The Stripper - Jenlisa

Per KimKyoko_

638K 51.2K 107K

Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver ha... Més

1° Capítulo - Duas vidas
2° Capítulo - Voltando a Miami
3° Capítulo - The Stripper
4° Capítulo - Nova presidência
5° Capítulo - Primeiro dia
6° Capítulo - Mais tempo juntas
7° Capítulo - The dance
8° Capítulo - Beijo
9° Capítulo - Perdendo o controle
10° Capítulo - Le café
11° Capítulo - Doce ilusão
12° Capítulo - Confusão
13° Capítulo - Ensaio
14° Capítulo - Show particular
15° Capítulo - Jogo perverso
16° Capítulo - Chegada inesperável
17° Capítulo - Reencontro
18° Capítulo - Conhecendo a família
19° Capítulo - Apenas Jennie e Lalisa
20° Capítulo - Gosto de você
21° Capítulo - Uma dança
22° Capítulo - Voltando a dura realidade
23° Capítulo - O troco
24° Capítulo - Perdidas
25° Capítulo - Arrisque-se
26° Capítulo - Fuck you all the time
27° Capítulo - Caminhos cruzados
28° Capítulo - Você é minha!
29° Capítulo - Uma nova aliança
30° Capítulo - Eu amo você
31° Capítulo - Hora de jogar
33° Capítulo - Confronto
34° Capítulo - Turbilhão de sentimentos
35° Capítulo - Caindo em tentação
36° Capítulo - Negociação
37° Capítulo - Coisas do passado
38° Capítulo - Baile de máscaras
39° Capítulo - Pedidos
40° Capítulo - Questão de conhecer
41° Capítulo - Quem manda nesse jogo?
42° Capítulo - Tudo vai dar certo
43° Capítulo - Mentir sim ou não?
44° Capítulo - Surpresa
45° Capítulo - O vôo
46° Capítulo - Segredos
47° Capítulo - Último pedido
48° Capítulo - Decisão
49° Capítulo - The Lap dance
50° Capítulo - Xeque-Mate
51° Capítulo - Estratégia
52° Capítulo - A nova era
53° Capítulo - Acerto de contas
54° Capítulo - A perda
55° Capítulo - Para sempre minha
56° Capítulo - O casamento
57° Capítulo (Final) - O poder
Epílogo - A Família
Epílogo - Dois lados
Epílogo - Dear Stripper

32° Capítulo - A descoberta

9.9K 898 4K
Per KimKyoko_

Jennie Kim's Point of view.

O circulo estava a cada instante se fechando mais para mim. Os segredos estavam sendo descobertos e, quando eu menos esperasse, chegaria aos ouvidos dela. Deus, isso não poderia estar acontecendo, não agora. Ela literalmente era minha, eu havia conseguido o que sempre quis desde o inicio.

O amor de Lalisa.

Fechei os olhos sentindo uma sensação estranha tomar conta de mim. Uma mistura de medo, nervoso e incerteza. O que aconteceria se ela soubesse? Se ela soubesse que sempre fui eu? Lalisa iria me odiar, ia me demitir. Que jogo idiota você se meteu, Jennie! Tudo que eu havia planejado estava a pouco tempo de desmoronar, e eu não poderia fazer absolutamente nada.

Nesse instante Lalisa e Seulgi conversavam calmamente na sala, assunto qual eu daria tudo para saber. Depois da horrível briga que tiveram, creio eu que estavam no caminho certo para uma reconciliação naquela amizade. Eu precisava de tempo para processar e tentar resolver toda aquela situação. Tzuyu não ia deixar barato para mim, a qualquer instante a mesma poderia contar tudo para Lalisa e acabar comigo de uma só vez.

O que me intrigava era como a mesma havia descoberto. As poucas pessoas que sabiam de meu segredo eram indiscutivelmente confiáveis. Onde eu havia errado nessa história toda? Tateei com os dedos sobre o teclado do computador, digitando uma mensagem para Jisoo que não demorou nada para aparecer.

- Hey, Jendeuk! - Falou a mulher sentando ao meu lado. - O que a piranha lhe contou?

Eu olhei nos olhos de Jisoo que entendeu no mesmo instante.

- Não, não, não...

- Sim, Jisoo, Tzuyu descobriu tudo.

A mulher arregalou os olhos, ficando completamente perdida.

- Me diga que ela não contou nada à Lalisa.

- Ela não contou, mas não irá demorar muito. Ela simplesmente quer que eu suma daqui.

- Se quiser eu a faço sumir com uns bons tapas na cara de vadia que ela tem.

Sorri sem o menor humor.

- Bem que eu queria isso... vontade não me faltou de bater naquela cobra. Mas eu não posso.

- E por quê?

- Se eu fizesse, ela sairia até a sala de Lalisa e contaria tudo.

- Tem razão. O que vai fazer? - perguntou curiosa.

- Eu não sei, Jisoo. Eu queria descobrir como ela soube.

- Isso realmente é um mistério. Será que ela se juntou à Solar?

- Solar não sabe que me chamo Jennie Kim.

- Você acha que a Soyeon pode ter...

- Deus! Claro que não, Jisoo! Soyeon jamais faria isso comigo.

