PERIGOSAMENTE TENTADOR

By SamanthaGraceHart

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DOMINICK AMA QUEBRAR -REGRAS, MAS ADORA SER PECADOR NAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS... Ele tinha uma missão dentro... More

INFORMAÇÃO SOBRE O LIVRO
SINOPSE| PLAYLIST
TRAILER
CAPITULO UM
CAPITULO DOIS
CAPITULO TRÊS
CAPITULO QUATRO
CAPITULO CINCO
CAPITULO SEIS
CAPITULO SETE
CAPITULO OITO
CAPITULO NOVE
CAPITULO DEZ
CAPITULO ONZE
CAPITULO DOZE
CAPITULO TREZE
CAPITULO QUATROZE
CAPITULO QUINZE
CAPITULO DEZASSEIS
CAPITULO DEZASSETE
CAPITULO DEZOITO
CAPITULO DEZANOVE
CAPITULO VINTE
CAPITULO VINTE E UM
CAPITULO VINTE E DOIS
CAPITULO VINTE E TRÊS
CAPITULO VINTE E QUATRO
CAPITULO VINTE E CINCO
CAPITULO VINTE E SEIS
CAPITULO VINTE E SETE
CAP. VINTE E OITO ❧ PARTE UM
CAP. VINTE E OITO ❧ PARTE DOIS
CAPITULO VINTE E NOVE
CAPITULO TRINTA
Cap. Trinta e Um
Cap. Trinta e Dois
Cap. Trinta e três |Parte um
Cap. Trinta e Três | Parte dois
Cap. Trinta e Quatro
Cap. Trinta e Cinco
Cap. Trinta e Sete
Cap. Trinta e Oito
Cap. Trinta e Nove
Cap. Quarenta
Cap. Quarenta e Um
Cap. Quarenta e Dois
Cap. Quarenta e Três
Cap. Quarenta e Quatro
Cap. Quarenta e cinco| Parte 1
Cap. Quarenta e cinco| Parte 2
Cap. Quarenta e Seis
Cap. Quarenta e sete| Parte um
Cap. Quarenta e sete| parte 2
Cap. Quarenta e oito| parte 1
Cap. Quarenta e Oito| parte 2
Cap. Quarenta e Oito| parte 3
Cap. Quarenta e nove
Capitulo Cinquenta
Capitulo Cinquenta e um| parte um| reescrito

Cap. Trinta e Seis

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By SamanthaGraceHart

Olá flores! Tudo bem? Hoje teremos muitas supressa. Espero que gostem do capitulo. Por favor, não se esqueçam de comentar e de votar, é muito importante para mim. Uma boa leitura e um resto de bom fim de semana.


Sexta-feira, 10 de Agosto de 2018, Zermatt

Travo o carro deixando estacionado um pouco longe da casa campestre no cimo da colina. Retiro o copo cheio de café do suporte e o levo à boca bebendo um pouco do mesmo. Saio do carro com ele em mãos, olho em volta querendo me certificar de que não há ninguém a seguir-me. Livre para continuar, sigo o meu caminho na direção da casa madeira pertos de algumas mais. Bato à porta, espero dois segundos e esta é rapidamente aberta por uma mulher coreana de olhos castanhos e de pele muito clara.

— Ele está à tua espera. — Diz com eficácia sem erguer um sorriso e sem me cumprimentar, abrindo a porta toda para que eu pudesse passar.

Eu sendo um homem educado cumprimento com um aceno de cabeça e avanço para dentro. A personagem dentro do vestido azul justo que parece ter errado na compra do tamanho, toma-me à frente e leva-me ao meu comandante. Enquanto percorremos a casa pequena vejo mais dois agentes disfarçados sentados no sofá da sala minúscula, cumprimento-os com um aceno de cabeça.

A agente da minha frente abre uma porta do chão. Ela é a primeira a entrar e a descer as escadas, eu vou logo depois. A cave encontrava-se iluminada, com duas mesas posicionadas em cada lado. Uma dessas mesas já tinha armamento, coletes de abalas e entre outras coisas. Já a outra mesa estava repleta de fotografias, documentos um mapa e três computadores. No meio daquelas coisas todas só havia uma pessoa de cabelo cinzento, de olhos azuis e com os seus 66 anos de idade que eu tão bem conhecia e que me abriu os olhos para a realidade.

