Depois de tudo - Sam e Cait (...

By barbaravitoriano

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Sam Heughan e Caitriona Balfe se conhecem e se apaixonam enquanto gravam a série Outlander. Mas o que tinha t... More

Capítulo 1 - Depois de tudo
Capítulo 2 - Cait
Capítulo 3 - Não foi por Jamie
Capítulo 4 - Seu único defeito
Capítulo 5 - A paz que você me dá
Capítulo 6 - Nada mudou
Capítulo 7 - Eu faria qualquer coisa por você
Capítulo 8 - Presente de Aniversário
Capítulo 9 - Tarde demais
Capítulo 10 - Vocês são tão óbvios
Capítulo 11 - Fazer o que precisa ser feito
Capítulo 12 - Prova de amor
Capítulo 13 - Diante do amor da vida
Capítulo 14 - Déjà vu
Capítulo 15 - Ainda somos os mesmos
Capítulo 16 - Última chance
Capítulo 17 - Recomeços
Capítulo 18 - Felicidade
Capítulo 19 - Um ano
Capítulo 20 - Prestando contas
Capítulo 21 - Todos querem voltar pra casa
Capítulo 22 - A resposta sempre seria ela
Capítulo 24 - Dos dias que nossas vidas mudam para sempre

Capítulo 23 - Despedidas

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By barbaravitoriano

POV Sam

Daquela noite, lembro vagamente de estarmos conversando sobre mais algumas coisas, lembrando dos bons e velhos tempos de Outlander e a outra imagem que tenho era de Martha tentando me acordar com Steven do seu lado parado olhando para mim.

Só então me dei conta que eu estava dormindo no sofá com Cait deitada no meu peito, abraçados. Não lembro exatamente como fomos parar naquela posição. Estávamos tomando o chá e conversando cada um de um lado, mas talvez nossos corpos, sentindo falta um do outro, encontraram uma melhor maneira de se encaixar.

Vi Cait levantar rapidamente também sem entender direito o que estava acontecendo.

- O que você está fazendo Caitriona? - Perguntava Steven transtornado. - Se não quisesse nada comigo era só falar, mas dormir com esse cara é demais.

- Do que está falando? Não dormimos juntos! Amélie chorou para que ele ficasse e o quarto de hóspedes está arrumado, mas ficamos conversando e adormecemos. - Cait tentava se explicar à medida que ela mesma tentava entender o que tinha acontecido.

- Quer mesmo que eu acredite nisso? - Steven retrucou do outro lado.

Ainda sem conseguir colocar ordem meus pensamentos, disse sem pensar:

- O que você quer cara? Se ela está falando que não aconteceu nada, não aconteceu. Eu respeito a Cait e as escolhas dela.

- Olha quem fala! Quem mentiu durante anos pra ela. - Steven sabia de toda a história, Cait me contou que precisava contar, afinal eles iam começar um relacionamento e pediu muitas desculpas por isso depois. 

Cheguei bem próximo de Steven e falei olhando fixamente em seus olhos em um tom mais suave do que eu imaginei que falaria.

- E a perdi! E se você não quiser que o mesmo aconteça com você, é melhor repensar como você a trata, começando por acreditar no que ela fala. - Em seguida, peguei minhas coisas e sem olhar para Cait me dirigi à Martha. - Avise Amélie que venho vê-la mais tarde, por favor. - E saí. Precisava respirar, mas ouvi quando Steven disse.

- Realmente você é o maior idiota.

Minha vontade era de voltar, de revidar, de brigar, mas Caitriona rapidamente empurrou Steven para o jardim falando baixo, mas firme.

- Steven, eu nunca te dei o direito de ofender minha família, ainda mais na minha própria casa.

- Então você assume que rola algo entre vocês? - Dizia em tom irônico.

- O quê? Você está maluco e cego de ciúmes. Sam sempre será minha família, pai da minha filha, quer você goste ou não. E para começar tem que existir respeito.

- Eu nunca deveria ter entrado nessa, eu sabia que você jamais o deixaria ir.

Cait tirou o anel de noivado, colocou na mão de Steven e disse antes dele sair.

- Se não há respeito, não há motivo desse relacionamento continuar. Desculpa Steven, mas é melhor ir pra casa, antes que toda essa discussão acorde Amélie.

Ainda estava atônito parado na porta quando o vi saindo pelos fundos, entrando no carro e indo embora.

Minha vontade era de voltar e abraçar Caitriona, mas achei melhor ir antes que ela percebesse que eu ainda estava ali e havia escutado tudo. 

Acordar daquele jeito, no susto e passar por tudo aquilo, me deu uma enorme dor de cabeça. Cheguei em casa, bebi um remédio e me joguei no sofá.

Fechei os olhos e pensei que estava de novo metendo os pés pelas mãos. Quanto mais de tempo eu ia esperar Caitriona? Quanto tempo mais eu ia rever meus planos, minha vida com a esperança de que as coisas voltassem a ser como antes.

Talvez fosse hora de seguir em frente, como eu devia ter feito há muito tempo.

