PERIGOSAMENTE TENTADOR

By SamanthaGraceHart

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DOMINICK AMA QUEBRAR -REGRAS, MAS ADORA SER PECADOR NAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS... Ele tinha uma missão dentro... More

INFORMAÇÃO SOBRE O LIVRO
SINOPSE| PLAYLIST
TRAILER
CAPITULO UM
CAPITULO DOIS
CAPITULO TRÊS
CAPITULO QUATRO
CAPITULO CINCO
CAPITULO SEIS
CAPITULO SETE
CAPITULO OITO
CAPITULO NOVE
CAPITULO DEZ
CAPITULO ONZE
CAPITULO DOZE
CAPITULO TREZE
CAPITULO QUATROZE
CAPITULO QUINZE
CAPITULO DEZASSEIS
CAPITULO DEZASSETE
CAPITULO DEZOITO
CAPITULO DEZANOVE
CAPITULO VINTE
CAPITULO VINTE E UM
CAPITULO VINTE E DOIS
CAPITULO VINTE E TRÊS
CAPITULO VINTE E QUATRO
CAPITULO VINTE E CINCO
CAPITULO VINTE E SEIS
CAPITULO VINTE E SETE
CAP. VINTE E OITO ❧ PARTE UM
CAP. VINTE E OITO ❧ PARTE DOIS
CAPITULO VINTE E NOVE
CAPITULO TRINTA
Cap. Trinta e Um
Cap. Trinta e Dois
Cap. Trinta e três |Parte um
Cap. Trinta e Três | Parte dois
Cap. Trinta e Quatro
Cap. Trinta e Cinco
Cap. Trinta e Seis
Cap. Trinta e Oito
Cap. Trinta e Nove
Cap. Quarenta
Cap. Quarenta e Um
Cap. Quarenta e Dois
Cap. Quarenta e Três
Cap. Quarenta e Quatro
Cap. Quarenta e cinco| Parte 1
Cap. Quarenta e cinco| Parte 2
Cap. Quarenta e Seis
Cap. Quarenta e sete| Parte um
Cap. Quarenta e sete| parte 2
Cap. Quarenta e oito| parte 1
Cap. Quarenta e Oito| parte 2
Cap. Quarenta e Oito| parte 3
Cap. Quarenta e nove
Capitulo Cinquenta
Capitulo Cinquenta e um| parte um| reescrito

Cap. Trinta e Sete

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By SamanthaGraceHart


Olá flores! Tudo bem? . Espero que gostem do capitulo. Por favor, não se esqueçam de comentar e de votar, é muito importante para mim. Uma boa leitura e um resto de bom fim de semana.


21h15, Casa dos Green

Uma nuvem quase fofa ampara o meu preguiçoso corpo, aninhando-o nos lençóis brancos da cama desfeita por Blenda, que além de ser ótima cozinheira de mão cheia, decidiu vir-me mimar um pouco. Segundo ela, me encontro desanimada, triste, mau humorada num dia bonito como o de quarta-feira sem o meu guarda-costas carrancudo por perto para me chatear.

Esse é o meu problema principal, não o ter aqui.

— Deverias comer alguma coisa antes de te deitares Eva.

Volta a pôr me juízo na cabeça, enquanto empilha às seis almofadas da cama em cima da cadeira da secretária. Por segundos deixo que uma pequena gargalhada saia dos meus lábios ao vê-la atrapalhada, mas nem por isso deixo-a sozinha. Levanto-me da cama e vou ajudá-la, tento com que as almofadas fiquem direitas e não caíssem para o chão durante a noite.

— Ouviste o que te disse minha menina. — Ralha erguendo o queixo na minha direção e retirando as mãos das almofadas para pousá-las nas suas ancas. Endireito o corpo e olho nos seus olhos, para que ela perceba que não vale apena insistir.

— Ouvi Blenda, mas estou sem fome. Asseguro-te que quando a fome vier irei à cozinha buscar uma Sandes grande. Neste momento, apetece-me estar estendida na cama a ler um livro.

— Enganaste minha menina. Irei fazer um chá de camomila e uma sandes, pelo menos isso iras comer antes de te deitar.

— Mas Blenda...