- Eu não confiaria tanto, Jennie. - Jisoo falou desconfiada.

- Por qual motivo ela faria isso?

- Eu não sei, só acho que não deve confiar.

- Não podemos desconfiar de alguém que sempre me ajudou.

Jisoo riu de forma irônica.

- Jennie, ela SE ajudou. Você é a estrela daquele lugar, sem você Soyeon não seria nada.

- Ela já tinha a boate quando me conheceu.

- E a boate estava falida, você lembra, não?

- Jisoo... - Repreendi a mulher, julgando sua ideia absurda.

- Mas enfim, o que vai acontecer agora?

Eu respirei fundo encarando Jisoo que me fitava apreensiva.

- Eu não sei, o jogo está acabando para mim.

- De que jogo falam, meninas?

Ouvi a voz rouca de Lalisa próxima demais. Eu juro que, naquele instante, meu coração parou. Eu rapidamente me levantei com um sorriso amarelo.

- Nada demais, Lalisa, é sobre quem vai limpar o apartamento essa semana.

- Sim, Sra. Jennie se recusa a fazer.

Lalisa sorriu ao lado de Seulgi.

- Contrato uma empregada para você, srta. Kim.

- Isso realmente seria maravilhoso! - Jisoo exclamou rapidamente.

- Jisoo! Não. - Repreendi a mulher na mesma hora fazendo Lalisa sorrir.

- O quê? Uma empregada resolveria nosso problema.

- Concordo com a Srta. Jisoo. - Lalisa falou categórica.

A mulher sorriu convencida com as palavras de Lalisa.

- Depois vemos isso, Lalisa.

- Certo, srta. Kim.

- Bom, meninas, para infelicidade de vocês, eu já vou. Ligo para você depois Lalisa, para acertamos tudo.

Olhei curiosa para Seulgi que se retirou com um belo e largo sorriso no rosto, levando Jisoo junto de si. Fitei Lalisa com uma das sobrancelhas arqueadas, fazendo a mesma sorrir lindamente.

- Por que está me olhando assim, srta. Kim?

- O que está aprontando, Manoban? - perguntei com um olhar extremamente acusativo.

- Nada.

- Tem certeza?

- Sim, eu vou lhe contar depois o que conversei com Seulgi, tá bem? Mas agora vamos, vou te levar pra casa.

Eu a fitei por alguns segundos e assenti. Em questões de minutos, comecei a ajeitar todas minhas coisas, enquanto Lalisa esperava ao lado de minha mesa. A mulher olhava os pequenos objetos coloridos sobre a mesa de vidro de forma atenta, até que focou em certo papel.

- Nunca me contou que se chama Ruby Jane, Jennie. - Lalisa falou intrigada, levantando a pequena folha que continha meus dois nomes.

Deixei os objetos que carregava nas mãos caírem ao chão em puro nervoso.

- Droga, droga! - falei me abaixando rapidamente para pega-los.

Lalisa se aproximou, me ajudando a recolher tudo.

- Está tudo bem, Nini?

Eu fitei seus olhos curiosos e preocupados, e eu apenas assenti. Meu coração estava batendo enlouquecidamente em desespero pela descoberta da mulher sobre meu nome.

- E então, porque nunca me disse?

-E-eu n-não gosto desse nome, prefiro Jennie. - falei nervosa. - Então evito falar. Algum problema?

- Não, gosto de Ruby Jane. É um nome muito bonito e decidido.

- Conhece alguma Ruby Jane? - perguntei curiosa para ouvir sua resposta.

- Sim, mas não vem ao caso Nini. Vamos?

Eu assenti e sorri fracamente.

Caminhei ao lado de Lalisa até seu carro em repleto silêncio. Até aquele instante, Lalisa me parecia tranquila, o fato de ter descoberto que eu me chamava Ruby Jane não havia a intrigado tanto. Pelo menos era o que ela transparecia, mas vindo de Lalisa, tudo ainda era um segredo para mim. O caminho até minha casa foi da mesma maneira, até a mesma parar o carro em frente ao enorme prédio.

- Jennie, o que está havendo? Você está tensa a manhã inteira, amor.

Olhei em seus olhos, percebendo a maneira carinhosa no qual ela havia me chamado. Me aproximei da mulher, trazendo seu rosto para junto do meu, onde depositei um beijo calmo em seus lábios macios e quentes, que cuidaram de retribuir da mesma forma.

- Me desculpe, só são problemas demais.

Lalisa me encarava sem entender a situação. Seus olhos estavam clarinhos. A pouca luz do ambiente deixava seu rosto parcialmente iluminado, modelando o que já era perfeitamente modelado.

- Tenho uma surpresa para você. - ela falou sorrindo.

- E o que é? - perguntei curiosa.

- Não posso dizer ainda, se quiser descobrir tem que ir até minha casa.

Dei uma risada divertida.

- Isso é uma maneira de me fazer dormir com você, Manoban?

Lalisa abriu um sorriso, mordendo o lábio lentamente.

- Não, mas essa idéia aí é maravilhosa, srta. Kim.

- Não seja safada. Diga logo!

