The Deal

By Mononoke_e

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AVISO: Kara G!P Lena Luthor sempre deixou que terceiros mandassem em suas próprias escolhas, sendo manipulada... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
AVISO
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24 - Bônus 1
Capítulo 25 - Bonus 2
Capítulo 26 - Bônus Final
AVISO

Capítulo 9

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By Mononoke_e

Lena Luthor P.O.V

Não conseguia evitar que o sorriso bobo em meus lábios crescesse a cada vez que alguma lembrança daquele dia vinha em minha mente. Nunca me senti tão feliz como estava me sentindo nos braços dela, sabia que lá agora seria meu lugar preferido. Seu cheiro, seu toque, seu beijo…Tudo nela me embriagava e ao mesmo tempo viciava, eu estava dependente dela.

Abri a porta de entra da mansão sorrindo como nunca estive. Estela, nossa governanta cumprimentou-me com um boa noite, cumprimentei de volta e segui em direção as escadas. Meu sorriso morreu assim que vi meu pai parado no último degrau. Em goli em seco e tentei passar por ele.

–Sua vadia!–Segurou o meu braço e me fez lhe encarar.–Acha mesmo que estou brincando?–Seus olhos verdes estavam escuros, suas veias do pescoço estavam saltadas. Aquele não era o meu pai.

–Pai, me solta eu…

–Eu avisei a você que parasse de se encontrar com aquela coisa.–Apertou ainda mais meu braço me causando dor.–Você me desobedeceu. Olha essas roupas!–Puxou o vestido florido que Kara tinha me emprestado para voltar para casa, rasgando a peça.

–O senhor está me machucando!–Tentei me soltar mas ele era mais forte que eu.

–Vou machucar ainda mais, você e aquela aberração. Lena, você não sabe onde está se metendo.

–Eu amo ela!–Gritei, meu pai me soltou me empurrando para trás.–Eu quero me casar com ela, ter filhos com ela e tudo isso longe de você, seu louco!–Senti meu rosto arder e meu cabelo ser puxado.

–Cala essa maldita boca sua inútil!–Gritou com o rosto bem perto do meu. Fechei os olhos por alguns segundos e gritei de volta.

–Eu sou sua filha!

–Não, eu não tenho filhos. Você deixou de ser minha filha quando ficou com aquela desonrada.

–Você está doente!–Outro tapa, dessa vez mais forte. Senti o gosto metálico do meu sangue.

–Cala essa boca!–Fiquei em silêncio. Meu pai nunca tinha me batido daquela forma, quando eu era criança ele me chamava de princesa. Quando tudo isso mudou?–Troque essas roupas e venha para o jantar.–Me empurrou e eu cai no chão. Minhas lágrimas já molhavam meu rosto. Ele se afastou me deixando ali sozinha.

Não queria descer para o jantar. Queria fugir e voltar para a única pessoa que me consolaria e diria que tudo ia ficar bem mas não o fiz. Vesti qualquer vestido que eu encontrei e desci, encontrando com meu pai, sentado na ponta da mesa e James ao seu lado direito. Diferente dos outros dias, ele estava cabisbaixo e quieto. Limpei a garganta e cumprimentei a todos. James não respondeu nada, continuou remexendo em sua comida no prato em sua frente.

O único que parecia contente com aquele jantar era meu pai. Nem parecia que ele tinha me agredido minutos antes, conversava entusiasmado sobre suas ações. James levantou o rosto e me encarou, vi que seus olhos estavam vermelhos e inchados. Ele me encarou por alguns minutos me analisando, assim como eu estava fazendo com ele.

–O casamento ocorrerá mês que vem.–Meu pai dispara. James e eu encaramos meu pai ao mesmo tempo, surpresos com a nova troca de datas.–Não haverá nada de muito chamativo.–Tomou um gole de seu vinho antes de continuar.–Será aqui em casa, apenas algumas pessoas virão para que não desconfiem de nada. Você, James, assinará dois papéis, o que legitima você como esposo de Lena e outro onde você passa todas as ações do seu pai para mim.

–Podemos falar sobre isso em outra hora?–James bateu com os punhos na mesa evitando encarar meu pai.

–Não, você é homem! Deve parar de agir como um marica e ficar chorando pelos cantos.–James ficou em silêncio encarando seu prato.–Depois do casamento, vocês irão para qualquer praia em algum lugar apenas para manter as impressões.

Meu pai continuou explicando tudo o que faria com as novas ações que teria em mãos. James e eu não demos atenção, nem um dos dois queria estar ali e em particular parecia que James estava sendo torturado ouvindo tudo aquilo.

