Nós Crescemos [✓]

By Mogridd

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[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro... More

Dedicatória.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Epílogo.
Contos da Duologia. Venham ler!

Capítulo 16.

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By Mogridd


Dilan.

Encarei a menina que abraçava os joelhos e puxava o tecido de seu vestido branco. Seus cabelos longos tocavam o chão, e naquele momento, quando um suspiro discreto saiu de seus lábios, meu corpo estremeceu.

Eu não conseguia tirar meus olhos dela, cada batida de meu peito era para ela.

O vento gelado entrava pelas janelas abertas, diminuindo o calor que eu sentia por meu corpo. Minha mente viajou para seus lábios, e seus beijos doces e calmos. Apertei o cobertor com força, sentindo meu rosto em chamas.

— Está pronto – Trevor anunciou com a voz baixa. Encarei seu rosto no escuro, ele sorria de maneira divertida.

— Eu ainda acho que isso não é uma boa idéia. Amanhã temos aula, e se sua mãe descobrir, Lory? – Seus olhos se voltaram para mim com chamas, como ela estivesse pedindo para eu não me intrometer. Fiquei em silêncio, engolindo o que eu pensava.

— Você precisa sair desse cobertor agora, Lan – Respirei fundo, pulando para fora do tecido grosso que me cobria. Foi um ato involuntário eu me cobrir, eu nem sei o que pensei na hora. Estava muito atordoado para pensar em qualquer coisa que não fosse ela.

Me joguei ao lado de Lory, me sentindo completamente tímido e envergonhado. Nós nos beijamos, meu Deus, eu quase sai do controle por causa de seus beijos, de seus suspiros e de sua pele macia, com um cheiro doce, contra a minha.

Abracei meus joelhos, mexendo os dedos dos pés por baixo do tênis. Meu coração pulava de ansiedade, de nervos, e de amor. Agora ela sabe, é impossível que ela não saiba.

— C-como se joga isso? – Só com a pergunta de mestra, vim olhar para o jogo a minha frente. Não.

— Dentro desses copos eu tenho vodka, e aqui eu tenho uma bolinha. Temos que jogar essa bolinha dentro do copo, quem não conseguir, bebe uma dosse. – Trevor explicou. Toquei o ombro de Lory com o meu, fazendo ela olhar para mim.

— Você nunca bebeu, por que isso do nada? – Fisguei seu olhar intenso. — Vamos para casa. Já fizemos o que era para ser feito. – Ela corou, desviando o olhar.

— Porque eu quero, Din.

Suspirei com sua resposta.

— Eu estou te avisando, mas você é teimosa demais para me escutar – Murmurei, ainda empurrando seu ombro com o meu. Ela me ignorou, e eu acabei sorrindo.

É a primeira vez que a vejo tão tímida. Isso é estranhamente bom.

— Vamos começar? – Trevor indagou sorrindo. Permaneci parado, apreciando o calor de mestra batendo no meu.

— Vamos – Ela pegou a bolinha, fitando o menino a nossa frente. — Eu simplesmente jogo? – Seu ombro se afastou do meu, me perguntei o que ela estava sentindo naquele momento. Eu queria abraçá-la com força, e depois beijá-la.

Meu coração vibrou quando nossas mãos se tocaram, e ela puxou a mesma com rapidez. Lembrei da sensação de sua pele fina contra meus lábios, de seu calor.

Merda.

— Sim, mas se errar vai ter que beber. – A resposta de Trevor me deixou aliviado. Ele é bom naquele jogo, não vai errar nenhuma. Isso é bom, Trevor não se dá muito bem com bebida. — Se você acertar, eu bebo. – Minha tranquilidade desceu pelo ralo. Encarei Lory com expectativa. Nós ainda temos tempo de ir embora.

— Ok – Foi tudo o que disse antes de jogar a bola, e errar. Ela murmurou, pegando um copo, levantando e bebendo. Encarei seu rosto vermelho com a preocupação escorrendo por minhas veias.

Mestra tentou disfarçar uma careta, mas eu percebi. Isso não vai dar certo, ela nunca bebeu.

— Sua vez Din – Trevor anunciou. O encarei seriamente.

— Obrigado, mas me recuso. – Sorri para ele. Eu não confiava em Trevor, principalmente ele com álcool no sangue.

