The Stripper - Jenlisa

By KimKyoko_

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Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver ha... More

1° Capítulo - Duas vidas
2° Capítulo - Voltando a Miami
3° Capítulo - The Stripper
4° Capítulo - Nova presidência
5° Capítulo - Primeiro dia
6° Capítulo - Mais tempo juntas
7° Capítulo - The dance
8° Capítulo - Beijo
9° Capítulo - Perdendo o controle
10° Capítulo - Le café
11° Capítulo - Doce ilusão
12° Capítulo - Confusão
13° Capítulo - Ensaio
14° Capítulo - Show particular
15° Capítulo - Jogo perverso
16° Capítulo - Chegada inesperável
17° Capítulo - Reencontro
18° Capítulo - Conhecendo a família
19° Capítulo - Apenas Jennie e Lalisa
20° Capítulo - Gosto de você
21° Capítulo - Uma dança
22° Capítulo - Voltando a dura realidade
23° Capítulo - O troco
24° Capítulo - Perdidas
25° Capítulo - Arrisque-se
26° Capítulo - Fuck you all the time
27° Capítulo - Caminhos cruzados
28° Capítulo - Você é minha!
29° Capítulo - Uma nova aliança
30° Capítulo - Eu amo você
31° Capítulo - Hora de jogar
32° Capítulo - A descoberta
34° Capítulo - Turbilhão de sentimentos
35° Capítulo - Caindo em tentação
36° Capítulo - Negociação
37° Capítulo - Coisas do passado
38° Capítulo - Baile de máscaras
39° Capítulo - Pedidos
40° Capítulo - Questão de conhecer
41° Capítulo - Quem manda nesse jogo?
42° Capítulo - Tudo vai dar certo
43° Capítulo - Mentir sim ou não?
44° Capítulo - Surpresa
45° Capítulo - O vôo
46° Capítulo - Segredos
47° Capítulo - Último pedido
48° Capítulo - Decisão
49° Capítulo - The Lap dance
50° Capítulo - Xeque-Mate
51° Capítulo - Estratégia
52° Capítulo - A nova era
53° Capítulo - Acerto de contas
54° Capítulo - A perda
55° Capítulo - Para sempre minha
56° Capítulo - O casamento
57° Capítulo (Final) - O poder
Epílogo - A Família
Epílogo - Dois lados
Epílogo - Dear Stripper

33° Capítulo - Confronto

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By KimKyoko_

Lalisa Manoban's Point of view.

Jennie Ruby Jane

Não...

Não é possível!

Fiquei ali paralisada, fitando a mulher entrar até a perder de vista. Eu fechei os olhos, apertando com força as mãos contra o volante. Uma súbita ira tomou conta de meu corpo, uma espécie de frenesi de ódio esquentou cada célula ali. Meu Deus, isso só podia ser efeito do álcool, não tinha outra explicação! Eu olhei para ambos os lados, a rua estava escura e vazia e saí do carro. Jennie iria me dar uma boa explicação para isso.

Eu caminhei em direção à portaria, andando de um lado para o outro tentando me convencer da estúpida idéia de subir e acabar com toda aquela farsa. Olhei entre os vãos da grade não vendo nenhum sinal de Ruby Jane. Eu não podia fazer isso, eu não era impulsiva e emotiva, mas, naquele instante, meu corpo gritava por respostas imediatas, mas eu não podia, aquela não era eu. Muito pelo contrario, eu era fria e extremamente calculista. Caminhei com pressa até o veiculo que estava do outro lado da rua com a porta escancarada, entrando no mesmo e a fechando com força.

- Idiota! Burra! – gritei esmurrando diversas vezes o volante do carro.

Eu poderia matar alguém naquele instante com a raiva que me consumia. Fechei os olhos, respirando fundo, deixando que o oxigênio chegasse a meu cérebro ou a qualquer momento eu morreria ali mesmo. Olhei mais uma vez para o prédio onde Jennie morava, deixando a idéia de desmascará-la para depois.

Liguei o carro, dando partida com o mesmo em direção ao meu apartamento.

O céu continuava dublado e carregado de chuva sendo cortado hora ou outra por raios luminosos. Aquela noite não poderia ficar pior. Saí do carro batendo a porta com força, seguindo em direção ao elevador do enorme prédio.

Maldita stripper!

Servir-me de um copo de uísque foi a primeira coisa que fiz ao entrar em casa, tomei o liquido de uma vez, fechando os olhos sentindo-o descer rasgando tudo garganta à baixo, deixando para trás somente a ardência em meu interior.

- Como você pode ser tão burra, Lalisa?! A filha da puta te enganou esse tempo todo! E ainda fazia o teatrinho de boa moça! Vadia!

Caminhei em direção ao deque de meu apartamento, deitando em uma das espreguiçadeiras debaixo da cobertura. Tudo estava se completando agora... Por isso Ruby Jane nunca tirava sua máscara para mim, por isso os olhos tão familiares, o corpo tão fodidamente bom, as reações parecidas... meu Deus, que feitiço aquela mulher havia jogado sobre mim? Justo em mim?!

Deus!

Jennie mentiu para mim esse tempo todo... Ela não devia, não devia!

Ela não sabia com quem havia se metido. Se havia algo que eu odiava era ser enganada. Jennie Ruby Jane brincou comigo durante todo esse tempo, manipulando feito um fantoche de sua pecinha de teatro.

Eu neguei com a cabeça, ainda processando o mundo de informações que passaram a se conectar em mim. Todos os momentos, os beijos, os olhares. Tudo estava se unindo em uma repleta mentira.

"- O quê? Eu não estou fazendo nada, Lalisa!

- Você me controla com seus atos. Mas não se anime eu sou dona de minhas vontades.

- Prove, faça algo que quer.

Ansiava beijar aquela boca, mas a pequena máscara que ela usava atrapalharia minha chance, eu queria vê-la antes. Levei a mão até seu rosto, para tirar sua máscara quando finalmente eu poderia ver seu rosto, mas rapidamente as pequenas mãos pousaram sobre as minhas, impedindo meu ato.

- Nem pense nisso... - ela sussurrou olhando em meus olhos."

E o tempo ela me fez acreditar em sua história, quantas já haviam caído em sua rede?

"Não... Eu só podia ter bebido demais.

Cocei os olhos para enxergar melhor, mas a moça de cabelos castanhos ondulados dançava de forma tão sensual, ela estava de costas, mas mesmo assim, eu poderia jurar conhecer.

Lalisa você está ficando louca!

Ela não me era estranha, eu conhecia aquele corpo, aquela forma de rebolar. Eu não podia estar sonhando, ou delirando daquela maneira, era ela, era Ruby Jane.

