Nós Crescemos [✓]

By Mogridd

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[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro... More

Dedicatória.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Epílogo.
Contos da Duologia. Venham ler!

Capítulo 13.

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By Mogridd


Lory.

- Você cresceu tanto - Fiz careta quando a mulher de cabelos loiros puxou minhas bochechas. - Da última vez que te vi, você era um bebê de colo. - Forcei um sorriso para ela, massageando a parte que ela me apertou.

- Sim, e você está uma moça tão bonita. Está com quantos anos? - A mulher que parecia mais amigável indagou. Ela possuía um lindo par de olhos azuis e longos cabelos ruivos. Deveria fazer muito sucesso no colegial.

- Dezessete - Murmurei. Minhas costas coçavam por causa do vestido que mamãe me forçou a usar. Odeio renda nas costas.

- Ah - A outra moça de cabelos curtos exclamou. Ela parece bastante com mamãe. - Já está com idade para namorar. - Revelou com um sorriso gentil. Senti minhas bochechas queimarem com sua afirmação.

- É-é - Concordei, brincando com meus dedos por cima da mesa, não me sentindo nem um pouco confortável. - Mas isso - Fitei mamãe quando ela me interrompeu.

- Tem um menino - As mulheres soltaram gritinhos com a fala de minha mãe. - Ele é uma menino lindo. Eles são amigos de infância. É um garoto tão gentil - As mulheres suspiraram de maneira apaixonada, e eu não consegui evitar de corar.

- Vou ir para meu quarto. - Afirmei com rapidez, porém mamãe me puxou.

- Fale mais para elas sobre Dilan. - Pediu com um riso divertido.

Merda.

...*...*...

Dilan.

- Eu sou um gênio - Sussurrei para Trevor, que juntou as sobrancelhas.

- Achei que gênios ajudassem a humanidade, e não, usassem seus dotes para assustar criancinhas. - Encarei seu rosto no escuro, rindo com seu queixo inchado.

- Eu posso ser um gênio mal quando quero. - Terminei de fechar o último envelope, rindo baixo com minhas palavras.

- Se a Lory conhecesse esse seu lado devasso... - Começou, me fazendo olhar para ele.

- Ela um dia vai conhecer. - Joguei os papéis dentro de uma bolsa, junto ao celular de mestra. - Vamos assustar criancinhas? - Indaguei, seus olhos brilharam como resposta.

- Eu adoraria - Os lábios de Trevor possuíam um riso travesso. Em silêncio, pulamos o telhado daquela enorme casa. Trevor foi na frente, vendo se os guardas estavam nos olhando. Pulamos para o muro quando confirmarmos que a área estava vazia.

- Eu me sinto um prizoneiro fugindo da prisão. - Comentei em voz baixa. Escutei Trevor rindo.

- Eu também, ainda mais com a porra desses guardas. - Ele pulando para rua. Joguei a bolsa nele e pulei.

- É longe? - Indaguei olhando ao redor. - Vamos precisar de um carro se for. - Trevor negou, andando de pressa e fazendo sinal para eu segui-lo.

A luz da lua já estava mais forte. O sol já não iluminava o céu com seus raios, agora as estrelas brilhantes faziam isso.

- Talvez você seja um gênio mesmo. Nunca pensaria em algo assim - Comentou de repente, me fazendo rir.

- Prefiro o termo: gênio do crime - Seus olhos se voltaram para mim, ele tinha um sorriso divertido nos lábios.

- Dilan filho da puta. - Murmurou rindo, e eu o segui. Nos olhamos e corremos para longe daquela mansão que parecia uma prisão.

O vento forte batia em meu rosto, me fazendo sorrir. Eu amo correr de noite, é uma sensação de liberdade. Sem perceber, aquilo virou uma corrida. Trevor me olhou de maneira vitoriosa, e eu corri mais rápido, o ultrapassando.