Lalisa sorriu rendida, e pegou um envelope marrom que estava no banco de trás do carro.

- O que tem aí? - lerguntei curiosa.

Lalisa sorriu alegre, e tirou o papel de dentro.

- Esse documento é a solicitação da guarda de Ella. Meu advogado vai dar entrada essa semana na justiça com isso. Mas antes, é precisode sua bela assinatura, Srta. Jennie Ruby Jane.

Confesso que ouvir a mesma pronunciar meu nome com um belo sorriso no rosto era calmante.

- Oh, meu Deus, sério?

- Sim, Nini! No domingo eu recebi isso por e-mail. Queria ter lhe contato no mesmo dia, mas achei melhor esperar.

Eu sorri para Lalisa, puxando a mesma para um abraço forte.

- Obrigada, Lalisa, você não sabe o quanto isso é importante para mim. - falei embragada em lágrimas

- Eu sei sim, Nini, e por isso que estou fazendo.

Soltamo-nos e a mesma me fitou de forma carinhosa, limpando com o polegar as lágrimas que teimavam em descer lentamente pela maçã de meu rosto.

- Não quero lhe ver chorando, Jennie. Vai, assina aqui.

Lalisa falou indicando onde eu deveria escrever.

- Ótimo! - Lalisa falou com um sorriso, colocando o papel dentro do envelope. - No próximo, o advogado vai redigir o documento com todos os seus dados, mas não se preocupe, eu já dei seu número a ele.

- Obrigada, Lalisa.

- Não tem que me agradecer, Jennie.

- Ficou de bem com Seulgi? - perguntei rapidamente.

Lalisa assentiu, soltando um sorriso.

- Sim, conversamos bastante e ela não me odeia. - falou a mulher em alívio.

- Fico feliz com isso. Foi ruim demais ver vocês brigando.

- Culpa sua. - brincou.

- Minha? Culpa sua e dos seus ciúmes.

- Quem lhe garante que eram ciúmes, srta. Kim? - Lalisa perguntou me fitando.

- Sua raiva, e forma como me pegou dentro daquele carro, Sra. Manoban.

Mordi os lábios em sinal de provocação.

- Estou de bem com ela, mas não quero vocês de conversinhas, estamos entendidas? - seu tom foi sério e autoritário.

- Como a senhora desejar.

- Jennie, Jennie...- Lalisa cantarolou em uma tentativa vaga de conter seus pensamentos pela forma como eu a provocava.

- Estou bem quieta. Diga-me, o que vão acertar?

- Seulgi me convidou para ir à casa dela na Georgia essa semana. A gente sempre teve esse ritual como uma das duas estava confusa demais entende?

- E você está confusa, Lalisa?

Minha pergunta naquele momento havia pegado de surpresa. Lalisa demorou certo segundos pensando em como responderia aquilo.

- Os problemas com meu pai estão ficando difíceis. Você entende?

Eu assenti, e fiz um carinho leve em sua mão.

- Sim, não se preocupe, Lalisa.

- Não vai se chatear se eu for? É que eu realmente preciso.

- Sentirei sua falta, mas pode ir. Quantos dias?

- Três.

- Se comporte, Manoban.

Lalisa sorriu, e me puxou com intensidade para si.

- Irei me comportar, Srta. Kim. Eu prometo.

- Ótimo.

Falei antes de deixar que a mesma tomasse meus lábios em um beijo voraz.

[...]

A tal viagem que Seulgi havia planejado com Lalisa me deixava nervosa. Eu não sabia o que aconteceria, e nem o que elas iriam fazer. Não que eu desconfiasse de Lalisa, eu sabia exatamente quem seria a única pessoa no qual ela me trairia. Eu fechei os olhos batendo levemente na porta de meu apartamento. Mais uma vez, Jisoo havia levado minhas chaves por ter esquecido as suas em casa.

- Pensei que iria ficar namorando a noite toda no carro. - Jisoo falou abrindo a porta.

Eu sorri para a mulher e entrei. Chaeyoung e Momo estavam sentadas no chão da sala enquanto comiam pipoca.

- Sessão de filme e ninguém me chamou? - perguntei largando minha bolsa no sofá e sentando no que estava ao lado.

- Achamos que você tinha coisas melhores para fazer com sua mulher do que ver filme com suas amigas. - Momo falou sorrindo.

- Realmente tínhamos coisas melhores para fazer. - falei convencida.

- Fica fazendo inveja, sua nojenta.

Momo falou jogando uma almofada em mim. Acertando em cheio, provocando-me uma risada alta.

- Nem sinto inveja. - Jisoo falou tomando suco. - Tenho Seokjin.

- Seokjin não é Lalisa Manoban, meu amor.

"Uhhh" Momo e Chaeyoung soaram em coro.

- Lalisa não é tudo isso.

- Desculpa, Kim, mas ela é tudo isso e muito mais.

Momo e Chaeyoung ficavam nos assistindo atentamente, deixando o filme que passava na enorme tela de lado.

- Isso tá, com certeza, melhor que filme. - Chaeyoung falou rindo.

- Idiotas. - Jisoo e eu falamos juntas.

- Ok, Lalisa realmente parece ser tudo isso. Mas como eu não curto mulheres, vai de Seokjin mesmo.