Levantei-me do sofá onde estava caminhando para mais próximo da morena. Passando em meio das pessoas que dançavam freneticamente ao som da batida envolvente da boate, as luzes piscando deixava tudo mais difícil.

Meu sistema nervoso trabalhava mais depressa, minhas mãos suavam, minha visão e audição estavam mais aguçadas. Devia ser efeito da bebida correndo pelo meu corpo.

Parei praticamente um metro da morena, que rebolava de forma tão sensual, não tinha erro, era ela. Ruby Jane desceu até o chão, segurando em seus cabelos, fazendo-me perder todo o juízo. Eu me aproximei dela, e segurei em sua cintura, fazendo a mesma se virar para mim.

- O que você está... - ela começou, mas parou ao me encarar.

Fechei os olhos piscando diversas vezes, tinha alguma coisa errada. Não era ela.

- Srta. Kim? - perguntei confusa.

Ela ficou imóvel, apenas me fitando, de forma assustada. O que diabos estava acontecendo? Há poucos minutos Ruby Jane e agora era Jennie? Com toda certeza eu havia bebido demais. Seguramos nossos olhares tempo suficiente para eu notar o quão bela ela estava essa noite, seu vestido branco, justo, detalhando as curvas de seu corpo. Seus olhos castanhos agora estavam descobertos de seus usuais óculos, me fitavam indecifráveis. Sua boca entreaberta, deixando uma respiração nervosa escapar."

A verdade, o tempo todo, esteve em minha cara, e eu simplesmente a deixei passar. O desejo por Ruby Jane e o amor por Jennie me cegaram de uma maneira inconsequente e desmedida. As duas mulheres eram uma. Apenas uma.

"Jennie levantou e seguiu para o meio da pista de dança ao lado de minha mãe e Minnie. Será que tinha como elas se darem melhor? Eu fiquei no mesmo lugar onde estava sentada na poltrona macia que dava total visão de onde elas estavam. Uma música de batida forte e totalmente latina começou a tocar, fazendo a morena coreana começar a dançar.

Jennie começou a remexer seu corpo em uma sincronia perfeita com a música, me deixando surpresa com a bela forma no qual dançava. Fitei o corpo da mulher que rebolava divinamente bem ao ritmo da música. Ela mexia em suas madeixas escuras de forma tão familiar e sensual. Talvez eu já tivesse bebido demais,pois, ela, daquele jeito, me fez lembrar de ninguém menos que a minha Stripper, Ruby Jane."

Abri os olhos afastando aquelas lembranças, sentindo a raiva tomar conta de todo meu corpo. Arremessei o copo de uísque na parede, vendo o mesmo se espatifar. A vontade que eu tinha era de ir naquele apartamento e arrancar a verdade daquela mulher, ouvir de sua boca maldita como ela havia me enganado. Mas eu não faria assim, eu faria bem melhor. Se Jennie Ruby Jane achava que sabia jogar, é porque ela ainda não havia me conhecido.

[...]

Miami, Florida- Estados Unidos - 07 AM.

Acordar não seria a palavra certa para se utilizar para alguém que passou a madrugada inteira acordada, não é mesmo? O mundo de ideias e lembranças ao redor daquela mulher me tirara completamente o sono. As imagens de Jennie Ruby Jane bombardearam meus pensamentos como em uma guerra em que só eu sairia ferida.

Hoje seria um belo dia para desmontar um perfeito teatro, pensei levantando da cama.

O caminho até a empresa foi calmo, dando-me tempo e preparação psicológica para aquele dia. Eu olharia nos olhos de Jennie depois de tudo, e a mesma ainda mentiria. Sim, como sempre.

- Sra. Está tudo bem? – Alfred perguntou, fitando-me pelo espelho.

- O que faria se alguém muito importante mentisse para você, Alfred?

O senhor olhou curioso, e então falou calmamente.

- Procuraria saber o real motivo de ter mentido, senhora.

- E se o motivo não for bom? E se você não quiser saber?

- Creio que o motivo não tenha sido ruim, às vezes, simplesmente não temos escolhas. - falou o homem parecendo entender tudo.

- Sempre temos escolha! – esbravejei.

- Se essa escolha nos fizer perder alguém especial, não temos. O coração deixa nossa cabeça rendida às suas vontades.

Eu olhei para Alfred através do espelho retrovisor, entendo o que o mesmo queria dizer. Será que ele sempre soube? Ou era maduro o suficiente para saber que me referia à Jennie? Deus! Tudo estava desmoronando sobre minha cabeça. O homem rapidamente entrou nos aposentos de minha empresa, parando o carro na entrada principal. O segurança rapidamente correu até o veiculo abrindo a porta do carro para mim.

- Bom dia, senhora.

Eu apenas assenti de forma séria, e caminhei em direção ao elevador principal. A cada andar que o mesmo subia certo nervoso tomava conta de mim, olhar nos olhos de Jennie e ver Ruby Jane não seria fácil. Mas eu era forte o suficiente para isso.

Um pequeno bipe, e as portas se abriram.

Alguns funcionários correram para os seus lugares provavelmente não imaginando me encontrarem ali aquela manhã. De longe eu pude ver Jennie sentada em sua mesa, enquanto digitava em seu computador. Seus cabelos estavam lisos e soltos, ela vestia uma blusa de botão vermelha muito sofisticada, com uma saia social preta, deixando-a totalmente sexy.

Maldita!

Eu caminhei devagar, e me aproximei da morena sem deixar que ela percebesse. Se ela sabia encenar eu também mostraria minhas habilidades.

- Sentiu minha falta? – sussurrei em seu ouvido.

A mulher em sobressalto virou-se em minha direção e me fitou de olhos arregalados.

- Deus! Você quase me mata! – disse ela com a mão sobre o peito.

Jennie estava incrivelmente sexy aquela manhã. A blusa vermelha estava parcialmente desabotoada, dando total visão de seus seios cobertos por um sutiã preto. Ângulos ao meu favor, sempre. Em seu rosto, o pequeno óculos que a deixava ainda mais bonita e misteriosa, típico de Jennie.

- Me desculpe, Srta. Kim. – falei calmamente com um largo e falso sorriso.

- O que faz aqui? Onde está Seulgi?

- Bom dia para você também.

Eu sorri e caminhei em direção a minha sala, sendo seguida por Jennie em passos apressados.

- Desculpe, bom dia, senhora.

- Seulgi ficou. Eu preferi voltar. – soltei calmamente

- Por quê?

- Porque senti sua falta, Nini. – falei largando minha bolsa sobre a mesa.

