Adorável Dançarina

By DizisFanfics

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ORIGINAL PLAGIO É CRIME LIVRO COMPLETO PROIBIDA PARA MENORES DE 18 ANOS Livro 1 da Série: Dançarinas REVISÃ... More

Informações do livro
Prologo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Bônus 1. Ian
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Bônus 2 - Ian
capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Bônus 3 - Ian
Bônus 4 -Ian
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Bônus 5 - Ian
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Epilogo

Capítulo 11

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By DizisFanfics

Era madrugada e levantei para ir ao banheiro, ao voltar para o quarto, observei Ian dormindo tranquilamente, seu corpo esticado em minha cama, o braço com a tatuagem estava sobre meu travesseiro, eu poderia ficar admirando aquela visão por horas sem me cansar, tentei organizar minha ideias e tudo que acontecia ali, acabamos de fazer amor, sim não foi um somente sexo, não foi somente luxuria, isso era ótimo e não queria perder, mas o que tivemos ali, naquele momento, foi algo diferente, novo, tanto para mim, como para ele e eu acreditava nisso, acreditava em Ian, mas havia tantos empecilhos, o clube era um deles, como contaria para ele meu segundo trabalho? Como estaria amanhã para uma apresentação depois de tudo isso?

Eu não achava uma saída, fiquei perto da janela observando a noite não totalmente quieta, pois a vida noturna de KC era vinte e quatro horas de movimento, estava tentando organizar as ideias, senti sua aproximação. Ele colocou as mãos em minha cintura, sem me virar para ele comecei a falar.

−Foi tão...

−Perfeito. - ele completou.

−Perfeito até demais. - Ian colocou seu queixo em meu ombro e fitou a cidade como eu.

−E isso é ruim? –ele perguntou suavemente

−Não! –afirmei.

−E porque tenho a impressão que a senhorita não gostou. –sua forma mais gentil de falar me deixava abalada e confusa, mesmo depois de tudo aquela pequena duvida martelava meus pensamentos.

−Eu amei, isso foi à melhor coisa que tive em toda a minha vida. Só que é irreal demais.

−Sweet Naty, eu te prometo, nunca vou te magoar. –o apelido tão singelo era a torcida da faca que eu carregava em meu peito por ter de mentir para ele.

−E tem mais, - resolvi soltar a bomba logo. -Eu estou triste, pois não poderei ficar com você amanhã à noite.

−Por quê?- Ele se colocou ao meu lado eu encarei o momento que Ian arregalou os olhos perplexos.

−Eu prometi para July que amanhã eu ficaria com ela. – menti.

Ian continuou a me encarar, seu olhar mais triste me fez sentir a dor mais profunda no peito, eu quase estava voltando atrás em minhas palavras quando ele sorriu.

−Não posso exigir de você que abandone sua vida, entretanto irá me dever uma noite de muito sexo em minha próxima visita. –o sorriso malicioso de Ian era o estopim para a luxuria, não importava o quanto ele conseguisse ser doce e romântico, ele ainda era Ian Smicht.

Suas mãos envolveram minha cintura e eu logo me entreguei a sua forma de descarregar a frustração que ele estava, por mais que ele não revelasse, eu sabia que o afetava, em parte eu me senti lisonjeada pelo fato dele dar tanto valor a nosso tempo juntos.

(***)

Pela manhã acordei com Ian sentado ao lado da cama com um copo de café em suas mãos.

−Eu não sabia onde estava nada nesta casa, então fui a cafeteria e busquei café para você.

Posicionei-me sentada na cama e tomei o café, Ian me encarava.

−O que foi? –perguntei observando seu olhar em minha direção.

−Nada de mais, é que já que não vou ter você hoje à noite, amanhã você será minha durante o dia inteiro.

−Ian, esqueceu-se do casamento da July? –lembrava-me de tê-lo informado em um de nossas ligações.

−Tem isso, e você vai?

−Claro... Que pergunta, mas eu gostaria de saber se você não quer ir comigo?

−Hum, deixe me ver, será que tenho compromisso amanhã? –ele fez que ponderava sobre a situação.

−Ian! – levantei minha mão dando um pequeno empurrão.

−Claro que vou, é a chance de ser apresentado oficialmente ao seu grupo de amizades.

Isso soava como compromisso, eu já fazia parte de seu circulo, agora ele estaria no meu, mesmo protelando estávamos rumo a algo cada vez mais sério.

