Finalmente secsu jskkkkk
Quem não gostar pfv não veja RS
Boa leitura safadinhos ;)
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Pov Hoseok.
- O que houve? - Questiono Taehyung no momento em que ele para na porta de seu quarto. Em suas mãos um pequeno tênis cinza com algumas marcas de mordida e rasgos por alguns lados. Eu estava sentado em sua cama, era por volta das dez horas da manhã de sábado.
- O Loki comeu o tênis que eu comprei ontem pra Minjae. - Sua expressão não me dava muitas dicas de como ele estava se sentindo naquele momento. O filhote estava com a gente a alguns dias e tinha aprontado algumas artes, mas ele não tinha chegado a de fato estragar nada.
- Vish. - Imitei a exclamação das meninas de quando elas aprontavam alguma arte e sabiam que estavam erradas.
- Você parece uma criança arteira, Hoseok. - Ele largou o tênis rasgado no chão, passou as mãos pelo rosto de forma irritada e foi se sentar ao meu lado em seguida. - Eu não vou dar conta de você, duas crianças e um cachorro hiperativo.
- Não fala assim, Sun. - Espalmei minhas mãos em seu peitoral, fazendo com que ele caísse deitado na cama, me sentando por cima dele em seguida, minhas pernas passando uma de cada lado de seu corpo. - Você vai dar conta sim, huh? - Deixei um beijo na sua mandíbula, mordendo em seguida. Aquela parte do rosto do meu namorado era algo que me excitava demais. Quando ele ficava sério, ou bravo, ou apenas concentrado, aquele osso ficava marcado, me fazendo imaginar coisas muito impuras. - Eu compro outro tênis pra ela, tá? - Propus, achando que aquilo talvez pudesse o deixar um pouco menos frustrado.
- Não precisa, o problema nem é esse. - As mãos Taehyung foram até minha cintura, fazendo um carinho ali, em um vai e vem gostoso que fazia com que eu me arrepiasse com aquela mão grande espalmada por meu corpo (as mãos de Taehyung era outra parte que me excitava ao extremo... ou talvez Taehyung por inteiro me excitasse ao extremo). Seus olhos estavam fechados e ele aproveitava os beijos e mordidas que eu distribua por seu rosto.
- Qual o problema então, amor? - Questionei, parando com os beijos e dando total atenção para tentar descobrir o que o perturbava tanto. Eu sentia que ele não estava muito no clima para amassos e, como um bom namorado, eu tinha que saber o que estava se passando com ele.
Namoro não era só pegação, huh? Era companheirismo também, ser amigos acima de qualquer coisa, saber estar ao lado para dar um conselho, uma bronca, ou apenas aproveitar o silêncio juntos.
Eu estava aqui por ele independente de qualquer coisa. Assim como sabia que ele estava por mim.
- Eu estou cansado. Estressado. - Ele abriu seus olhos castanhos, me encarando de forma intensa. Suas mãos escorregaram para a barra da minha camiseta, adentrando a mesma e passando a me acariciar diretamente na pele. Sua palma estava um pouco fria e contrastava com o calor de minha pele. Aquilo era gostoso.
- Você está em um ritmo muito acelerado, precisa descansar um pouco. - Aconselhei, levando minhas mãos de encontro a sua e entrelaçando nossos dedos. Puxei sua mão do meu corpo e levei de encontro a minha boca, espalhando beijinhos nela inteira, fazendo uma risadinha gostosa escapar de sua boca.
- Talvez. - Seus olhos estavam novamente fechados e ele desfrutava dos carinhos que eu fazia por seu rosto, seu corpo e os beijos que eu espalhava por sua mão. - Precisamos descer, sim? - Ele impulsionou o corpo um pouco, ficando sentado e ainda me me mantendo em cima de seus quadris. Meus joelhos estavam dobrados na cama e as pernas dele estavam esticadas, nossos rostos super próximos.
- Me prometa, amor, por favor? - Pedi, levando minha mão até seu cabelo e começando a acariciar os fios, aproveitando a todo momento a feição de contentamento que ficava em seu rosto.
- Eu prometo. - Enrolou seus braços em minha cintura, me trazendo ainda para mais perto, até que sua boca alcançasse a minha e ele conseguisse dar início a um beijo calmo, nossas respirações se misturando e eu conseguia sentir o gosto da bala de menta que ele estava chupando a momentos atrás. Meu corpo estava um pouco inclinado, fazendo com que minha bunda ficasse empinada em seu colo. Ainda estávamos envolvidos em nosso beijo quando senti a mão de Taehyung descendo sobre a carne de minha bunda com um pouco de força, fazendo eu separar o beijo e olha-lo com indignação. - Bunda bonita. - Brincou ele e, em seguida, prendeu meu lábio inferior entre os dentes, dando início a mais um beijo.
Não passamos disso, nem se quer uma pegação mais quente.
O negócio era que hoje iríamos receber aqui a visita do pai de Taehyung, ele viria para o almoço. Eu já tinha conhecido Kim Dongsun, mas não tínhamos nos falado muito, então eu não poderia fazer uma análise do que achei dele. Hoje seria o dia em que eu seria apresentado oficialmente como namorado de Taehyung.
Taehyung e eu decidimos que iríamos comprar o almoço ao invés de preparar. Ligamos em um dos restaurantes preferidos de Dong e pedimos uma salada de aspargos com palmito como entrada e, de prato principal, um salmão ao molho de maracujá. Para sobremesa pegamos dois cheesecake da empresa de SunHee e James e eu preparei uma calda de chocolate e outra de frutas vermelhas para jogar por cima.
Eu sabia que Dongsun não era lá muito chegado a comer os doces produzidos pela empresa da ex mulher, mas, pelo menos aqui, ele teria que se contentar e ainda agradecer por eu ter tirado um pouco do meu preciso tempo para preparar as caldas.
Preparei também macarrão com almôndegas para as gêmeas, já que eu sabia que elas não eram muito chegadas no tipo de refeição que serviriamos ali. Taehyung fez um suco de maracujá (ele dizia que as meninas precisavam, já que nos últimos dias - mais precisamente desde a chegada de Loki - elas estavam muito mais agitadas do que o normal) e, depois de tudo pronto, arrumamos a mesa para o almoço. Usei a porcelana mais bonita que achei no armário de Taehyung e ajeitei tudo conforme as regras de etiqueta pediam (Dongsun não precisava saber que eu tive que recorrer a ajuda do Google para esse detalhe).
Por volta do meio dia, Taehyung foi até o restaurante buscar o almoço e me deixou com a missão de arrumar as meninas. Deixei que elas escolhessem a própria roupa, notando que elas faziam ao máximo para não se vestirem igual. Isso era parte da personalidade delas, querem ser diferentes, mas, muitas das vezes, as duas eram quem pedia para que Taehyung colocasse as roupas parecidas.
Elas eram contraditórias.
Minseo pediu pra que eu arrumasse seu cabelo em uma trança embutida, e sorte dela eu ser o mais velho entre um monte de mulheres. Deixei seu cabelo ajeitado e espalhei algumas presilhas pequenas, apenas para dar um charme e infantilidade. Minjae quis ficar com os cabelos soltos e eu apenas coloquei duas presilhas na parte da frente, para que não ficasse caindo em seus olhos.
Taehyung chegou com o almoço e colocou em recipientes mais apropriados que ele tinha na cozinha, indo tomar um banho em seguida enquanto eu terminava de ajeitar todo o resto. Quando meu namorado desceu as escadas, ele usava uma camiseta branca aberta com um lenço amarrado no pescoço, um terno preto por cima e uma calça jeans preta juntamente com suas botas marrom.