Theodore King.

O meu comandante.

O meu pai adotivo.

Mas aqui e agora, ele é somente, o meu comandante.

— Agente King. — Saúdo, aproximando-me mais dele. Este olha-me com os seus olhos azuis glaciais tentando-me intimidar, mas com muita pena minha tenho de declarar que não estava a resultar, pior estava a deixar-me irritado.

Theodore continua com o seu jogo intimidador sentado numa das cadeiras que ali estão. Expiro fundo, entrelaço os dedos e o encaro da mesma forma sem medo algum por muito que tenha respeito a ele. Nunca lhe faltei ao respeito sendo meu comandante ou meu pai adotivo, por muito que ache que algumas vezes o tenha feito quando era adolescente e estava completamente bêbado ou drogado. Acho que dos meus 15 anos até aos 17 anos, não tenho memorias nenhumas por conta dos vícios que me acercaram e que foram com um refúgio para mim. Ninguém me condenou por ser um viciado de merda. Ninguém me condenou por ser um adolescente e um homem desformado por dentro. Eles ajudaram-me a superar os vícios que sempre me rodearam desde criança. Eles cuidaram de mim, mesmo sendo um miúdo revoltado e longe de ser perfeito. A minha família adotiva aceitou-me como sou, mas eu nunca aceitei o que me tronei desde pequeno.

Houve dias, anos, que tive nojo da minha pele, dos meus olhos, da minha boca, da minha parte íntima. Hoje tenho orgulho do que fiz ao meu corpo. Tapei todas as imperfeições com tatuagens que me vão relembrar na mesma o que era antes de ser adotado com 13 anos.

Posso dizer que sou doente por reviver o meu passado, por me fazer sofrer sozinho. Mas quando tenho as mãos dela no meu corpo, esqueço que aquelas tatuagens têm significados, que tem uma história de terror gravada à preto. A morena de olhos verdes faz-me sentir vivo, em chamas, louco, furioso e bem comigo mesmo, faz-me querer ter o que não posso ter, faz-me olhar nos seus olhos e ver o que nunca poderei ter. Ela faz-me sentir medo de ouvir o meu coração uma vez na vida. Faz-me sentir possessivo. Obriga-me a pensar nela a toda à hora. É como se não conseguisse viver sem a ver uma vez por dia.

Porquê que estou a pensar na Eva na frente do meu comandante!

Inspiro profundamente tentando afastar-me dos meus pensamentos para me concentrar no que tenho à minha frente.

— Vai continuar com esse jogo irritante ou vai passar informações? — Sou logo direto, não aguentando de vê-lo a ler os meus olhos.

— Cada coisa a seu tempo Dominick, não seja apressado. — Um sorriso presunçoso estica-se nos seus lábios, as suas costas caiem para trás no encosto da cadeira. — Como estão as coisas contigo?

— Poderiam estar melhor se estivesse nos Estados Unidos e no meu próprio apartamento. Mas como ainda me encontro nos Alpes, depois de uns longos três anos estou a ver que a sombra que tapava as informações está a começar a aparecer. Posso concluir que estou ótimo. — Dou-lhe um sorriso amarelo e bebo um pouco mais do meu café que já começa a resfriar.

— Que ótimo sentido de humor!

— Obrigado, meu comandante —Resmungo, fazendo libertar o seu maior riso. Um riso contagioso que costuma pegar nas pessoas que estão ao seu redor. Tento controlar o riso ao beber o resto do café, mas não deixo de vê-lo a rir, faz-me sentir em casa.

Ajeito-me na cadeira.

Julguei que o senhor viesse sozinho. Não esperava isto tudo. — Aponto com a mão segurando ainda o copo para a coreana que continuava ao nosso redor e para a cave com uma única iluminação. A mulher parecia estar a inspecionar-me, ainda não tirou os seus olhos desde que me sentei e isso está-me a deixar incomodado. — Querida, eu sou comprometido, por tanto para de olhar para aquilo que não vais ter. Agora faça o favor sair. — Peço irónico e de sorriso amarelo, olhando-a.

Esta revira os olhos e olha para o Sr. King, que acena com a cabeça na direção da porta.

— Se precisar de alguma coisa é só chamar Comandante. — Diz a coreana.

