(Comentários, pls?)
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Pov Taehyung.
Parando para fazer uma pequena recapitulação de tudo que vinha acontecendo na minha vida nos últimos meses, eu podia dizer que tudo estava entrando finalmente nos seus eixos.
Eu estava, depois de tempos, finalmente feliz e me sentindo realizado ao lado de alguém. Hoseok era a minha excessão, a pessoa que fazia com que eu sentisse novamente a vontade de formar uma família.
As coisas entre nós estavam se tornando cada vez mais íntimas, já tínhamos dado bons amassos e até mesmo um boquete eu tinha recebido.
Era impressionante pra mim a forma que, mesmo tendo sido casado durante quatro anos, ele era inexperiente quando se tratava de sexo. Mas, em contrapartida, eu sentia como a cada dia mais ele se soltava comigo, ficava mais a vontade e confiante. Eu ficava feliz em passar esse tipo de segurança pra ele.
Também tinha a relação dele com minhas filhas.
Eu amava observar a interação entre eles. A afinidade que eles possuíam era tanta, que era fácil achar que eles eram pai e filhas, assim como muitas pessoas achavam por onde íamos com elas.
Elas o amavam e aquilo era totalmente recíproco.
Ergo os óculos de sol que cobriam meus olhos e dou uma olhada para o lado. Lá estão eles, de mãos dadas a espera de sua bebida no quiosque do clube.
Hoje tiramos um dia para a família. Estávamos eu, Hoseok, as meninas, Jungkook, Jimin e Zion no clube da cidade. Minhas filhas usavam um matching biquíni, o de Minjae era azul com florzinhas brancas e do de Minseo era amarelo com florzinhas brancas. Eu vestia uma sunga e somente isso. No entanto, Hoseok se manteve mais tímido e envergonhado sobre seu corpo e decidiu usar uma bermuda acima de seus joelhos, que marcavam suas coxas torneadas e também uma regata cavada que deixava seu peito um pouco amostra.
Hoseok olhou para trás e me flagrou os observando, me dando um aceno e um sorriso, voltando a prestar atenção no rapaz que estava no balcão e o atendia.
Jungkook tinha acompanhado Jimin até o trocador do clube, já que o pequeno Zion tinha sujado as fraudas e precisava urgentemente de uma troca.
Aproveitei o momento sozinho para refletir sobre o quanto a vida vinha sendo generosa comigo, me dando duas lindas e saudáveis garotinhas e um namorado incrível que, em breve, se eu tivesse um pouco de sorte, se tornaria meu marido e pai dos próximos filhos que eu viria a ter.
Eu sei que Hoseok acha um tanto quanto precipitado quando eu toco na palavra 'casamento' e, talvez, até seja mesmo, mas, quando encontramos alguém que nos faz sentir as coisas que eu tenho sentido ao lado de Hoseok, não podemos deixar que isso passe em branco.
Eu o prometi umas vez que as coisas seriam diferentes, que eu faria com que fosse especial, e eu irei. Irei mostrá-lo o quando ele vale a pena e como é bom ser verdadeiramente amado. Eu irei amar cada pedacinho seu, cada detalhe que faz dele a pessoa linda que ele é. E eu não estou apenas falando do físico, Hoseok é lindo como um todo, até sua personalidade forte, ou quando ele está irritado e mais parece com um gatinho raivoso. Tudo isso o deixa lindo e o torna quem ele é.
— Taehyung? — Saio de meus devaneios com a voz de Hoseok, olhando para cima e o encontro me olhando com o cenho franzido. — Está tudo bem? — Questiona com uma expressão divertida em seu rosto.
— Sim. — Sorrio abobalhado em sua direção.
— Estou te chamando a um tempão e você nem dava sinal de vida. — Eu ainda me encontrava deitado na espreguiçadeira e o olhava de baixo, podendo admirar toda a sua beleza de pertinho. — Toma seu milk shake.
— Eu me distrai. — Sentei-me na espreguiçadeira, acomodando as minhas costas melhor ali e aceitando o copo que ele me oferecia.
— Se distraiu com o que? — Me perguntou ele, olhando em volta como se tentasse achar algo que pudesse ter prendido a minha atenção. Sorri com isso, pois imagino eu que ele estava com um pouco de ciúme.