Abençoado seja eu por ter um homem tão gostoso só pra mim.
Agora era minha vez de me arrumar e Taehyung ficou com as meninas para que eu fizesse isso. Tomei um rápido banho (Deus me livre de meu sogro chegar e eu ainda não estar lá embaixo!!) e me arrumei com uma calça jeans em tom claro e uma blusa de manga comprida preta. Coloquei um vans também preto em meu pé e arrumei meu cabelo em um topete. Passei creme por meu corpo e coloquei um pouco de perfume em meu pescoço e atrás da minha orelha. Eu não queria ficar com o cheiro exagerado e muito marcante, por isso optei por passar apenas um pouco da colônia.
Quando desci as escadas, encontrei meu namorado e minhas meninas sentados no sofá, rindo e brincando um com outro. Eu gostava de observar a forma que Taehyung era um bom pai, como ele sempre tratava as meninas bem e como eles viam nele algo bem mais que um pai. Taehyung era um amigo pra elas.
- Ta lindo. - Uma voz infantil me tirou dos meus pensamentos, me puxando de volta para a realidade. Três pares de olhos castanhos me encaravam. O elogio tinha saído dos lábios rosados de Minjae, Taehyung e Minseo concordavam com a afirmação que ela havia feito anteriormente.
Eu me sentia tão bem aqui. Tão amado. Tão bonito.
As meninas estavam sempre me elogiando, dizendo o quanto tinham gostado do meu penteado, ou da roupa que eu estava usando. Ou apenas me lembrando que eu era bonito. Taehyung não ficava muito pra trás. Ele estava constantemente me dizendo que eu era especial, que ele era um cara de sorte por me ter só pra ele. Por muitas vezes eu cheguei a pensar que ele apenas dizia aquilo porque tinha pena do que eu havia passado em meu relacionamento anterior, mas, com o tempo, eu fui entendo que não, ele realmente achava esses coisas de mim.
Sempre quando ele me apresentava para alguém, o tom de sua voz transbordava orgulho e amor. Seus olhos brilhavam constantemente em minha direção, fazendo com que meu peito se aquecesse e eu sentisse algo que nunca tinha sentido anteriormente.
- Tá lindo mesmo. - Sorri para Taehyung, apoiando minhas mãos em seu ombro. Eu estava alguns centímetros maior que ele, já que eu estava a uns três degraus pra o fim da escada, sem terminar de descer ainda.
- Obrigado. - Sussurrei, roubando um selinho de Taehyung, bicando meu lábio no dele. - Vocês estão verdadeiras princesas. - Terminei de descer as escadas, indo direto para os braços de Taehyung, que estavam abertos em minha direção. Fomos até o sofá e ficamos ali, abraçados, meu corpo apoiado no dele, minha cabeça descansando em seu peito e seus braços segurando meu corpo. As meninas apenas ficaram tagarelando, até que a campainha tocou.
- Oi, pai. - Taehyung cumprimentou o homem parado em sua frente. Eu estava um pouco mais atrás, parado, esperando a minha vez de cumprimentá-lo.
- Oi, filho. - Ele trocaram um abraço meio desleixado, Dongsun deixando dois tapinhas - um pouco forte demais - nas costas de meu namorado.
- Olá, Sr. Kim - O cumprimentei com toda a educação que minha mãe havia me ensinado. Eu estava um pouco acanhado, minhas mãos cruzadas em frente ao meu corpo, mas um sorriso brincando em meu rosto a todo momento.
- Olá, rapaz. - Ele deu um passo para dentro da casa, em momento nenhum retribuindo o sorriso que eu estava lhe endereçando. Avancei em sua direção um pouco intimidado, mas totalmente disposto a fazer dar certo. Dei um abraço nele e fui retribuído com um abraço ainda mais desleixado do que o que ele havia dado em Taehyung.
- Pai, vocês já se conhecem, mas... - Ele hesitou um pouco, me puxando para seu lado e passando o braço por minha cintura. - Esse é o Hoseok, meu namorado. - Ele se manteve imparcial, sem dizer nada.
- É um prazer conhecê-lo oficialmente, Sr. Kim. - Eu disse em um tom simpático, enroscando meus braços juntos ao de Taehyung, buscando algum tipo de proteção daquele olhar tão afiado que eu estava recebendo.
- Trouxe um vinho. - Estendeu uma sacola bonita na direção de Taehyung, sem sequer se dar ao trabalho de me responder, fazendo eu recuar um pouco envergonhado.
- Não precisava. - Taehyung estendeu a mão na direção do pai, retirando o embrulho da mão dele. A expressão de meu namorado um pouco mais fria agora. - Responde meu namorado direito, por favor.
- Tae, não precis-
- O prazer é todo meu. - Me cortou, falando aquilo com certo desgosto, me analisando de cima a baixo, fazendo eu me sentir um tanto quanto exposto ao seu olhar.
- Oi, vô. - Minseo apareceu, indo até o homem e o dando um abraço.
- Oi, vô Dong. - Minjae cumprimentou o avô logo em seguida, deixando um beijo em sua bochecha ao que ele se abaixou. O olhar de Dongsun tinha derretido um pouco ao olhar para as netas, mas nada que me comovesse demais.
Taehyung levou a garrafa de vinho a mesa e a colocou em um baldinho com gelo que tínhamos colocado no centro dela. Sem muita delongas, nos acomodamos ali, as meninas em uma especie de cadeirão para que pudessem enxergar algo em cima da mesa, Taehyung e eu um ao lado do outro e Desmond sentado a nossa frente.
As comidas estavam postas a nossa frente e eu decidi servir as meninas primeiro, abrindo a travessa onde estava o macarrão e colocando um pouco no prato pra cada uma delas.
- Quer que eu te sirva? - Perguntei a Dongsun, assim que Taehyung acabava de se servir.
- Eu faço. - Disse ele, pegando um dos pratos e começando a se servir com a salada. Esperei que ele terminasse e comecei a me servir também, me sentando em seguida e começando a comer a deliciosa entrada.
- Não vão comer a mesma comida que o vovô? - Dongsun perguntou, ao notar as meninas fazerem certa bagunça com o macarrão.
- Eu non qué pexe. - Minjae respondeu, a boca um pouco suja de molho nos cantos.
- O Hobie fez macaão pa nois. - Minseo contou ao avô, com toda sua inocência.
- Ele fez, né? -Dongsun olhou para elas, voltando a comer de sua salada em seguida, sem dar realmente muita importância ao que a neta tinha dito.
Eu sentia minha bochecha esquentar e nem sabia dizer se era mais pela vergonha ou pela raiva que eu estava sentindo.
Comemos em um silêncio um tanto quanto incomodo e perturbador. As meninas terminaram primeiro e ficaram conversando baixinho na mesa enquanto saboreavamos o nosso delicioso salmão.
- Precisa ensinar elas a comerem direito, Taehyung. - Observou ele ao que as meninas pediram um pouco mais do macarrão e eu coloquei no prato delas, vendo enquanto elas comiam e, vez ou outra, deixavam um pouco cair ou espalhavam molho por seu rosto.
- Pai, elas são crianças. - Eu percebia Taehyung perdendo um pouco da paciência.
- Então essa é a hora perfeita pra dar educação. - Vi o rosto de Taehyung se tingir de um tom de vermelho e decidi que era a hora de intervir.
- Eu vou pegar as sobremesas. O senhor aceita, Sr. Kim? - Eu ainda tentava manter a minha educação.