Estreito os olhos para a mesma.

— Ele não vai precisar de nada. Não sou nenhum bandido e se fosse, me devia ter revistado primeira antes de mandar entrar! — Desvio o olhar do dela para o meu comandante que pára de olhar para a coreana para tomar atenção a mim. Ele parece estar estupefacto. E eu pareço mau humor e a querer matar Bruce que ainda não me respondeu à porra da mensagem que envie há 30 minutos a querer saber se a Eva não está a fazer das suas. — É estagiária, não é?

—Agente Kong, saia por favor. —Theodore King pede com educação e profissionalismo, até ao momento em que ela sai e a porta se fecha perdendo toda a sua compostura. —Podes-me explicar o que acabou de se passar aqui? Desde quando é que és comprometido? Eu e a tua mãe não sabemos nada disso.

Abro a boca para explicar que estava a ser irónico com a mulher, mas volto a fechá-la quando ouço o meu telemóvel apitar informando-me que tinha recebido uma mensagem.

— Posso? — Peço autorização, retirando o telemóvel do bolso. Ele concorda com a cabeça. Enquanto estava a desbloquear o telemóvel dou-lhe a minha explicação do compromisso. — Não sou comprometido. Até parece que o Senhor não sabe que não gosto nada dessas coisas. Devia saber que estava a ser irónico há pouco com ela. —Riu ou tento puxar um riso bem-humorado, mas acabo por falhar ao ler a mensagem de Bruce.

Só saiu do quarto agora. E não vem bem-humorada.

Que irónico não? Faz-me lembrar a ti.

Reviro os olhos ao seu sentido de humor e volto a guardar o telemóvel dentro do bolso das calças sem lhe responder.

— Está tudo bem? — O meu comandante pergunta.

— Sim. Mas vamos ao que interessa. Porquê que o senhor já está posicionado nos Alpes? Posso concluir que trouxe aqueles três com mais alguns da sua equipa já para o terreno, mas porquê? — Pouso o copo de café na mesa. Puxo a cadeira para perto da mesa que parecia estar bem organizada e olho para o bloco de folhas perto do braço de Theodore. — O quê é isso?

— Já o saberás. — Fala, pousando a mão nas folhas — Ele esteve a pensar em desistir da investigação, Dominick. Mas obriguei-o a ficar e ver o que poderíamos chegar...— Não faço num comentário a resposta. Sr. King puxa o seu famoso bloco de notas para fora do bolso do casaco e começa a ler alguma das suas anotações. — As fotografias que mandaram para o laboratório e as respetivas pen's driver foram encontradas numa passagem secreta, certo?

— Sim.

— Niall afirma que é impossível haver uma porta falsa dentro da passagem que liga a biblioteca e o labirinto.

Solto um riso irónico.

— A morte falsa está-lhe a sair mal. — Comento azedo— Há uma porta falsa na passagem que dá da biblioteca para o labirinto! Se eu tive lá com o Bruce e vimos milhares de coisas guardadas, até fotografei e mandei para o laboratório! Como pode dizer que não há! Possivelmente não havia quando ele ainda mandava naquela casa antes da tentativa de Assassinato. Não me admirava nada que Jackson ou Noah tenham feito aquela passagem falsa para desfazer de certas coisas...

Respiro fundo passando a mão pelo rosto tentando me acalmar.

— Meu comandante, como todo o meu respeito, acredita mesmo no seu amigo? É que a mim me custa a querer que ele esteja a ser sincero connosco. Ele nem sabe a porra do nome da namorada de Noah! Não, ele não sabia que o filho tinha namorada...

— Não, ele não sabia. E sim, acredito nele e vou continuar a ajudá-lo porque não é fácil ver as pessoas que ama a morrerem sem respostas. E a rapariga que Bruce estava à procura, chama-se April Morgan morreu há dois meses num incendio.

Oh não...

O quê? — Junto as sobrancelhas— E Noah? Conseguiram alguma informação dele?

Nega com a cabeça.

— Está desaparecido, mas tempos algumas informações a respeito disso nas gravações das escutas que podem ter levado ao seu desaparecimento. —Não, pelo amor de Deus, que não esteja morto. Jurei a Eva que o irmão estava bem. — Engloba um grupo e um nome. E Jackson está metido em sarilhos, dos grandes e é por isso que estamos já a preparar terreno.