Sorri e me sentei ao lado das meninas, roubando um pouco da pipoca que estava no pote em que Momo segurava.

- Eu estou com medo.

As três me olharam.

- Jisoo me contou o que houve... eu, sinceramente, não sei como aquela mulher pode ter descoberto tudo, Jen.

- Eu também não sei, Momo.

- Você a viu na Imperium alguma vez? - Jisoo perguntou a Momo que negou com cabeça.

- Eu estou há duas semanas sem ir lá. Férias! - Momo falou dando de ombros.

- Acha que Lalisa vai saber? - Chaeyoung perguntou.

- Eu sinto que sim... Eu estou com uma sensação estranha, sabe?

- Pode ser nervoso pela Tzuyu saber. - a loira falou afagando meus cabelos.

- Eu não sei, Park, tudo está bom demais na minha vida... isso nunca dura muito tempo.

- Podemos nos juntar e quebrar a cara daquela mulher, o que acha? - Jisoo falou animada.

- Eu apoio!

- Eu também!

Eu sorri sem jeito, as três eram como minhas defensoras. Eu sabia que ali elas nunca me deixariam na mão. Chaeyoung, Jisoo e Momo eram as melhores amigas que eu poderia ter. Elas sabiam absolutamente de tudo em minha vida, do começo ao fim e nem nos piores momentos me deixaram na mão. Naquele instante, eu me sentia segura para tomar uma decisão que mudaria toda minha vida, eu só não sabia que consequências elas poderiam ter.

- Vocês realmente são incríveis! - falei melancólica, recebendo um abraço triplo de minhas meninas.

- Vai ficar tudo bem, Jen. - Momo falou depositando um beijo em minha cabeça.

- Deus vai nos ajudar nessa. - Chaeyoung sorriu.

- E quebraremos Tzuyu se ela contar algo.

Sorrimos todas juntas, juntando-nos no sofá para terminar de ver o romance que passava.

Lalisa Manoban's Point of view.

"Jennie Ruby Jane"

"Ruby Jane"

"Jennie"

Aquelas duas palavrinhas iam de um lado para o outro em minha cabeça como um pêndulo de um relógio se balançava: constante e irritante.

Será que a vida poderia ser mais cômica? Jennie Kim na verdade também se chamava Ruby Jane. Coincidência ou não? Confesso que, saber desse detalhe, realmente havia me deixado atordoada. Eu não deixei que transparecesse para a mesma, afinal eu não poderia explicar a Srta. Kim porque aquele nome me chamava tanta atenção. O que diria? Que Ruby Jane era o nome de minha stripper no qual eu tinha um desejo desmedido de possuir?

Não, não... ela me mataria! E eu estragaria tudo que estava bem demais. As coisas com Jennie estavam mais do que certas, mas eu sentia que me faltava algo. Minha vida, com toda certeza, ainda não estava completa e eu sabia exatamente a parte que me faltava.

Eu fechei os olhos deitando em minha enorme e macia cama, pensando em tudo que estava acontecendo. Massageei minhas têmporas delicadamente afastando a dor de cabeça que tomava conta de mim. Kang tinha razão, talvez eu precisasse de um tempo só meu, longe de ambas morenas que me faziam perder o juízo. Como se eu pudesse esquecer, é claro.

[...]

- Tem mesmo que ir? - ouvi a voz doce de Jennie perguntar, enquanto arrumava uma papelada sobre a mesa.

Olhei para a mesma que me encarava de forma tristonha.

- Sim, eu realmente preciso, Nini... mas não se preocupe, voltarei logo.

- Tudo bem, Lalisa, eu espero que você fique melhor.

Fechei a mala com os arquivos necessários e me aproximei de Jennie. Delicadamente puxei a moça de encontro ao meu corpo. Hoje ela estava com os cabelos trançados, usava calça e blusa na cor cinza, e belos saltos brancos. Na parte da frente, um decote chamativo e delicioso que me deixava até enciumada.

- Eu ficarei. Mas confesso que ficar uns dias longe de você não me agrada, Srta. Kim.

Jennie sorriu.

- Então fique. - falou a morena com rosto angelical mas com um olhar malicioso.

Jennie era o melhor dos dois mundos: a mulher era doce e meiga, mas ao mesmo tempo com sutileza lançava investidas tão ousadas como Ruby Jane. Eu desci os olhos de sua boca carnuda até o vale de seus seios à mostra pela abertura da blusa de botão branca que usava por dentro.

- Não pede assim. - sussurrei para a mesma que se aproximou mais.

A coreana beijou na curva de meu pescoço lentamente, provocando um arrepio gostoso por todo meu corpo, deslizando a língua devagar sobre meu ponto de pulso. Eu segurei firme em sua cintura trazendo seu corpo pro meu com força. Jennie arfou de forma tão gemida que eu senti minha calcinha molhar. Maldita secretária!

- Se ficar pedindo assim, eu não vou, mas você também não sai dessa sala hoje.

- E se eu não quiser sair? - perguntou com os olhos em união com os meus. Castanhos quentes e flamejantes.

- Se não quiser sair, eu foderei você em cima dessa mesa até suas pernas ficarem bambas.