Somente com vinho foi possível aturar aquele jantar. Estela não deixou que minha taça ficasse vazia por nenhum momento. Já estava um pouco alta e a ponto de mandar meu pai para o inferno.

Meia hora depois meu pai se retirou. Consegui respirar com mais tranquilidade. Terminei com a garrafa de vinho que estava sobre a mesa enquanto analisava James. Dava pra ouvir sua respiração, ofegante e descompassada, e em seguida seus soluços. Ele estava chorando, o que parecia ser impossível.

–James?–Chamei por ele mas fui ignorada. Ele fungou e levantou o rosto em minha direção.–Aconteceu alguma coisa?

–Eu…Eu não aguento mais essa palhaçada!–Largou o garfo sobre o prato.–Sei que você não me ama e eu muito menos. Esse casamento nunca dará certo. Ficaremos em um relacionamento durante anos só porque seu pai quer manter as aparências de bom homem, enquanto nós sofremos.–Senti algo em mim se quebrar. James estava certo, eu não conseguiria fugir do meu destino. Levantei, um pouco cambaleando, e fui até ele, me ajoelhando em sua frente.

–Olha, eu não quero isso tanto quanto você mas, o que vamos fazer para nos livrar dele?–Encarei seus olhos vermelhos por causa do choro esperando uma resposta que pudesse me salvar.

–Eu não sei. Sempre fui criado em baixo das asas do meu pai, agora que ele morreu estou com muito medo do que me resta. Sou um bobão mimado!–Voltou a chorar. Levantei e lhe abracei tentando confortá-lo.

–Calma! Eu vou dar um jeito nisso.

–Ele machucou você.–Me afastou. Puxou meu queixo, delicadamente para perto e analisou o corte ao lado da minha boca.–Eu te ajudo com isso.–Levantou e pegou em minha mão. Fiquei sem reação deixando que ele me levasse pra onde quer que fosse.–Estela?–Chamou a governanta que em poucos segundo apareceu na cozinha. Pediu a ela um kit de primeiros socorros e a mesma foi em busca. Senti meu corpo ser içado para cima e em segundo estava sentada na bancada.

–O que você está fazendo?–Tentei descer mas ele colocou seu corpo em minha frente. Voltou a pegar em meu queixo ficando muito perto.

–Eu vou cuidar de você.–Sussurrou. O álcool já estava fazendo efeito sobre meu corpo, sentia meus olhos pesarem e um zumbido irritante em meu ouvido.

–Não preciso de ajuda!–Tentei empurrar seu corpo para longe mas só piorou a situação. Ele colocou suas grandes mãos em minha cintura. Estela voltou para cozinha com o kit e desejou uma boa noite para nós dois.

–Calminha!–Abriu o kit e procurou por algo. Em segundos senti algo arder ao lado dos meus lábios.–Ele é um velho fodido.–James disse me fazendo rir enquanto limpava o ferimento.–Prontinho!–Sorriu amigável mas ainda estava muito perto. Levou uma de suas mãos a minha nuca e foi aproximando seu rosto cada vez mais do meu. Quando ele ia me beijar virei o rosto mas não foi o suficiente para fazer ele entender que eu não queria nada. Beijou meu pescoço e em seguida meu maxilar. Não senti absolutamente nada com aquele toque, a não ser medo e vontade de fugir, mas não conseguia forças para me afastar.

–James eu não…–Colocou seu dedo indicador em meus lábios me calando.

–Shiii…–Tentou novamente me beijar só que dessa vez conseguiu. Senti tudo em minha volta rodar e meu estômago embrulhar. Empurrei ele pra longe mas não há tempo–Droga, Lena!–Vomitei em sua blusa e suas calças. Me sentia fraca, o que havia naquele maldito vinho?

–James eu não estou bem!–Encarei o homem moreno em minha frente vendo ele girar algumas vezes.

–Eu percebi.–Começou a abrir sua blusa. Me agarrei na bancada com medo de cair a qualquer momento.–Eu vou levar você pro seu quarto.–Retirou sua blusa e abriu suas calças, baixando as mesmas até seus tornozelos para em seguida retirá-las, ficando apenas de cueca. Não tive tempo de observar nada em seu corpo pois acabei apagando assim que ele me colocou em seus braços.