Endireito na cadeira, fecho os olhos e respiro fundo para o que vem por aí. Posso concluir que não é nada agradável.

— O quê que tem as escutas?

— O quê que tem as escutas, o diário da Sra. Green que o descreve como um ser humano odioso...— Theodore começa a enumerar— Dominick, há revelações que indicam que Niall não sabia o que a mulher escrevia a respeito das maldades do filho e alguns dos acontecimentos. Ava descreve no diário um acontecimento muito esquisito...

Mais do que aquilo que aconteceu a bebê? Ela escreve alguma coisa sobre o que aconteceu nesse dia à menina?

Theodore assente com a cabeça.

— Queres ser tu a ler? — Pergunta, passando-me o maço de folhas que estavam perto de si. Concordo pegando no diário impresso. — Está na página 70. — Informa-me.

Folheio as páginas até chegar a página em concreto e começo a ler as palavras sublinhadas a amarelo.

Não sei o que se passou naqueles minutos que a deixei sozinha com os meus enteados, mas bastou estar longe da minha Eva para que a menina aparecesse com um hematoma enorme e com a boca a sangrar! E ninguém viu a queda dela, a não ser Jackson. O rapaz não gosta de mim. Ele odeia-me, mas foi ele que chegou com ela a chorar nos braços e contou que ela tinha caído das escadas e que ele não tinha chegado a tempo para aparar a queda. Eu não acreditei na história que me contou, mas o meu marido sim.

— Não chega a ser uma prova 100% valida, mas...

Não deixo que termine a frase, simplesmente arrebentei.

— Para mim, chega! — Grito batendo com as folhas na mesa. Levanto-me da cadeira com um movimento rápido fazendo a cadeira cair para trás, diretamente no chão deixando-nos ouvir um som agudo por toda a parte da cave. — Jackson não tem cara de santo! Sei que a prova pode não ser 100% valida, mas é alguma coisa e ainda por mais contado no ponto de vista da vítima, é um tesouro. Eu já presenciei um episodio dele a maltratar a Eva. Só me apeteceu bater-lhe! Arrebentar com aquela cabeça de toxicodependente. — Passo as mãos pelo rosto nervoso— O senhor não sabe das vezes que a ouvi a gritar no meio do sono, do ataque de pânico que assisti quando...— Calo-me de repente ao me aperceber da estupidez que iria dizer.

Sr. King olha-me de olhos semicerrados.

Alguma coisa que me queiras contar da rapariga filho? — Interrompe-me com a sua pergunta pouco inoportuna para o momento como este. As suas sobrancelhas juntam-se enquanto o seu olhar avalia o meu que esconde todos os meus pecados.

Engulo em seco.

— Nada. Não tenho nada para te contar a respeito de Eva. — Resmungo sabendo perfeitamente a onde ele quer chegar.

As duas grandes esferas azuis desviam-se de mim para a cadeira caída no chão, e depois volta com o olhar na minha direção. Ele assente com a cabeça aceitando a minha resposta.

— Tens de saber controlar mais a fúria e principalmente pôr de parte qualquer sentimento. Porque estou a ver isto neste momento. — Repreende-me— Senta-te para continuarmos.

Levanto a cadeira do chão e sento-me.

— Como eu estava a dizer há pouco antes de ser interrompido. Não chega a ser uma prova 100% valida, mas é considerado uma prova na mesma. Com pouco significado, mas é uma prova. — Sra. Green também comenta uma ocasião estranha. Uma em que lhe mandaram um envelope com uma fotografia de uma casa a cair aos bocados no meio da floresta com um bilhete escrito a computador com a seguinte frase "O teu dia esta a chegar e o das tuas filhas". Ele não vinha assinado. E este acontecimento voltou-se a repetir com Niall Green. Sra. Ava afirma com convicção em que acredita que foi Jackson que o mandou para intimida-la sendo que o rapaz nunca gostou dela e da chegada das irmãs.

— Posso concluir que a fotografia possa estar ligada a cena onde se passou o crime ou não?