— Sem mas, minha menina.

E assim põem fim à discussão calando-me profundamente os meus desejos. Um olhar desafiador é deitado contra a minha face. Coro um pouco e mordo o lábio somente para ter a certeza de que a minha boca não se abrirá para contradizera-la. Visto que não irei fazê-lo, Blenda gira o corpo na direção da porta e para lá encaminha-se deixando a torcer por dentro as palavras que querem sair da boca.

A porta abre-se e a vejo deslisar para fora do quarto, mas antes de fechar a porta olha com os olhos semicerrados e com um aviso bem expresso nele "Não fujas de mim minha menina".

Deixo que um sorriso trémulo dance nos meus lábios secos. Estou a ponto de rir, mas não o faço enquanto ela estiver a dar-me um aviso prévio com o seu olhar. Blenda conhece-me perfeitamente, e sabe tão bem quanto eu, que se ela fechar a porta, poderei me esconder dela somente para não me obrigar a comer.

Suspiro satisfeita quando a porta se fecha. Deixo que o riso saia num tom baixo enquanto encaminho-me a uma prateleira de livros posicionada numa das paredes brancas do meu quarto. Encaro os nomes de cada autor e os títulos de cada livro, tentando escolher um que seja ideal para acalmar o meu desanimo, e nesse processo de indecisão ouço a porta abrir-se lentamente. Não me viro, porque sei, quem se encontra atrás da porta é Blenda a espiar-me, para certificar que estou no devido lugar.

Controlo mais um riso e tento não virar na direção da porta, que segundos depois a ouço fechar-se da mesma forma em que foi aberta, lentamente.

Nego com a cabeça, erguendo a mão na direção dos livros. Toco lentamente na primeira lombada do primeiro livro da prateleira do meio e deixo que eles deslizem lentamente pelas lombadas seguintes dos outros livros. Os meus dedos param subitamente num dos livros que me chamou atenção, não pelo título, mas sim pelo conteúdo que sei que irei encontrar dentro dele. Retiro o livro da prateleira e olho para a capa dura com um simples desenho de um lobo mau e a capuchinho vermelho.

Um sorriso infantil cresce nos meus lábios ao me relembrar das noites em que obrigava a minha mãe a ler este livro, coisa que a minha irmã detestava. Ela preferia sempre ouvir a Bela e o Monstro.

Esta história é uma das minhas favoritas, faz parte da minha vida e de lembranças muitos boas, principalmente porque quem as lias era uma mulher espantosa que tenho muitas saudades e que a última vez que a vi não fiquei com a imagem do seu sorriso. Fiquei com a imagem do seu bonito rosto estampado de terror e das suas lágrimas de dor que escorriam pelo mesmo enquanto tentava passar confiança a mim e a minha irmã.

Engulo em seco, nego com a cabeça tentando esquecer as lembranças amargas que vieram por segundos ao meu cérebro. Respiro fundo e volto a encarar o livro. Ao olhar para o terrível lobo mau que algumas crianças detestavam, lembro-me de repente do meu guarda-costas. Não me perguntem do porquê, mas ele apareceu do nada na minha mente, fazendo com que eu esquecesse de tudo em meu redor.

Inesperadamente sinto um líquido quente a deslizar pela nuca. Assusto-me com aquele pequeno movimento e com o calor que vem da parte de trás das minhas costas, informando-me que não sou a única sozinha neste quarto.

Sinto o coração a martelar com força dentro do meu peito. Rezo para quem for o filho da mãe atrás de mim, fique magoado quando lhe der com o livro na cabeça. Tento abrir a boca para chamar por alguém, mas não consigo e nem tenho tempo para o fazer. O meu corpo é virado de repente para trás e preso por um abraço forte. Não tenho tempo de lhe dar com o livro, mas tenho tempo de ver as suas feições antes do individuo chocar a sua boca contra a minha.

Abro os olhos e olho para aquele ser infernal. Tenho vontade de lhe bater quando vejo de quem se trata.

Dominick Chmerkovskiy.

O meu lobo mau da minha vida real.

Mas o quê que ele faz aqui?

