA?! - Heyoon gritou furiosa pulando em cima dele distribuindo vários murros em Noah.

- Está maluca, porra? Sai de cima de mim! - Sina foi pega de surpresa e tentava se esquivar dos golpes.

- Heyoon! - Noah puxava sua cintura tentando tira-la de cima da Sina. – Eu sou o Noah! Acredita em mim!

- Chega! Cansei dessa brincadeira idiota! - Saiu de cima de Sina que respirava assustada e se recompôs.

- Noah eu estou muito furiosa! E você não vai querer saber o que eu posso fazer quando estou furiosa, quer? Ele negou com a cabeça rapidamente.

- Ótimo. Não sei que diabos deu em você pra fazer esse tipo de brincadeira de mal gosto comigo. Ainda mais com essa... coisa. - Apontou pra Sina.

- Eu não quero falar com você e nem ver a sua cara agora. Eu não estou com cabeça pra discutir. Então, por favor, saiam daqui!

Eles não tiveram como contestar a morena. Então se retiraram da casa sem pronunciar mais nenhuma palavra. O caminho de carro até em casa foi silencioso. Ele deixaria Sina em sua casa para depois ir pra dela. Os pais estavam loucos ligando a todo momento. Estavam preocupados, pois ela havia saído de manhã sem avisar e agora já se passava das 19:00 da noite e nem havia aparecido em casa ou pelo menos dado notícias.

- Acho que esse negócio de contar pra alguém não vai dar muito certo. - Murmurou Sina parando em frente a sua casa.

- Acho que você vai ficar sem namorada. - Disse Sina enquanto retirava o cinto de segurança.

- Não, Sina. - olhou pra ela, apavorado. – Você não faria isso comigo. Por favor...

Sina endureceu ao perceber o que ele queria.

- Não! Isso nunca vai dar certo. Heyoon e eu, nunca!

- Por favor, por favor, por favor... - Suplicava. – Pela nossa amizade, por favor.

A menina revirou os olhos escuros. Não poderia dizer não.

- Obrigado. Você é a melhor amiga do mundo, sabia? - Sorriu. Não precisou de palavras pra saber que aquilo era um sim.

- Sabia. - Respondeu emburrada.– Não se preocupe, alemã. Vai dar tudo certo, ninguém vai perceber! Você me conhece muito bem assim como eu te conheço. E daqui a um mês tudo vai voltar ao normal. E vai ser como se nada tivesse acontecido.

- Assim espero. Porque eu não vou conseguir passar mais do que uma hora junto com sua namorada. - Desceu do carro bufando.

- Ah Noah... - O chamou antes que o mesmo desse a partida. – Cuide do meu corpo.– Lhe digo o mesmo! - Sorriu e arrancou com o carro.

[...]

Sina não podia acreditar como Noah conseguia dormir naquele chiqueiro. Aquele quarto estava uma completa zona, sem tirar a poeira. Cuecas e pedaços de pizza do século passado debaixo da cama, meias sujas em cima do guarda-roupa. Se ela abrisse o guarda-roupa, teria o azar de uma trouxa de roupas bagunçadas lhe atingir. Ela não poderia dormir ali de jeito nenhum. Não naquela bagunça. Então pegou produtos de limpeza, luvas e alguns sacos que havia encontrado na cozinha. Colocou as luvas, tampou o nariz com um prendedor e mãos a obra! Em uma hora, ela conseguiu deixar aquele lugar impecável, com cheiro de rosas e tudo mais

- Nossa, o que aconteceu aqui?

Wendy chegou do trabalho mais cedo como havia prometido no bilhete que deixará mais cedo. Subiu no quarto do filho se deparando com o lugar irreconhecível, completamente maravilhada.

- Nada... Só dei uma limpadinha. - Não pôde evitar sorrir para a mulher que estava boquiaberta.

- Não acredito! Olha essa escrivaninha, ainda está aqui. - Brincou passando a mão no móvel que antes estava invisível, perdida entre pilhas de roupas sujas. Sina riu.

- Ficou tudo perfeito. Deveria manter seu quarto assim mais vezes.

Olhava dentro do guarda-roupa que agora, detinha todas as roupas devidamente dobradas e organizadas.

- Está com fome?

- Na verdade estou sim senhor... - Se lembrou. – Mamãe.

Não pôde deixar de fazer uma carranca estranha por chamar outra mulher de mãe.

- Deve estar mesmo depois dessa obra prima que fez. - Sorriu acariciando seu cabelo. – Vou preparar o jantar! - Deu um beijo na testa do filho e desceu para cozinha.

O jantar se seguiu tranquilo. Sina a chamava toda hora: Mãe me passa o sal. Como foi seu dia hoje mãe? Eu te ajudo com os pratos mãe. Mãe, mãe, mãe. Foram tantos mãe's para uma única noite, o que surpreendeu a mulher. Depois do jantar, subiu para o quarto, quando uma vontade incontrolável de fazer xixi lhe atingiu. Havia ficado o dia inteiro sem ir ao banheiro, se surpreendeu ainda mais por ter aguentado. Tinha que ir ao banheiro mas estava com medo, apavorada. Aquilo a incomodava. Resolveu ligar para Noah.