O olhar da mulher era desconfiado e confuso. Provavelmente não conseguia entender.

- Você está bem?

- Eu estou ótima, me diverti muito ontem com Seulgi, e acho que já recarreguei as energias para tomar certas decisões.

- Imagino que sim, você foi bem rápida...

- Para que perder tempo, não é mesmo?

Jennie assentiu e caminhou em direção à enorme vidraça. A mulher estava tensa, como se percebesse algo no ar. A morena encarava toda a movimentação lá embaixo, a correria de pessoas e carros em constante euforia.

- Está tudo bem, Nini? – perguntei me aproximando.

Jennie Ruby Jane virou em minha direção, fitando-me com aqueles olhos de mistérios que já haviam sidos descobertos.

- Sim, só estou surpresa que voltou. – sussurrou acanhada.

- Parece que não gostou de me ver aqui.

- Não é isso, Lalisa, eu amo ter você aqui.

Eu sorri, e puxei a mulher lentamente pela cintura.

- Então tire essa carinha, parece que vou lhe matar a qualquer instante.

Jennie sorriu sem graça. E eu rapidamente beijei seus lábios.

- Você está estranha, Lalisa.

Soltei a cintura da mulher e me afastei, sentando em minha cadeira presidencial.

- Eu? Claro que não, Srta. Kim. Nunca estive melhor...

- Tem certeza?

- Absoluta.

Jennie Kim's Point of view.

Saí da sala de Lalisa deixando a mulher sozinha. Por algum motivo, meu sexto sentido indicava perigo, como um alarme descontrolado que pedia socorro. Lalisa voltou sem mais nem menos, e Seulgi não deu sequer um sinal. Aquilo estava começando a me assustar.

Sentei em minha mesa, discando o número de Seulgi pela nona vez desde que elas saíram. Depois de três chamadas, ela finalmente atendeu.

"Alô" Seulgi falou com a voz embargada e preguiçosa.

"Não vai me dizer que acabou de acordar."

"Acertou em cheio, Jenniezinha."

Revirei os olhos bufando. Imaginando a mulher jogada em seu sofá acordando com uma bela ressaca.

"Seulgi, Lalisa está aqui. O que houve?"

"Deus, aquela vadia fugiu. Ela ficou falando de você e de Ruby Jane, que estava confusa e simplesmente resolveu ir."

"E porque você não a impediu?"

"Desculpa, Jen, mas eu estava mais bêbada que ela."

"Foi o que imaginei..."

"Você a viu na Imperium ontem?"

"Não, ela nem sequer apareceu lá"

"Então fica tranquila, ela deve ter ido para a casa apenas."

"Não sei, Lalisa não me parece normal essa manhã"

"Isso é nervoso, se acalme. Ela está de mau humor?"

"Não, ela está de ótimo humor."

"Então melhor ainda, aproveita e de uma boa chave de coxas em minha amiga, Srta. Kim." falou a mulher rindo do outro lado da linha.

"Seulgi... Não seja inconveniente."

"Estou sendo realista. Sexo resolve tudo."

"Volte a dormir, a bebida ainda esta circulando em sua corrente sanguínea"

Seulgi ficou em silêncio por alguns segundos e então falou.

"Tem razão, eu irei. E, Jen, me desculpe."

"Está tudo bem, Kang. Durma bem."

Fim da ligação. Eu respirei fundo, Seulgi não tinha culpa.

A mesma havia me ajudado desde o inicio quando soube de tudo. O que me surpreendeu bastante, é claro, afinal Kang Seulgi era ninguém menos que a melhor amiga de Lalisa. E não ganharia nada em troca a não ser o ódio de quem amava tanto.

(...) – Por que você não se abre logo comigo, Jennie? O que tanto esconde? – Seulgi perguntou me fitando.

Por mais que eu tivesse medo, Seulgi me passava confiança.

- Não é nada, Seulgi.

- Jennie sou advogada, eu sei muito bem quando alguém está mentindo para mim.

Fitei os olhos castanhos da mulher em minha frente, sentindo a enorme vontade de desabafar. A forma como Lalisa havia me tratado aquela manhã havia me machucado de uma maneira que eu não podia esperar.

- Eu amo a idiota da sua amiga. – sussurrei derrotada.

A morena sorriu abertamente.

- Isso todos nós já sabemos, eu só não entendo porquê não ficam juntas. Se Lalisa bobear muito, conquisto você.

- Você sabe muito bem o porquê, Seulgi. Gostar de você com toda certeza seria bem mais fácil.

- Sei? – ela perguntou confusa.

- Sim, eu sou apenas a secretária dela. E além de que eu sei muito bem como Lalisa é confusa.

- Lalisa não é o tipo de pessoa que se importa com isso, Jennie. E em que você se refere à mente confusa de Lalisa?

Eu tomei um gole do vinho que estava em minha taça, fitando a mulher que ainda me olhava de forma curiosa. Eu tinha receio.

- Sei que Lalisa morre de amores por outra mulher.

- Outra mulher?

- Sim, Ruby Jane. A Stripper.

Seulgi que tomava de seu vinho, engasgou-se no mesmo momento que me ouviu. Seus olhos estavam arregalados, enquanto tossia de forma descontrolada.

- Deus...

- Se acalme! – eu sussurrei para a mulher, que atraía olhares dos clientes ao redor.

- Como você sabe disso?

Eu sorri sarcástica.

- Eu sei de tudo entre elas, Kang.

- Lalisa vai querer morrer! – falou ela agoniada.

- Imagino que sim, e realmente não a culpo.

- Mas me diga como sabe de tanta coisa?Isso, realmente, até o momento era segredo.

- Não se pode esconder o segredo de quem vive ele.

- O que você quer dizer com isso?

Eu sorri.

- Não, não... Espera ai... Você as viu?!

- Não!

- Então?

- Eu sou a Ruby Jane.

Por uma fração de segundos Seulgi me analisou, talvez tentando processar a informação que eu havia acabado de lhe dar. E, de repente, a mulher soltou uma risada divertida.

- Puta que pariu, Lalisa nasceu virada para lua. Que vagabunda!

Eu ri de sua reação inusitada.

- É isso que tem a me dizer? Depois de eu ter acabado de lhe contar que tenho uma vida dupla?

- Jennie, não sou eu que tenho que julgar isso, e sim, Lalisa. Confesso que, para mim, isso seria uma puta sorte, nossa! Duas gostosas em uma, pra quê melhor?

- Eu sei, eu tenho medo que ela descubra. Seulgi, por favor... Não conte.