— Pensando em você. — Respondi, pondo o canudinho na boca e passando a sorver o meu milk shake de doce de leite que Hoseok havia trazido.
A bochecha de Hoseok corou e ele se acomodou na cadeira ao lado da minha, ficando bem pertinho ao ponto que eu podia por uma de minhas mãos em sua coxa, descansando a mesma ali.
— Pensando em mim, huh? — Ele deixou um beijo na ponta do meu nariz, sussurrado aquilo e dando um de seus lindos sorrisos pra mim. Me aproximei um pouco mais, na intenção de roubar um beijo dele, mas fomos interrompidos antes de eu sequer ter a possibilidade de encostar meus lábios nos seus.
— Sujo. — Minseo estava parada a nossa frente com o seus olhos verdes arregalados e sua barriga escorria um líquido rosa.
— Oi, Bunny. — Hoseok se afastou de mim, colocando seu copo em minha mão e se virando pra minha filha. — O que aconteceu, amor? — Eu via um amor transbordar de seu olhar toda vez que ele olhava para uma das meninas. Isso enchia meu coração de amor.
— Eu derrubo. — Ela se explicou, sua boca um pouco suja e o copo pela metade nas mãos.
Vi Jungkook e Jimin se aproximando, vindo pelos cantos da piscina. Jimin trazia o bebê no colo e Jungkook estava com a bolsa verde que eles haviam trazido as coisas de Zion.
— Vamos lá limpar, sim? — Hoseok tratava minha filha com um tom paternal. — Acho que vamos precisar comprar outro sorvete pra você. — Ele brincou, pegando a bolsa que continha as coisas dela e estava logo atrás a espreguiçadeira que ele estava deitado.
— Eu non qué. — Os bracinhos dela estavam abertos, tentando não fazer ainda mais sujeira. Olhei ao redor para ver onde Minjae estava, encontrando ela sentada próximo a piscina das crianças. Ela tinha um óculos de sol em seus olhos e sugava o doce pelo canudinho. Eu só conseguia pensar como foi que eu fiz uma filha tão metida e fofa ao mesmo tempo. Ela estava sentada com as pernas cruzadas e olhava em volta como se analisasse tudo ali.
— Tudo bem, então. — Hoseok tirou o pacote de lenços umedecidos de dentro da bolsa. — Então vamos só limpar a bagunça, sim? — Minha filha assentiu e eles saíram em direção ao trocador, sendo observado a todo momento por mim.
Não era um segredo que eu gostava de ver a forma como eles interagiam. Gostava de ver a troca de carinho entre eles.
— Ele te pegou de jeito, não? — Eu sequer tinha visto o momento em que Jungkook se aproximou, mas ele estava sentado agora onde Hoseok estava anteriormente.
— Como pegou. — Abaixei novamente os óculos, tentando diminuir a intensidade que a claridade do sol atingia meu olhos.
— Está todo apaixonadinho. — Jungkook tentava zombar da minha cara, mas eu não me importava, ele não estava falando nenhuma mentira.
— Do mesmo jeito que você está pelo Jimin. — Devolvi a provocação, sabendo que aquilo realmente não era algo que aborrecia a nenhum de nós dois.
— Sempre estive. — Acabamos rindo disso.
Jimin estava sentado ao lado de Minjae, Zion estava com uma sunga que fazia certo volume devido a frauda que ele usava por baixo, minha filha dividia com ele o milk shake de morango que ela tinha nas mãos. O bebê, de agora oito meses, batia suas mãos de forma animada pelo ar, até o momento em que sua palma pequena se fechou no rosto de Minjae, e eu sabia o que viria a seguir.
A expressão de minha garota se fechou e um bico de formou em seu lábio, que tremeu até que finalmente ela começasse a chorar.
Elas eram boas meninas e não me davam muito trabalho, mas hoje elas não tinham tido sua hora da soneca, o que as deixavam birrentas, explicando o choro que acontecia agora.
— Oh, meu amor. — Estendi os braços pra ela assim que ela parou em minha frente, seus olhos escorriam lágrimas e piscavam lentamente. — Vem aqui com o papa. — Acomodei ela em meu colo.
— O Zi me bateu, ele é mau. — Sua voz estava embargada e difícil de entender devido ao choro.
— Na na naaaa. — Zion resmungou, seus olhos castanhos estavam marejados também e era sempre assim que acontecia, uma espécie de reação em cadeia; se um chorava, todos choravam e era um sacrifício para fazer com que se acalmassem.
— Não foi por mal. — Jimin tentou explicar pra ela. — Pede desculpas pra ela, sunshine. — Jimin instruiu ao bebê, com a voz amorosa e calma, abaixando Zion na mesma altura que Minjae se encontrava no meu colo.
— Pulpa. — Pediu ele com seu vocabulário limitado, ele estava aprendendo algumas palavras e era quase impossível entender o que ele queria dizer, mas, presumo eu, que aquilo tenha sido seu pedido de desculpas. Sua mãozinha gorda acariciava a bochecha dela que tinha a marca vermelha de seus pequenos dedos.
Minjae não respondeu, apenas pegou a mão do bebê e deixou alguns beijos ali, arrancando algumas risadas dele e rindo junto em seguida.
— Mijae. — Minseo chegou um pouco antes de Hoseok, que vinha caminhando logo atrás. — Vamu bincar. — Chamou a irmã, que estava quase se entregando ao sono em meu colo.
— Eu qué domir. — Ela respondeu, levando a irmã a fazer um bico desanimado, virando as costas e indo em direção a piscina infantil, onde tinha várias outras crianças brincando.
Não demorou muito para que Minjae caísse no sono em meu colo, Zion acabou dormindo depois de ser amamentado por Jimin e nós ficamos por ali, jogando conversa fora.
— Mas a sua gestação foi tranquila? — Hoseok questionou a Jimin, espalhando protetor solar por seus braços.
Estávamos na sombra, sentados abaixo de uma espécie de cabana, nos protegendo do sol, evitando que as crianças ficassem expostas demais.
— Sim, sim. — Jimin cobriu o rostinho de Zion com uma frauda de pano. — Se você tirar aí vários fatores, foi uma gestação tranquila. — A voz do moreno era irônica, levando Hoseok a se interessar pelo assunto.
— Quais seriam esses fatores? — Ele saiu de onde estava e se sentou ao meu lado, enroscando seus braços junto ao meu.
— Bom, primeiramente eu fiquei enorme igual a um planeta. — Ele começou, indignado, levando Hoseok a soltar uma risadinha. Aquilo era realmente um exagero, era apenas a vaidade de Jimin falando por ele. O moreno ficou lindo na gestação, engordou apenas a barriga e ela era redonda, proporcional ao seu corpo. — Aí vem a parte do mal humor, né? O Jungkook quem o diga, coitado, foi obrigado a me aguentar. E tem a fome, acho que eu comia por dois elefantes adultos e ainda não me satisfazia. Pensei que tinha uns cinco bebês aqui. — Apontou para a barriga.
— Mas isso não é normal da gestação? — Meu garoto questionou, colocando a franja do cabelo pra trás de sua orelha, tirando dos olhos, já que o estava incomodando.
— Se é eu não sei, mas eu odiei passar por essa parte. — Jungkook riu, deixando um beijo no rosto do moreno. — E tem os gases. Você simplesmente não controla eles. — A sua voz era de indignação, fazendo com que todos nós déssemos risada.
— Realmente, essa parte era difícil de aguentar. — Jungkook se pronunciou, levando Jimin a dar um tapa em seu braço.
— Uma vez eu fiz o Jungkook broxar, você acredita? Nós estávamos lá, sabe? Fazendo as coisas e eu simplesmente não consegui segurar. Foi horrível, eu me senti humilhado.
— Nossa, amor, que desnecessário você falar isso. — Jungkook chamou sua atenção, mas ele não parecia bravo, já que estava rindo.
— Ué, estamos entre amigos. — Deu de ombros. — Se o Hoseok pretende engravidar um dia, ele tem que saber pelo o que ele está prestes a passar.
— Mas cada caso é um caso. — Eu intervi, não querendo que aquilo fosse um problema para o meu garoto e o levasse a pensar melhor sobre ter filhos.
— Cala boca, Harry. — Jimin revirou os olhos âmbar pra mim. — Você não tem útero não tem direito a dar opinião.
— Amor, olha os modos. — Jungkook disse envergonhado, mas eu já estava acostumado, sabia que Jimin era dessa forma. Hoseok só sabia rir, já que ele estava conhecendo o moreno agora e as vezes se espantava um pouco com a forma louca e desbocada dele. Jimin apenas respondeu um "cala a boca você também" e continuou a listar os prós e contras de uma gravidez.
— E também tem a bexiga, você sente vontade de fazer xixi t-o-d-a hora. — Deu ênfase na palavra "toda", fazendo ela soar com mais intensidade.
— Parece que a gravidez não é algo muito legal então. — Hoseok murmurou, um dedo dentro da boca, mordiscando a pele da unha.
— Aí tem a dor do parto. — Jimin prosseguiu, mesmo vendo que estava deixando Hoseok assustado. — Hobi, amigo, você pede pela morte.
— Aí, credo. — Os olhos de Hoseok estavam arregalados e ele segurava meu braço, apertando o mesmo com certa força. — Isso parece assustador.
— Mas aí tem a parte em que você ouve o choro do seu filho pela primeira vez. — O dedo indicador de Jimin correu pelo rostinho de Zion, que dormia tranquilo em seu colo, um pouco suado devido ao calor que fazia. — É uma emoção única, sabe? E faz tudo isso valer a pena. A gravidez é linda Hobi. — Concluiu por fim, soando um pouco contraditório, já que tudo que ele fez anteriormente foi listar pontos negativos.
— Ele se parece muito com você. — Hoseok olhou para Jungkook.
— Mas tem os olhos do Chim. — Meu amigo disse de forma abobalhada, juntando-se ao marido no carinho que o mesmo fazia no bebê.
—Tem os meus olhos, não é filhão? — Jimin brincou com o filho, que sugava o bico da chupeta que tinha sido colocada em sua boca. — Ah! — Exclamou, como se tivesse lembrado de algo. — Esqueci dessa parte, que é mais importante. — Fez um certo suspense. — Você carrega por nove meses, sofre pra por no mundo, e nasce a cara do pai.
Rimos do seu exagero, e ficamos por ali mais um tempo, jogando conversa fora. Hoseok me ajudava a manter os olhos em Minseo, que brincava com algumas crianças não muito longe de onde estávamos.
Por volta de quase duas horas da tarde, decidimos procurar algo pra almoçar por ali mesmo. Minjae havia acordado a algum tempo atrás e se juntando a irmã para brincar na piscina.
Ali perto tinha uma cantina – a mesma onde Hoseok pegou os milk shakes – que servia almoço e lanches, decidimos comer ali mesmo.
— Filha? — Chamei pelas meninas, Jimin e Jungkook já estavam se acomodando em uma mesa, eu podia ver de onde eu estava.
— Oi, papa? — Minseo respondeu, e eu estava achando impressionante a forma como ela se mantinha animada mesmo sem ter tirado a sua soneca da tarde.
— Vamos comer? — Fiz um sinal com as mãos para que elas se aproximassem.
— Eu non tá cum fome. — Minjae gritou de onde estava, mas eu sabia que aquilo era apenas para permanecer na piscina com as outras crianças.
— Então você não precisa comer, mas vai ficar lá com a gente. — De forma meio contrariada elas vieram ao meu encontro e fomos todos até a cantina.
Pedimos algumas saladas e algumas porções, apenas comidas leves, já que as meninas iriam querer voltar pra piscina em breve. Fiz com que elas tomassem bastante suco para se hidratarem e Hoseok e eu dividimos um prato de uma comida mais sustentável.
Depois de estar todos devidamente alimentados, voltamos para a área da piscina. Hoseok e Jimin tinham ido até a parte infantil fazer companhia as meninas e eu tinha ficado na cabana que estávamos antes, junto com Jungkook e Zion, que tinha um mordedor em forma de peixe na mão e castigava o brinquedo com os poucos dentinhos que tinha na boca.
Notei um garotinho encostando perto das meninas, ele era loiro com algumas sardinhas espalhadas pela pele de sua bochecha, achei fofo e não me importei muito, já que muitas crianças estavam reunidas brincando por ali.
Jungkook e eu conversávamos sobre futebol e golf quando olho para o lado e vejo um adulto muito parecido com o menino parando ao lado de Hoseok e Jimin. Aquilo me chamou um pouco atenção e me deixou em alerta.
De onde estávamos, conseguíamos escutar um pouco do que eles falavam, e o assunto se desenrolava em torno das crianças. Ouvi ele explicando que era pai do loirinho e, pelo que pude perceber, a criança estudava com minhas filhas.
— ... namorada. — Consegui ouvir o final do que o menino dizia, olhando para as meninas e vendo Minjae brincar normalmente na água. Minseo, no entanto, tinha a bochecha corada e um sorriso tímido brincava em seus lábios rosados.
— JK, eu já volto. — Nem sequer esperei Jungkook responder, apenas levantei e me aproximei devagar de onde eles estavam.
— Ah, então essa é a sua namoradinha? — O homem perguntou ao menino, levando ele a concordar e meu sangue ferver com uma emoção nova. Como assim 'namoradinha'? Por Deus! Minha filha só tem quatro anos de idade! Não é possível que eu já precise ter esse tipo de preocupação. — Se eu soubesse que seu professor era tão bonito, Dylan, eu mesmo teria te levado a escola todos os dias. — O tom de sua voz era galante e seu olhar era digestivo pra cima de Hoseok.
Antes que meu namorado sequer pudesse responder, anunciei a minha presença.
— Está precisando de alguma ajuda por aqui, amor? — Fiz questão de dar ênfase ao apelido, olhando diretamente em seus olhos, como que para mostra-lo a que eu tinha vindo.
— Ah, não, tá tudo sob controle. — Sentei-me ao lado de Hoseok, colocando os pés dentro da piscina. — Esse aqui é o... — Hoseok hesitou, esperando que o homem se apresentasse. Ele sussurrou um "Brian". — Esse é o Brian, ele é pai do Dylan, um de meus alunos.
— É um prazer, Brian. — Ele estendeu a mão em minha direção, mas eu não peguei, apenas fiquei olhando, até que ele a recolhesse, soltando uma risada irônica.
— O prazer é todo meu... — Deixou um espaço para que eu me apresentasse.
— Taehyung. — Eu estava sentindo um desgosto bem grande em ter que tentar ser amigável com ele. — Kim Taehyung. Pai das gêmeas e namorado do Hoseok. — Sei que eu estava beirando o primitivo com a minha atitude, mas eu sentia uma necessidade em marcar meu território.
— Ah, você é pai da nossa adorável Minseo, aqui?!
— Sim, eu sou. — Olhei para minha filha e ela sorria pra mim, não pude evitar em sorrir de volta.
— Sabia que ela e meu filho são namorados? — Ele certamente estava achando aquilo divertido, fechei a expressão em sua direção.
— Não são não. — Fui um tanto quanto afobado na minha resposta.
— Taehyung! — Hoseok exclamou, pegando meu braço como forma de aviso.
— Por Deus, Hoseok! Minha filha tem quatro anos. — Olhei em direção a Minseo, vendo seus olhos arregalados em minha direção. — Filha, você prometeu ao papa que não ia namorar até que completasse quarenta anos.
— Isso é sério mesmo? — O tal de Brian se pronunciou, dando risada da minha cara, fazendo com que o nervoso que eu sentia aumentasse mais ainda.
— Sim, isso é sério mesmo. — Fui desafiador.
— Amor? Sun? Você está fazendo uma tempestade em um copo d'água. — Hoseok segurava os lados do meu rosto, fazendo com que eu prestasse atenção no que ele dizia.
— Eu vou indo. — O tal de Brian levantou, pegando Dylan pela mão. — Foi um prazer conhecer você Hoseok. — Piscou um dos olhos em direção ao meu namorado. — Você também, Kim. — E, com essa provocação, ele caminhou pra longe de onde estávamos.
— Você viu como ele foi atrevido? — Me virei indignado de frente para Hoseok.