Liguei para minha agente, confirmei minha data para me apresentar à produção da série. Logo depois me ocupei em cuidar de tudo, documentação, contrato, as coisas que eu deixaria.

Precisava respirar novos ares, agora mais do que nunca.

POV Cait

Uma semana depois daquela manhã, Sam passara o dia todo na minha casa, era seu último dia em Glasgow, partiria no dia seguinte para gravar sua série, queria aproveitar ao máximo o tempo com Amélie.

Não comentamos mais nada sobre o ocorrido e ele não me questionou sobre Steven. 

Apesar de estar com a cabeça cheia e emocionalmente muito cansada, eu prometi que daria apoio a Sam nesse trabalho e com certeza daria. Então montamos uma programação com direito a café da manhã na padaria, brincadeiras com balão de água, casinha, corrida com os carrinhos de controle remoto, fazer nosso jantar a seis mãos e filme antes de dormir para que esse dia fosse lindo para Amélie e ela sentisse menos a partida do pai. 

Sam estava colocando ela para dormir ao meu lado, explicando que ele iria viajar, como já fizera tantas vezes a trabalho, só que agora demoraria um pouco mais de tempo para voltar, mas que se falariam todos os dias pelo telefone, mas Amélie não reagiu como imaginávamos. Ela se jogou nos braços dele e chorou desesperadamente. 

- Não quero que vá embora papai! Por favor, não vai embora! - Ela chorava tanto que soluçava.

Sam tremia e abraçava a filha com força. Chorava, mas precisava ser forte.

- O papai não vai embora, estarei sempre com você pequena. Sempre! É só uma viagem! - Ele falava tentando convencer também a si mesmo. 

Eu não conseguia suportar ver aquela despedida, doía demais na minha alma. Eles se amavam tanto, Amélie se tornou o mundo de Sam e ela, bem, ele era o pai, o amigo e o herói dela.

Esperei Sam na porta do quarto. Assim que conseguiu acalmar o coração de Amélie e ela dormiu, ele saiu silenciosamente. Estava acabado.

Ofereci meu abraço que ele aceitou sem pestanejar. Quanto de culpa, pelo sofrimento dos dois era minha? Se Sam havia errado, eu também! Havia simplesmente pedido o divórcio por orgulho sem pensar em todas as consequências que aquela decisão traria. Nenhum dos dois era imune de erros, mas ninguém podia esquecer dos acertos.

Não podia esquecer da pessoa maravilhosa que Sam foi pra mim desde o começo, desde que entrou naquela sala para fazermos o teste de química. Todo o cuidado e o zelo que tinha comigo nesses mais de sete anos de convivência. 

O jeito que se preocupava comigo e mais tarde com Amélie, com nossa felicidade e bem-estar. A maneira única que tinha de me fazer sorrir e iluminar meus dias.

Todos os momentos de alegria e prazer! Sim, como esquecer todas as vezes que fizemos amor e como esquecer as inúmeras maneiras que ele criava de me proporcionar mais e mais prazer. 

Acho que eu queria dizer aquilo para ele, mas de que adiantaria? A viagem estava marcada, o contrato assinado, era tarde demais. 

Eu chorava junto com ele, por Amélie, por tudo que havíamos vivido, mas principalmente pelo que deixamos de viver. Peguei seu rosto e o beijei na boca.

Seus lábios macios receberam os meus com carinho e desejo. Levei a mão até sua nuca puxando-o para mais perto. Dos beijos na boca, Sam desceu até meu pescoço e meus seios, mas quando se deu conta do que ia acontecer, ele me olhou, como se estivesse esperando um sinal verde. Apenas puxei-o para meu quarto e tranquei a porta.

Sam me levou até a cama, me beijava com sofreguidão sem perder a delicadeza. Tiramos nossas roupas, sem dizer nenhuma palavra sequer. 

Observei cada detalhe do seu corpo, beijei, lambi e mordi as regiões que eu conhecia bem e sabia que seriam prazerosas pra ele. Senti seu cheiro como quem quer salvar uma última lembrança para sempre. Depois cavalguei nele começando devagar, sentindo suas mãos quentes subindo pelo meu corpo nu enquanto mordia os lábios e curvava a cabeça para trás, trôpego de prazer.

Sam me abraçou e sentou na cama, entrelaçamos as pernas um ao redor do outro, nossos corpos encaixados tremiam talvez adivinhando que tudo aquilo não passaria de uma despedida. Queria guardar aquela noite, cada beijo, cada vez que passei a mão no cabelo de Sam bagunçando-o, cada beijo que recebi no meu corpo, cada carícia... e assim, quando não podíamos mais evitar, chegamos ao clímax um seguido do outro.

Sam esperou, com beijos e carinhosamente tirando as mechas do meu cabelo que haviam caído sobre meu corpo, minha respiração voltar ao normal e nossos corpos se aquietarem depois do prazer. 

Dormimos assim, abraçados, sem roupa,  tendo acabado de fazer amor, com saudades antecipadas e carregando uma certeza: ia ser muito difícil continuar sem ele. 

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