- Ei, ei, ei – a mulher me interrompeu. – Não falarei nada, eu prometo. Eu sei que Lalisa está confusa entre as duas, e nossa agora isso chega a ser cômico. Que mulher burra! – Seulgi falou rindo.

- Kang! – disse dando um pequeno tapa em seu braço.

- É serio, mas enfim... Vou lhe ajudar com tudo isso, ok? Vamos fazer Lalisa ver que você gosta dela de verdade.

Eu sorri para a morena que me fitava descontraída.

- Obrigada, de verdade.

Abri os olhos percebendo o olhar de Lalisa sobre mim através da vidraça. Quando a mesma percebeu, soltou um sorriso carinhoso e piscou. Talvez tudo estivesse realmente bem, os dias apenas não estavam sendo fáceis para mim. Lancei um sorriso de volta para a mulher que então se concentrou em seu computador. O problema com Tzuyu ainda não havia sido resolvido, Lalisa havia voltado muito antes do que eu esperava. Eu ainda permanecia em constante perigo de ser descoberta. Mas por quanto tempo eu aguentaria tudo aquilo? Viver em um campo minado não era para qualquer um. Ter duas vidas não estava sendo difícil, até Lalisa aparecer em minha vida, é claro.

E se eu contasse? Se eu simplesmente desabafasse com a mulher que disse me amar. Ela me perdoaria?

Soltei uma lufada de ar, tentando fazer meu corpo se acalmar. Ultimamente, a pressão de ser Jennie Ruby Jane estava me enlouquecendo. Talvez eu começasse a precisar de psicanálise para me manter sã.

[...]

O dia estava praticamente se arrastando, Lalisa não havia saído em nenhum momento de sua sala. Passou a manhã inteira trancafiada fazendo sei lá o quê. A mesma, a todo instante, permanecia séria, nas poucas palavras que trocamos sua voz era fria e cortante. Eu queria entender sua mudança de humor repentina, mas seria em vão. Naquele instante, saí do elevador carregando o montante de papéis que havia pegado com Jisoo para o balanço daquele mês, quando vi Tzuyu caminhar na direção da sala de Lalisa. Eu corri na esperança de alcançá-la, mas a tentativa foi falha, a sala de Lalisa foi escancarada pela víbora.

- Não, não, não.

Eu caminhei de um lado para o outro, sentindo meu coração querer sair pela boca. Você consegue entender? O sentimento de ser descoberta por algo grave? Algo que você lutou com todas as forças para esconder. Era isso que estava acontecendo neste exato momento. Minhas mãos suavam, meu corpo tremia, talvez eu passasse mal e morresse ali mesmo de tamanho nervoso que me consumia. Eu fechei os olhos, pedindo a Deus que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo, quando meu telefone tocou estridente.

Eu peguei o pequeno aparelho, ouvindo a voz do outro lado da linha.

"Srta. Kim venha até minha sala, agora."

Lalisa Manoban's Point of view.

Não demorou muito para que Jennie entrasse em minha sala lentamente, a mesma tinha um olhar perdido, nervoso e carregado de medo. O que realmente me incomodava, apesar de tudo que estava acontecendo, eu amava aquela mulher como jamais havia amado outra antes. A morena se aproximou de forma acanhada, fitando-nos esperando uma resposta ou uma ordem.

- Sim, senhora? – perguntou chegando ao meu lado.

- Primeiro preciso que se lembre de demitir todos, absolutamente todos os porteiros desse prédio. São um conjunto de inúteis! Eu já ordenei que não queria essa mulher aqui dentro, e olha só! Ela está aqui! – exclamei apontando para Tzuyu que me fitava com um olhar tedioso.

- Sim, senhora, eu farei isso.

- Segundo, venha até aqui. Tzuyu está me dizendo que precisa me contar algo importante e que faz absoluta questão de sua presença para isso.

Jennie piscou várias vezes, ela estava ficando pálida. Mas apenas assentiu e se aproximou. Tzuyu, por sua vez, caminhou graciosamente até perto de minha mesa sentando-se bem a minha frente, encarando-me com um olhar nojento e vitorioso. Eu fitei Jennie, que estava ao meu lado, seu semblante era preocupado e tenso. Seus olhos castanhos estavam vazios, causando certo desconforto em mim. Mas aquela não era a hora certa para pensar nisso.

- Então, a Srta. Kim está aqui. O que tem a me dizer? – perguntei à Tzuyu.

- Sabe... eu acho que mudei de opinião, é um assunto particular, Lalisa, então peça a sua secretáriazinha que saia. – falou de forma arrogante.

- Você está brincando comigo, Chou?- perguntei, a fitando séria.

- Não, meu amor, claro que não. Mas eu acho melhor ficar apenas você e eu.

- A Srta. Kim é de pura confiança, seja lá o que for, você pode me dizer na frente dela.

- Se eu fosse você não confiaria tanto na mesma.

Seu tom malicioso e perverso me dava nojo. Tzuyu sabia de tudo, isso era nítido, estava estampado em seu semblante o quanto ela estava se sentindo vitoriosa ao querer desmascarar Jennie em minha frente. E destruir tudo que eu e ela tínhamos.

- Mas eu confio. Plenamente. – cortei rapidamente.

- Tudo bem, Manoban. O que tenho a lhe contar, não vai lhe agradar muito, espero que esteja realmente preparada.

- Sem rodeios, Tzuyu, conte.

Tzuyu sorriu sarcástica, e me fitou nos olhos, para logo depois lançar um olhar arrogante para Jennie.

- Sei que estão tendo um caso. Típico, não é? Chefa e a secretária. – começou ela.

- Não vejo onde você se encaixa se estou tendo ou não um caso com Jennie.

- Você não deveria ter um caso com sua funcionária, Lalisa.

- Tzuyu, você não deveria vir aqui opinar em minha vida como se tivesse o direito disso. Eu faço o que bem entender.

- Não seja tola, amor, se estou falando isso é porque sempre quis o melhor para você. E, literalmente, essa aí não é o melhor.

- Você está muito enganada. Jennie foi a melhor das mulheres.

- Isso não passa de uma paixãozinha besta. Você precisa ver quem se importa de verdade, que, obviamente, sou eu, nunca quis nada em troca.

- A não ser o meu dinheiro, é claro. – cortei suas chantagens baratas.

- Você vai mudar de opinião quando perceber que faço de tudo para o seu bem, até te salvar de certas armadilhas.

- Me salvar? Você a primeira a me ferrar! – soltei com um riso cínico.

- Eu? Não, você deve estar me confundindo com essa aí! Eu estou aqui para abrir seus olhos.