— Amor, pra que isso? — O tom de voz calmo de Hoseok apenas fazia com que meu interior se agitasse ainda mais.
— Ele deu em cima de você. — Fiz um bico chateado, eu nunca havia me sentindo ameaçado dessa forma e posso dizer que não gostei de me sentir assim. — E aquele mini Brian atrevido está de olho na minha filha. — As meninas já tinham se afastado agora, assim como Jimin, sobrando somente eu e Hoseok no nosso debate.
— Taehyung, e daí que ele deu em cima de mim? Huh? Eu tô aqui com você, não precisa ficar com ciúme.
— Eu não estou. — Fui rápido em me defender.
— Eu acredito em você. — Hoseok deu uma de suas risadinhas graciosas. — E eles são crianças, não é um namoro, sim?
— Não quero saber, não aceito isso. — Fui insistente, não querendo aceitar o fato de que um dia minhas meninas iriam crescer e se envolver com alguém.
Passei o restante do dia meio emburrado, vez ou outra mantendo meus olhos em Brian e Dylan, que continuavam por ali, aproveitando o dia ensolarado, assim como nós. Dylan continuava a brincar com as meninas e, cada vez que Minseo olhava pra ele de forma tímida, eu me sentia incomodado.
Por volta de cinco da tarde, fomos embora, Jungkook e Jimin com o pequeno Zion foram em direção a sua casa enquanto eu, Hoseok e as meninas fomos em direção a minha.
As meninas aparentavam bastante cansaço devido ao dia agitado que tivemos, então, com a ajuda de Hoseok, preparamos uma comida leve depois de dar banho nas duas e, as sete horas da noite, elas já estavam prontas pra ir pra cama.
— Prometam de novo ao papa que não vão arrumar namorado até os quarenta anos de idade? — Questionei, sentado na beira da cama de Minseo, ficando entre meio às duas.
— Eu pomete. — Minjae levantou o corpo e me deixou um beijo na bochecha.
— Eu non pomete. — Minseo balançava a cabeça em forma de negativa.
— Porque não, filha? — Eu estava realmente chateado com aquilo. Ela já tinha me prometido isso uma vez, e nos falávamos muito sobre a importância de manter uma promessa.
— Poque eu vai tá velha. — Seus olhinhos piscavam de forma sonolenta, assim como os de Minjae.
— Não vai não, você vai ser nova ainda. — Tentei explicar meu ponto.
— Você tem vinti e namora com o Hobie. — Rebateu ela, me deixando sem resposta a princípio.
— Eu tenho vinte e seis, é mais do que quarenta. — Contei uma pequena mentira.
— Non é non, papa. — Minjae se meteu na conversa. Aquela pequena intrometida, eu nem estava falando com ela. — A vovó San tem quarenta.
— A vovó Sun tamem. — Minseo concordou.
— Então até os trinta? — Tentei negociar.
— Aham. — As duas disseram junto, causando um alívio em meu peito.
— Durmam bem, o papa ama vocês. — Deixei um beijo na testa de cada uma delas.
— Ama o papa. — Minseo retribuiu ao beijo.
— Ama você. — Minjae disse, indo até sua cama e se acomodando embaixo das cobertas.
Apaguei a luz do quarto delas e encontrei Hoseok parado no corredor, me olhando com uma risadinha suspeita.
— Você estava ouvindo, não é? — Coloquei as duas mãos em frente ao rosto, tampando meus olhos, envergonhado.
— Você é um bobo. — Ele descruzou os braços em frente que estavam em frente ao peito e passou ao redor do meu pescoço, focando na ponta dos pés pra conseguir me beijar.
— Só cuido do que é meu. — Retribui ao beijo que eu recebia. — E você é meu. — Sussurrei bem próximo ao seu ouvido, escorrendo uma de minhas mãos até sua bunda e deixando um apertão ali.
— Só seu. — Confirmou ele, me beijando em seguida, sorrindo durante o processo.
Sentir ciume definitivamente era uma experiência pela qual eu não tinha gostado de passar. Mas eu tinha Hoseok aqui, me dando a confirmação de que eu não precisava ter medo, aquele homem era meu e eu me sentia o cara mais sortudo do mundo por isso.