— Qual foi, eu nem te conheço mais. Nem parece mais o menino que vomitou no meu tapete. E só umas doses Lan. – Insistiu. Neguei com a cabeça, agradecendo mentalmente por ter mudado.

— Você vomitou no tapete dele? – Encarei o rosto de mestra, perdendo uma batida ao olhá-la. Sua face já estava mais vermelha que o normal, e um sorriso brincalhão dançava em seus lábios.

Ela já está bebada?

— Sim – Resolvi engolir o que queria perguntar, e só observar o que iria acontecer. — Já faz algum tempo – Molhei os lábios, sorrindo para ela.

A garota de cabelos castanhos, piscou os olhos avelã e desviou o olhar, fitando meus lábios.

— Oh – Ela riu. — Eu não sabia disso – Sua voz já estava diferente. Parecia cansada e arrastada.

Fiquei em alerta com isso.

— Ok, então é minha vez. – Trevor anunciou, pegando a pequena bolinha e a jogando. Juntei as sobrancelhas quando a bola caiu dentro do copo vermelho. — Mais uma dose para a Loryzinha – Vi Lory sorrir animada, e pegar o pequeno copo, levando até os lábios.

Ela fez um barulho ao colocar o copo no chão, e rir.

— Estou me acostumando com o gosto – Seu rosto parecia suave com a luz platinada da lua o banhando. Eu preferia mil vezes estar em seu telhado olhando as estrelas, do que estar aqui, vendo ela perder a sanidade.

— Ok, gente. Chega. – Me levantei, ambos me encararam. — Vamos para casa, Lory. Já está bom, você já fez o que queria. – A menina com um vestido branco se levantou em um pulo, fazendo o tecido balançar.

— Não é você que decide isso. Eu vou ficar. – Ela arrancou os tênis dos pés, jogando os mesmo em mim. — Pode ir para casa se quiser, vou ficar aqui. – Fechei os olhos com força, suspirando. — E eu não preciso desse seus tênis – Ela me olhou por algum tempo em silêncio. — Na verdade eu preciso – Sorri involuntariamente quando ela os pegou novamente. — A minha gata rasgou todos meus sapatos. – Observei a menina que cambaleava, tentando colocar os mesmos novamente.

Fiz ela sentar no chão, e os coloquei.

— Tudo bem. – Suspirei, vencido. — Mas eu não vou te deixar aqui de forma alguma – Terminei de colocar seus tênis, sentindo sua pele morna batendo em meus dedos. Meus olhos subiram para suas pernas, parando em seus olhos intensos e selvagens que me encaravam.

Desviei o olhar e procurei me acalmar com aquilo.

— Você estava me secando, né, safado? – Trevor riu com as palavras de Lory, acompanhadas de uma risadinha.

— Eu talvez posso ter feito isso, mas foi algo involuntário. – Admiti sinceramente, voltando a me sentar. Lory me seguiu, colocando o travesseiro sobre as pernas cruzadas.

Sorri com seu ato tímido.

— Que coisa feia, que coisa feia. – Murmurou.

Os jogos continuaram, e em todas as jogadas, Lory bebia uma dose. Voltei a fitá-la. Seu cabelo agora estava amarrado em um coque mal feito, onde fios castanhos caiam em sua pele levemente vermelha. Seu rosto se encontrava suado e com um rubor facial, junto aos pingos de suor que se acomolavam em seu pescoço.

— Mais uma, Lory – Trevor anunciou sorridente. Mestra bufou, levando mais um copo até a boca e bebeu de uma vez.

— I-isso é injusto eu – Ela soluçou, parecendo se perder em sua linha de pensamento e começar a rir. Abracei meus joelhos, fitando seus lábios mais vermelhos que o normal. — Eu acho que vou vomitar – Anunciou, e nem um segundo depois, o tapete estava com um líquido de uma cor diferente nele. Me levantei com rapidez, segurando ela e a levando até o banheiro do quarto de Trevor.

Seu coque se desfez, caindo em seu rosto. Me agachei com ela, segurando seus fios enquanto ela vomitava na privada. O cheiro embrulhou meu estômago, mas me mantive firme.