Jennie mordeu os lábios de forma provocativa em minha direção.

A morena caminhou, encostando-se na mesa de madeira.

- Eu até acho uma boa idéia...

Eu sorri, ousada.

Eu iria me aproximar de Jennie quando Seulgi entrou na sala, cortando totalmente a áurea sexual que estava espalhada naquele ambiente. Jennie a olhou corada.

- Interrompi alguma coisa? - Seulgi perguntou desconfiada.

- Claro que não Kang, estávamos apensas passando os relatórios.

- Corporais? - perguntou a mulher com um sorriso descarado.

- Seulgi... - Jennie a repreendeu.

- O quê? Gente, me desculpa se eu atrapalhei a foda, se quiser eu saio e vocês continuam.

- Cala a boca, Seulgi.

Jennie sorriu sem jeito e eu simplesmente desviei o olhar. Quando mais alguém entrou em minha sala.

- Bom dia. - Tzuyu se pronunciou com um belo e largo sorriso.

- Quem deixa essa mulher entrar, meu Deus!? - exclamei brava.

- Sempre um amor, não é, Lalisa? - disse ela sentando em minha frente.

Olhei para Jennie que tinha o olhar perdido, assustado. Perguntei-me por qual motivo a mulher estaria assim.

- Oi, ex-cunhada, o que devo a honra de sua presença no escritório de minha amiga? - Seulgi falou em tom fingido, ela odiava Tzuyu.

- Nada que seja do seu interesse, Seulgi, quero falar em particular com você, Lalisa.

- Sobre o quê?

- Sobre coisas que eu creio que você não gostara de compartilhar com mais ninguém.

Fitei Tzuyu, imaginando qual seria a nova história. A mulher tinha uma facilidade imensa de manipular as mentes mais fracas, o que não era meu caso é claro.

- Lalisa! - Jennie interrompeu.

- Precisamos ir, Manoban. - Seulgi falou rápido.

- Vocês vão se atrasar. - Jennie falou estranhamente nervosa.

- A Srta. Kim tem toda razão, por isso, Tzuyu, se retire agora.

Seulgi caminhou até Tzuyu puxando a mulher, forçando a mesma a se levantar de onde estava sentada.

- Não saio daqui antes de falar com Lalisa!

- Querida, você não vai falar com ela agora. Colabore. - Seulgi disse.

- Kang me solte!

- Não, não. Obrigada. Saia e não apareça aqui para estragar o dia. - Seulgi falou abrindo a porta.

Eu não conseguia entender aquela situação. O nervoso de Jennie, a pressa de Seulgi. Estavam todas ficando loucas ou era coisa de minha cabeça?

Kang Seulgi's Point of view.

Eu praticamente arrastei Tzuyu de dentro da sala, a mesma resmungava enquanto tentava se desvencilhar de minhas mãos que a puxavam com certa força impedindo que a mesma voltasse. Carreguei a mesma até o elevador.

- Você pode me soltar?! - Tzuyu gritou furiosa.

Empurrei a mulher para dentro da caixa de metal rapidamente.

- Eu acho bom você ir embora daqui.

Tzuyu riu sarcástica.

- Você sabe de tudo, não é?

- Do que está falando, Chou?

- Não seja sonsa, Seulgi. Você sabe da vidinha dupla da secretária. Você também está mentindo para Lalisa!

- Você tomou seus remédios hoje? Nada explica seu surto psicótico. - falei irritada.

- Não venha com suas gracinhas, Seulgi. Você sabe de tudo, por isso está me expulsando! O que é? Você está comendo ela também?

Jennie Kim em pouco tempo se tornou uma amiga que eu realmente não poderia imaginar, ouvir aquelas palavras sujas vindo da boca da mulher em minha frente com toda certeza desperto uma ira que estava guardada em mim.

- Escute aqui, sua vadiazinha de quinta, lave sua boca para falar algo em relação a qualquer coisa que envolva Jennie e eu. Somos apenas amigas. E preste bem atenção no que vai falar a Lalisa, ou eu dou um belo jeitinho de deformar essa cara de naja que você tem.

Tzuyu se afastou, seus olhos tinham um brilho furioso em ódio.

- Você e Jennie vão se ferrar na minha mão. Aguardem!

- Tente fazer alguma coisa e eu mato você. Estou lhe avisando previamente.

Apertei no botão do elevador, não dando nem tempo para que a mesma falasse alguma coisa, as portas se fecharam levando Tzuyu junto. Caminhei de volta a sala de Lalisa quando a mesma já estava saindo ao lado de Jennie, que ainda tinha um semblante preocupado. A moça parecia estar pálida e nervosa.

Sorri para ambas mostrando que a situação estava sob controle temporariamente, é claro. Calar Tzuyu com toda certeza não seria fácil. A situação que Jennie estava era delicada, eu mesmo custei acreditar quando a mesma me contou no primeiro almoço que tivemos juntas. A morena foi corajosa o suficiente para confidenciar o seu maior segredo para a melhor amiga da mulher no qual estava enganando. Eu sabia as reais intenções de Jennie, e exatamente por isso eu resolvi ajudá-la.

