PS: Não me ame

By Gisasl86

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Duas histórias, dois mundos e um encontro que mudará o destino de Taylor e Amy. Taylor acabou de descobrir a... More

Taylor
Amy
Taylor
Amy
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Amy
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Amy
Amy
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Concurso ❤️
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Amy

Amy

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By Gisasl86

Todos os acontecimentos das últimas vinte e quatro horas deixaram Amy estressada e cansada e nem um longo dia de trabalho na lanchonete conseguiu mudar isso. Tudo o que ela precisa hoje é ir para casa e tomar toda a vodka que está estocada no seu armário e apagar por algumas horas e é o que provavelmente ela iria fazer se fosse a algumas semanas atrás, mas hoje Amy precisa seguir o seu plano e se livrar de vez da armadilha de Allan Dickinson.

Taylor enviou uma mensagem mais cedo dizendo que passaria na lanchonete às seis para buscá-la e Amy respondeu com um emoji de uma carinha sorridente 😀 e um sinal de ok 👍.

Às 17:50h Amy já está esperando por Taylor em frente à lanchonete, ela acende um cigarro para aliviar um pouco a ansiedade. Para ela não é um sacrifício ficar com Taylor, na verdade é prazeroso... Mas ter que engana-lo é algo que Amy não se sente confortável em fazer e essa é mais um item adicionado na lista de coisas imperdoáveis que seu pai a obrigou a fazer. Em cada trago Amy tenta reunir coragem para manter o controle diante dessa situação em que se colocou, esse é um terreno perigoso e por mais que ela odeie admitir, Amy sabe que Eduard está certo, Taylor mexe com ela e se ela não tomar cuidado vai se envolver mais do que deveria.

Antes de Amy dar o último trago no cigarro Taylor estaciona o carro na sua frente, ele chegou cinco minutos adiantado como ela previu. Amy joga o cigarro no chão e pisa em cima antes de ir para o outro lado e entrar no carro.

— Olá, como foi o seu dia? - Taylor pergunta assim que ela entra no carro.

— Normal... Servi mesas o dia todo. E o seu?

— Foi muito bom, foi um dia produtivo no trabalho.

— As coisas devem estar agitadas na prefeitura com a nova candidatura do meu pai.

— Com certeza estão, mas hoje eu trabalhei no escritório de advocacia, foi a primeira audiência para oficializar uma adoção difícil de um casal homossexual e parece que vamos conseguir. - Amy havia esquecido do outro trabalho de Taylor, ele tem um trabalho onde realmente ajuda as pessoas e ele parece se sentir muito bem por poder fazer isso. Ele é um homem bom e lembrar disso só a faz se sentir pior.

— Fico feliz por você. - Amy diz com sinceridade. — Vamos para o meu apartamento ou para o seu.

— Para nenhum dos dois.

— O que? - Amy pergunta já desesperada com a ideia de ir a algum lugar público com Taylor. — Eu não quero ir a lugares públicos, hoje um monte de gente quase me reconheceu por causa das fotos do jantar que saíram no jornal, não estou preparada pra isso.

— Não se preocupe, não iremos a nenhum lugar público. - Taylor a tranquiliza. — E eu prometi que manteríamos isso em segredo. É o que vou fazer.

— Então para onde iremos?

— Para a casa dos meus pais.

— O que? - As palavras saem num grito desesperado. — Não mesmo! Não vou conhecer seus pai, não somos namorados lembra?

— Fica calma Amy. - Taylor fala com tranquilidade. — Não estava nada programado... Eu não vou vê-los desde que me separei de Michelle e hoje minha mãe praticamente ameaçou me dar umas palmadas se eu adiasse mais um dia. Prometo não demorar.

Não estava nos planos de Amy ter que se passar pela filhinha perfeita, também não estava nos planos dela estar num relacionamento com Taylor e muito menos estampar as capas de todos os jornais da cidade. Conhecer os pais de Taylor será apenas mais uma coisa inesperada que ela precisará fazer e talvez seja a mais fácil, ela só precisará aturar dois riquinhos conservadores e religiosos cheios de si, nada do que ela já não está acostumada.

— Ok! - Ela finalmente responde. — Mas não vamos demorar.

— Eu prometo. - Taylor responde com um sorriso largo antes de dar partida no carro.

Amy permanece calada enquanto Taylor dirige, seus pensamentos estão acelerados, ela não é o tipo de garota que conhece os pais dos namorados e com certeza não é o tipo de garota que os pais gostariam de conhecer. A medida que eles avançam o caminho Amy estranha por Taylor não estar indo em direção ao subúrbio da cidade, ele está indo para a zona norte da cidade, é um bairro de classe baixa próximo à periferia. Taylor dirige por mais alguns minutos antes de estacionar em frente à uma casa pequena e simples.

— Seus pais moram aqui? - Amy pergunta confusa.

— Sim. Eu tentei fazer com que eles se mudassem para uma casa mais confortável, mas eles não quiseram.

A casa tem apenas um andar, as paredes do lado de fora são azuis e as janelas e a porta são brancas. A pequena varanda na frente da casa parece aconchegante com duas cadeiras de balanço na frente.

— Você cresceu aqui? - Amy pergunta descendo do carro.

— Cresci.

— Então você nem sempre foi um riquinho esnobe? - Amy pergunta sarcasticamente.

Antes que eles cheguem até a porta ela se abre e uma mulher sai de dentro da casa. Ela é mais baixa do que Amy esperava, tem os cabelos loiros como o de Taylor, olhos grandes e castanhos e está usando um vestido muito simples, daqueles que as mulheres da sociedade jamais usariam. Logo atrás dela está um homem alto e esguio, cabelos quase totalmente brancos e com feições que lembram muito as de Taylor. Os dois estão com um sorriso enorme estampado no rosto.