— E-eu não estou bem – Se jogou no chão, se apoiando na privada após terminar de vomitar. Tirei seus cabelos do rosto, os colocando atrás da orelha. — Acho que vou vomitar de novo – Fiz careta, quando o cheiro e o barulho horríveis voltaram.

Molhei meus lábios, enquanto Lory murmurava e vomitava mais.

Abaixei a tampa da privada e dei descarga, abraçando seu corpo morno e fraco que se aproximou de mim.

— Eu te avisei – Sussurrei, sentindo seus braços me cobrirem, e ela apoiar a cabeça em meu ombro, passando suas pernas por meu corpo.

— Eu sei, mas a culpa foi sua. – Juntei as sobrancelhas, me levantando com ela. — Você deveria ter me impedido – Senti suas mãos em meus cabelos, os acariciando com carinho. Sorri com isso.

— Acho que você esqueceu que eu tentei – Trevor nos deu passagem para passar, saindo do meio da porta. — Mas você é muito teimosa para isso – Lory, me abraçou com força. Aproveitei seu calor calmo antes de sentá-la na cama de Trevor, me ajoelhando na beirada do colchão. Ela não soltou meus cabelos, me fitando intensamente nos olhos.

— É que eu queria te estressar –  Revelou com um riso divertido nos lábios, me fazendo rir feito bobo. — Ou talvez não. Eu não sei, está tudo muito bagunçado. – Ela começou a rir, me puxando para um abraço apertado. — Eu senti sua falta, eu sei disso. – Ela abraçou meus ombros com suavidade, pude respirar calmamente em seus braços.

— Sério, e o que mais? – Indaguei, fechando meus olhos. Eu me sentia sonolento.

— Eu também sei que queria muito te beijar – Suas palavras me fizeram arregalar os olhos, e perder as batidas. Afastei seu corpo do meu, fisgando seus olhos.

— S-sério? – Antes que ela respondesse, Lory me puxou para deitar no colchão com ela.

— Seríssimo – Seu corpo caiu sobre o meu, ela descansou a cabeça em meu peito.

Tentei afastá-la, mas ela parecia pesar um tonelada.

Senti cócegas quando ela riu contra minha pele.

— Você não vai sair, bobinho. — Falou contra minha pele. — Eu sou do mal. – Sua voz era engraçada. Fisguei seus olhos, eles brilhavam de divertimento.

— Me ajuda aqui, Trevor – Pedi ao menino que nos encarava.

— Obrigado por terem me ajudado com a minha irmã, agora estou indo. Podem ficar no meu quarto, qualquer coisa estou na sala. – E então saiu, fechando a porta e me deixando sozinho com Lory bêbada no quarto.

— Ele se foi. – Sua voz baixa me fez estremecer. Ela sorriu para mim. Foi impossível não ficar preocupado com aquilo.

                               ...*...*...

Lory.

Minha cabeça girava, e um calor estranho não saia de meu corpo, me deixando irritada.

Molhei meus lábios, que tinham gosto de álcool, sentindo o corpo de Din por baixo do meu. Seu rosto vermelho me fez rir. Tudo parecia muito engraçado.

— Agora eu posso tirar a porcaria desse vestido. Ele coça as costas, e me faz soar. – Puxei o tecido leve, porém algo segurou minhas mãos. Encarei o menino desesperado abaixo de mim. — Que foi? – Indaguei com os olhos pesados, tive que piscar várias vezes para ter certeza que aquele era Din.

— Você está completamente fora do controle – Soltei um gritinho quando suas mãos viraram meu corpo. Sorri para o menino agora acima de mim, passando as mãos por seu pescoço e o aproximando de mim. Ele estava tão vermelho. Era até que bonitinho.

— Oh yeah, Baby – Ri freneticamente com minha fala, o soltando e sentindo tudo ao meu redor girar.

— Lory, nós precisamos ir para casa Quando Din me pegou no colo, fiquei tonta e senti que iria vomitar de novo,  Encarei seu rosto sério, rindo por causa disso.

— Você está muito tenso, se acalma um pouco. – Beijei seu pescoço, e pude perceber que ele quase me soltou. Ou foi impressão minha?