— Pensamos que sim e Niall concordou connosco. Quem mandou fazer tinha tudo planeado e bem estudado. Mas não nos esquecemos que Niall tinha muitos inimigos. — Larga as folhas na mesa e puxa o portátil para si, enquanto mexe nele continua a falar comigo. — Como te referi a pouco. Jackson está metido em maus lençóis e não só. Ele anda metido com pessoas da mafia.

— Eu sei, descobri isso através de Eva que comentou comigo que o irmão tinha se referido a uma Famiglia, só que ela é tão inocente que não faz ideia o que significa esse termo.

—Ela desabafou contigo, é isso?

Troço o nariz.

Ele está-me a querer apanhar...

—Sim, Jackson tinha acabado de ter uma discussão com a irmã referindo a ela também que o nosso agente infiltrado Clayton tinha acabado de morrer. O homem foi importante para Eva, foi como um pai que ela nunca teve. Ela mesma se referiu assim. Podia contar isso à Niall, tal como lhe disse agora mesmo a si. Para que ele o saiba que quando as filhas souberem que o pai anda a fingir de morto, que não pense que as vai ter num abrir e fechar de olhos e que elas o vão desculpar. Serena não sei, mas Eva o odeia. — Passo a mão pelo cabelo— O meu maior medo disto tudo é elas começarem a ter noção que a vida delas é mais imperfeita do que pudessem imaginar.

Fecho os olhos ao ter a noção do que acabei de falar.

Quantos motivos mais tenho de dar para o meu comandante e meu pai, pudesse desconfiar que algo se passa entre mim e Eva? Foda-se!

—É melhor passarmos em diante. Quero que ouças as escutas.


Theodore vira o portátil na minha direção já com o programa de áudio de voz aberto. Carrega no botão play para começarmos a ouvir vozes vindas dentro do portátil.

A primeira voz que ouço é de Max.

— Não sei se Hunter vai aceitar a tua proposta.

— Ele vai acredita, sendo que aceitou em falar comigo. É só dessa forma que vou conseguir pagar tudo o que lhe devo depois de ter feito o mais exemplar dos trabalhos sem levantar poeira. Vender aquelas cabras das minhas meias irmãs, é o melhor presente que lhe posso dar, sendo que já experimentou uma delas.Comenta Jackson rindo-se juntamente com Max.

—Ele até pode aceitar a tua irmã mais nova, mas tem de a amansar. E acho que ele sabe fazê-lo bem sendo um capo da maior mafia Italiana.

— Ele pode fazer o que quiser com elas. Até matá-las, o que importa é que continue a dar-me paz, drogas e milhões de prostitutas. — Diz Jackson.

—Ele não vai esquecer da morte do pai que morreu na prisão por culpa do teu que foi um filho da mãe de um agente da CIA.

— Não te esqueça que o filho da puta do pai dele matou a minha mãe.

As pestanas piscam raivosamente. Os meus dedos fecham-se contra a palma da mão. Os músculos do meu corpo encolhem-se como uma bola de futebol. Sinto o olhar desconfiado e atento do meu pai sobre mim, tentando mais uma vez descobrir o que escondo por trás das minhas pupilas dilatadas, mas mais uma vez perderá o seu tempo porque não irá descobrir. O meu peito sobe e descem furiosamente acompanhando o som mudo que ficou depois do áudio terminar com as últimas palavras de Jackson, o filho da mãe.

Pressiono com força os lábios e olho vagamente para algures da cave tentando acalmar e pensar com clareza. Não há palavras para preferir aos dois por tanta maldade, mas sim a maneira mais cruel para matá-los.

Fecho os olhos e respiro fundo.

Foi a pior coisa que poderia fazer, a imagem de Eva veio aos meus pensamentos obscuros juntamente com a pequena e insensível Serena, mas Eva ficou mais presente.

Ninguém toca na minha protegida! Ninguém a toca! Jackson não vai ter a liberdade de o fazer, e muito menos com a Serena. Antes de ele começar a tocar, ele estará morto e serei eu o fazê-lo sem dó algum.

O meu coração bate ferozmente dentro do peito como nunca o ouvir a bater. Desde que tudo aconteceu no meu passado, prometi mim mesmo que nunca o ouviria a batê-lo por mais ninguém, mas ao que parece a porra da promessa não está a fazer enfeito.

