POV Cait
O sol já estava alto, mas eu tinha a sensação de que mal tinha acabado de fechar os olhos para dormir.
Já ia adormecer de novo, quando sinto um carinho leve nos meus cabelos e uma voz macia em meus ouvidos me avisando que realmente era hora de acordar.
Sam passou o braço pelo meu corpo e me aconchegou no seu, me dando beijos de bom dia, levando a mão levemente para minha barriga para saudar também nossa filha. Ele fazia isso, todos os dias desde que descobrimos a gravidez.
- Bom dia, minha futura wifey! - Dizia com um sorriso travesso o que arrancou uma boa risada em mim ao lembrar que sempre nos chamávamos assim nas redes sociais.
- Bom dia futuro marido! - Era o dia do nosso casamento, realmente o tempo tinha passado muito rápido.
Tomei meu café da manhã e levantei para tomar banho, logo minhas amigas e irmãs chegariam e eu iria me arrumar, mas quando entrei no chuveiro chamei Sam para entrar comigo que não recusou.
Embaixo da água, Sam ensaboava meu corpo, enquanto nos beijávamos e fazíamos planos.
- Vou ficar até o altar sem ver você, vou morrer de saudades. - Dizia enquanto ensaboava todo o meu corpo, demorando sua mão nos meus seios que estavam mais volumosos.
- Também sentirei saudades. - Eu disse e tomei posse do sabonete ensaboando e fazendo carinho em toda a extensão do corpo de Sam.
- Por isso, eu pensei, em a gente.....
Não precisei falar, Sam sabia que eu queria fazer amor. Passado os enjoos, os hormônios estavam ajudando a deixar minha libido nas alturas.
Sam deu uma risadinha, mas pude ver que se animou bem rápido. Então me virei de costas pra ele que me abraçou e começou a me penetrar com muito cuidado, mas no ritmo que eu gostava.
Suas mãos passeavam pelo meu corpo, meus seios, minha barriga e meu sexo e descia pelo meu quadril onde ele segurava para manter o ritmo.
No meu ouvido, ele dizia palavras em gaélico, misturadas com nossa língua. Aquilo me excitava e eu estava muito perto do clímax, então puxei seu cabelo por trás com uma das mãos, enquanto a outra eu segurava seu bumbum. Ele me mantinha segura com seus dois braços em volta de mim e pude relaxar e sentir todo o prazer que ele me proporcionava, seguido do clímax dele. Assim nos abraçamos e nos beijamos ternamente.
- Será que somos o único casal que tem a Lua de Mel antes do casamento? - Sam perguntava enquanto se vestia, piscando pra mim.
- Eu tenho a sensação de estarmos uns meses adiantados na nossa Lua de Mel! - Respondi fazendo carinho na minha barriga, que não era das maiores, mas agora, já era pelo menos visível que carregava um bebê e ambos sorrimos.
Logo as pessoas chegariam para me arrumar para comemorar nossa união. Apesar da simplicidade da cerimônia, eles estavam se divertindo e faziam questão de manter certas tradições.
- Então é isso, até mais tarde! - Ele disse sem querer nos deixar. Ajoelhou na minha frente, fez carinho e beijou minha barriga e depois me beijou, pegando suas coisas e saindo.
- Sam! - Chamei instintivamente, como se não quisesse que ele fosse, o que fez ele voltar até mim!
- Eu amo você! - Eu disse tirando um sorriso maravilhoso dele.
- Eu também amo você!
Estava feliz, mas tão feliz por termos nos acertado, por termos nos dado uma nova chance. Nosso término foi um erro que Sam assumia desde o começo como dele, mesmo que eu também tivesse minha parcela em ter piorado as coisas quando simplesmente decidi ignorá-lo ao invés de conversar como dois adultos que somos.
Foi sofrido para nós dois, foi difícil passar tanto tempo longe de Sam, mas eu o amava e depois de todas as explicações, se eu não tivesse dado uma segunda chance, seria por puro orgulho.