Pai – Ele murmurou, voltando a me colocar no colchão e ficando na beirada dele, de joelhos. — Eu preciso que você fique sóbria logo. – Ele me olhou com expectativa. Seus olhos castanhos eram tão lindos, seu cabelo e seu rosto também eram incríveis.

Pisquei, com o coração descontrolado.

— Já falei que te acho muito bonito? – Sorri, acariciando seu rosto surpreso. — Eu sempre te achei muito bonito, principalmente quando está com raiva ou nervoso. – Ri, para Din que estava ajoelhado no final do colchão. Meus dedos correram por todo seu rosto, memorizando cada detalhe. — Sim, você é realmente incrível. – Ele piscou os lindos olhos, ficando extremamente vermelho. — Assim você também fica lindo – Beijei sua bochecha quente, sorrindo para ele.

Ele ficou paralisado, me olhando por longos segundos, até se levantar e deixar meus olhos.

— Se acalme, Dilan. Ela está bêbada. – Ri ao vê-lo falando sozinho. Coitado, está bêbado.

ele bebeu?

Me levantei da cama com dificuldade, tocando sua testa com as costas das mãos. — Não está doente – Mordi os lábios, tentando entender por que ele estava falando sozinho, sem ter bebido nada. — Estranho, estranho. – Ri, caminhando novamente para a cama. Pisquei lentamente, perdendo o senso de direção. Senti algo líquido sobre meu pé, e então fui parar de cara no chão.

Ah, o chão. Ele parecia tão confortável naquele momento. Com os olhos fechados, o mundo não parecia fazer muito sentido, ou eu talvez estivesse conseguindo sentir o movimento de rotação da Terra. Rindo sozinha, tudo ficou escuro, e então eu apaguei.

Sentindo, logo depois, algo quente me cobrindo e me carregando para algum lugar. Abracei seu pescoço, apreciando o calor bom e reconfortante.

                  
                               ...*...*...

Dilan.

Segurei seu corpo contra o meu com força, completamente preocupado. A deitei no colchão, encarando seu sorriso feliz e seus olhos fechados.

Ela dormiu? Desmaiou?

Engoli em seco, passando as mãos pelos cabelos, e molhando os lábios. Merda.

Lory escorregou no próprio vômito. Se ela não estivesse bêbada, isso séria muito engraçado. — Eu avisei – Murmurei para mim mesmo. Definitivamente, eu não sei lidar com a Lory bêbada.

Admirei a menina que agora respirava devagar. Com a cabeça doendo, tirei seus tênis sujos, os colocando ao lado da cama.

Um vento calmo entrou pela janela, fazendo seus fios finos balançarem. Ela também é linda, tão linda que pode acabar comigo com apenas um sorriso, ou olhar.

Desviei o olhar, quando a brisa fez seu vestido subir. É a segunda vez essa noite que vejo sua calcinha, ela não deveria ter pulado do telhado daquele jeito com vestido. O Trevor também viu, por isso quase bati nele na praça.

Suspirei, sentindo o sono pesar em minhas costas. Me sentei na beirada da cama, apoiando o queixo com as mãos e fechando os olhos.

— D-Din – Meu coração disparou com sua voz. Encarei a menina que rolava no colchão, seu vestido estava todo para cima. Paguei o cobertor com pressa, e a cobri, abraçando seu corpo quente por cima do edredom.

— Eu estou aqui, descanse. Quando você estiver melhor, vamos para casa. – Sussurrei, escorregando para me deitar ao seu lado. Ela ficou em silêncio, me fazendo suspirar de alívio. A encarei por alguns segundos, sentindo meus olhos pesarem. Em algum momento, eu acabei pegando no sono, sentindo o calor de Lory ao meu lado, lembrando de seu gosto, e das sensações que senti naquela noite estrelada.

Foi um sono quente e morno, que levou qualquer pesadelo que quisesse me perseguir para longe. Foi um dos melhores sonos da minha vida, pois eu sabia que quando acordasse ela estaria ali, e eu poderia voltar a mergulhar no oceano que Lory era.

Um oceano muito agitado e intenso.

E eu amo esse oceano.

"Eu também sei que queria muito te beijar"

Espero que tenham gostado uhuuuuu❤️❤️❤️

Muito obrigado por tudo, amo vocês ♥️

Próximo capítulo já lançado porque eu sou uma Winx heueheueheuhehe

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