Desfaço-me num suspiro comprido ao mesmo tempo que abro os olhos e os transfiro para o chão depois de sentir algo a cair do bolso do casaco de cabedal. É espontâneo quando os meus olhos esverdeados focam na folha pálida com a caligrafia perfeita e rigorosa da minha pequena Eva, estatelado no chão. A que ponto cheguei eu para ter uma folha com regras guardada no bolso do casaco e chamar a minha protegida de minha.

Nego com a cabeça e pego a folha do chão voltando a guardá-la no mesmo sítio.

Porra Eva, o quê que me estás a fazer? Nenhuma mulher com que tive envolvido fez o que estás a fazer. E o quê que estás mesmo a fazer?! Explica-me porque não consigo decifrar.

Volto a fechar os olhos e desta fez nem chega a ser minutos. Procuro na minha mente confusa uma resposta para apresentar ao meu comandante a respeito das escutas e sobre a folha que certamente ele vi-o. Procuro e procura e consigo achar uma muito longe do que diz respeito das duas, mas mesmo assim não deixo que a minha boca se cale e que saia a resposta.

—Agora, vai-me dizer que isto não é uma prova 100% valida? — Pergunto firme e irónico abrindo os olhos e olhando para o meu pai que se encontrava de pé a fechar o ecrã do portátil. Este pára o que está a fazer e olha-me com uma sobrancelha arqueada.

— Agora digo-te que é por isto que estou no terreno. Ele pode ser condenado por poucas coisas, mas dá. — Responde.

Poucas?

Riu.

— Quando posso atacar? — Pergunto, pronto para acabar com a raça de Jackson.

— Sabes que não é assim Dominick. — Bufo —Quando é que ele chega de viagem?

Daqui há 2 dias!

Então esperemos 2 dias e teremos todos os reforços da equipa. Sabes tão bem quanto eu que não podemos entrar a matar, sendo que Jackson tem mafiosos do seu lado e seguramente a maior parte daqueles que estão a guardar a casa.

Agente King pressiona os lábios, endireita o corpo, pousa as mãos nas ancas e olha-me atentamente deixando um suspiro lento sair pelas suas narinas.

— Há, verdadeiramente alguma coisa que me queiras contar filho? Neste momento estou a ser teu pai e não teu comandante.

— Não. —Rosno baixo.

— Sabes filho, estive anos a decifrar os teus sentimentos, os teus movimentos porque queria te compreender. E eu sei o que estou a ver neste momento, por tanto, não mistures os sentimentos com o trabalho. Nós temos regras e temos de as cumprir até ao momento em que acharmos, com certeza absoluta que podemos as quebrar. —

Eu sabia o que estava a falar. Engulo em seco. — A tua mãe e a tua irmã estão com muitas saudades tuas.

Suspiro.

— Também...estou. — Engulo em seco, pressiono os lábios tentando controlar a dor que de repente apareceu no peito. — Elas tão bem? Como anda a correr o trabalho da mãe e de Dakota?

—Sim, elas estão bem. —Sorri carinhosamente enquanto fala nelas— E o trabalho das duas está a correr às mil maravilhas.

Ficamos em silencio por uns instantes, olhando um para o outro até que o meu pai adotivo resolve falar.

— Depois passa a informação daquilo que falamos ao Agente Hard, por favor.

Concordo com a cabeça começando-me a levantar da cadeira.

— Bem...vou andando, tenho trabalho para fazer.

Theodore aproxima-se de mim e surpreende-me com um abraço. Fico estático e um pouco sem saber o que fazer.

—Cuida-te meu filho e protegem as Serena e Eva. —Pede quebrando o abraço— Amo-te e elas também. Não te esqueça.

Aperto os olhos, aceno com a cabeça algumas vez. Eu detesto quando me fazem isso.

—Han...também, eu...tenho de ir embora. —Murmuro numa voz arrastada.

Aceno com a cabeça em forma de despedida, pego no copo de café e saio da cave dando logo de caras com a coreana e os outros dois homens. Troço o nariz e sigo o meu caminho até a porta de saída. Ando até ao carro estacionado longe da casa. Entro nele, olho em frente e ponho a mão no bolso do casaco retirando a lista de Eva. A encaro por segundos, até que a volto a guardar no bolso.

Ligo o carro e parto em alta velocidade para fazer o que ela deseja...


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