Levantamos e eu resolvi que não sairia de casa e desfaria algumas caixas, enquanto Ian tria uma reunião pela manhã, vê-lo assumir a posição responsável de homem de negócios era completamente diferente do que estava acostumada. Ian e eu sempre estivemos juntos em momentos descontraídos e informais.

Assim que o acompanhei até a porta um forte sentimento de me dominou, era como se ele levasse parte de mim ao se afastar.

−Então te verei domingo pela manha. –ele disse em meio a um beijo ardente.

−Pelo menos me deixe dormir, eu sou muito preguiçosa aos domingos. –sorri e depositando outro beijo em seus lábios.

−Eu posso dormir com você, isso é algo que descobri ser muito bom. –ele novamente me envolveu em seus braços e segurou firme a minha cintura, seu beijo agora era mais intenso, seus dentes acabavam entrando em ação.

−Ian! Com você tenho certeza que dormir nunca é só dormir. –sua ereção já provara meu argumento e eu observei seu olhar de devorador, eu sabia que se a reunião não fosse tão importante e o principal motivo de sua vinda a KC ele me carregaria de volta para cama.

Fechei a porta e soltei um suspiro, era um fato eu estava completamente apaixonada, eu não fazia a mínima ideia que isso poderia acontecer dessa forma tão intensa e tão rápida, e com a pessoa mais inusitada que se podia imaginar.

Observei o amplo espaço de meu novo apartamento, observar essa conquista, mesmo que fosse o primeiro passo para minha vida independente  eu conseguia ganhar forças para continuar a sustentar a omissão de meu trabalho.

Ian estava entrando em minha vida e isso era rápido e intenso demais por outro lado minha estabilidade dependia de meu trabalho, não poderia colocar tudo a perder sem ter a certeza que Ian era algo concreto, seria imprudência.

Comecei a abrir as caixas de novos aparelhos,  mal consegui desencaixotar as coisas da cozinha, que era o essencial a principio, meu telefone tocou.

−Alô.

“Naty, quero lembrá-la de hoje.”

–Oi Carmen, eu não esqueci, estarei aí.

Voltei a minha pequena organização, e depois de tudo em seu devido lugar na cozinha e na sala, que não havia muita coisa mesmo para se organizar, eu temia pelas roupas.

Se quando eu cheguei a KC eu carregava somente uma mala, depois das dicas e algumas doações de Aurora minha bagagem estava consideravelmente maior.

Observei a hora no relógio já avançada e o protesto em meu estomago mostrava que deveria ser hora de almoçar.

O telefone celular tocava intensamente, eu vasculhei pelas roupas espalhadas em cima da cama ate encontra-lo.

−Oi.−atendi mais intimamente o novo aparelho era exclusivo pra as ligações de Ian.

“Sweet, já almoçou?”

−Não. Eu me esqueci disso. –realmente, eu acabara de lembrar.

“Como alguém se esquece de comer? –uma gargalhada reconfortante invadiu a linha. −  eu tenho um tempo livre entre essa reunião até minha próxima, podemos fazer um lanche?”

−Claro, onde?

“Tem uma lanchonete próxima do escritório, peça um taxi eu pago.”

−Deixe de ser bobo.

“Você está vindo me ver, eu não posso te pegar nada mais justo que eu pague seu taxi.”

Ele começaria com aquela mania machista de que homem paga, eu já cortaria as asas dele.

−Me passe o endereço.

“Você não sabe onde é o escritório?”

−Sei, mas vou direto a lanchonete. –era uma forma de evitar a sua insistência para pagar o tai.

“Anote...

Troquei a roupa e logo desci, era estranho ainda não conhecer os vizinhos e porteiros, eu ainda teria que me apresentar a cada saída e chegada.

O taxi foi rápido e quando ele encostou próximo a lanchonete a porta do passageiro foi aberta.

−Sweet –Ian se debruçou e me beijou, foi então que percebi seu olho aberto verificando o taxímetro.

−Não ouse. – falei firme ao descer do taxi. –me diga quanto foi senhor. –rapidamente me virei para o taxista.

−Eu disse que iria pagar, agora pare de ser turrona. −ele estendeu uma nota, que eu percebi ser bem mais que o valor e sorrio ao taxista. –Fique com o troco.

Encarei Ian com todo meu olhar de repreensão.

