Nós Crescemos [✓]

By Mogridd

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[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro... More

Dedicatória.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Epílogo.
Contos da Duologia. Venham ler!

Capítulo 17.

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By Mogridd


Lory.

A luz forte entrava pela janela, declarando que já era de manhã. Tentei abrir os olhos, mas minha cabeça doía muito. Tirei os fios de meu rosto suado, sentindo meu corpo dolorido.

Merda – Murmurei com a boca seca. Um gosto estranho estava nela. Molhei os lábios, não me lembrando de como vim parar em casa, e nem o que aconteceu noite passada.

Noite passada...

Abri os olhos de uma vez, me lembrando de ter beijado Din e de ter bebido.

Rapidamente, a verdade apareceu para mim. Encarei o lugar ao meu redor, entrando em desespero.

Estou ferrada. – Com o coração descontrolado, observei o quarto com paredes cinzas ao meu redor. O cômodo fedia, e tinha um monte de coisa jogada no chão. — Completamente ferrada. — Tentei me levantar, e só então, percebi os braços ao meu redor.

Encarei o menino que dormia calmamente ao meu lado, abraçando meu corpo com carinho.

— Dilan – O chamei, desesperada. — Dilan, pelo amor de Deus – Puxei seus cabelos com força, e então seus olhos se abriram lentamente. Um sorriso genuíno e feliz se esboçou em seus lábios, senti ele me apertando.

Fique paralisada, encarando a cena a minha frente. Din com o rosto amassado, sorrindo de forma preguiçosa para mim.

Bom dia. – Sua voz estava mais rouca e arrastada, me fazendo estremecer. —  Você está melhor? – Indagou, me fitando com os lindos olhos avelãs, ainda sonolentos.

Minha boca estava aberta, mas nada saiu. Pisquei várias vezes, tentando entender o que estava acontecendo.

— Onde eu estou? – Ele riu, escondendo o rosto em meu pescoço. Tentei manter a postura, mas não dava quando sua respiração era tão quente contra minha pele. — Dilan, eu estou desesperada – Revelei, mordendo os lábios.

O menino levantou a cabeça, olhando ao redor perdido.

— Onde estamos? – Indagou em um grito.  Ri por causa de seu escândalo. Até um momento atrás ele estava me dando bom dia e agora está pulando da cama com rapidez. — Meu Deus, que horas são? – O observei. Era estranho vê-lo logo pela manhã. Meu rosto queimou ao pensar que dormimos juntos.

— Din – O chamei, fazendo ele me olhar. — A-aconteceu algo entre nós, depois da brincadeira? – Passei a mão pelo colchão ainda com seu calor, me sentindo extremamente tímida.

Ele me olhou pensativo, encarando o tapete logo depois.

— Aconteceu – Revelou, fazendo eu me sentar na cama de maneira rápida. — Você quase vomitou em mim – Admitiu rindo. Respirei devagar, pulando do colchão com o coração descontrolado.

Fechei os olhos quando uma tontura me dominou. Voltei a me sentar na beirada da cama, murmurando por causa da terrível dor de cabeça.

— Acho que estou de ressaca – Massagiei minhas têmporas, fitando o menino que pegava meus tênis no final da cama, se aproximando com passos rápidos.

— Eu falei para você não beber. – Juntei as sobrancelhas, não me lembrando disso, enquanto Dilan colocava meus tênis. — Eu posso fazer isso – Balancei os pés, achando engraçado ele se embolar com o cadarço. Din me olhou envergonhado, negando com a cabeça.

Com determinação, ele conseguiu amarrar os cadarços.

— Obrigado — Agradeci, segurando seus ombros e me levantando com ele. — Agora me ajuda, estou tonta. – Pedi fitando seu rosto sonolento. Ele continuava lindo mesmo assim. Semicerrei os olhos, lembrando de ter falado algo para ele ontem.

O que foi?

— Tudo bem – Ele segurou minhas mãos, se virando e fazendo impulso para eu me agarrar em suas costas. Pulei de suas costas quando suas mãos mornas seguraram minhas pernas com força.

— Deixa, não precisa. – Encarei seus tênis em meus pés, ficando envergonhada. Óbvio que não dá para fazer algo assim de vestido, Lory.

— Ok – Ele suspirou, fechando os olhos de maneira cansada e guardando algo dentro do bolso.

Tomei um susto quando ele abriu os olhos de uma vez, segurou meu pulso com cuidado e me guiando até a janela.