— Até que enfim você veio ver sua mãe. - A mulher diz dando um abraço caloroso em Taylor.

— Me desculpe mãe, estive muito atarefado. - Taylor responde.

— Atarefado para sua família? Isso não é nada bom. - A mulher diz em tom de reprovação.

— Deixa o menino Diana. - O homem fala antes de abraçar o filho.

— E quem é essa menina linda? - Diana pergunta já puxando Amy para um abraço.

— Essa é Amy, uma amiga. - Taylor fala. — Amy esses são meus pais, Diana e Walker.

— É um prazer conhecê-los. - Amy responde tímida.

— O prazer é nosso querida. - Diana fala com um sorriso. — Vamos entrando crianças, fiz um jantar delicioso.

— Não ficaremos para o jantar. - Taylor diz quando todos estão dentro da casa.

— Como assim não ficarão para o jantar? Se passam meses que eu não vejo o meu filho e ele aparece para fazer uma visita de médico? - Diana parece irritada.

— Não é isso mãe. - Taylor se aproxima da mãe e a beija na testa. — É que temos que resolver algumas coisas e além disso eu disse pelo telefone que eu não iria demorar.

— Na verdade eu estou com um pouco de fome. - Não é do feitio de Amy se oferecer para uma situação dessas, mas ela está curiosa para conhecer um pouco mais sobre aquelas pessoas.

— Que maravilhosa! Vou colocar a mesa. - Diana diz radiante já indo para a cozinha.

— Você não precisa fazer isso. - Taylor diz em seu ouvido.

— Eu sei... Mas eu quero. - Amy tenta ignorar a cara de espanto que Taylor faz. — Vou ver se sua mãe quer ajuda.

— Tá bom. - Taylor diz ainda desconfiado.

Amy entra na cozinha que parece ter saído de um filme dos anos 70, com balcões de madeira e cortinas floridas.

— Você quer ajuda para por a mesa? - Amy pergunta para Diana que parece se surpreender tanto quanto Taylor.

— Sim, seria ótimo querida. - Diana diz com um sorriso simpático.

Amy ajuda Diana a levar os pratos, copos e os talheres para a mesa de jantar. Pela casa Amy pode ver algumas fotos espalhadas em porta retratos de três crianças, três meninos loiros e um deles com certeza é Taylor que ela reconhece pelo sorriso que continua o mesmo.

— Sua casa é adorável Diana. - Amy diz com. Sinceridade, a casa é pequena e simples, mas muito aconchegante.

— Obrigada querida. Você acredita que Taylor já tentou fazer varias vezes com que vendêssemos essa casa e nos mudássemos para o subúrbio? - Diana fala com indignação. — Como se pudéssemos jogar fora todas as lembranças que construímos aqui só para dizer que moramos no subúrbio, eu não preciso ir pra subúrbio nenhum, adoro esse bairro.

— E porque ele quer tanto que se mudem?

— Michelle, a ex esposa do Taylor, não se sentia bem em ter sogros que morem em um
Bairro pobre.

— Michelle é uma vadia idiota. - Amy fala num impulso e logo se cala arrependida de ter dito aquilo. - Me desculpa pelo palavrão... Saiu sem querer!

— Tudo bem... - Diana a tranquiliza. — Ela é uma vadia idiota. - Amy apenas sorri diante da atitude inesperada de Diana.

O jantar estava delicioso, Diana é uma cozinheira de mão cheia e apesar do receio Amy conseguiu se sentir completamente relaxada na casa dos pais de Taylor. Durante o jantar Diana e Walker contaram muitas histórias engraçadas sobre as peraltices de Taylor na infância, Walker contou que trabalhava em dois empregos para poder juntar dinheiro para pagar a faculdade dos filhos e demonstraram o quanto sentem orgulho do filho. Amy nunca havia visto uma família como aquela, eles realmente se amam e são felizes, parece aquelas famílias que ela acreditava só existir em filmes, muito diferente da dela. Ela olha para Diana e Walker juntos e consegue perceber o quanto são apaixonados, eles trocam olhares, se tocam com frequência e um termina a frase do outro como se estivessem conectados. Amy começa a entender o porque de Taylor ter fixação em casar e construir uma família, ele quer ter uma família feliz como a que ele teve, se ela tivesse crescido numa família como essa também iria sonhar em ter uma assim.

— Obrigada por virem Amy. - Diana diz quando Amy já estava se despedindo.

— Eu que agradeço, o jantar estava delicioso.

— Eu nem me lembro qual foi a última vez que Taylor jantou aqui em casa. Normalmente ele vinha rápido porque precisava ir a um jantar importante com a Michelle. - Toda vez que Amy escuta o nome da Michelle e como ela é mesquinha, ela tem vontade de dar uma surra nela e outra em Taylor por ter aturado ela por tanto tempo.

— Isso porque seu filho é um bobo, eu não dispensaria um jantar como esse por nenhum outro.

— Você é um amor. - Diana da um abraço apertado em Amy e apesar de não se sentir à vontade com essas demonstrações de afeto Amy retribui o abraço.

Diana e Walker fazem questão de levá-los até o carro, os pais de Taylor são pessoas simples e calorosas. E Amy se pergunta porque Taylor quis tanto sair daquele bairro onde foi tão feliz? Provavelmente porque ele não fazia ideia de que os ricos em geral são as piores pessoas do mundo.

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Amy conheceu um pouquinho mais do passado de Taylor.

E podemos perceber o contraste entre a vida de Taylor e de Amy.

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Lembrando que toda a sexta tem capitulo novo.

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