- Lalisa, eu não quero ficar ouvindo o que essa cobra tem a dizer. – Jennie se pronunciou.

Tzuyu sorriu e se levantou, caminhando para mais próximo de onde Jennie estava.

- Está com medo, Jennie? Medo que ela saiba de tudo? – perguntou a mulher a minha frente.

- Cala essa boca! – Jennie praticamente rosnou.

- Está nervosa, não é? Vai ficar sem ganhar o dinheirinho pelas noites. – Tzuyu falou liberando veneno.

Para minha surpresa, Jennie não se acanhou. Ficou na ponta do pé e soltou a mão em um forte e estalado tapa no rosto de Tzuyu, que a encarou com fúria.

- O que você pensa que está fazendo, sua vagabunda? – a mulher falou furiosa, preparando-se para atacar Jennie.

- Dando o que você merece, sua filha da puta! – esbravejou a mulher furiosa.

- Hey! Se calem as duas! – ordenei.

Ambas me fitaram com olhares fulminantes.

- Eu não vou me calar, você precisa saber a verdade sobre essa aproveitadora de quinta! – esbravejou a mulher com a mão no rosto, que estava marcado pelo tapa.

Jennie semicerrou os olhos, fechando as mãos em punhos se preparando a qualquer instante para voar no pescoço de Tzuyu.

- Eu não vou permitir que fale assim da minha mulher! – esbravejei alto.

Tzuyu me fitou, soltando uma gargalhada estrondosa.

- Sua mulher? Você não vai querer que ela seja sua mulher quando souber o que ela faz fora daqui!

- Lalisa... - Jennie sussurrou se aproximando.

- Fique quieta, Srta. Kim! O que quer dizer com isso?

- Oh Deus, Manoban! Ela está te enganando esse tempo todo!

As palavras de Tzuyu naquele instante podiam me fazer ir contra Jennie da maneira que eu realmente já estava. Ser enganada pela mulher havia ferido meu ego de uma maneira profunda e forte. Mas eu não faria isso com ela, eu não a machucaria desse jeito.

- Está se referindo ao fato de ela ser uma stripper? – perguntei de forma arrogante, segurando a pequena mão de Jennie, no qual levei até os lábios beijando de forma carinhosa.

Eu não precisei olhar para Jennie para saber que sua expressão foi de completa surpresa. Tzuyu semicerrou os olhos me encarando sem entender absolutamente nada.

- Espera você já...

Eu soltei uma risada alta carregada de sarcasmo, levantando de minha mesa devagar.

- O que pensava, Tzuyu? Que ia chegar aqui e falar de minha mulher o que bem entendesse e ao mesmo tempo jogá-la contra mim?

- Você só pode estar brincando... - sorriu sem humor.

Jennie não falou sequer uma palavra, seu olhar ainda era vazio. Confuso.

- Acho que você dúvida de minha capacidade, Chou.

- Você está blefando comigo! Não sabia de nada!

- Eu sei de tudo, Tzuyu. Eu controlo absolutamente tudo ao meu redor, esqueceu?

- Eu não acredito que você prefere se envolver com uma puta!

- Lave sua boca para falar de Jennie, a não ser que você queira que ela deixe o outro lado de sua face marcado. Não é, amor? – perguntei fitando Jennie.

Jennie sorriu, ela sabia o que eu estava fazendo.

- O que essa mulher fez com você, Lalisa?

- Fiz coisas que você nunca fez e que nunca pensou em fazer. – Jennie se pronunciou, assumindo o poder de sua personalidade mais forte, ali era Ruby Jane.

- Você deve estar feliz demais, não é? - Tzuyu perguntou furiosa.

- Em ver sua cara no chão? Sim. Seu joguinho não funcionou, não é? Sinto muito, mas você tem que aceitar, cobras como você não têm outra escolha a não ser rastejar no chão onde eu piso.

Ruby Jane era boa naquele jogo, a maldita sabia exatamente o que falar. Seu ar prepotente e arrogante me enlouquecia, e ver aqueles atos em Jennie era melhor ainda.

- Isso não vai ficar assim, se vocês duas acham que isso acabou, estão enganadas. - Tzuyu rosnou furiosa para então se retirar.

Jennie Ruby Jane's Point of view.

Tzuyu saiu furiosa, batendo a porta com força, fazendo todos os vidros da sala estremecer. Agora estávamos completamente sozinhas naquele lugar, em um constrangedor silêncio. Lalisa levantou de sua cadeira e caminhou devagar até a bancada de bebidas. Ela estava divina aquela manhã, usava um terninho preto marcado por linhas de giz. Seus cabelos estavam presos em um coque bem feito, deixando seu rosto desenhado pelos deuses, nitidamente tentador. Em seus pés um scarpin preto com solado vermelho. Duas palavras a descreviam: fodidamente sexy.

- Até quando achou que ia me enganar, Jennie? Ou devo lhe chamar de Ruby Jane? – perguntou virando-se em minha direção.

Seu olhar era furioso, e perverso. Lalisa provou de sua bebida, lentamente, esperando uma resposta.

- Eu nunca quis enganar você.

A mulher curvou os lábios em um sorriso diabólico, e caminhou em direção à enorme vidraça de sua sala. Seus olhos se prenderam na chuva e nos raios que se vaziam presente do lado de fora. De lá, poderia se ver uma boa parte dos gigantescos prédios de Miami.

- Não? Então quer dizer que todo esse teatro foi sem querer?

Sua voz era suave e refinada, com um toque de rouquidão que fez meu estômago gelar.

- Eu sei que é difícil de acreditar agora. – falei me aproximando – Mas sim, simplesmente aconteceu.

Ela virou em minha direção, arqueando uma das sobrancelhas. Naquele instante não havia uma gota de piedade naquela mulher, seus olhos transmitiam raiva e arrogância. Eu estava suando frio, meu coração batia descontroladamente em meu peito.

- Aconteceu... - ela falou caminhando a minha volta.

- Eu sei que você está me odiando agora. Mas, Lalisa, eu nunca quis enganar você. – sussurrei para a mulher na esperança que ela acreditasse.

Ela meneou com a cabeça negativamente em desaprovação.

- Não planejou me enganar? Fazer-me de idiota? – rosnou ela furiosa em minha direção.

- Não, eu juro, Lalisa...

- Até quando ia levar essa mentira? Até quando ia me manipular sendo duas pessoas? – seu tom de voz era furioso.

- Eu ia contar para você! – deus eu sentia vontade de chorar, mas eu não podia.

- Quando? Quando todo mundo soubesse?!

- Não! Por favor, me entenda... – soltei de forma quase desesperada.