- Lan, é aqui porra! - Escutei a voz de Trevor de longe. Parei de maneira brusca, quase indo parar no chão. Puxei o ar com força, olhando para trás.

Ele fez sinal para eu ir até ele. Suspirei por ter que correr tudo de novo.

- É aqui? - Indaguei parando ao seu lado. Ele assentiu.

Encarei a casa a nossa frente. Parecia uma casa simples, bem diferente da do Trevor. Sorri involuntariamente com isso.

Tirei um dos envelopes da bolsa, colocando na entrada da porta. Não importa se for os pais ou a criança que vai encontrar, vai funcionar de qualquer maneira.

Afinal, quem não ficaria com medo ao ver fotos dela mesma em um envelope? E uma carta, escrito coisas ruins se não parasse de fazer bullying com a menina negra da escola?

Achei meio estranho Trevor tirar fotos das crianças, mas acabou ajudando.

Foi só um susto. O pai de Trevor vai tirar Emy da escola e conversar com os pais das crianças, porém isso é só uma lição para elas.

- A ideia do bicho papão foi incrível. - Sussurrou. Sorri para ele.

- Eu sei. Achei que seria mais assustador se falasse que ele viria pegar elas se fizessem bullying novamente. - O rosto de Trevor foi banhado pela lua, deixando seu sorriso macabro mais assustador.

Ri e sai correndo.

- Próxima criança!


...*....*...

Lory

Meu rosto já estava mergulhado em chamas. Mamãe não parava de ser gabar, falando que Dilan é um menino caseiro, que nunca fez nada de errado. Eu sabia que isso era mentira, estava sentindo que ele estava fazendo algo considerado errado agora.

Queria que ele viesse me tirar dessa prisão cheia de perguntas. Eu o ajudaria a fazer qualquer coisa, apenas para poder vê-lo.

- Vou para meu quarto - Gritei, pulando do banco, quando a conversa mudou de rumo para relações sexuais.

Bati a porta em um baque, me jogando na cama macia. - Mulheres taradas - Me virei, ficando ansiosa ao encarar o teto. - O que ele está fazendo agora? - Indaguei para mim mesma com o coração acelerado.

- Filha? - Sentei rapidamente no colchão por causa do susto. Mamãe riu. - Eu sei que deve ser chato ter que escutar sua mãe conversando com as amigas dela, então você está liberada. Pode tirar essa roupa e fazer o que quiser, em seu quarto. - Fiz careta ao escutar "em seu quarto". Já estava pronta para ligar para Din e ir até sua casa.

- Ok, boa noite. - Sorri para ela, que me enviou um beijo no ar e desligou a luz do meu quarto. Voltei a me jogar na cama, respirando fundo.

Eu quero vê-lo.

Abafei meus gritos com o travesseiro, sentindo uma estranha adrenalina em minhas veias. Quero muito ver sua expressão quando receber o presente.

Estrela pulou em meu colo, fazendo massagem com as patinhas em minha barriga. Acariciei seus pêlos pretos, rindo por causa de suas garras puxando minha blusa.

- Eu ainda não te perdoei por ter bagunçado tudo. Vou ter que comprar novos tênis por sua culpa. - Falei dando carinho em seu pescoço. Fitei meus pés descalços. Achei que mamãe iria brigar mais.

Quando essas amigas dela saírem, iremos conversar sobre Dilan. Sobre tudo que ele me contou.

Comecei a pensar em tudo que tinha descoberto, meus olhos começaram a ficar pesados, e o teto embaçado. Fechei meus glóbulos lentamente, dando carinho em Estrela e quase caindo no sono.

Acordei bruscamente quando a gatinha pulou do meu colo, correndo para o telhado. Fui atrás dela, com medo de Estrela fugir para rua.

- O que está acontecendo com você? - A peguei com cuidado, sentindo o telhado frio deixar meus pés gelados. Estrela miou, pulando de minhas mãos e correndo para o final da telha. - Não, por favor! - Gritei, me esticando para pegá-la. Minha mente girou quando me deitei na telha.