Acordei sentindo meu corpo dormente. Minha cabeça doía como se um despertador estivesse gritando dentro dela. Abri os olhos tentando identificar onde estava. A única coisa que me lembrava da noite passada era do ocorrido na cozinha, onde James tentou me beijar e eu vomitei em cima dele. Girei meu corpo na cama e colidi com outro corpo, logo abri meus olhos e vi James todo esparramado ao meu lado vestindo apenas uma cueca.

Droga, o que eu fiz? Levantei em um pulo em busca das minhas roupas. Sentido tudo girar, espalmei minhas mãos na parede em minha frente esperando aquela sensação passar. Como fui ser tão idiota a ponto de deixar o James me beijar e o pior, ter transado com ele? Não! Eu estava bêbada ele não poderia ter se aproveitado de mim. Corri para o banheiro, não conseguia mais ficar naquele quarto.

Não queria me olhar no espelho e ver as marcas da noite, que eu mal me lembrava, em meu corpo. Tomei um banho demorado com se quisesse me limpar de algo, limpar-me daquela traição. Voltei para o quarto enrolada na toalha, James ainda dormia. Corri para o closet e me vesti, fugindo daquele quarto logo em seguida.

Não verifiquei se meu pai estava em casa ainda. Pequei as chaves do meu carro e saí, sem fazer ideia pra onde eu iria.

Aquilo não poderia ser verdade. Eu não poderia ter transado com o James depois de ter passado um dia incrível com a Kara. Ela nunca me perdoaria por mais que eu tentasse explicar, eu não estava me perdoando. Mas por que eu não me lembrava de nada além de vomitar nele e acordar quase nua com ele ao meu lado? Perca de memória recente por causa do álcool, idiota! Merda! Eu me odeio!

Disquei o número de Kara mas caiu direto na caixa postal. Tentei umas dez vezes mas ela não atendeu. Abri a janela e joguei meu celular para fora do carro.

–Droga! Droga! Droga!–Bati as mãos contra o volante sentindo meus olhos arderem com as lágrimas que teimavam em não descer.–Me perdoa, Kara!–Gritei em meio a soluços. Não estava mais aguentando tudo isso. Antes era fácil ser fria, esconder meus sentimentos e deixar que somente o que meu pai queria em primeiro lugar. Agora não mais, eu necessito ficar ao lado dela. A minha vida não tinha mais sentido sem ela.

Estacionei meu carro na vaga destinada a mim. Respirei fundo antes de abrir o porta-luvas e retirar um pacote com lenços de lá.

Encarei meu rosto no espelho para me certificar de que estava razoavelmente apresentável e sai do carro.

Me entupiria de trabalho, se possível ficaria na empresa o resto da semana, e acho que é isso que farei. Voltar pra casa e encontrar meu pai e a cama na qual trai a mulher que eu amo está totalmente fora de cogitação. Ir atrás de Kara até poderia ser considerada uma ideia a ser colocada em prática mas o remorso me prendia no lugar. Se fosse eu no lugar dela não perdoaria, não podia exigir que ela me perdoasse.

As portas do elevador se abriram, fiquei alguns segundo ali encarando o chão ainda perdida em meus pensamentos até escutar aquela voz grossa que agora me fazia sentir medo e raiva.

–Como você ainda está de pé?–Lionel, que agora eu nem conseguia mais chamar de pai, perguntou. Era nítido a malícia em sua voz o que me causou ânsia. Levantei o olhar lentamente e encontrei com o olhar doentio dele me encarando com um sorriso falso em seus lábios.

–Do que está falando?–Minha voz saiu baixa, minha garganta doía.

–Do carnaval que você e o James fizeram ontem a noite. Talvez um neto está a caminho, mas por favor, que ele seja homem.

–Você e o James armaram tudo isso.–Levantei o tom da minha voz e me aproximei, saindo do elevador.–O que vocês colocaram na minha taça?

–Eu não tive nada a ver com isso. Quem está se autodestruindo e facilitando meu trabalho é você.

–Você é um monstro. Eu odeio você!–Bati meus punhos fechados no peito dele, meus braços foram segurados me impedindo de continuar.

–Me ame ou me odeie, só não se meta nos meus negócios.–Me empurrou para longe e voltou em direção a sua sala.

Engoli o choro. Não era a hora de ser fraca, usaria todo meu tempo livre para achar uma brecha nos negócios dos meus pais que pudessem lhe incriminar ou talvez pedir o seu afastamento, me candidatando a nova presidente da empresa.

Sabia que isso poderia ser ainda mais perigoso mas era me arriscar ou ficar de braços cruzados vendo meu futuro ao lado de Kara ir para o espaço.

Arriscar, novamente essa palavra estava em minha vida.

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