A sua boca persiste na minha que fica estática. Tento que ela fique assim por uns longos segundos ou quem saiba até que ele desista, somente para o castigar. Mas não consigo, é demais para mim sentir uns lábios tão doces e viciantes de Dominick e não poder beijá-los com toda a gratidão por estarem colados aos meus que ansiaram por eles hoje e nos dias anteriores.

Fecho os olhos e deixo que os meus lábios movimentem contra os seus que parecem desesperados pelos meus. Deixo que o livro caia pela pequena abertura entre o nosso corpo —que por muito que seja pouca— consegue deslizar e aterrar sobre os nossos pés. O fiz com intensões de levar as mãos aos seus ombros longos e fortes, para senti-los e apartá-los com força, chegando a cravar as minhas unhas neles.

Os seus braços apertam mais a minha cintura, num abraço desesperado e de pura loucura, enquanto obriga os seus lábios a desacelerar o nosso beijo para que a sua língua possa seduzir o meu lábio inferior, acariciando-o lentamente para pedir entrada exclusiva para dentro da minha boca. Poderia negar-lhe a entrada, mas não consigo, foi espontâneo quando abri os meus lábios e deixei que a sua língua entrasse dentro da minha boca para se encontrar com a minha que foi aprendendo o jeito para acalmar a fera.

Sinto uma pressão inexplicável contra a barriga, que parecia crescer a cada investida do nosso beijo. O meu ventre dá cambalhotas marotas ao sentir o seu pénis animado colado contra a minha pele revestida por uma camisa de dormir.

Um gemido insatisfeito escapa-lhe da boca. Abro os olhos quando deixo sentir a sua boca e os seus braços ao redor da minha cintura. Olho para a frente e não vejo ninguém a não ser a parede do meu quarto, mesmo assim, sinto o movimento do seu corpo dentro do mesmo. Fico estática e complemente sem reação com a sua saída repentina. Giro a cabeça lentamente, na direção da porta da casa de banho que se fecha num som mudo e sem levantar qualquer suspeita ao contrário da porta da entrada que se abre de rompante. E Blenda, parece diante da minha visão um pouco embaciada.

Ó porra!

Engulo em seco completamente assustada. Sim, assustada. Blenda quase apanhou-nos, se não fosse a boa audição de Dominick, nós eramos apanhados em flagrante. Porquê que não me virei quando a porta se abriu quando julguei ser a Blenda a brincar comigo? Teria facilitado esta cara de terror que ela irá se aperceber brevemente que há algo errado em mim. Tenho vontade de bater em Dominick, juro que tenho, mas fico satisfeita se ele ficar dentro da casa de banho, bem escondido.

Mas agora pergunto eu, novamente. O quê que ele está a fazer em casa, se está de folga?

Não tenho perguntas para a minha resposta, mas dou por mim com os olhos postos na porta da casa de banho como se quisesse a dar intender a Blenda que tenho alguém escondido ali dentro. Merda! Desvio rapidamente o olhar para a minha querida cozinheira que entra no quarto trazendo consigo uma bandeja com uma chávena de chá e uma sandes. Os seus olhos ficam postos durante alguns segundos na bandeja como se temesse entronar a chávena de chá. Quando tem uma boa confiança sobre si, ergue os olhos na minha direção. Ela chega a perceber que há algo no meu olhar, porque um segundo depois vejo os seus pés a enterram no centro do chão do quarto e a curta o caminho que teria de fazer até a mim.

Que ela não descubra. Que ela não descubra. Que ela não des...

— Estás bem querida?

Quase chego a suspirar com a sua pergunta, mas contenho-me. O seu olhar vague-a pelo meu rosto, tentando achar uma resposta concreta para a sua pergunta. Se eu mentir, ela o saberá.

— Estou ótima! — Respondo sem gagueja.

Bato palmas mentalmente dentro do meu cérebro. Boa! Passei uma prova. Mas sei que as perguntas não ficarão por aqui, sendo que o seu olhar semicerrou na minha direção e as suas sobrancelhas juntaram-se em pura confusão. Antes que eu pudesse lembrar do livro caído aos meus pés, Blenda lembrou-se primeiro desse pormenor, deixando-me um pouco embraçada.