- Entender? – ela perguntou com um riso sarcástico. – Você quer que eu entenda que você finge ser duas pessoas?

- Eu não finjo, eu sou. Sou as duas!

Ela revirou os olhos.

- Oh Deus, você é doente! Já procurou um psicanalista? Você deve ter algum distúrbio de personalidade múltipla.

- Você esta me ofendendo! – esbravejei para a mulher.

- Eu estou sendo realista com você, Jennie!

Eu podia ver as veias de seu pescoço elevadas, sua palidez sendo afastada pela vermelhidão da raiva em seu rosto.

- Você não entende! Eu não podia contar para você! O que queria que eu fizesse? Você conheceu primeiro Ruby Jane, e depois a Jennie.

- Oh, meu Deus, como você pode falar de forma tão tranquila?

- Não tem outra maneira de falar, eu estou sendo sincera agora!

Lalisa me fuzilou com os olhos e se aproximou brutalmente.

- Sincera é a última coisa que você consegue ser. Você não passa de uma mulher falsa, mentirosa e dissimulada!

Lalisa cuspiu cada palavra para mim com ódio.

- E você de uma arrogante, prepotente e safada!

A mulher semicerrou os olhos não acreditando no que eu havia falado.

- Como é que é?

Era a hora, eu não podia me deixar abater. Se Lalisa Manoban pensava que me deixaria no chão, estava muito enganada. Ela não podia esquecer que dentro de mim Ruby Jane ainda imperava.

- É isso mesmo que você ouviu. Eu não sou a única errada aqui! – caminhei para longe dela. – Não venha se fazer de santa ou vítima, afinal, para você, até pouco tempo atrás, estava se envolvendo com duas mulheres. E ainda queria se fazer de fiel.

Lalisa parecia não acreditar em minha pose arrogante.

- Não tente virar o jogo, Ruby Jane! Ou você prefere que eu chame de Jennie? Eu sinceramente não sei. – soltou de forma cínica.

Eu sorri para a mulher que me encarava com fúria. E me aproximei.

- Pode me chamar de Jennie Ruby Jane.

Falei com um sorriso largo, soltando uma pequena piscada para Lalisa que me fitou incrédula.

- Eu devia acabar com a sua vida. – ela falou raivosa.

- Então acaba, acaba agora!

Nossos olhares permaneceram fixos por longos segundos. Em uma batalha furiosa de egos feridos. Poderia ser loucura, mas eu desejava aquela mulher loucamente agora, eu a queria. Queria seu corpo possuindo o meu de todas as formas possíveis, com raiva e tesão. Sua íris castanha estava escura, e diabólica, seus lábios entreabertos em uma respiração levemente descompassada. Lalisa se afastou, tomando de uma só vez o líquido em seu copo.

- E sujar minhas mãos com você? Jamais!

Ela estava perdendo o controle. Bingo!

Eu sorri de forma ousada, e caminhei lentamente ao redor de sua mesa, deslizando dois de meus dedos sobre a madeira fina de que era feita.

- Eu entendo que seu ego está ferido, que, para uma mulher como você, deve ser difícil essa situação.

- Uma mulher como eu? – perguntou ela me fitando confusa.

- Sim, arrogante, prepotente e egocêntrica. – disse de forma cínica, caminhando novamente em sua direção.

Lalisa exalava poder e raiva. Econfesso que aquilo estava começando a me enlouquecer. Eu mantinha meu autocontrole, mas não garantia sua persistência até o final daquele jogo perigoso.

- Você não sabe com quem está se metendo, Kim. – falou de forma sombria.

Eu sorri cinicamente.

- Lalisa...  Admita para você mesma que isso facilitou sua vida. Eu sou os dois lados da moeda que você sempre quis possuir. – eu praticamente sussurrei aquelas palavras quando rodeei seu corpo.

Eu podia ver a mandíbula de Lalisa trincar em fúria. Se havia uma coisa no qual aquela mulher odiava, era estar errada.

- De onde tirou isso, Srta. Kim? – perguntou de forma sarcástica.

Eu caminhei devagar até sua frente, ficando a poucos centímetros daquele corpo fodidamente bom.

- Da maneira que me possuiu, da forma como me olha e do jeito louco que me deseja.

Uma espécie de áurea pesada e quente se espalhou naquela sala. Uma vibração puramente sexual em nossos olhares. Lalisa, que me fitava nos olhos, desceu com a vista até minha boca, e depois até o vale de meus seios, fazendo-me sorrir vitoriosa.

- Viu? Eu sempre estou certa.

Lalisa respirou fundo diversas vezes, eu sabia que ela estava em uma luta interna naquele momento.

- Você é uma... - começou a falar, deixando a frase morrer por seus lábios deliciosos antes de terminar.

Eu sorri e caminhei na direção oposta de onde ela estava.

- Uma o quê, Lalisa? – provoquei.

Ela fechou os olhos, e engoliu em seco.

- Eu sou sim, uma Stripper. Eu sou Jennie Ruby Jane Kim.

Era como se aquela frase fosse à gota d'agua para Lalisa transbordar. A mulher caminhou em minha direção rapidamente pegando meu corpo junto ao seu com força. Eu dei alguns passos desajeitados para trás até sentir a mulher colidir meu corpo contra a parede de concreto.

- Eu vou te ensinar a não brincar comigo, Jennie Ruby Jane! – rosnou furiosa diante de meu rosto.

Lalisa tomou minha boca em um beijo de fazer doer os lábios. Suas mãos agarraram meus cabelos impedindo que eu parasse seu ato brutal. Mordi sua língua que entrou agressivamente em minha boca, e logo depois seu lábio inferior. Eu pude sentir o gosto do sangue na boca, mas ela não parou. Nosso beijo era desesperado e raivoso.

Eu me encontrava sendo prensada na parede com força pelo corpo de Lalisa que vibrava em ódio. As mãos da mulher começaram a descer pela minha cintura, apalpando por baixo da saia até encontrar a parte da minha bunda que ficava exposta pela calcinha de renda preta. Os beijos agressivos de Lalisa desceram para meu pescoço onde lambeu, chupou e mordeu com força.

- Filha da puta! Isso dói! – rosnei para ela, agarrando seu cabelo com força, desprendendo o mesmo que caiu feito uma bela cascata por sua costa. Ela ficava tão mais sexy daquele jeito.

- Cala essa maldita boca, Jennie! – sussurrou ela.

Eu fechei os olhos, deslizando as mãos pelo corpo de Lalisa, trazendo o mesmo para mais junto do meu. Suas mãos eram ousadas e habilidosas, percorrendo cada mínimo detalhe de meu corpo.