— O-o quê? – Indaguei, encarando o chão logo abaixo de nós.

— Pula, rápido – Pisquei várias vezes para ele, tentando entender algo que ele falava. — Lory, são nove da manhã. Nossos pais vão nos matar. – Arregalei os  globos, não pensando duas vezes antes de pular para o muro e depois para o chão. Din olhou uma última vez para o quarto fedorento, e com a cama bagunçada. Denunciando que passamos a noite ali.

Deus, a casa é do Trevor.

Passei a mão por meu vestido manchado, não envitando de ficar nervosa. Dilan rapidamente estava ao meu lado, sacudindo a camisa para acalmar o calor daquela manhã ensolarada.

Ensolarada demais para uma cidade que a maior época do ano só chove.

— Meu carro – Encarei Dilan que sorriu aliviado ao ver o automóvel azul-marinho. Ele fez um sinal para eu entrar no carro. Com passos lentos e desengonçados, entrei no banco da frente.

Molhei os lábios secos devagar, apreciando o ar refrigerado bater em meu rosto.

— Você está bem? – Indagou com preocupação. Olhei para ele, enviando-lhe um sorriso suave como resposta.

— Eu só quero comer algo – Revelei, com meu estômago roncando. O carro logo começou a andar, me permitindo relaxar um pouco nos bancos macios.

Meus músculos doem e latejam, minha cabeça também. Suspirei irritada com tudo aquilo, tentando abrir os olhos para encarar o lugar em que estávamos.

Um portão grande passou por meus olhos, e logo depois, uma colina apareceu em minha frente. Pisquei lentamente, me perguntando se esse era o efeito de uma ressaca.

— Por favor, não beba nunca mais – A voz serena de Din me fez encará-lo. Estranhamente, sua voz parecia mais bonita que o normal, causando vibrações em meu peito.

— Tudo bem – Admiti cansada, apoiando minha cabeça em seu ombro quente e confortável. O carro balançava, e sem perceber, comecei a pegar no sono novamente, sentindo o calor agradável de Din contra meu rosto.

— Lory – Mãos quentes tocaram meu rosto, e me sacudiram de leve, me fazendo rir. — Lory – Din sussurrou mais uma vez. Abri meus olhos para ele, encontrando seu rosto bonito.

Bom dia – Ele sorriu com minhas palavras, tirando o cabelo de meu rosto.

— Bom dia, mestra – Sorri para ele, voltando a fechar os olhos.

— Não dorme. Já chegamos na sua casa – Meu coração perdeu uma batida. Encarei o menino sentando ao meu lado, e depois a paisagem fora da janela.

— Aí meu Deus – Pulei do carro, e logo puxei o tecido do vestido completamente sujo para baixo. — Din muito obrigado por tudo, nos vemos mais tarde na escola. – O fitei mais uma vez, podendo respirar mais calmamente com seu riso tranquilo.

— Até mais tarde. – Seu sorriso fez meu peito pular. — Eu não esperava que você seria tão fraca com bebida. – Parei de encarar seus lábios que nem percebi, que estava olhando, e fitei seus olhos. — Se não fosse por mim, o menino mais novo, você teria feito muitas burradas.

Molhei os lábios, pronta para o dar uma resposta, porém ele se foi com pressa. Engoli em seco, rindo sozinha. Caminhei com dificuldade até a árvore perto de casa, me sentindo completamente tonta.

Eu sinto algo muito importante e quente em meu coração. Lembro-me da sensação de ser coberta por Din enquanto dormia. Isso é muito bom.

Suspirei, tentando me manter em pé para conseguir escalar a árvore. Se eu cair do jeito que estou, possivelmente quebro alguma parte do corpo. Merda. Era melhor se eu tivesse ficado naquele carro dormindo.

Escalei a árvore, estranhamente sem dificuldade alguma, e então pulei de meu telhado para a janela. Meu quarto quente me recebeu. Um alívio morno percorreu por meu corpo ao não encontrar mamãe nele. Jurava que iria ser recebida com ela sentada em minha cama novamente.

Caminhei até o banheiro, me olhando no espelho. Eu estava horrível. Liguei a torneira com água quente, jogando a água em meu rosto e o limpando. Com as mãos úmidas, fiz um coque mal feito tentando amenizar a situação.

Não funcionou. Meu rosto continuava do tamanho da lua, meu cabelo todo quebrado e imundo. Respirei fundo para não socar o espelho.

Talvez um longo banho resolva isso.