— Porquê que o livro está no chão? Pergunta apontando com a cabeça para o livro.

— Porque...porque caiu. —Digo simplesmente omitindo metade da história. Blenda não precisa de saber que o livro caiu por conta de um ser estupidamente viciante que apareceu do nada na minha frente como fujo de mim, como o rato foge do gato.

— Caiu do nada e tu ficaste dessa forma? — Interroga-me, encaminhando-se na direção da cama. Pousa a bandeja para se virar na minha direção. As suas mãos descansam nas ancas.

O QUÊ! Que forma é que fiquei?

— É, simplesmente caiu. — Afirmo com toda a certeza do mundo que foi isso que aconteceu. E foi mesmo uma parte delas. Desvio o meu olhar do seu olhar investigador para o chão. Abaixo-me para apanhar o livro que volta rapidamente para a prateleira.

Ao virar o meu corpo, assusto-me com o dela muito perto do meu. Engulo em seco e dou um dos meus sorrisos queridos tentando levá-la para o meu jogo de mentiras. Blenda vira o jogo, quando deposita as costas da sua mão contra a minha testa como se quisesse certificar se estava quente.

— Não tens febre. — Declara abaixando a mão, mas sem deixar de observar o meu rosto. — Mas estás mais vermelha do que um pimentão.

— Blenda, estou bem. — Descanso-a, pousando as mãos nos seus ombros cansados. Com muito relutância, Blenda assente com a cabeça e leva-me até a cama obrigando-me a sentar. Assim faço, mesmo não querendo, e ela vai buscar a bandeja que põe sobre o meu colo.

— Come! — Ordena, cruzando os braços sobre o peito. Mordo o lábio nervosa e olho para a comida que tenho na minha frente. Não tenho muito apetite, mas esforço-me para comer, porque sei que se o não o fizer Blenda não sairá tão cedo daqui e Dominick apodrecera dentro da casa de banho. Até não seria mau pensado, sendo que me apanhou um cagaço de morte...

Acabo do comer a sandes e de beber o chá, numa velocidade estonteante como se realmente tivesse com fome. De vez em quando sentia a minha visão fugir do seu real objetivo que tinha a minha frente para a porta da casa de banho, mas antes que chegasse a focar na porta desviava logo para a comida.

— Muito bem. — Murmura satisfeita pegando a bandeja para pousá-la em cima da cama — Queres que te ajude a desfazer a trança?

Nego com a cabeça e levanto-me da cama para abraçá-la e desejar-lhe uma boa noite. E naquele curto espaço de tempo, vejo o primeiro objeto do crime pousado sobre o tampo da minha secretária.

Caraças!

Engulo em seco estritamente nervosa. Porquê que Dominick deixou a porra da sua tecnologia em cima da minha secretária?! Blenda deverá vê-lo quando sair e entenderá que algo se passa, se não concluir antes que pode ser do meu meio irmão mais velho.

Afasto-me do abraço e sorrio.

Blenda dá-me um beijo e deseja-me uma boa noite. Afasta-se para pegar na bandeja e sai do meu quarto sem reparar naquele pedaço de tecnologia de baixo dos nossos narizes. Fecho os olhos e deixo-me respirar fundo. Naquele momento de paz e de reflexão chego a uma conclusão.

Vou matar Dominick.

Suspiro ao mesmo tempo que abro os olhos e pouso as mãos nas ancas. Ouço a porta da casa de banho abrir-se, e a minha mente a trabalhar para acabar com aquele ser perigosamente tentador. Mas tudo cai em esquecimento quando pela primeira vez deparo-me naquele ser magnifico dentro de uma roupa diferente ao que usa habitualmente. Desde que o conheço sempre o vi vestido com o mesmo fato e com a mesma cor de camisa. Mas hoje, estava diferente, muito diferente. Tinha uma camisa azul clara— que lhe ficava a matar— umas calças rasgadas pretas bem apertadas nas coxas mostrando a quem quisesse ver que tinha umas belíssimas pernas malhadas, para não falar do seu rabo. Usava também um relógio no pulso esquerdo e calçava uns ténis.

Ele estava divinal.

—Estou apresentável para concretizar a tua lista de desejos. — Ouço-o a murmurar numa voz rouca.