Lalisa suspendeu minha saia até a cintura rapidamente, agarrando em minhas coxas com força para me levantar do chão. Eu contornei sua cintura com minhas pernas, fazendo a mulher me guiar até sua mesa no centro da enorme sala. Nossas línguas se moviam em uma sincronia bruta e gostosa. Eu sentia meu corpo quente, em brasas.

- Vou te foder tão forte, Ruby Jane, até você não aguentar mais! – Lalisa falou ofegante.

Suas mãos foram de encontro à minha blusa de seda fina, puxando de forma tão agressiva que os botões foram se rasgando na parte da frente. Lalisa estava perdida em um desejo descomunal. Com rapidez, a mulher beijou meu pescoço, chupando as veias pulsantes do mesmo, enviando uma pressão intensa em meu ventre. Enquanto suas mãos se esgueiravam para dentro de minha saia.

- Duvido! Eu duvido que consiga! – a provoquei, tirando a blusa social de seu corpo.

Lalisa me fitou ofegante, com seus castanhos perversos.

- Você não devia ter dito isso! – sussurrou com a voz rouca.

Seu tom de voz autoritário me deixou tão excitada que meus olhos se fecharam. Meu Deus, o cheiro dela era maravilhoso! Seu corpo irradiava desejo e calor, provocando ainda mais a vontade que eu sentia daquela maldita mulher. Com uma das mãos, Lalisa puxou-me pela nuca tomando minha boca em um beijo grosseiro e obsceno. A mulher, então, me puxou fazendo-me descer da mesa, virando-me de costas para si.

Lalisa me agarrou por trás, distribuindo mordidas em minha nuca. Trazendo aquela umidade tão familiar em meu sexo. Suas mãos arrancaram meu sutiã com força, para logo massagear meus seios de forma bruta.

- Você não pode duvidar de mim, eu não sou aqueles imbecis que babão por você naquele palco.

Ela sussurrou em meu ouvido, enquanto deslizava a língua pela cartilagem de forma provocante e ousada, terminando com uma leve mordida.

- Você também me assistia lá, Manoban. – provoquei.

Lalisa apertou meus dois seios com força, fazendo-me morder os lábios em uma maneira de reter o gemido que queria escapar.

- Sim, eu assisti e consegui o que eu queria. Eu sei que fui a única a conseguir seu corpo, Ruby Jane.

Eu fechei os olhos quando eu senti seus dedos pressionando meus mamilos com força, provocando uma dorzinha gostosa.

- Oh, Deus... – gemi fracamente.

- Estou mentindo? Hum?

Ela perguntou quando começou a descer com os beijos por minhas costas, deslizando a língua pela linha de minha coluna devagar, até chegar na barra de minha saia, no qual rapidamente abaixou com força. Deixando que o tecido caro caísse ao chão.

- Diga, estou mentindo?! – ela urrou, estalando um forte tapa em minha bunda.

- Aaah, porra! Não!

Eu gemi em surpresa, apoiando minhas duas mãos sobre a mesa em minha frente.

- Você tem a porra de uma bunda tão gostosa... Como eu não pude perceber tamanha semelhança?

Eu fechei os olhos esperando um outro tapa, mas eu senti seus lábios molhados deslizando sobre o mesmo ponto onde ela havia batido, enquanto seus dedos habilidosos deslizavam pelo fino tecido de minha calcinha, esfregando devagar, mas com uma pressão gostosa. Lalisa se levantou, e inclinou meu corpo para frente, deslizando a palma de sua mão por minhas costas. Eu estava praticamente debruçada sobre a enorme mesa, totalmente empinada para a mulher atrás de mim. Restando a pequena calcinha e os saltos altos nos pés.

- Fique quieta se não quiser levar outro daquele.

Lalisa começou beijar meu pescoço novamente, descendo por meus ombros, costas. Enquanto suas mãos faziam uma caricia leve em meu sexo totalmente encharcado.

- Odeio você! – sussurrei raivosa.

- Eu mandei ficar quieta, Ruby Jane! – ela ordenou dando outro tapa em minha bunda.

Eu fechei os olhos, apertando os dedos nas beiradas da mesa, fazendo as juntas ficarem pálidas. Lalisa se abaixou atrás de mim, e devagar levou os dedos ao fio da calcinha abaixando a mesma até meus pés. Eu podia sentir seu hálito quente em contato com meu ponto de prazer. Eu apenas fechei os olhos, quando senti sua língua entrar em contato com a carne molhada de meu sexo.

- Oh, porra! – eu gemi alto.

Lalisa me sugava raivosa, sua língua se movia frenética e intensa sobre os tecidos de meu sexo. Suas mãos subiam e desciam por minhas coxas, arranhando forte enquanto sua língua movia-se me enlouquecendo. Ligeiramente ofegante, passei a língua pelos lábios ressecados. Eu gemi com seus atos, um fio de voz saía de minha garganta. Um prazer indescritível tomou conta de meu corpo, fazendo-me movimentar sobre a língua avida da mulher que me chupava.

- Chupe! Isso... Oh chupe com força! Lalisa! – gemi ouvindo o barulho da sucção em meus ouvidos.

Eu deslizei as mãos sobre a mesa, derrubando alguns objetos que caiam ao chão. E a mulher continuou, o orgasmo estava se construindo em meu ventre, e ela sabia disso. Meu corpo inteiro começou a tremer quando a mesma deu uma única chupada violenta, jogando-me de um precipício chamado clímax. Eu gemi arrastada, movendo meu corpo com força sobre os lábios famintos de Lalisa que não paravam. Eu estava gozando tão forte que eu podia sentir meu corpo fraquejar.

Lalisa rapidamente se levantou, deslizando novamente as mãos por minhas costas nuas, dando um, dois, três tapas em minha bunda. Para logo depois enfiar de uma só vez dois dedos em meu interior.

- Isso é para aprender que comigo você não brinca! – sua voz rouca preencheu meus ouvidos.

- Caralho! Hmmm... – soltei alto demais.

Os dedos de Lalisa entravam e saíam de meu corpo com força, em estocadas fortes e violentas. Ela sabia exatamente como fazer para me enlouquecer, e como se achasse pouco, a mulher enfiou mais um dedo.

- Diga-me! Alguém já lhe fodeu desse jeito, Kim? Diga!

Eu fechei os olhos, abrindo a boca em um perfeito "O" enquanto seus dedos se moviam rápido e brutal dentro de mim. 

- Não! Não, Lalisa... Oh, Deus! Foda-me!