- Bom... vamos? - perguntei a Lalisa.

A mulher sorriu abertamente e fitou Jennie, puxando a mesma para um beijo calmo. As duas não precisavam ficar fazendo inveja em minha frente, não é?

- Chega, gente, ninguém vai morrer não. - falei puxando Lalisa.

Fazendo as duas rirem.

- Se cuida, Srta. Kim, e me ligue todas as noites.

Jennie sorriu e assentiu.

- Comporte-se, Manoban.

- Recado foi dado. Agora vamos, e Jennie não se preocupe, vai dar tudo certo!

A morena de olhos castanhos sorriu fracamente. E assim Lalisa e eu saímos.

Lalisa Manoban's Point of view.

- Eu simplesmente não sei mais, Seulgi. Eu estou ficando louca. - falei colocando as duas mãos sobre a cabeça.

Havíamos chegado há horas na enorme casa onde Seulgi costumava a vir antes. O voo no helicóptero não poderia ser mais tranquilo. Chegamos e rapidamente nos acomodamos em nossos devidos quartos, para logo depois Seulgi me chamar para beber e desabafar como fazíamos há anos atrás.

- Amiga, realmente, isso é complicado. Como você pode amar duas pessoas? É impossível!

Seulgi exclamou servindo-se de mais um copo de uísque.

- Não é impossível, eu sei o que sinto. Eu simplesmente não consigo ficar sem uma das duas! Seulgi, Jennie é a mulher que eu sempre quis, ela é carinhosa, meiga e sensual. Ela cuida de mim como ninguém.

- E por que não a escolhe de uma vez?

- Por que eu amo Ruby Jane também. Ela é tão quente, Seulgi, tão boa. Sexy!

- Você é uma pervertida, isso sim.

A mulher falou me fazendo rir. Peguei a almofada que estava no divã e joguei na mesma que gargalhou. Nesse exato momento estávamos deitadas nos divãs que havia espalhados no deque da casa de Seulgi. Sobre nós, apenas o enorme céu negro, coberto por quase invisíveis estrelas. Sendo cobertas parcialmente por camadas de nuvens. Iria chover bastante aquela noite.

- Não fale besteira, é porque você nunca teve experiência com nenhuma delas.

- São boas?

Eu sorri de canto, lembrando das noites em que desfrutei das duas belas mulheres.

- Elas são mais que boas, são perfeitas.

- Se ficar falando tanto vou querer as duas para mim.

Eu ri.

- Você seria a mulher mais feliz do mundo. Em quesito sexual eu não tenho absolutamente nada a reclamar.

- Jennie é tão boa assim na cama?

- Ela é incansável, Kang. E Ruby Jane também.

- Por isso você está assim: doida.

- Elas são o céu e o inferno da minha vida, Seulgi.

- Você está fodida.

Eu sorri tomando mais um gole da bebida quente em meu copo. Já quase não sentindo mais efeito. Eu estava totalmente perdida, eu não queria escolher, eu não queria só uma. Eu queria as duas para mim. E eu as teria.

Levantei-me do divã, tomando o que restava do uísque no copo. Seulgi me fitou desconfiada, sem entender absolutamente nada. Eu vesti meu sobretudo negro, ajeitando em meu corpo.

- O que pensa que vai fazer, Manoban?

- Eu vou ver Ruby Jane.

Seulgi arregalou os olhos.

- Você tem certeza de sua escolha?

- Essa não é a minha escolha.

- Então o que diabos vai fazer naquela boate? - perguntou a mulher nervosa.

- Eu quero ela essa noite, eu preciso.

- Lalisa, pense. Tem a Jennie. Você não a quer?

- Eu quero, mas quero Ruby Jane também!

- Vai ficar com as duas? Jennie não merece isso.

Eu sabia que Seulgi tinha razão. Mas eu não podia fazer nada, não agora. Meu corpo gritava pelo da stripper. Eu simplesmente não podia ir contra o desejo carnal que consumia cada célula de meu corpo.

- Seulgi, esse será nosso segredo.

- Lalisa, não...

Eu sorri, e me retirei deixando Seulgi sozinha.

O helicóptero ainda estava sobre o gramado enorme do jardim. Assim que o piloto me viu, aproximou-se para abrir a porta.

- Volte a Miami. - ordenei.

O homem apenas assentiu, preparando tudo para me levar até minha perdição.

[...]

Em poucas horas meu helicóptero estava pousando sobre a Manoban Industry. Em Miami caia um a fraca garoa, fazendo-me afagar meus próprios braços em busca de calor.

- Deseja que eu a leve em casa, senhora? - Alfred perguntou educado.

- Vá para sua casa, Alfred. Eu dirijo essa noite.

- Tem certeza, senhora?

- Absoluta.

O senhor assentiu paciente, e me entregou a chave do carro. Eu desci pelo elevador principal até a garagem onde encontrei meu carro. E não demorou muito, eu estava prada em frente a enorme boate. Fechei os olhos e encostei a cabeça sobre o volante pensando se aquilo era o certo a se fazer, e a resposta era bem clara.

Não, não era.