−Você não pode fazer essas coisas.

−Eu posso, e já fiz, agora vamos. –ele pegou em minha mão e entramos na lanchonete.

Diferente das que eu costumava frequentar o ambiente era refinado, e pelas mesas estavam certamente a maioria do corpo de trabalho dos escritórios e empresas da região, eram homens e mulheres bem vestidos.

−tem certeza que isso é uma lanchonete?

−É um pouco mais, mas fazem lanches. –ele sorriu como se essa sua justificativa fosse valida.

−Porque não avisou que me traria em um restaurante, eu me vestiria melhor. –observei meu jeans tradicional e ainda bem que resolvi colocar uma camisa ao invés de uma camiseta.

−Deixe de ser absurda, está ótima, vamos que tenho uma reserva.

−Reserva?! Isso fica cada vez melhor. –ironizei.

Assim que sentamos o garçom veio com o cardápio e Ian me encarou

−lanche? –ele perguntou

−Peça o mesmo que você –melhor eu não fazia a mínima ideia do que pedir.

Ele fez o pedido e eu somente o observava.

−Naty, já que não nos veremos hoje, eu vou sair com uns executivos da empresa, sabe coisa chata, para tentar descontrair um pouco a tensão.

De início senti uma pequena pontada de ciúme, mas eu mesma não estava querendo um envolvimento tão sério, então eu sabia que não podia exigir e, aliás, ele estava me contando, o que era uma prova de confiança.

−Tudo bem – tentei soar naturalmente − e vocês vão aonde? − idiota para com isso...eu dizia para mim mesma.

−Não sei, geralmente é Gale que escolhe o local quando se deve a essas situações. _ele sorriu e eu percebi que ele gostou de minha demonstração de preocupação.

O almoço estava saboroso, como toda comida de restaurantes finos, mesmo sendo um suposto “lanche” como Ian se referiu sentia-se a diferença.

O celular no bolso de Ian estava tocando pela terceira vez e sua testa se enrugou.

−Atenda de uma vez. –eu não estava me sentindo bem ao saber que ele evitava atender o telefone.

−É Gale, sem duvida. –ele disse levando a taça com agua a sua boca.

−Atenda é importante. – falei rispidamente, quando ele passava o guardanapo em seus lábios.

−Me desculpe por isso. –ele pegou o celular de seu bolso o atendendo.

−Gale, eu á estou indo...eu sei que estão esperando somente a minha ilustre presença...sei...mande Marcus aquele lugar por mim... calma... eu sei que você não tem culpa, mas ele me manda ficar com todo o problema de Londres, estou a ponto de ...tudo bem, mais alguns minutos estarei ai, estou terminando de almoçar, pois eu não sou uma maquina.  –ele desligou o telefone e percebi o seu humor.

−Vamos, se está atrasado. –falei

−Eles que esperem, eu tenho que enfrentar essa viagem a cada quinze dias, tenho que aguentar a barra de Londres praticamente sozinho, eles devem me deixar almoçar em paz, é só o que peço. –ele estava visivelmente nervoso, sua mão em punho desceu sobre a mesa.

−Ian. –coloquei a minha mão sobre a dele. –acalme-se, é ruim ficar assim logo depois de se alimentar.

Ele me encarou .

−Desculpe-me, eu não preciso descarregar isso em você. –ele disse forçando um sorriso. A única coisa que eu desejava era reconforta-lo.

−Não se preocupe, entendo isso.

−Só queria poder sair hoje daquele inferno de reuniões exaustivas e poder te foder toda.

Sua mão  por baixo da toalha estava em meus joelhos, eu dei um salto virando o copo com suco em cima da mesa.

−Ian –ele gargalhou. –estamos em publico.

−Queria descontrair, mas acho que não devo fazer isso, ou não voltarei a reunião e sim te levarei para a cama mais próxima.

−Você não tem jeito.

Assim que ele pagou a conta, toda, pois claro que Ian tinha seu pequeno lado machista em alto nível, ele me acompanhou ate chamar um taxi.

A pilha de roupas estava me esperando, liguei uma musica a qual eu usaria em minha apresentação para começar a organizar cada peça no armário.

Assim que tudo ficou em seu devido lugar senti-me realizada, mesmo tendo poucas coisas, eu agora estava dentro do meu lar, e a cada dia eu o deixaria com meu toque especial.

Cheguei ao clube com muito tempo de sobra, o que me deu tempo de uma ótima produção.