Oh... é a única coisa que vem ao meu cérebro perdido no seu mundo excitante enquanto tenta digerir a sua deliciosa pergunta que mais saiu como uma terrível afirmação. Engulo em seco e levanto o olhar dos seus pés para o seu escandaloso sorriso estampado naqueles perfeitos lábios que deixa qualquer pessoa louca.

Viajando no meu mundo tentador, dou por mim a enrolar a ponta da trança nos dedos e a morder o lábio. Isto basta para que Dominick confirme que gostei de vê-lo dentro daquela maldita roupa apertada. O sorriso que antes dançava nos seus lábios, subiu mais para cima fazendo um perfeito arco malicioso.

Largo o meu cabelo e solto o lábio dos meus dentes. Por muito que tivesse sentido a sua falta o dia todo, não quer dizer que ainda não tenho razões para matá-lo depois da vergonha que tive de passar na frente de Blenda.

Nem quero imaginar se ela tivesse descoberto.

Endireito os ombros, cruzo os braços de baixo do meu peito e olho carrancuda para ele, que ergue uma sobrancelha desafiadora.

É, também sei fazer uma cara carrancuda, meu querido.

— Tenho vontade de te matar. — Digo do nada.

Ele ri-se descaindo o ombro contra a ombreira da porta da casa de banho e pondo as mãos dentro dos bolsos das calças. E naquela terrível posição sexy vejo o seu olhar cavado nas minhas maminhas. Dou por mim arregalar os olhos quando me lembro que estou sem o soutien de baixo da camisa de dormir.

Apreço-me a olhar para elas e vê-las com os mamilos duros apontados para Dominick.

Coro.

Rapidamente mudo a posição dos meus braços para cima dos meus seios, cortando a visão dele.

— Pervertido! — Murmuro olhando nos seus olhos que sinalizavam humor. Bufo e desvio o rosto para o lado, mas isso não me impede de vê-lo por completo. Pelo canto do olho vejo-o a desencostar da ombreira da porta e fazer um pequeno trajeto até a mim. Antes que pudesse pôr em pártica umas das minhas fugas, circunda a minha cintura com os seus braços, encurralando-me.

—Tiveste desanimada e mau humorada hoje, foi moranguinho? — Pergunta o Dominick, enterrando a cara na curva do meu pescoço e esfregando o nariz. Estremeço contra o seu peito que aperta o meu corpo como se fosse uma almofada bastante fofa. — Hum?

Deliciada com aquele momento ternurento e ao mesmo tempo provocador para conseguir deixar-me rendida aos seus pés e confessar a verdade. Dou por mim, a fechar os olhos e a esfregar a cara no seu cabelo desalinhado, entregando-me um pouco as suas caricias. Parte do meu corpo estava entregue ao domínio de Dominick, mas a outra parte continuava a não resistir ao homem quê é tudo menos que um anjo. Os meus braços continuavam no mesmo sítio, faziam pressão contra os seios e o seu peito bem formado com camadas de músculos extremamente duríssimo.

Limpo a garganta para tentar que a voz saia normal quando for para perguntar o porquê de ele achar que estive desanimada o dia todo.

— Estiveste a cuscar a minha conversa com Blenda? Porque desconfio que essa informação tenha vindo deste quarto e não de comentários de outras pessoas, por muito que essa resposta tenha mais sentido do que a primeira. Mas tu sendo o Dominick "o quebra regras" acho difícil.

Sinto um riso curto a bater calmamente contra o meu pescoço que continua a ser acariciado pelo seu nariz. Solto um sorriso breve e deixo-me estar com os olhos fechados.

— Vez como sabes. — Confirma o que suspeitei. Eu ouvi-o a conversa vinda do quarto. Mas como? Seguramente que não estava no corredor com o ouvido encostado na porta. — Tiveste saudades minhas, para estar tão desanimada e com um humor azedo?

Mordisco o lábio inferior quando uma mentira maligna que passou para dizer olá a minha mente.