- Pode me chamar de Dongsum . - Acenou com a cabeça em sinal de concordância, como se pra me dizer que aceitava a sobremesa que eu havia oferecido.
Fui até a cozinha, sendo seguido por Taehyung, que arrastou a cadeira e foi me ajudar. De onde estávamos ouvíamos Dongsun conversando com as meninas e podíamos ouvir também a risadinha infantil delas.
- Seu pai é um chato. - Passei o cheesecake com a calda de chocolate para Taehyung e peguei o de caldas de frutas vermelhas em minhas mãos.
- Ele normalmente não é assim. - Taehyung veio até mim, bicando seus lábios nos meus. - Não sei o que aconteceu com ele hoje.
- Continuo achando ele um saco. - Impliquei um pouco. Mas eu estava em meu direito, sim? Tudo o que esse homem havia feito desde que colocou os pés aqui, foi mostrar seu descontentamento em me conhecer como namorado do filho.
Virei as costas após minha declaração e pude ouvir os passos de Taehyung me seguindo. Eu tentava ao máximo possível manter a calma, sabendo o quanto seria desconfortável para Taehyung que seu namorado e seu pai não se dessem bem.
Coloquei o cheesecake no centro da mesa e cortei uma fatia para cada uma das meninas, entregando para elas. Taehyung pegou também o que tinha a calda de chocolate, assim como as meninas e, antes de eu me servir com o doce com a calda de frutas vermelhas, ouvi Dongsun anunciar:
- Quero com frutas, não sou muito fã de chocolate. - Ele passou uma de suas mãos por entre os fios grisalhos de seu cabelo, me encarando.
- Então pode se servir. - Estendi a espátula em sua direção, um sorriso irônico brincando em meu rosto.
Ele me olhou amargo, talvez não gostando de minha petulância, mas mesmo assim se serviu, comendo apenas uma fatia do doce.
Ele ainda ficou em casa por um tempo, conversando com Taehyung em sua maior parte sobre serviço, o que estava sendo totalmente entediante para mim.
Na hora de ir embora ele deu um beijo e um abraço em cada uma das netas e um Taehyung. Quando ele por fim foi se despedir de mim, sussurrou em meu ouvido:
- Estou de dando um voto de confiança. Não faça meu filho sofrer. - E me abraçou apertado, de um jeito que eu não imaginava que ele iria abraçar aquele dia e, talvez, nem nunca.
Passei o restaurante do dia com aquilo na cabeça, pensativo.
Independente de qualquer coisa, eu sabia que o amor que ele tinha por Taehyung era imenso, assim como o de meus pais por mim e, aquele breve ato, me levou a entender que ele provavelmente tinha medo de que Taehyung sofresse tudo que ele já havia sofrido em seu relacionamento anterior.
Talvez Dongsun tivesse um pouco da minha simpatia.
Mais tarde, naquele mesmo dia, SunHee apareceu na casa de Taehyung para fazer uma visita. Ela estava simplesmente linda. Vestia uma calça jeans com uma regata preta, nos pés um tênis rosa que fazia com que ela ficasse com uma aparência mais jovial. E o adereço mais lindo que ela usava era seu sorriso. Ele alcançava seus olhos, fazendo os mesmos ficarem brilhantes.
- Eu queria te pedir uma coisa, filho. - Ele iniciou, depois de um tempo ali, papeando com a gente.
- Pode falar. - Taehyung apoiou sua mão na minha coxa, subindo e descendo a mesma por minha perna em um carinho inconsciente.
Inconsciente pra ele, não pra mim.
Cada toque de Taehyung na minha pele era algo suficiente para me acender por inteiro.
- Eu queria levar as meninas para passear no feriado. - Expectativa escorria de sua voz, uma de suas mãos apertando o braço do sofá.
- Claro que você pode. - Ele disse suave, sorrindo bonito para a mãe. - Onde vai levar elas? - Aquilo era apenas curiosidade.
- Pra ver a outra vovó. - SunHee olhou pra mim e eu franzi o cenho, achando estranho aquilo, ficando um pouco enciumado, eu confesso. Até que entendimento me atingiu. Ela não estava falando da avó biológica.
- Minha mãe? - Perguntei, um pouco incrédulo. Não era possível que a amizade delas estava nesse nível.
- Sim! San me convidou para ir visitá-la e eu pensei em levar as meninas para que sua família pudessem conhece-las. - Suas pernas estavam cruzadas de forma graciosa e balançavam no ar. - Iríamos na sexta e voltaríamos no domingo.
- Minhas irmãs simplesmente vão enlouquecer com elas. - Uma euforia começou a crescer em mim. Taeyeon ia pirar, Jihyo ia ficar apaixonada, as gêmeas iriam tratar elas como duas bonecas e os gêmeos mais novos provavelmente iriam ficar enciumados, mas depois a tratariam como amiguinhas. Eles eram muito amáveis.
- Tudo bem pra vocês? - Ela voltou a perguntar, rindo um pouco da minha animação.
- Claro mãe, elas vão amar. - Taehyung estralou um beijinho na minha testa, entrelaçando nossos dedos.
SunHee foi embora depois de ir falar com as netas e contar sobre as novidades. As meninas? Ficaram mais do que empolgadas, começaram a separar roupas e enfiar dentro de uma mala, ficando um pouco amuadas quando dissemos que ainda tinha uma semana até a viagem.
Passamos o restante do dia de forma bem tranquila, eu, Taehyung e as meninas, assistindo alguns filmes e comendo algumas besteiras. Fiquei para dormir aqui (novidade!!) e passar a noite no peito de Taehyung era sempre uma boa sensação, eu me sentia como da primeira vez que tinha feito isso em todas as vezes que fazia.
No domingo, acordei sozinho na cama. Percebi que eu estava abraçado a algo que não era meu namorado e, ao abrir um pouco os olhos, pude ver que era um travesseiro. Talvez ele tivesse colocado aquilo ali para que eu não sentisse sua falta. Apertei mais o objeto em meus braços e me permiti dormir mais um pouco quando pude constatar em um pequeno relógio que tinha na mesa de cabeceira de Taehyung que ainda não era nem nove horas da manhã.
Quando acordei novamente, eu estava com a cabeça apoiada no peito nu de Taehyung e já se passava das onze da manhã. Ele tinha um braço levantado, apoiado embaixo de sua cabeça e o outro me segurava pela cintura. Seus olhos castanhos estavam abertos e ele olhava para o teto de forma sonhadora, com um pequeno sorriso nos lábios.
- Bom dia. - Murmurei, seguido de um bocejo. Minha voz estava um pouco rouca e meus olhos encontravam dificuldade para se manterem abertos.
- Bom dia, Kitten. - Ele virou o rosto um pouco pro meu lado, deixando um beijo em minha bochecha.
- Eu acordei mais cedo e você não estava na cama. - Reclamei, fazendo um beicinho em meus lábios finos.
- Fui fazer umas coisas e ver as meninas. - Ele passou a deslizar a mão pela minha cintura, acariciando a mesma e me deixando um pouco sonolento.
- Onde elas estão? - Me acomodei mais em seus braços, sentido seu corpo quentinho me aquecer também.
- No quartos delas com o Loki. - Ele fechou os olhos e passou a apreciar o vai e vem que eu fazia com meus dedos em seu peito nu. - Eles se ajuntam e só sai bagunça. - Ele não disse isso de forma brava.
A verdade era que, na primeira semana do filhote em casa, tivemos que ouvir muitas reclamações da parte de Taehyung, mas agora, depois de um tempo que ele está conosco, Taehyung é o que mais se apegou, sempre levando o cachorro pra passear e fazendo todas as vontades do mesmo.