−Como você está linda! _Aurora chegava com seu capacete em mãos.

−Veio mais tarde hoje? E ah! Obrigada!

−Minha apresentação será depois da sua hoje, vamos manter a Lady Vênus como fechamento da noite. –sorri por não estar tomando o lugar mais especial de minha amiga

−Isso é maravilhoso. –falei sorrindo sincera

−Seremos as duas atrações principais. –ela me deu um leve cutucão em meu braço. –quem teve a ideia do dourado?

Ela perguntou observando meu Colam dourado.

−Eu mesma , achei interessante, e viu que decidi usar hoje uma peruca longa.

−Está perfeita. –ela pegou em cima da bancada a mascara era de plumas e dourada combinando com a roupa. –essa esconde ainda mais seu rosto, é ótimo.

−Sim, terei de variar muito se continuar com shows seguidos.

−Você consegue.

A voz de Baltazar me fez saltar

−Está na hora!

−Vai lá e arrasa, faz esses homens sonharem com você, faça eles te desejarem.

−Pode deixar.

−E com vocês... a nossa Adorável Dançarina! –era a minha deixa

Ao som escolhido de Jennifer Lopez e Pitbull, Dance Again, eu entrei no palco.

Caminhei lentamente até o centro do palco, segurei no mastro, e como sempre a firmeza dependia da força exercida em meus braços levantando meu corpo para a altura.

O pole dance era tudo que eu via e sentia. Meu corpo se mexia e se movia em torno dele com habilidade, eu envolvia o mastro com minhas pernas e subi até ficar de uma forma que meu corpo conseguisse o ponto de contorcer até encarar a plateia, as luzes deixavam desfocados os rostos, em um giro habilidoso eu segurava o mastro e deixava que a gravidade lutasse contra os movimentos, assim que firmei novamente o corpo de forma que estivesse parada tentei olhar para a plateia, e foi um erro reconheci um rosto em meio a multidão, na mesa em frente ao palco, ele.

Ian estava acompanhado de Gale e alguns outros homens deviam ser os executivos.

Eu estava com a mascara  e meus cabelos com a peruca loira e longa, eu não seria reconhecida. Então foquei em minha apresentação.

Eu desci do pole dance e fiz minha coreografia, intensa e não deixei que meu olhar encontrasse o de Ian.

Meu corpo era a minha arte, segurar o mastro e fazer com que o publico se imaginasse ali era o objetivo.

Não poderia ser repetitivo, eu teria de sempre mostrar algo novo, algo que causasse impacto.

Oficialmente era minha primeira apresentação na casa aberta então teria de mostrar meu potencial ao máximo.

Assim que escorreguei do pole dance eu comecei a bater palmas e caminhar pela borda, servindo de demonstração, de vitrine.

Logo eu voltava a me posicionar ao meio do palco, jogava os cabelos artificiais de um lado a outro fazendo com que o encanto fosse cada vez maior.

Voltei ao pole dance, agora eu tentei imaginar que Ian sabia quem eu era e que essa dança era exclusiva para ele, meu corpo envolvia o mastro e eu aproveitava o exato momento que as batidas da musicas mudavam, para que meu quadril trabalhasse.

Assim que a musica terminava eu somente dei os últimos giros e desci do mastro fazendo uma abertura ate que as luzes se apagaram.

Sai do palco em direção ao camarim sentei em frente ao meu espelho, eu ofegava, minha respiração estava acelerada não tanto pelo cansaço, mas pela adrenalina de estar ali diante de Ian e ele não saber de quem se tratava.

Estava me preparando para retirar a minha roupa, precisava retirar a purpurina de meu corpo que estava misturada ao suor.

−Naty−  Carmem entrava − será que hoje podemos contar com você na sala privada?

Eu demorei a pensar, pois a sala privada era um passo maior, eu dançaria apenas para um homem. Encarei o olhar dela em minha direção na expectativa.

−Naty?

−Calma. –eu estava sem folego – estou pensando, é que...

−naty, sabe que é seguro, sabe das câmeras, e o mais importante a porcentagem da sala privada é muito boa, entretanto você só vai se sentir-se segura disso, ninguém irá te obrigar.

Pensei, eu realmente não poderia recusar

−Tudo bem Carmen, eu vou.

Respirei três longas lufas de ar antes de entrar, quando entrei a sala era escura e só tinha iluminação fraca em cima de um pequeno palco com um pole dance, sim essa era a sala perfeita para mim. Subi e fiquei de costas para a poltrona que seria ocupada pelo homem que pediu uma dança especial.

A música iniciou, era a deixa de que era hora de começar. A mesma musica de minha apresentação, segundo Carmem, deveríamos somente dançar da mesma forma, sem segredos.

Eu comecei com os movimentos de costa, por mais que quisesse manter a coreografia original, eu estava feliz de poder fazer algo novo,   ao me virar eu tive o espanto, era ele, Ian era quem pedira o privado.

De início me desfoquei, mas deixei que a música guiasse meu corpo, eu estava com um misto de sentimentos. Se ele estava jurando que não estava brincando comigo, como podia vir aqui e ainda pedir uma dança privada, certo que era comigo mesma, mas ele não sabia.

Eu mantinha o ritmo, com minhas mãos passando por meu corpo. Tentei focar minha mente nos movimentos. Certo que aqui as garotas são instrumentos de deslumbre, mas mesmo assim eu estava dividida em sentimentos, ele estar aqui como acompanhante era uma coisa mas pedir uma dança privada?

Continuei e foquei somente em minha dança. No pole dance eu descontei minha raiva e rodopiava várias vezes, fazendo aberturas incríveis.

Eu me arqueava e só imaginava como era estar nos braços de Ian, como era prazeroso e a dança ficou intensa, senti que deixava Ian  tenso, ele estava claramente se excitando e seu desconforto era visível. Cheguei próximo a borda do pequeno palco e encarei seus olhos, ele encarava perplexo meu olhar, eu sabia do risco de um reconhecimento.

Mas a música foi acabando e as luzes diminuindo, saí pela porta de acesso das dançarinas, encostei-me à parede e coloquei minha cabeça entre os joelhos, eu estava perdida, estava com ciúmes de Ian e isto não devia acontecer, eu não queria compromisso e evitava, entretanto meu coração me traia e também pelo fato que se houvesse que escolher entre meu novo trabalho e ele, eu não sei o que eu faria? Ele agora era oficialmente um cliente e a regra era clara: não se envolver com clientes.

 Cheguei ao camarim e Aurora estava sentada em sua cadeira em frente ao espelho, o suor em seus cabelos mostrava que acabara de se apresentar.

−Naty, o que ouve? –ela em encarou quando retirei a mascara.

−Nada... –eu deveria ou não contar a ela? A duvida me assolava e se alguém ouvisse.

−Como nada, você parece que viu um fantasma.

−Pior.

−O que? Foi ao privado? –ela concluiu observando meu corpo também suado.

−Sim, pela primeira vez.

−E ai? Sei que é normal ficar nervosa, mas alguma coisa aconteceu?

−Sim... –debrucei em seu ouvido –mas não posso falar aqui.

−Viu que o irmão de Ian estava aqui?

Ela perguntou naturalmente enquanto retirava a maquiagem.

−Vi, e por isso estou assim, você não faz a mínima ideia de quem estava na sala privada.

−Não! –sua boca se abriu ela ficou me encarando. –tem razão – ela observou ao redor –não é algo que devamos conversar aqui, amanha depois do casamento de July teremos uma boa conversa.

−Tudo bem, agora vou trocar essa roupa e ir para casa, amanha o dia começa cedo.

Sai do clube com muitas dúvidas, eu estava gostando de meu trabalho e ao olhar para o dinheiro que recebia na noite eu não podia negar a luxuria que me invadia por aquilo, eu acabara de alugar um apartamento muito bom e sabia que só poderia me manter com as apresentações, eu tinha que fazer uma poupança pelo menos como segurança.

As ideias rodavam em minha cabeça e o taxi estava quase chegando a meu prédio, quando meu celular tocou, nem precisava olhar o visor, pois era o celular era exclusivo.

−Oi Ian. –minha voz saiu desanimada, eu inda estava equivocada com o que acabar de acontecer.

“Oi ... e aí não está entediante na casa de sua amiga?

−Um pouco, já íamos dormir. –mentir ficou fácil depois de vê-lo no clube.

“Então não quer mesmo me ver hoje?”

Era uma oferta tentadora, depois de dançar para ele, eu estava mesmo com vontade vê-lo, desta vez era eu quem tinha frustrações que precisavam ser descarregadas.

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