— Enganaste. Blenda pensa que fiquei desanimada o dia todo, mas não, isso não aconteceu. — Sussurro num tom baixo, mas firme tentando convencê-lo da minha pequena mentira. Aperto os olhos e suspiro, ao sentir os seus lábios a substituir as caricias do nariz no meu pescoço. Ele arrasta os seus doces lábios pela minha pele causando-me arrepios, mas nem com isso deixo de concluir a minha mentira num tom firme. —Fiz coisas extraordinárias na tua ausência. A primeira fui lanchar com o Spencer, a segunda ... fui nadar com a supervisão de uns dos guardas. Como é que ele se chamava... —Faço uma longa pausa como se realmente estivesse a pensar—Bernard.

Tenso. É assim que se encontra o seu corpo preso no meu. Detenho um sorriso divertido nos lábios que rapidamente são desfeitos e transformados num franzir de lábios doloroso. Merda! Ele mordeu a pele do meu pescoço. A mordida pode ter sido com pouca pressão, mas doeu para caraças.

— Mentirosa. — Rosna retirando o rosto do meu pescoço para me encarar. Junto as sobrancelhas, furiosíssima e viro o rosto na direção oposta. Ele foi um canalha ao me morder. Eu sei que fui a culpada, mas era escusado ele o fazer, porra! — Sua grande Mentirosa.

—Não sabes se é verdade! Não tiveste cá. — Provoco-o, sem ocultar o quanto estou furiosa com ele.

— Mas conheço-te. Cheirou-me logo a mentira, minha menina má.

A mentira dá para cheirar? Essa eu não sabia.

Puf...Ele é um grande canalha que senti muita falta o dia todo.

—Estivestes com ciúmes? — Ouço-me a perguntar do nada a ele enquanto desviava o olhar para os seus bonitos olhos verdes.

— Estivestes com saudades minhas? — Ataca da mesma forma como eu o ataquei.

Faço um biquinho metade furioso e metade divertido. Dominick aperta-me mais contra o seu peito e aproxima o seu rosto do meu para me dar um beijo rápido nos lábios, no qual eu fujo virando a cabeça para o lado.

Ele bufa.

— Vou contar até três e nós iremos dizer a resposta ao mesmo tempo. — Digo, girando o rosto novamente para ele. Ele vai admitir, nem que seja com um jogo infantil, mas ele vai! Ao contrário de mim que não irei abrir a boca. — 1...— Semicerra os olhos e eu faço o mesmo. —2...—Morde o lábio e eu o imito. —3...— Abre a boca pronto para dizer e eu volto a imitá-lo, mas nenhuma palavra sai da minha boca. A sua boca fica entreaberta dando-me esperanças, até que falou, mas não disse o que eu queria ouvir.

— Pensavas que iria cair nessa Eva. Lamento querida, acertaste no jogo incorreto. — Diz com um sorriso de orelha a orelha.

Deixo-me suspirar contra o seu peito que mais virou um gemido quando senti as suas mãos deslizarem na direção das minhas nádegas e apartá-las.

— Vai-te vestir. — Ordena retirando os braços do meu corpo para que eu pudesse cumprir a sua ordem.

— Aonde vamos? —Pergunto o vendo andar na direção da cama desfeita, pronta para eu me deitar, onde ele próprio se deita de barriga para cima e põe os braços atrás da cabeça. É mesmo descarado, mas é tão sensual o raio do Homem!

— Optei por realizar a tua lista hoje, moranguinho. Acho que era o mais certo que eu escolhesse que dia fosse.

Hoje...?

Engulo em seco ao sentir o nervosismo a subir ao cérebro. Não estava nada a espera que fosse hoje.

Humedeço os lábios ao desviar o olhar daquele perigoso homem que tentou, mais uma vez, ordenar para que eu me vestisse. Assim fiz, sem qualquer reclamação. Escolhi umas calças de ganga escuras, uma camisola branca com riscas pretas, ténis brancos e sem esquecer da lingerie que tive de retirar da gaveta as escondidas para que ele não a visse.

— Eva...— Chama-me quando estou a ponto de entrar na casa de banho. Viro-me para ele. O seu profundo olhar embate no meu. — Arranja também uma mala pequena com o que achares essencial. Só voltarás amanhã de manhã, comigo, e totalmente minha.

Perco o ar.



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