Eu pensei em Jennie, e no quão magoada ela ficaria. Mas eu simplesmente não podia, eu não conseguia. Saí do carro e caminhei debaixo da garoa fina até a entrada. O homem de terno preto apenas assentiu e me deixou passar. A boate estava cheia, o clima dentro do lugar era totalmente diferente. Quente demais.

Eu caminhei devagar ainda analisando a idéia de sair daquele lugar e ir para os braços de Jennie. Mas algo me fez seguir em frente.

- Um uísque, por favor. - pedi a uma moça loira que assentiu com um sorriso.

Não demorou muito para que a mulher rapidamente me entregasse o copo com a bebida. Tomei o primeiro gole, e caminhei até uma das mesas próximas do palco onde a mesma dançaria, mas eu não me mostraria ali. Daquela vez, eu não seria a primeira da fila, eu assistiria tudo de forma oculta, onde a mulher não pudesse ver. Até que as luzes se apagaram.

- Senhoras e Senhores, sejam bem-vindos ao Imperium de Ruby Jane.

Uma voz masculina e rouca falou. Eu me sentei, tomando mais um pouco da bebida quando o enorme holofote se ascendeu sobre a stripper.

Porra!

Com as batidas lentas da música, a mulher caminhou lenta e graciosamente até o bastão de inox, rodeando o mesmo devagar. Encarando a plateia com sua pose prepotente e puramente sexual. Ruby Jane, aquela noite, estava com uma fantasia de aeromoça, uma saia tão curta que poderíamos ver a cor de sua lingerie, que por sinal, era preta. Uma blusa que continha um decote extremamente chamativo e desejoso, em seus pés um scarpin vermelho. Seus cabelos estavam soltos com ondulações que a deixa mais selvagem, e é claro, em seu rosto estava sua inseparável máscara negra. A mulher rodeou o bastão apenas mais uma vez até ficar de costas, e se abaixar rapidamente até o chão, e subir devagar. Ruby Jane sorriu sarcástica, mordendo os lábios em sinal de pura provocação. Engoli em seco, vendo seus movimentos tão ousados que me deixavam a beira do precipício.

A mulher, com força, se suspendeu na barra de inox elevando seu corpo de forma tão rápida e habilidosa que eu sabia que só ela conseguia fazer. Os telespectadores vibraram com cada movimento que a ninfeta sabia fazer, e eu era um deles. Ruby Jane desceu, rebolando devagar, movimentando seu corpo, enquanto o mesmo roçava sem parar no bastão do poli dance.

Suas mãos deslizavam por seu corpo de cima à baixo com um desejo que eu guardava em mim. Desabotoando devagar a blusa enquanto rebolava sensualmente para quem a assistia. Os homens, na primeira filava, tocavam em seu corpo, provocando-me uma ira que eu não poderia sentir. Ruby Jane tirou a blusa totalmente jogando para o loiro que a encarava, deixando apenas a visão de seus seios apertados por um sutiã preto de renda.

- Foda comigo essa noite, Ruby Jane!

- Você é tão gostosa!

- Vou lhe ensinar direito, desça aqui!

Reprimi a fúria que tomava conta de meu corpo e continuei a vê-la. Ruby Jane sorriu diabólica, passando as mãos por seus cabelos sedosos, enquanto a plateia lhe banhava de dinheiro. Era esse seu poder, Ruby Jane com uma simples dançava secava os bolsos dos mais importantes empresários da região. Ela nos levava ao seu mundo prazeroso em apenas um toque. Deus. Aquela mulher era o inferno.

A stripper virou de costas, e então tirou a minúscula saia que cobria seu corpo. Mostrando a pequena calcinha, que mal cobria seu sexo. Por uma fração de segundos eu pensei em Jennie, algo nelas me era familiar. Os olhos, o corpo, tudo? Eu fechei os olhos e neguei mentalmente. Seria loucura ver algo familiar entre ambas? Eu não podia evitar, às vezes em meu interior eu até poderia imaginar que as duas seriam uma só. Nada explica o poder que ambas exercem sobre mim.

Ruby Jane olhou em minha direção, mas eu tinha certeza que ela não conseguia me ver. Ela rebolou em perfeita sincronia com a música sensual que tocava para a mesma nos seduzir. Deslizando as mãos pelos seios, abdômen até passar lentamente por seu sexo. Eu me sentia quente, em brasas. Ruby Jane era simplesmente de enlouquecer.

Mas, as imagens de Jennie, a cada instante, se faziam mais presentes em minha cabeça.

"Jennie pegou a pequena flor, colocando sobre sua orelha, perto de seus cabelos castanhos. Eu fitava cada movimento seu, de forma admirada. Aquele momento poderia ser o mais clichê, mas era bom. Logo após ajeitar a flor que a deixou mais linda aquela manhã, a morena me lançou um sorriso.

- Você me deixa fraca por ser tão bonita. Deus! - falei tentando me levantar.

- Deixo? - ela arqueou uma das sobrancelhas.

- Muito.

Jennie sorriu maliciosa. Movendo-se cuidadosamente para sentar em meu colo. Deus, ela estava completamente nua.

- Se ficar aí por muito tempo, não é o café da manhã que vou comer.

Jennie deslizou a língua sobre os lábios e sorriu."