Depois daquela noite, em que Sam me pediu em casamento tantas coisas aconteceram e estavam indo tão bem que, muitas vezes parecia tudo bom demais para ser verdade.
Eu me mudei para o apartamento de Sam, enquanto o que eu morava estava sendo reformado e preparado para receber nossa filha, depois iríamos os três para lá e o de Sam viraria sede das nossas empresas.
A notícia de uma gestação foi recebida com festa por nossas famílias e por nossos amigos. Amélie era realmente um presente. Para todos nós!
Sam se prontificou a ir sozinho até a produção dar a notícia, não queria que eu passasse por nenhum tipo de estresse, mesmo eu afirmando que poderia ir sem problemas e ficou decidido que não íamos fazer nenhuma revelação pública. A série havia sido renovada para a terceira e quarta temporadas e o melhor seria que nada mudasse.
Apesar de não ser o ideal, aceitamos que assim fosse. Então eu tomava cuidado ao aparecer em público e ela nasceria em nossas férias, tudo estava se encaixando.
A campainha tocou e as mulheres da família Balfe entraram, junto claro, com Gracie, minha futura sogra que era uma verdadeira mãe para mim. Sempre vinha nos visitar e cuidou tão bem de nós nos primeiros meses, me dando dicas e conselhos fundamentais para passar pelo início da gestação.
Depois de tudo, aquele era um dia de festa! Era dia de celebrar nosso encontro e nosso reencontro. Porque como sempre digo, algumas vezes você só tem sorte, mas algumas vezes as estrelas se alinham.
POV Sam
Enquanto dirigia para o hotel onde seria nosso casamento, fiquei refletindo: se minha vida fosse uma novela, e eu pudesse colocar um título em cada fase, essa eu chamaria de felicidade.
No trabalho? As coisas estavam indo tão bem, Outlander estava cada vez mais popular, suas temporadas sendo renovadas, indicada a prêmios. Além disso, outros projetos estavam em andamento.
Na vida pessoal? Eu e o amor da minha vida tínhamos reatado e agora ela esperava nossa filha. E neste exato momento eu estava indo esperá-la no altar.
A única coisa que me incomodava era não poder contar toda a verdade a Cait. Eu dizia a mim mesmo que não contava porque não queria que ela passasse por nenhum estresse por conta da gravidez, mas no fundo, no fundo mesmo eu tinha muito medo dela não me perdoar depois. E por isso eu ficava adiando esta decisão. Mas eu não queria pensar nisso, pelo menos não hoje!
Assim que parei o carro e olhei aquela paisagem que nos aguardava eu sentia como se fosse explodir de tanta felicidade. Optamos pela cerimônia simples, ao ar livre no interior da Escócia, queríamos celebrar nosso amor mesmo que ele não pudesse ser revelado ao mundo, então apenas a família e os amigos mais íntimos estavam presentes.
O altar estava pronto e o local delicadamente decorado com flores brancas e luzes. Tudo muito a cara da Cait, minimalista, singelo e elegante.
Subi para o quarto e descobri que muitos amigos já estavam me esperando para me ajudar com a arrumação.
- Posso começar a me arrumar quando ela chegar que fico pronto na mesma hora! - Brinquei com eles que caíram na gargalhada.
- Logo você Heughan? Melhor começar agora e ainda é capaz de Caitriona te esperar no altar. - Retrucou Steven levando mais uma vez todos a rirem.
Entre conversas e risadas, enquanto eu me arrumava, Graham propôs um brinde:
- Ao nosso irmão Sam Heughan, felicidades no seu casamento, que sua filha venha com muita saúde, nós amamos você! - Um viva coletivo encheu o ambiente antes dele continuar. - E queria dizer que, eu ganhei a aposta.
Todos riram e eu não entendi nada! De que aposta estavam falando?
- O que vocês apostaram? - Eu ria sem acreditar, aqueles caras eram impossíveis e os melhores amigos que eu poderia ter.
- Apostamos que iam ficar juntos. - Entregou Tobias! - Antes de começarmos a gravar!
- Como assim? - Perguntei incrédulo e foi Graham que respondeu!
- