Eu fiquei tão encantada com o que Bianca fez no ap que nem me preparei direito para dar a notícia ao Henry. E a cara dele quando entreguei a chave foi impagável.
- Como assim seu novo apartamento?
- É isso meu amor. Não é brincadeira. Se você olhar no closet, vai ver todas as minhas coisas lá. Eu despachei uns dias antes de vir, e Bianca arrumou tudo para mim.
Ele foi correndo até a suíte, enquanto eu ficava na sala com Tom me parabenizando.
- Você enganou todo mundo Julia.
- Desculpe por isso. Queria fazer uma surpresa para ele.
- E que surpresa! Mas como isso aconteceu?
- Deixa ele voltar que eu conto.
- Melhor ver se ele não desmaiou de emoção lá dentro.
Nós rimos e eu chamei por ele, que voltou correndo, me pegou pela cintura me levantando e me girando pela sala enquanto me beijava alucinadamente, até que o Tom pigarreou, nos lembrando que não estávamos sozinhos.
- Meu anjo, como foi isso?
- Vamos nos sentar que eu vou contar.
Expliquei minha conversa com Bianca e porque eu estava agindo estranho todo esse tempo. Que eu estava preparando tudo para a mudança, e que Bianca tinha resolvido o aluguel do apartamento e a documentação de trabalho para mim.
Henry me puxou para seu colo e começou a me beijar, então ouvimos o Tom dizendo que ia nos deixar a sós.
- Não Tom...Espere!
Fui correndo até a geladeira e encontrei o pedido especial que fiz a Bianca. Peguei a garrafa de champanhe e três taças e voltei até eles.
- Você não vai sair sem brindar conosco.
- Obrigado Julia, mas é um momento de vocês. Eu não tenho que estar aqui.
- Claro que tem. Você é meu amigo, e sempre ajudou tanto nessa nossa história. Sem você não há brinde.
Ele ficou todo emocionado e aceitou o champanhe, porém saiu logo depois da primeira taça, dizendo para o Henry ligar quando quisesse ir para casa.
- Amor, eu nem acredito que você não vai mais embora. Eu já estava pensando em me mudar para o Brasil para podermos ficar juntos. Mas você não precisava alugar nada, podia ficar na minha casa.
- Henry, eu não iria morar com você assim...Espera! Você disse que ia para o Brasil?
- Sim. Eu estava pensando nisso. Não aguentava mais ficar tanto tempo sem te ver.
- Henry... isso é....
- O que meu anjo?
- A maior prova de amor que você poderia me dar....
Eu o beijei apaixonadamente.
- Muito obrigado Henry, mas a melhor solução foi eu vir para cá. No seu trabalho, é muito mais fácil você se deslocar daqui, e uma proposta como a que Bianca me fez, eu nunca teria no Brasil.
- Julia, este é o melhor presente que você poderia ter me dado. Mas como você está? Deixando sua família assim? Sei que é muito apegada aos seus pais.
- Como você ficaria se fosse você?
- Lógico que eu ia sentir muita falta deles, mas estaria mais perto de você.
- Então, eu me sinto do mesmo jeito. Apesar de ficar triste com minha partida, minha mãe foi a que mais me deu força para vir. Ela quer me ver feliz, e sabe que longe de você eu não seria.
- Eu te amo, e prometo que vou te fazer muito feliz, meu anjo. Um presente como esse que você está me dando, é o mais precioso de todos.
- Hmmm, e que tal eu te dar mais um presentinho?
- Outro? Será que tem algo melhor do que isso?
Eu me levantei o puxando pela mão, e o levei para meu quarto jogando-o de costas na cama, e comecei a tirar minhas roupas.
- Julia... eu adoro esse tipo de presente, mas a não ser que você tenha preservativos, vamos ter que adiar um pouquinho o batismo do seu ap.... Eu não tenho nenhum comigo.
Eu subi de joelhos na cama, ficando com uma perna de cada lado dele.
- Então,.... O seu outro presente, é que estou tomando pílulas a dois meses.
Os olhos dele brilharam, mas além de emoção, eu vi o mais puro desejo naquele olhar. E antes que eu me desse conta, eu estava de costas no colchão com ele pairando sobre mim.
- Quer dizer que vou ter você sem barreira?
- Sim Henry.... Não há mais nenhuma barreira entre nós.