- Vou escovar os dentes. - Avisei, me levantando. Eu usava apenas um curto short da adidas e uma camiseta surrada de Taehyung que ficava enorme em meu corpo. Eu sabia o que o cacheado (agora não mais, já que o cabelo estavam curto) gostava de me ver em suas roupas, então eu unia o útil ao agradável, já que eu também gostava de estar nelas e vivia passeando por sua casa com suas peças.
- Vai la, bunda bonita. - Usou o apelido que usava apenas quando estávamos a sós, fazendo com que eu desse uma risadinha e saísse rebolando a mesma até o banheiro. - Provocador. - Gritou ele assim que eu entrei no ambiente, fazendo com que eu risse um pouco mais alto agora.
Escovei os dentes e dei uma arrumada em meu cabelo que estava uma bagunça completa e voltei para o quarto, encontrando Taehyung arrumando a cama.
- Você está melhor? - Perguntei depois de lhe dar um apropriado beijo de bom dia, me referindo ao estresse do dia anterior. Ou melhor, das semanas anteriores, já que aquele tipo de estresse era algo acumulado.
- Hm, na verdade. - Fiquei com um pouco de medo da forma que ele começou e o olhei em dúvida. - Eu segui seu conselho.
- Como assim? - Coloquei as mãos na cintura e bati meus pés no chão.
- Você disse que eu precisava descansar, certo? - Pontuou ele, me fazendo lembrar que eu o havia feito prometer que ia ter um descanso.
- Certo. - Concordei.
- Então eu tomei a liberdade de fazer algo. - Ele chegou mais perto e me abraçou pela cintura. - Hoje de manhã, quando você não me encontrou na cama, eu estava fazendo uma coisa.
- Fala logo, cassete! Que agonia dessa enrolação. - Passei meus braços pelo seu pescoço e peguei um tufo de cabelo em minhas mãos, puxando de forma impaciente e fazendo ele soltar um gemidinho de dor. Eu não podia fazer nada se eu não sabia lidar com suspenses.
- Ai, Hobi. - Tirou uma das mãos da minha cintura para massagear o local que eu havia puxado. - Assim você me deixa excitado. - Encostou mais seu corpo no meu, roçando sua boca pela pele de meu pescoço. - Voltando. Eu tomei a liberdade de fazer algo. Aproveitei o fato de que no feriado minha mãe vai pegar as meninas para ir até a casa de sua mãe e reservei um fim de semana em uma pousada que tem aqui perto.
- Uma pousada? - Perguntei animado, me interessando pelo que ele dizia.
- Sim, é uma espécie de hotel fazenda. - Ele sorria muito grande quando percebeu que a ideia me agradava. - Vamos passar o feriado todo lá. Desculpa não te consultar, eu queria fazer uma surpresa. Tudo bem por você? - Eu amava a forma como ele era preocupado, sempre pensando em como eu me sentiria, até mesmo quando era uma surpresa que eu com certeza iria amar.
- Tudo maravilhoso. - Me soltei dele e bati algumas palminhas animadas, levando ele a rir da minha reação infantil.
Já comecei a pensar em tudo que eu teria que levar, já fazendo vários planos em minha mente.
Esse fim de semana seria maravilhoso.
•••
SunHeee decidiu adiantar a viagem para quinta feira. As meninas chegaram da aula por volta da uma hora da tarde e minha sogra decidiu que já iria partir rumo a Doncaster.
Depois de saber que Taehyung e eu também passaríamos o fim de semana fora, ela decidiu levar Loki junto para a viagem, comprando uma espécie de gaiolinha para transporta-lo no carro.
Nem preciso dizer que as meninas ficaram ainda mais animadas com o passeio quando souberam que seu fiel companheiro iria junto, não é?
Taehyung e eu estávamos em dias agitados, comprando tudo que iríamos precisar para levar a pousada. Dei uma passada no shopping e comprei repelente, protetor solar, uma sunga nova, alguns pares a mais de shorts, camisetas, algumas cuecas, um chinelo, toalha e tantas outras coisas que sequer conseguia listar. Minha mala estava enorme e parecia que eu ficaria o mês fora. Taehyung também foi as compras e estava montando sua mala, que não estava muito diferente da minha. Era melhor ir prevenidos, né? Nunca sabemos o que pode acontecer em um lugar como esse.
Levamos Loki ao pet shop e demos um banho nele, colocando alguns adereços apenas para dar um charme. A mala das meninas também estava grande, mas era apenas uma bolsa para as duas. Fizemos uma pequena bolsa para o cachorro também, já que ele tinha seus brinquedos e alguns apetrechos que as meninas gostavam de usar, como gravatas e bonés.
O carro de minha sogra estava estacionado em frente a casa de Taehyung e a ajudamos a acomodar todo mundo lá dentro.
Taehyung estava um pouco sensível em deixar as filhas. Ele já havia dormido sem elas, mas essa seria a primeira vez que elas viajariam para longe sem ele estar por perto.
- Tchau, meus amores. - Beijei a bochecha e a testa de cada uma das meninas. - De um beijo na vovó San por mim, sim?
- Eu vo beja ela, Hobi. - Minjae acomodou o corpo na cadeirinha, retribuindo ao carinho que eu fazia nela.
- Tchau, Hobi. Cuida do papa. - Minseo me pediu, levando tanto eu quanto Taehyung a dar risada.
- Eu cuido. E vocês se comportem e obedeçam a vovó SunHee e a vovó San, okay? - Pedi, passando as mãos nos fios de cabelo delas, tentando não bagunçar o penteado que Taehyung tinha feito nelas.
- Otay. - Me respondeu Minseo.
- Otay. - Minjae falou em seguida, acenando para o pai que tinha um olhar tristonho em direção a elas.
- Qualquer você me liga, okay mãe? - Perguntou ele preocupado.
- Filho, eu sei lidar com elas. E elas são boas meninas. - SunHee girava as chaves do carro nos dedos, o cabelo preso em um rabo de cavalo e um óculos de sol no rosto bonito. - Não se preocupe e se divirtam, sim? - Pediu ela a nós dois, dando um abraço em cada um em seguida.
- Nos iremos. - Prometi a ela, vendo a ela dar a volta no carro e se acomodar no banco do motorista. Loki estava no meio das meninas, latindo para nós e acenamos um 'tchau' para ele.
SunHee buzinou ao que partia com o carro. Expectativa me consumia ao que eu imaginava como seria a reação de minha família ao conhecer as meninas.
Taehyung e eu partiriamos ainda naquela madrugada, pois queríamos aproveitar cada segundo de nosso feriado.
O resto todo do dia foi como um borrão. Arrumamos tudo que ainda faltava e colocamos no carro. Tomamos banho e nos arrumamos. Fazia um pouco de frio a noite e, por saber que nas estradas sempre era mais gelado, colocamos roupas quentes e confortáveis.
Saímos de casa por volta de onze horas da noite, uma música calma embalava nossa ida.Taehyung dirigia e eu fiquei conversando banalidades com ele, apreciando sua mão em meu joelho, deixando um aperto pelo local.
Não demorou muito e já estávamos no hotel fazenda. Era cerca de duas ou três horas de Holmes, chegamos lá quase duas horas da manhã. Eu estava exausto e Taehyung deveria estar pior ainda, já que veio o caminho todo dirigindo.