- Noah... Eu preciso ir no banheiro. - Dizia com a voz entrecortada apertando as pernas para não fazer nas calças.

- O que?

Não pôde ouvir direito. Estava deitado na cama de Sina entretido com a televisão ligada, depois de ser enchido de perguntas por onde estava e beijos por Frank, que era o mais protetor. Alex também havia se preocupado e perguntava se tinha se alimentado direito, já que saiu sem tomar café. O menino estava gostando daquela preocupação. Sua mãe não era de perguntar, afinal ele sempre chegava mais cedo em casa do que ela. A mesma só chegava tarde ou até na manhã seguinte depois de horas extras e plantões. O que ele realmente gostou foi ter sido recebido em casa. Até ontem ele não tinha nenhum pai, mas hoje ele tinha Frank. Mesmo que provisório. Dá pra acreditar?

- Preciso... ir... ao... banheiro.

- Ah... É isso. Vai logo ué!

- Como assim? Eu não quero ver nem tocar naquilo que você tem lá baixo!

- Hum... Sina não fique histérica mas... É que eu já fui ao banheiro. - Respondeu cauteloso coçando a nuca com medo da reação da outra.

- COMO É?

Flashback on

- Que calor dos infernos. - O moreno murmurava abrindo as janelas do quarto. - Depois de um dia desses, toda essa loucura, impossível eu conseguir dormir sem um bom banho...

Falava agoniado para si mesmo sentado na cama com a cabeça apoiada na cabeceira.

- Não sei porque a Sina está fazendo todo esse alvoroço, uma hora ou outra vai ter que acontecer. Fala sério, é um mês! Além do mais, ela não deve ter muita coisa diferente das garotas da revista PlayBoy...

Tentava convencer à si mesmo que isso não seria errado.

Elese levantou da cama e foi para o banheiro que tinha no quarto. Tirou lentamente suas roupas. Tirou a peça íntima e não quis olhar em respeito a Sina. Também era estranho, sentia-se como se tivesse sido 'capado'. Retirou o sutiã, mas não pôde evitar olhar, era cômico. Quando se deu conta já estava brincando com os seios provisórios debaixo do chuveiro, inocente é claro. Soltava um riso idiota cada vez que os apertava. Era estranho e novo, mas divertido.

Depois brincou como se eles fossem armas, os apertava como se estivesse disparando o gatilho e produzia sons de tiros com a boca. O banho se seguiu no mesmo ritmo cômico. Fazia espuma espalhando pelos cabelos longos, também tampava os bicos rosados dos seios com espuma. E o estranhamento passou. Depois de terminar, vestiu uma roupa folgada e saiu do quarto.

Flashback off

- Vamos, não fique brava. A gente não iria ficar um mês inteiro sem ir ao banheiro. Além do mais você é só minha amiga, não tem que ter vergonha de nada.

- Custava você ter pelo menos me ligado... - apertava os olhos, envergonhada. - Tipo como eu estou fazendo agora?

- Okay. Desculpa... - ele pausa. - Mas então, não vai usar o banheiro? Ou prefere fazer nas calças? - não pôde deixar de rir imaginando a situação, era tudo tão insano! A única coisa que lhe surgia foi rir.

- Como eu faço? - Abaixou a calça junto com a cueca já dentro do banheiro e colocou o celular em cima da pia no viva voz.

- Não é tão difícil. Mas só uma coisa, você não está dura está? É bem chato mijar assim, dói.

- Tô o que?!

- Nada... Apenas segure e mire em algum lugar dentro do vaso. E cuidado para não...

- Droga Noah, eu me mijei toda! Essa porra parece uma mangueira a jato e tá mole! - Sina berrou do lado da ligação, pois ela não conseguia acertar muito bem no vaso e chacoalhava o 'negócio' apavorada molhando toda a calça e a tampa do vaso junto.

Noah explodiu em uma gargalhada escandalosa sem se conter imaginando a cena.

- Para de rir! Como se controla isso, meu Deus?!

- Cuidado para não molhar as calças. - Completou em meio as gargalhadas. – Espera, você já se molhou? - explodiu em outra gargalhada.

- Não sei aonde você ver tanta graça. Droga! - Dizia frustada terminando como pôde. Agora teria que tomar um banho, tirou a blusa e a calça molhada entrando na ducha logo em seguida.

Sina tomava banho apressada enquanto resmungava coisas que Noah não podia entender muito bem por conta do barulho da água do chuveiro. Mas ele não podia deixar de rir com a situação.

- Noah eu vou desligar agora, preciso descansar. O dia foi cheio. - Se enrolou na tolha sem olhar pra baixo.

- Tem razão... - Sina ouviu o pequeno suspiro na ligação. - Esse só foi o primeiro de trinta dias. Vou fazer o mesmo, amanhã será um longo dia e você ainda vai ter que se desculpar com a Heyoon. Ela ficou bastante... brava hoje.

- Eu o que? - Perguntou incrédula.

- Boa noite Sina!

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sim,aqui só vai ter putaria vai ter uma página somente para ideias e shipps para one shots🔥😏 ⚠️se não gosta desse tipo de conteúdo na leia ⚠️Não...