Joguei meu vestido sujo em cima da cama, entrando com rapidez no box. A água quente desceu por meu corpo, meus músculos tensos relaxaram e um suspiro discreto escapou de meus lábios. Lavei meus cabelos, me sentindo um pouco melhor ao terminar o banho.

— Filha? – Escutei a voz da minha mãe no meu quarto. No pequeno banheiro do meu quarto, estremeci. — Você sabe que está atrasada? – Indagou de maneira suave. Me enrolei na toalha, indo encontrá-la. Mamãe me olhou dos pés a cabeça.

— Sei. Vou me arrumar rápido – Forcei um sorriso para ela. Acho que ela não sabe que passei a noite fora. Respirei, profundamente feliz com aquilo.

— Onde você passou a noite? – Parei de procurar uma peça de roupa, e fiquei em silêncio, paralisada.

— A-aqui – Foi uma péssima idéia ter falado isso. Ela já sabe que não estive aqui.

— Lory – Me chamou duramente, me virei para ela. — Você está com os olhos vermelhos, filha. – Engoli em seco. Sua atenção correu para o vestido em cima da cama. Rapidamente, fiquei na frente dele.

Ela vai sentir o cheiro de bebida se o pegá-lo.

— Mãe, eu quero me vestir agora. – Falei numa tentativa de tirá-la de lá. Mamãe suspirou, me olhando cansada.

— Vamos conversar lá embaixo. – E então ela saiu do meu quarto. Ferrada, acabada. Isso é como estou.

Coloquei uma roupa leve por causa do clima quente. Me olhei no espelho do meu quarto. Meus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo suave, alguns fios saiam dele na parte da frente. Ajeitei as alças da minha blusa branca com figuras coloridas. Se não fosse pelas fundas olheiras, e a dor de cabeça, a noite de ontem poderia ter sido considerada apenas um sonho, ou passaria despercebida por qualquer um.

Mas não foi. Eu beijei, realmente, Dilan Peterson.

Limpei a garganta, sentindo minhas bochechas quentes. Sem pressa, e com coração acelerado, encontrei mamãe na cozinha. Ela me olhou com cuidado.

— Sente-se – Pediu apontando para a cadeira a sua frente. Deixei a mochila de lado, me sentando. Molhei os lábios, tentando controlar meu nervosismo. — A mãe de Dilan me ligou. Ela me perguntou se sabia onde ele estava, pois dormiu fora. – Encarei seus olhos verdes que me fitavam intensamente.

Sem conseguir desviar o olhar, pisquei várias vezes.

— A-ah é? Nossa – Forcei um sorriso para mamãe, vendo ela suspirar.

— Filha, onde vocês passaram a noite? – Indagou com suavidade. Perante seu olhar macio e compreensível, não consegui mais omitir a verdade.

— Na casa do Trevor. Um... – Não sei se a palavra "amigo" cairia bem para falar o que Trevor é para nós, então completei. — Um garoto. – Mamãe me olhou por alguns segundos, fechando os olhos logo depois.

— Filha, o que vocês fizeram lá? – Indagou, me fazendo rir de nervoso. Seus olhos verdes me fuzilaram. — Foi algo assim tão engraçado? – Percebi o frio em sua voz, então me acalmei.

— Nós ajudamos ele com um probleminha, e então, dormimos lá. O sono nos venceu. – Sorri involuntariamente, ao ver que tinha conseguido inventar uma mentira tão boa. Estou melhorando nisso.

— Lory, por favor. Eu já foi adolescente, e acredite, eu sei quando uma pessoa está mentindo. Isso que acontece quando eu sei ler a expressão facial das pessoas. – Meu corpo estremeceu, tinha me esquecido desse pequeno detalhe.

Voltei a rir de nervoso.

— Lory, vocês conversaram? – Sua pergunta repentina me fez congelar. Puxei o ar com força, encarando seus olhos verdes.

— Sim, mãe – Ela sorriu. — Como você pôde esconder tudo isso de mim? Eu merecia saber – Mordi minha torrada, não deixando seus olhos. Mamãe riu, sacudindo a cabeça.

Seus cabelos curtos balançaram. Me pergunto se vou ser tão bonita assim quando tiver sua idade.

— Eu não posso falar nada sobre a vida de meus pacientes para ninguém, minha querida. – Admitiu rindo. — Estou tão feliz que ele finalmente conversou com você. Filha, você não sabe como isso é um grande passo, ele finalmente se abriu. – Pisquei, lembrando de suas lágrimas sem fim naquele lago.