[...]

"Jennie tinha um olhar misterioso e intenso. Seus olhos castanhos tão quentes e familiares escondiam segredos que um dia eu iria desvendar. Ela mordeu os lábios em provocação. E eu analisei cada movimento seu. Aproximei meu rosto dela, segurando nosso olhar por alguns segundos enquanto uma de minhas mãos ajeitava algumas mechas de seus cabelos que teimavam em cair perto de seu rosto.

- Você é tão linda, Kim.

Eu olhei fixamente em seus olhos, que me fitavam cheio de planos. Eu me sentia feliz, eu sentia meu coração bater freneticamente, eu sentia minha respiração se alterar lentamente. Um misto de sensações desconhecidas tomou conta de mim. Você consegue entender? Eu via naquela mulher meu futuro ao seu lado, através de sua íris castanha eu a havia ao meu lado. Droga, eu estava perdida. Eu a amava.

- Jennie...

- Sim? - a mulher perguntou esperançosa, como quem soubesse o que eu queria dizer.

Eu respirei fundo, sentindo meu coração errar a batida. Seria agora o momento certo? Eu fechei os olhos, e abri novamente diante dos seus.

- Eu amo você."

Eu neguei com a cabeça e me levantei, eu não podia ficar ali, eu não devia. Deixei o copo de lado e caminhei em direção à saída da boate. O vento frio praticamente me obrigou a usar um agasalho, a fina chuva ainda caia lá fora. Encostei-me na parede do lado de fora, comprando do enorme segurança um de seus maços de cigarro, eu precisava daquilo. Precisava extravasar a tensão que tomava conta de mim.

Acendi o mesmo, tragando forte. Sentindo a nicotina relaxar os músculos tensos. Eu estava enlouquecendo, eu já não conseguia mais ficar perto de Ruby Jane sem sentir a culpa por estar traindo Jennie. E quando estava com Jennie, eu sentia falta de Ruby Jane. Será que tinha como ficar pior?

Soltei a fumaça, que se desenhou pelo ar frio. Eu acho que fiquei cerca de quase uma hora lá fora, pensando se deveria ou não voltar lá e fazer do corpo daquela mulher meu novamente. Mas então, tomei a decisão de simplesmente ir embora. Entrei em meu carro ficando mais alguns minutos parada, algumas pessoas saíam e outras entravam na boate. Eu apenas liguei meu carro, me retirando daquele lugar que já não era mais meu.

Liguei o som do carro, e dirigi lentamente pelas ruas. Naquele momento eu só queria ficar só, organizar minhas idéias e minhas decisões que com toda certeza não era nada fáceis. Movi o pescoço de um lado para o outro tentando relaxar, quando vi uma silhueta familiar caminhando mais à frente. Semicerrei os olhos para tentar enxergar melhor, mas a pessoa que me parecia familiar caminhava coberta com um grande sobretudo, o capuz cobria seus cabelos. Mas eu não podia estar enganada com quem imaginava ser. Nos pés, o salto alto vermelho, o corpo apesar de coberto se desenhava muito bem com o sobretudo.

Era Ruby Jane.

Seria destino? Pensei sorrindo.

Eu não me aproximei, continuei a fitar a mulher de longe que caminhava rapidamente devido à chuva fraca que caia.

Onde será que a mulher estava indo?

O carro se movia devagar, e uma boa distancia para que a stripper não percebesse que estava sendo vigiada. Com a chuva veio uma fraca ventania, fazendo o capuz da morena cair para trás. Apenas dando-me total certeza de quem estava ali, os cabelos ondulados de Ruby Jane se mostraram como há poucos minutos atrás sendo molhados pelas gotas de água que caiam sobre o mesmo. Talvez fosse hora de eu ajudá-la com uma carona, não é?

Eu resolvi aproximar o carro quando a mulher atravessou a rua, seguindo em direção do enorme prédio do outro lado. Eu rapidamente recuei.

Espere...

Eu conhecia aquela rua, e conhecia mais ainda aquele prédio.

Por uma fração de segundos meu coração acelerou, eu podia ouvir as batidas do mesmo em meus ouvidos. Uma sensação estranha tomou conta de meu corpo, um frio intenso em meu interior. Aquele prédio era de Jennie. Eu parei o carro, fitando a mulher que se aproximou do portão, tirando as pequenas chaves do bolso, que com dificuldade conseguiu abrir. A morena entrou, fechando o portão, mas antes disso eu pude ver seu rosto, e agora, ele já não possuía a máscara que lhe escondia.

Eu não podia acreditar.

Era ela...

Ruby Jane era ninguém menos que Jennie Kim.

Continua llegint

You'll Also Like

11K 624 30
[EM ANDAMENTO] Jennie Kim é uma incrível cantora e modelo, nasceu na coreia e foi morar na nova zelandia, mas decidiu voltar a sua terra natal e foi...
811K 48.3K 144
Julia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre...
167K 21.4K 27
Sua sexualidade não era uma doença, ela não estava louca, ela apenas amava alguém
221K 7.9K 129
• ✨ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ʀɪᴄʜᴀʀᴅ ʀíᴏꜱ✨ •