Soltei um grito quando suas garras me arranharam, olhei para ela incrédula.

- Estrela mal! - Segurei a parte indicada pelo Trevis para pegá-la. Sons de gritos altos foram escutados na rua, soltei a gata por causa do susto. - Merda! - Me levantei, andando com rapidez pelo telhado gelado. Meus pés descalços tocavam a telha dura, e eu podia sentir a sujeira em meu vestido novo. - Estrela! - Pulei para alcança-la. Por um minuto senti que podia voar, a luz da lua me fez acreditar nisso, para logo cair com força contra o telhado.

Pisquei várias vezes, meu corpo estava pesado. Fiz força contra a telha para me levantar, mas não consegui. Me permiti por um minuto desistir, apenas deixar a força da gravidade me manter deitada naquele lugar, cansada e dolorida. Molhei os lábios secos, o sono já me invadia, fazendo eu cogitar ainda mais a ideia de dormir naquele telhado, que naquele momento, parecia tão confortável.

Senti as patinhas de Estrela sobre minhas costas. Virei o rosto e a vi entrar dentro quarto. Estiquei os braços, fechando a janela com rapidez.

- Lory? - A voz de Din soou em minha mente, fazendo meus músculos tremerem e meu coração disparar. Levantei a cabeça por impulso, encontrando um lindo par de olhos avelã. - O que você está fazendo? - Indagou com um riso divertido nos lábios.

Sorri para ele, apreciando aquela linda ilusão.

- Estava procurando minha estrela, e então você apareceu - Apontei com a voz macia. Era a primeira vez que lançava uma cantada no Dilan, mesmo esse sendo apenas um vislumbre.

A telha gelada tocava minha bochecha, que estava apoiada nela, me fazendo sorrir.

Juntei as sobrancelhas quando meus olhos caíram na sombra de uma pessoa que se escondia embaixo da árvore. Ele tampava a boca, impedindo que uma risada alta saísse. Seus olhos verdes me admiravam de maneira brincalhona, diferente da sua risada discreta.

Levantei rapidamente, ficando tonta, quando percebi que era Trevor.

- O que vocês fazem aqui? - Indaguei em um grito, me julgando mentalmente por minha voz ter saído tão estranha. Taquara rachada de merda.

- Estávamos passando, quando te vi gritando sozinha e depois caindo no telhado. - Tentei não me sentir constrangida com a risada de ambos que encheram meus ouvidos, mas não consegui. - Desculpa - Din pediu se recompondo. Meu coração batia de maneira rápida, mas o motivo não era a vergonha, e sim sua risada gostosa que abalava minha estruturas.

Admirei a imensidão dos castanhos a minha frente, eles cintilavam junto as estrelas. - Eu queria te ver - Revelei. Mordi os lábios e desviei o olhar com minhas palavras perigosas. Meu rosto queimava sem parar, aumentando o nervosismo em minhas veias.

Dei passos para trás, não querendo que ele pudesse ver meu rosto vermelho.

- Eu também - Sua voz suave fez meus músculos tremerem. Puxei o ar com força, procurando por seu rosto. Ele tinha um sorriso leve nos lábios que parecia ficar ainda mais atraente, pois eu sabia que ele era para mim, apenas para mim.

Sem falar nada, entrei para dentro do meu quarto, tateando o cômodo escuro em busca dos tênis de Dilan, que agora são os únicos que tenho. Os calcei com rapidez, voltando para o telhado.

- Eu vou pular, me segura - Anunciei, não esperando nem um segundo para pular. Pude sentir o tecido do meu vestido subindo e depois descendo. E logo após, seu calor me cobrindo, deixando meu corpo morno e relaxado.

- Oi - Sua voz rouca correu por minha pele, me eletrizando. Abri os olhos, respirando com rapidez. Seu hálito gelado batendo em meu rosto, fez meu ser entrar em chamas, e quase beijei seus lábios cheios.