Mordi os lábios, querendo desesperadamente abraçá-lo.

— Sim – Confirmei em um fio de voz. — Eu vou ajudá-lo, mãe. Levar toda sua dor para longe, acabar com ela. – Encarei mamãe, ela se levantou beijando minha testa.

— Já te falaram que seus olhos brilharam, como chamas, quando você está tão determinada, filha? – Indagou sorrindo para mim. Ri com suas palavras, lembrando da primeira vez que Din disse isso. Eu estava determinada a bater em um menino que o fez chorar debaixo das arquibancadas. Naquele tarde, após eu ter falado que faria isso, Din disse que meus olhos possuíam chamas.

E eu comecei a acreditar nisso.

Assenti com a cabeça, sorrindo timidamente.

— É a mais pura verdade. Você puxou isso do seu pai – Ela apertou meu nariz com as pontas dos dedos, me fazendo rir. — E o nariz também – Mamãe beijou o topo de minha cabeça, se despedindo antes de ir para o trabalho.

Tomei meu café da manhã rapidamente, correndo para meu quarto para pegar o vestido sujo que eu tinha escondido debaixo do colchão.

Mamãe não falou nada sobre, nem sequer uma bronca. Não sei se devo ficar aliviada com isso.

Dei carinho em Estrela, que dormia na minha cama. Seus pêlos pretos brilhavam e eram muito macios. Respirei fundo antes de ajeitar os tênis de Din em meus pés e pular a janela.

Fui atrás da minha bicicleta. Eu preciso da ajuda de Tessa.

                              ...*...*...

Joguei minha bicicleta no gramado. O suor escorria por meu pescoço, e o vento forte batia nele, refrescando um pouco. Encarei os tênis de Din em meus pés, respirando fundo.

Caminhei até o fundo da casa de Tessa, pegando uma pequena pedra e jogando em sua sacada. Esperei alguns segundos até a menina de cabelos ruivos aparecer com o rosto amassado, e olhos semicerrados.

— Lory? – Ela piscou algumas vezes, me olhando confusa. — O que você faz na minha casa uma hora dessas? – Sorri para ela, levantando o vestido para o alto.

— Preciso de ajuda para esconder um crime. — Para minha surpresa, ela pareceu assustada.

— Meu Deus. Quem você matou, sua doida? – Ri com suas palavras, fazendo sinal de silêncio com os dedos. Ela assentiu, tampando a boca. Escalei sua sacada, entrando em seu quarto completamente bagunçado.

— Eu tive um noite doida, Tessa. – Me joguei em sua cama confortável, ainda sentindo minha cabeça doer. — E eu estou com uma ressaca horrível. – Ela se jogou animada ao meu lado, me fazendo rir de olhos fechados.

— Ressaca? – Abri meus globos, encontrando os seus que brilhavam de ansiedade.

— Ressaca. – Afirmei, e ela se sentou na cama, sorrindo de forma genuína.

— Me conta tudo. – A ruiva pediu animada. Me sentei na cama, encarando seus olhos negros.

Contei tudo para ela, ficando envergonhada durante toda história. Após terminar, molhei os lábios secos, sentindo minhas bochechas quentes.

— Meu Deus. – Ela sorriu, segurando minhas mãos. — Você tem ideia de como isso parece cena de filme? Tipo, você com um vestido branco, correndo com dois garotos na rua de madrugada. Assustando crianças e grafitando um banco – Ela apertou minha mão, completamente alegre. Ri timidamente com isso. — Você ainda estava usando o tênis do Din. Vocês se beijaram na cama do tal de Trevor! – Exclamou, sorrindo para mim.

— É – Concordei brincando com meus dedos. — Mas não é para tanto. – Tessa pulou da cama, pegando meu vestido e o olhando.

— Ah, é sim. – Seus olhos brilharam para mim, me forçando a levantar. — Eu te empresto meus tênis. Depois eu devolvo esses para o Din, não se preocupe – Mordi os lábios aliviada.

— Obrigado por estar me ajudando, Tessa. Agora tenho que ir para escola. Nos vemos depois? – Ela sorriu, me abraçando com força.

— Óbvio, Lory. – Ri, logo pulando a janela. Encarei a menina ruiva que acenava para mim.

Me despedi dela, pegando minha bicicleta e indo para escola.

Hoje eu colocarei meu plano em prática.

"Eu sinto algo muito importante e quente em meu coração. "

Espero que tenham gostado❤️❤️❤️

Amo vocês ♥️

Próximo capítulo sábado.

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