Fomos atendidos na recepção por uma simpática senhora de cabelos grisalhos. Pelo o que entendi ela era uma das sócias do local e também conhecida de Dongsun, sendo assim, consequentemente conhecida de Taehyung também.
Pelo fato de ser noite e eu estar com muito sono não consegui ver muito do local, mas ela pediu que um funcionário do local nos acompanhasse até onde ficaríamos e acabei me surpreendendo ao ver um agradável chalé de madeira e pedras.
Com as mãos entrelaçadas as de Taehyung fomos guiados para dentro da pequena casinha. Nossas malas foram largadas no chão do quarto e o funcionário se retirou, deixando apenas nós dois. Nem sequer tivemos disposição para tomar um banho, eu apenas troquei minha blusa de moletom por uma camiseta com a malha mais fina e Taehyung preferiu ficar sem mesmo.
Deitamos na cama e adormecemos quase que imediatamente.
Quando acordamos novamente, já era nove horas da manhã e eu pude apreciar a beleza do local em que estávamos hospedados. O quarto era pequeno, uma cama de casal posicionada ao meio do ambiente e uma lareira bem em frente a mesma. O chão e as paredes eram feitos de madeira, exceto algumas partes que eram feitas de pedra, como a lareira, por exemplo.
Ao canto do quarto havia uma porta que descobrimos ser o banheiro, ele era pequeno e aconchegante, tinha uma banheira com hidromassagem que ocupava quase o espaço inteiro, um pequeno chuveiro para uma ducha e um espelho para poder se arrumar. A cozinha também era minúscula, um fogão, uma geladeira e uma mesa no meio do cômodo. Tudo era escuro ali, ficando com a luminosidade baixa, algo bem aconchegante. Eu tinha vontade de me enfiar embaixo das cobertas, ligar a televisão e ficar ali por longos dias, sem fazer nada.
O chalé não possuía uma sala, a televisão ficava no quarto e ele era formado apenas por aqueles três cômodos (se contarmos o banheiro).
- Vamos tomar café? - Taehyung me abraçou por trás, beijando minha nuca.
- Sim. - Respondi simplesmente.
De mãos dadas fomos até a casa principal do hotel fazenda, onde uma enorme mesa estava posta com muitas variedades de pães, frutas, frios, bolos, cafés, sucos, geleias e tudo mais que um café da manhã digno de um filme tinha direito.
- Aqui é lindo. - Observei, dando uma mordida em meu croissant. Eu tinha também uma xícara de Yorkshire tea a minha frente. Taehyung comia uma fatia de bolo de laranja com um copo de café. - Obrigado por me trazer.
- Eu que agradeço por ter aceitado vir comigo. - Pegou minha mão por cima da mesa, acariciando o dorso da mesma com seu dedão.
Após o café, fomos andar pelo o local, sendo acompanhado por mais um grupo de hóspedes e um guia que ia contando a história de cada partezinha daquela fazenda antiga. Eu estava encantado com tudo, apontando o dedo para os locais que mais me chamavam atenção e mostrando para Taehyung.
Eu estava me sentindo uma criança eufórica ali.
Depois do passeio, voltamos para o chalé e colocamos roupas de banho. Ambos estávamos de camiseta e bermuda, chinelo nos pés e boné na cabeça para nos proteger do sol que estava um pouco quente no céu.
- Passa protetor em mim? - Entreguei o frasco na mão de Taehyung e me deitei na espreguiçadeira. Eu tinha tirado a camiseta para poder espalhar o creme pela minha barriga e braços. Eu estava de bruços e meu namorado esfregava a palma das mãos nas minhas costas, parecia mais que ele estava fazendo uma massagem do que passando protetor. - Safado. - Soltei uma risadinha quando ele apertou a carne da minha bunda que estava virada pra cima, em sua direção.
- Você fica com essa bunda bonita virada pra mim e quer que eu não aperte? - Ele brincou, continuando a espelhar o creme por minha pele, passando também nas minhas coxas. Passei também protetor sobre a pele dele e ficamos um tempo sentados juntos, na mesma espreguiçadeira, trocando alguns beijos.
Decidi dar um mergulho e Taehyung quis ficar apenas tomando um pouco de sol. Nadei de um lado para o outro e, hora ou outra, mantinha um olho sobre meu homem. Depois de cerca de quinze minutos que eu estava na água, vi Taehyung falando com alguém no celular, o que me deixou curioso.
Ele me pegou o observando e deu um 'tchauzinho' e um sorriso pra mim.
- Vamos voltar? Estou cansado. - Pedi, já era por volta de cinco e meia da tarde e eu estava exausto de tanto andar de um lado para o outro e ficar dentro da piscina.
- Vamos ficar mais um pouco, sim? - Insistiu Taehyung.
- Amor, eu tô com fome. - Fiz um biquinho, me inclinando em sua direção e ele selou nossos lábios.
- Mas o jantar só vai ser servido mais tarde. - Apertou meu nariz entre seu dedos. - Aí a gente volta e já vai direto comer.
- Mas eu quero me arrum-- - Antes que eu pudesse concluir a minha fala, fui pego de surpresa por Taehyung. Ele colocou as mãos por baixo do meu joelho e se levantou de forma abrupta, me jogando sobre os ombros de forma brusca. - Aí que susto! - Gritei e estapeei suas costas.
- Não me bate, seu bruto! - Ele deixou uma mordida em minha bunda, que estava na mesma altura de seu rosto.
Ele andava comigo em direção a piscina e, quando menos esperei, pulou dentro dela comigo ainda em seus braços.
- Idiota! - Gritei quando voltei a superfície, encontrando ele ali, rindo de mim. O cabelo molhado caindo no rosto, grudado na testa.
- Agora me beije, seu idiota. - Ele me puxou pela cintura, grudando nossas bocas.
Ficamos um tempo ali, nos beijando e jogando água um no outro. Apostamos corrida de um lado a outro na piscina e parecíamos duas crianças de cinco anos de idade brincando ali.
Quando o sol começou a desaparecer, um frio se instalou na noite. Um vento um pouco gelado nos envolvia e ele decidiu que era hora de voltar para o chalé.
Fomos caminhando com nossas coisas em uma bolsa, que meu namorado (como um bom cavalheiro), fez questão de levar. O telefone de Taehyung apitou uma mensagem e ele olhou, sorrindo em seguida e passando a andar mais rápido.
- Quem era? - Perguntei, tirando o cabelo que caia na minha testa e estava secando.
- Hã? Aqui? - Ergueu o celular e eu fiz que sim com a cabeça. - Ninguém. - Deu de ombros. - Mensagem da operadora. - Aquilo tinha sido um tanto quanto suspeito.
- Sei. - O olhei com uma expressão desconfiada, ficando um pouco desapontado por saber que ele estava mentindo pra mim.
Terminamos nosso caminho em silêncio. Taehyung parecia agitado e eu estava muito, mas muito desconfiado.
- Espera, espera. - Ele pediu assim que chegamos em frente a casinha onde estávamos hospedados e eu comecei a caminhar um pouco a sua frente. - Vamos entrar juntos. - Estranhei um pouco o pedido, mas fiz conforme a sua vontade.
Quando entramos, ambos lado a lado, eu não podia acreditar no que meus olhos viam. Com um sorriso no rosto, Taehyung soltou minha mão e eu pude andar por todo o ambiente para ver a decoração.