- Oi - Respondi depois de muito tempo admirando sua face atraente, causando vibrações doces e desejadas por tudo meu corpo.

Foi impossível não apreciar aquela aproximação. Seu calor que me embalava, seu cheiro adocicado misturado a colônia masculina, suas mãos em meu corpo, me apertando com suavidade. Por alguns segundos me permiti esquecer onde estava e saboreia aquilo.

Sai de seus braços, passando as mãos pelo o tecido do vestido e limpando a garganta.

- Boa noite, Trevor - Falei calmamente, sorrindo para ele.

Eu estranhamente me sinto leve. Talvez tenha sido porque cai como uma pena em seus braços.

Ele me cumprimentou com um pequeno aceno, parecendo envergonhado. Essa é nova.

Me virei para Dilan, o peguei rindo suavemente ao me olhar de maneira calma.

- O que foi? - Indaguei com as sobrancelhas juntas.

Ele desviou o olhar, coçando a nuca.

- O que você está fazendo na rua uma hora dessas? - Indaguei, achando as coisas que estavam acontecendo ali muito estranhas. Vi Trevor negar com a cabeça, fazendo um sinal discreto para ele ficar em silêncio. Semicerrei os olhos, me aproximando de Din. - Você está fazendo algo considerado errado, não é? - Sussurrei, sustentando o brilho travesso de seus olhos. Um sorriso sapeca se formou em seus lábios, ele tentou escondê-lo, mas eu já tinha o percebido.

- Não tão errado assim - Não acreditei em suas palavras acompanhadas de uma risada contida. - Estou apenas assustando criancinhas - Seu sorriso aumentou, mostrando como ele estava se divertindo com aquilo.

Dei passos para trás, não acreditando no que estava escutando.

- Você é não mal, Peterson - Apontei, sem conseguir evitar de sorrir. Din segurou meu dedo com um riso divertido nos lábios.

Pisquei, não sabendo lidar com as batidas frenéticas do meu peito.

- Eu posso ser mal quando quero. - Sussurrou de volta, levando meu pulso até os lábios e o beijando. Em um beijo doce e cuidadoso. - Eu vi na hora que você caiu, espero que não tenha doido. - Prendi o ar, sentindo seus dedos acariciarem minha pele com suavidade.

Meu corpo se agitou de maneira quente, como que atingido bruscamente por uma descarga elétrica.

Soltei o ar, não sabendo como controlar a tontura que me invadiu com seu toque.

- E-estou bem. - Murmurei, não encontrando minha voz. Dei passos para trás, mantendo uma distância adequada dele. Ok, o que foi isso?

Escutei a voz de Trevor dando broncas em Din, que ria abertamente. Meus olhos caíram no menino de cabelos castanhos e lábios vermelhos, desde quando ele faz coisas assim? Ele me tocou tão facilmente. Sem medo.

Isso que ele quis dizer quando falou em "mergulhar sem medo?" Descartei essa ideia estúpida rapidamente, me sentindo completamente envergonhada por pensar algo assim.

- O que você quer dizer com "assutar criancinhas?" - Indaguei, tentando mudar de assunto. Ambos me olharam, e Din esboçou um sorriso no canto dos lábios. Tentei controlar meu coração com aquele sorriso.

- Eu te mostro. - Trevor o repreendeu com o olhar, logo dando de ombros.

- Ok - Concordei hesitante, porém ansiosa. Ninguém sabe o que essa noite nos espera.

...*...*...

"Eu me sinto um prizoneiro fugindo da prisão."

Espero que tenham gostado hehehehhehe❤️

Postei dois capítulos seguidos porque o livro acaba de completar 5k de leituras! Devo tudo isso a vocês ♥️

Muito obrigado por tudo, amo vocês ❤️❤️❤️❤️

Próximo capítulo sábado.❤️

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