Eu sentia as gotas de suor escorrerem pelo meu corpo, enquanto Lalisa me fodia com força. Eu já não conseguia mais pensar em nada, a não ser no prazer intenso que aquela maldita mulher estava me proporcionado. Lalisa me invadia sem dó ou piedade. Descontando toda a raiva por ter sido enganada.

- Eu v-vou gozar... Porra eu não vou aguentar mais tempo...

Eu senti meu corpo inteiro tremer, enviando vibrações intensas para meu sexo que explodiu em um gozo violento. Eu movi meu corpo contra as estocadas de Lalisa até não aguentar mais. A mulher devagar tirou os dedos de dentro de mim, virando meu corpo de frente para o seu.

- Chupe-os! – ordenou, dando-me seus dedos para chupar. E assim eu fiz da forma mais ousada que poderia.

A expressão de prazer que Lalisa fez ao me ver, chupando seus dedos de forma ousada, era simplesmente impagável. A mulher mordeu os lábios lentamente, quando deslizei com a língua entre os dois dedos que estavam em minha boca. Em um vai e vem constante e provocador.

- Você é minha ruína!

Lalisa agarrou em minha cintura, obrigando-me a sentar sobre a mesa novamente. Eu rapidamente puxei seu rosto para junto do meu, chupando sua língua de forma ousada enquanto suas mãos me apertavam com força minha cintura.

- Eu quero mais... Eu quero mais, Lalisa, mas agora de seu corpo. – eu implorei em um sussurro, retirando todas as peças de roupa que ainda restava em seu corpo.

Seu olhar quase negro me fitava com tanto desejo que eu podia gozar a qualquer instante de novo. As mãos da mulher em um ato bruto me puxaram mais para si, abrindo minhas pernas contra seu corpo. Chegaria ser vergonhoso como eu estava totalmente à mostra para aquela mulher. Mas eu não me permitia sentir vergonha com Lalisa. Ela simplesmente arrastou as mãos por cima da mesa, jogando tudo ao chão. Para logo em seguida debruçar meu corpo totalmente ali.

Por uma fração de segundos, eu percebi seu olhar fulminante sobre mim. Quando a vi engatinhar sobre meu corpo em cima da enorme mesa, Lalisa tomou meus lábios em um beijo intenso e carregado de tesão. Eu podia sentir seu corpo suado, e sua respiração fortemente descompassada contra meus lábios.

- Deixa eu chupar você... deixe-me fazer você gozar em minha boca, Manoban.

- Eu odeio você, Jennie Ruby Jane!

Eu sorri, virando a mulher que agora estava totalmente deitada sobre a mesa de madeira. Eu fitei seu corpo por alguns segundos quando devagar comecei a distribuir beijos por toda aquela extensão. E, como ela, eu não pegaria leve, eu daria um belo e prazeroso troco.

Lalisa gemeu furiosa ao sentir uma mordida forte sobre seu mamilo direito.

- Porra, Jennie!

- Shhiu! Minha vez. – sussurrei sensualmente.

Eu deslizei a língua devagar sobre a aréola rosada ao redor de seu mamilo, chupando o mesmo hora devagar, hora rápido. Lalisa arqueou a cabeça para frente, fitando-me agoniada. Eu fitei seus olhos que me esganariam se fosse possível, e apenas sorri com um de seus seios entre os lábios, enquanto meus dedos a masturbavam habilidosamente.

- Chupe essa porra com força! – Rosnou ela segurando em meu cabelo.

E eu simplesmente a obedeci. Suguei, lambi e mordi com força os seios de Lalisa que ficaram extremamente sensíveis ao terminar. Eu queria deixá-la totalmente marcada como a mesma havia feito comigo. E, num ato rápido, eu me sentei sobre o colo de Lalisa, agarrando seus dois seios com as mãos quando comecei a me mover sobre ela, provocando um atrito gosto de nossos sexos.

Lalisa fechou os olhos com força, eu podia ver as gotas de suor escorrerem pelo seu pescoço que estava desenhado com as veias que pulsavam a cada instante. Eu virei meu cabelo somente para um lado, impedindo que o mesmo caísse sobre seu rosto perfeitamente desenhado. Quando comecei a me movimentar com força sobre o sexo encharcado de Lalisa.

- Deus! Esfregue mais rápido. – ela ordenou quase em desespero, levando as mãos para minha cintura, impulsionando meu corpo para frente e para trás sem parar.

Os objetos que ainda restavam sobre a mesa de Lalisa começaram a cair ao chão com o forte movimento em cima da mesa. Ao fundo os relâmpagos faziam o clarão iluminar sala. Eu apertei os seios de Lalisa com força, beliscando seus mamilos durinhos e sensíveis.

Meu sexo se esfregava no dela com tanta força que eu já não ia aguentar muito tempo. Mas eu não desistiria até fazê-la gozar sobre aquela mesa. Eu me apoiei sobre a mesa, colocando as mãos ao redor de sua cabeça para ir mais rápido.

- Isso! Foda-me Ruby Jane, com força!

Sua respiração era pesada, e se misturava aos seus gemidos hora agudos e hora roucos.

- Deus! Eu vou gozar, não pare!

Eu não parei, eu me esfreguei no corpo suado e sedento de Lalisa até sentir a mulher se contorcer debaixo de mim. Ela inclinava o quadril pra frente em busca de um contato mais forte, seu corpo inteiro tremia em um maravilhoso orgasmo. Quando eu, rapidamente, desci de cima da mesma, colocando-me de pé para sugar o liquido quente que seu sexo emanava.

- Você quer me matar! – ela gritou.

Quando eu deslizei a língua sobre seu clitóris devagar, eu sentia seu sexo pulsar contra minha língua. E adorei a sensação. Lalisa sentou-se totalmente aberta para mim. Segurando em meus cabelos com vontade, forçando minha cabeça contra seu sexo encharcado.

- Chupe, caralho! Jennie, isso! – esbravejou a mulher esfregando seu sexo contra meus lábios incansavelmente.

E assim eu fiz, lambi seu sexo molhado feito uma felina, deslizando devagar dois dedos para sua entrada totalmente chamativa. Lalisa arqueou o corpo para trás, gemendo com tamanha vontade, quase me fazendo gozar somente de vê-la com tamanho prazer. Eu agora fodia aquela mulher de duas maneiras.

Sua respiração era forte e pesada. Eu podia ouvir as palavras sujas que saiam de sua boca, aumentando ainda mais o tesão de fodê-la até cansar. Se ela achava que só ela poderia comandar, Lalisa estava muito enganada.

Eu tinha Ruby Jane dentro de mim, e com ela, as coisas não eram tão fáceis assim.

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