No chão, traçando um caminho até o quarto, tinha pequenas velas decorativas enfiadas dentro de potinhos de vidro. Segui a trilha com o olhar e pude ver um pouco de como estava o quarto. A cama estava forrada com um edredom macio e branco, o chão tinha pétalas de rosas espalhadas e a lareira estava acesa, criando uma sombra sensual na parede amadeirada. A mesa da cozinha tinha as mesmas velas, mas elas estavam em castiçais. Algumas travessas tampadas em cima da mesma e uma garrafa de vinho descansava em um balde de alumínio com gelo.
- Era isso no celular. - Se justificou ele, fazendo com que eu me virasse de frente para ouvir o que ele dizia. - Os funcionários estavam me avisando que estava pronto.
- Por isso você não queria vir antes. - Não foi uma pergunta, mas ele acenou em concordância mesmo assim.
- Gostou? - Ele mordeu o cantinho do lábio em expectativa.
- Eu amei. - Juntei nossas bocas, entrelaçando nossas mãos ao que o beijava.
- Então vamos comer? - Ele foi até a mesa, arrastando uma cadeira para que eu me sentasse, dando a volta e se sentando de frente pra mim em seguida.
Estávamos arrumados, já que tomamos um rápido banho no banheiro da piscina e trocamos por roupas mais quentes. O que agora vejo que foi uma vantagem, já que não seria muito legal e nada romântico jantar a luz de velas estando com cheiro de cloro.
Saboreamos de um delicioso frango com creme de cebola e um vinho italiano que estava realmente delicioso ao meu paladar.
A conversa com Taehyung era sempre agradável e dessa vez não foi diferente. Ele me fazia rir, me divertir e me sentir especial enquanto estávamos em algum tipo de papo.
- Estava uma delícia, amor. Obrigado. - Agradeci novamente.
- Não tem o porque agradecer. - Eu podia enxergar o brilho de seus olhos através da fraca luz que as chamas das velas e da lareira produzia.
- Eu me sinto um homem de sorte por ter você. - Segredei bem baixinho aquela verdade que eu raramente deixava escapar em voz alta, mas ficava explícita em meu olhar.
- Eu quem me sinto um homem de sorte. - Ele se levantou, andando até onde eu estava sentado e se ajoelhando na minha frente, sua mão pegando a minha e ficando frente a frente comigo. - Você é o homem mais lindo que eu já conheci, Jung Hoseok. Eu me sinto sortudo por ter a honra e privilégio de poder ver você adormecer em meus braços e também por poder contemplar a sua carinha inchada pelo sono nas manhãs em que você acorda ao meu lado.
Eu não sabia o que responder, então apenas me levantei e impulsionei um puxão em sua mão para que ele se levantasse também. Quando ele o fez, dei início a um beijo ao mesmo tempo em que comecei a dar passos em direção ao quarto. Vez ou outra eu abria os olhos para que enxergasse o caminho e, quando finalmente estava em frente a cama, empurrei Taehyung deitado nela, ficando por cima dele.
Separei nossas bocas e o encontrei ofegante, a pouca luz causando uma sombra sensual em seu rosto e seu corpo.
Ele ajeitou o corpo na cama, subindo até que sua cabeça estivesse encostada em um dos vários travesseiros que tinha ali. Eu acompanhei seu movimento e fiquei novamente com o rosto de frente com o seu. As mãos dele foram até minhas costas, subindo e descendo por ali enquanto eu distribuía beijos por seu rosto, seu pescoço e todo pedaço de pele descoberta que minha boca alcançasse.
- Eu quero beijar você. - Ele disse e, com um impulso, virou nossa posição na cama, me prendendo em baixo de si.
Taehyung passou então a me beijar de forma que ao mesmo tempo em que era afoita e necessitada, era calma e sensual. Nossas línguas deslizavam uma na outra e eu era uma mistura de sensações. Ter as mãos dele em meu corpo em um momento tão íntimo como aquele, fazia com que eu me sentisse frágil.
Minhas mãos brincavam com o edredom macio que cobria a cama, hora ou outra apertando ele entre meus dedos quando apenas era demais pra mim suportar o prazer que era ter a boca de Taehyung deixando chupões em meu pescoço.
Minha perna estava levemente aberta para que ele pudesse ficar acomodado ali no meio. Minhas mãos, que estavam em suas costas, desceram até a barra de sua camiseta e passei a subir o pano devagar, deixando meus dedos arrastarem por sua pele no processo. Taehyung tirou a cabeça de meu pescoço para que eu pudesse tirar a blusa com mais facilidade.
O quarto estava quente, muito quente. Eu não sabia dizer se aquilo era devido a chama da lareira acesa ou se era apenas o calor que nossos corpos emanavam.
Ele pegou uma de minhas coxas com suas mãos e puxou pra cima, levando até sua cintura, fazendo com que eu entrelaçasse a perna ali, ficando presos um ao outro.
Tomado de uma coragem que eu não sabia de onde vinha naquele momento, subi minha mão por suas costas até chegar em seu cabelo, puxando a cabeça dele e fazendo com que ele me encarasse.
Ficamos um tempo nos encarando e eu podia sentir a intensidade daquele momento. Passei a observar o belo homem que eu tinha pairando sobre mim. Sua boca estava aberta para que o ar pudesse sair de forma ofegante, estava inchada também e vermelha pelos beijos que ele havia deixado em minha pele.
Ainda acariciando seu cabelo, sussurrei:
- Faz amor comigo. - Um sorriso amoroso surgiu em seu rosto no momento em que o pedido deixou meus lábios.
Taehyung não disse nada, apenas acenou com a cabeça um 'sim' e levou sua mão até a barra de minha camiseta, deslizando a mesma lentamente por meu corpo até que eu já não estivesse mais com ela. Suas mãos agora estavam no botão de minha calça, abrindo o mesmo e, antes de finalmente descer o zíper, ele me olhou uma última vez, como se para se certificar de que eu realmente queria aquilo. Confirmei com a cabeça e ele passou a descer a calça por meu corpo, ergui um pouco o quadril para auxiliá-lo e logo eu já estava livre dessa peça de roupa também.
Agora eu usava apenas minha boxer preta, mas Taehyung ainda estava vestido, então levei minhas mãos até o cós da calça em um pedido mudo para que ele se livrasse da peça.
E ele o fez.
Como em uma espécie de show particular,Taehyung se levantou e passou a descer a calça, levando junto a cueca, ficando completamente nu na minha frente. Ele estava excitado, seu membro duro e pingando pré gozo. Eu me senti envergonhado por olhar demais, sentindo minha bochecha corar, mas mesmo assim soltei um "gostoso", fazendo um sorriso travesso surgir em seus lábios.
Ele voltou para cima de mim, capturando minha boca em um beijo, meu corpo relaxando aos poucos da tensão que eu sentia anteriormente.
- Eu vou beijar você. - Ele me avisou, descendo a boca por meu corpo.
Senti uma trilha de beijos sendo deixada por meu pescoço, até que ele chegou em meu peito, abocanhando um de meus mamilos e começando a chupar.
- Taehyung! - Exclamei em um sussurro, sentindo a boca dele voltar a descer por meu corpo, passando por minha barriga e se demorando um pouco mais ali.
Uma onda de prazer atingiu meu corpo quando ele deixou um beijinho em meu membro por cima de minha cueca, fazendo uma vibração correr pela área que estava tão sensível.
- Gostoso. - Ele beijou minha coxa, mordiscando o local vez ou outra.
O cacheado puxou a cueca de meu corpo, me tendo finalmente nu para si, perdendo um tempo apenas me admirando, fazendo com que eu me sentisse bonito, desejado.
- Eu... - Ele começou meio inseguro, sem saber como me dizer. - Eu não trouxe nada. - Coçou a cabeça e eu o olhei em dúvida, sem entender o que ele queria dizer. - Não trouxe camisinha nem lubrificante. - Se explicou. - Eu não te trouxe aqui para sexo, babe, então eu não vim preparado. - Eu sorri pequeno, fazendo leves círculos em suas costas com a ponta de meus dedos.
Eu tinha achado fofo aquilo, o fato dele saber que passaríamos dias em um lugar lindo e romântico como aquele e mesmo assim não ter a pretensão de forçar sexo comigo.
Bom, ele não tinha a intenção de ter sexo, mas, não podemos dizer o mesmo sobre mim.
- Minha bolsa. - Respondi, deixando uma risada escapar quando ele me olhou de forma maliciosa.
- Seu safado. - Ele se levantou e caminhou nu até minha bolsa, pegando o tudo de lubrificante e o pacote de camisinha no local onde eu havia indicado.
Voltando para a cama, ele colocou os objetos em uma pequena mesinha que tinha ali, voltando a se deitar com o corpo colado ao meu.
- Eu vou te preparar, tudo bem? - Acenei timidamente com a cabeça, prendendo uma de minhas mãos novamente no edredom e levando a outra a seu cabelo, empurrando sua cabeça para baixo, em direção a minha V line.
Quando ele já estava lá embaixo, colocou a cabeça de meu membro na boca e passou a sugar ali, fazendo um engasgo de prazer deixar minha boca. Eu nunca tinha tido esse tipo de preliminar, nem sequer preparação. Sexo pra mim sempre foi uma coisa meio crua, como uma obrigação. Mas agora era diferente, Taehyung estava se certificando de me dar prazer e fazer eu me sentir amado.
- Isso! - Gemi um pouco alto e descontrolado no momento em que ele desceu um pouco a boca, capturando mais de meu membro dentro da mesma. Ele puxou a cabaça para trás para depois desce-la novamente, me fazendo experimentar uma espécie nova de prazer. Sua língua fazia movimentos circulares na cabeça de meu pênis e eu posso jurar que iria enlouquecer. Eu nunca imaginei que pudesse gemer tão alto quanto o que eu estava fazendo agora. - Eu.. Taehyung... eu. - Eu sequer sabia o que estava falando, tudo era uma mistura de prazer se espalhando por meu corpo.
A boca de Taehyung foi deslizando para baixo, passando por minhas bolas, chupando elas por um tempo, depois deslizou por meu períneo, passando a ponta da língua por ali e fazendo um tremor tomar conta de meu corpo. Até que ele chegou em minha entrada, passando a chupar ali também, intercalando as chupadas com algumas lambidas.
E tudo aquilo era gostoso demais pra eu manter a sanidade.
Passei a mover meu corpo de encontro a sua boca, meio que 'rebolando' contra o rosto de Taehyung, ouvido alguns gemidos prazerosos deixar seus lábios. Taehyung passou a introduzir a língua dentro de mim, me fodendo com a mesma, uma de minhas mãos em seu cabelo, ditando o ritmo e a velocidade que eu queria, a outra estava em meu próprio cabelo, puxando o mesmo em uma forma de descarregar todo o prazer que passava por meu corpo.
Taehyung desenterrou a cabeça do meio de minhas pernas e eu pude ver a bagunça que ele estava. Os fios de cabelos estavam bagunçados devido aos puxões que eu dava, sua boca estava inchada e muito, muito lubrificada, saliva escorria por sua boca e eu nunca pensei que uma visão daquela pudesse ser tão excitante.
- Porra! Você está uma delícia. - Eu disse de forma insana, perdendo completamente o controle ao ver meu homem daquela forma.
- Não mais do que você. - Passou o dorso da mão nos lábios, limpando um pouco da saliva que escorria ali.
Pegou o tubo de lubrificante em cima da mesinha e abriu o mesmo, o barulho da tampa do potinho ecoando pelo quarto, fazendo o nervosismo aumentar em meu corpo a cada vez que eu pensava que aquele momento estava sendo real. Espalhou um pouco do líquido viscoso em um dos dedos, me olhando novamente.
Era gostoso ter aquela visão, a penumbra que cobria nossos corpos deixava tudo ainda mais intenso, sensual, excitante.
- Me avise se doer, sim? - O tom preocupado que ele tinha na voz fez meu peito se aquecer, encher de amor. - Não quero te machucar.
- Sim, só... faz, por favor. - Eu não aguentava mais esperar. A preliminar era boa, mas eu estava ansioso para ter Taehyung dentro de mim.
Eu venho fantasiando com esse momento desde que coloquei meus olhos nele, afinal.
O primeiro dedo foi entrando em mim lentamente, causando uma dorzinha incomoda pelo tanto de tempo que eu estava sem sexo. Eu me masturbava sim, mas nunca cheguei a por nada dentro de mim, me sentia patético só de pensar na hipótese. Ele torceu o dedo dentro de mim, me alargando. Um segundo dedo foi adicionado e eu passei a gemer ainda mais alto.
Meus olhos estavam fechados, minhas boca aberta emitindo sons de prazer, suor brotava na minha testa e eu era todo feito de sensações.
Eu só sabia sentir.
Sentir os dedos de Taehyung dentro de mim. Sentir o prazer correr por meu corpo. Sentir o amor que ele estava me dando.
Arrisquei abrir os olhos e levantar um pouco a cabeça. Meu homem estava me observando, um sorriso ladino em seu rosto ao ver a forma como ele estava me deixando.
- Mais um. - Pedi por um terceiro dedo, ignorando a dor e o incomodo que aquilo estava me causando e me focando apenas no prazer que vinha aos poucos e que eu sabia que iria aumentar ainda mais. - Me fode com seu dedo. - Pedi novamente para Taehyung, e aquela não era a primeira vez que eu pedia isso, mas, dessa vez, eu sabia que não teríamos interrupções.
- Porra, Hobi! - Taehyung passou a investir seus dedos na minha entrada, hora me fodendo hora me tesourando. - Se você pudesse ver como é gostoso você engolindo meus dedos assim. - Ele jogou a cabeça pra trás, deixando um gemido alto escapar. - Tão quente, tão apertado.
- Tá bom, Taehyung. - Mandei de forma autoritária e impaciente. Ele tirou os dedos de dentro de mim, se virando para a mesinha e pegando o pacote de camisinha.
- Coloca em mim. - Sentou-se a minha frente, entregando o pacote em minha mão. Me sentei também, ficando de frente pra ele, me inclinei até sua boca e passei a beija-lo, ambos sorrindo um contra a boca do outro, em um ato de cumplicidade.
Levei o pacotinho prateado até minha boca, tomando cuidado para rasgar apenas a embalagem e não fazer nenhum furo no preservativo. Joguei o embrulho no chão do quarto e passei a desenrolar o látex por seu comprimento.Taehyung gemia ao que tinha minha mão em contato com seu membro. Quando o membro de Taehyung estava todo envolvido com a camisinha, passei a marturba-lo, me deliciando com os sons prazerosos que escapavam por sua boca.
Trocando mais um beijo com ele, me deitei novamente na cama, meus olhos a todo tempo presos aos seus. Taehyung cobriu meu corpo com o seu e pegou seu membro pela base, depois de jogar uma quantia significativa de lubrificante no mesmo. Senti ele entrar aos poucos, dando tempo para que eu me acostumasse com a sua extensão.
Não vou negar que aquilo doeu, mas Taehyung era calmo, carinhoso, a todo momento ele distribuía beijos por meu rosto, meu pescoço e sussurrava palavras amorosas e sujas em meu ouvido, me distraindo da dor.
- Você pode se mover. - Deslizei minhas mãos por suas costas, chegando até sua bunda e cravando as unhas ali, ouvindo um gemido gostoso escapar por sua garganta.
- Gostoso! Porra! - Ele investia dentro de mim, metendo hora devagar, hora um pouco mais rápido, me levando ao delírio.
- Isso! - Virei um pouco a cabeça para o lado, mordiscando sua mandíbula. Meu membro, que estava no meio de nossos corpos, gotejava pré gozo, formando uma poça em minha barriga.
Taehyung procurou minha boca e trocamos um beijo desajeitado enquanto ele me abraçou apertado e virou nossos corpos, sem sair de dentro de mim, sentado-se na cama e me tendo acomodado em seu colo.
- Cavalga em mim. - Pediu ele, os olhos estavam fechados e a boca levemente aberta. Ajeitei minha perna uma de cada lado de seu corpo, apoiei minhas mãos em seus ombros e deitei minha cabeça em seu pescoço, pegando embalo e começando devagar a princípio, subindo e descendo em seu colo.
- Rebola, vai. - Suas mãos se fecharam na carne de minha bunda e ele passou a me auxiliar nos movimentos, me incentivando a rebolar em seu colo. Desci todo meu corpo e não tornei a subir, fiquei ali, fazendo movimentos circulares com o quadril e mosdiscando a pele de seu pescoço e seu ombro.
Amanhã estariam marcas em sua pele para me provar que tudo isso estava sendo real e não apenas mais um de meus sonhos eróticos.
Tornei a subir e descer meu corpo novamente, fodendo minha entrada em seu pau. Até que senti um prazer se espalhar por todo meu corpo, me deixando meio mole. Ele tinha achado minha próstata e eu não podia imaginar que aquilo era tão bom.
Taehyung me deitou novamente e passou a fazer o serviço, acertando minha próstata a todo momento e eu percebi que não duraria muito. Sua barriga roçava em meu membro intocado e meu prazer se elevava a um nível que eu jamais imaginei que estaria um dia.
Com suas mãos entrelaçadas as minhas acima de minha cabeça, ele gemia coisas desconexas e soltava um palavrão e outro, metendo cada vez mais forte dentro de mim.
Gritei um gemido alto com a chegada de meu orgasmo, me desfazendo entre nossos abdômens e Taehyung continuou investindo, até finalmente atingir seu orgasmo, jorrando um gozo quente dentro da camisinha.
- Taehyung. - Gemi sensível ao que ele continuava investindo, apenas para prolongar o nosso prazer.
- Você está bem? - Perguntou ele depois de algum tempo. Seu corpo estava caído sobre o meu e nossas respirações estavam ofegantes.
- Sim. - Respondi simplesmente, sentindo o carinho que ele fazia em minhas costas com a ponta de seu dedo, me deixando sonolento.
Ficamos mais algum tempo naquela posição, não muito, mas o suficiente para que nossas respirações descompassadas pudessem voltar ao normal.
Caminhamos nus até o banheiro e Taehyung tirou o preservativo de seu membro, dando um nozinho no mesmo e jogando na lixeira que tinha ali. Tomamos juntos (pela primeira vez!!) um banho. Mãos bobas pela parte de ambos e só não tivemos um segundo round porque eu estava cansado demais e não aguentaria, não agora pelo menos.
A troca de carinho entre nós havia subido uns bons níveis, deixando uma intimidade aflorar pelo ar. Nos secamos e nos vestimos em nossos roupões de banho, voltando para o quarto e trocando a roupa de cama por uma limpa. Nem nos demos ao trabalho de por uma roupa, deitamos nus mesmo, com os corpos entrelaçados, minha perna enroscada na sua e sua mão ao redor de minha cintura.
E caímos no sono assim, trocando beijinhos e carinho.
Mesmo sem as três palavrinhas serem ditas, eu sabia que o que havíamos trocado ali era mais do que paixão.
Era amor.
Agora eu sabia a sensação de amar e ser amado.
Quando acordei novamente, um sol fraco penetrava o vidro da janela, clareando o quarto e me deixando ver Taehyung em seu sono tranquilo.
Sorri ao me lembrar de tudo que havia acontecido na noite anterior. Me lembrando da delicadeza de cada toque de Taehyung em meu corpo, de como ele se preocupou em priorizar o meu prazer.
O celular de Taehyung vibrou em cima da mesa e peguei mais do que depressa, vendo o nome de sua mãe brilhar na tela.
- Alô? - Minha voz falhou um pouco, saindo grave.
- Oi, Hobi! Bom dia, te acordei? - Ela tinha um sorriso na voz e soava bastante animada. Pude ouvir os barulhos característicos da casa de minha mãe, fazendo com que eu sorrisse também.
- Na verdade não. - Puxei o lençol um pouco pra cima, com o intuito de cobrir meu minha nudez. - Bom dia.
- Posso falar com o Taehyung? - Ouvi a voz de uma das meninas gritar algo como "saudades papa" do outro lado da linha.
- Ele tá dormindo, SunHee. - Informei, vendo meu namorado se remexer na cama. - Mas eu posso acordar ele.
- Não, eu ligo de volta daqui a pouco. - E desligou, sem sequer se despedir. Acho que SunHee estava ficando muito próxima de Donna San! Já estava até adquirindo alguns de seus hábitos.
- Sun. - Beijei sua bochecha, tentando fazer ele acordar. - Acorda, amor.
- Hmmmmm. - levantou as mãos, espreguiçando o corpo.
- Bom dia, Sun. - Dei um selinho em seus lábios, não passando disso, já que não tínhamos feito nossa higiene matinal.
- Bom dia, amor da minha vida. - Me puxou para mais perto e enterrou o rosto em meu pescoço, tomando uma longa respiração e absorvendo o cheiro de minha pele.
Sorri com a forma que ele havia me chamado.
Tomamos um banho, com direito a uma rapidinha no chuveiro. (Talvez não tão rápidinha assim, já que nos demoramos nas carícias pelo corpo um do outro), e colocamos uma roupa, eu sentia um pouco de dor, mas nada que atrapalhasse meu dia.
Fizemos uma chamada de vídeo com sua mãe e conversamos com toda minha família. Taehyung deu muita risada das loucuras de minhas irmãs e as meninas estavam eufóricas, nem parecendo as crianças calmas que eu estava acostumado a lidar. Talvez estar na presença de tantas outras crianças agitadas a tenham deixado dessa forma.
As meninas nos informaram que tinham feito cookies junto com Taeyeon e Jihyo e prometeram guardar alguns biscoitos e levarem a Holmes para que Taehyung e eu pudéssemos experimentar.
Taehyung prometeu a minha mãe que logo apareceriamos para uma visita e ainda disse que fazia questão de pedir a minha mão para meu pai, fazendo eu soltar uma risadinha envergonhada.
Aquilo não seria realmente necessário, eu era maior de idade e dono de minha vida, mas, era fofo mesmo assim que ele tivesse esse desejo tão a moda antiga.
Depois de cerca de meia hora de muita gritaria e risadas, desligamos a chamada. Taeyeon me mandou uma foto que tinha tirado de Minseo preparando os cookies na cozinha de minha mãe, fazendo eu virar uma bola de amor e orgulho por minha garota.
Eu só sabia sorrir, sabendo que eu estava vivendo a melhor fase da minha vida até agora.
E que venham coisas melhores ainda, porque eu podia me acostumar a viver assim.
Pode vim, felicidade, eu estou mais do que pronto para você.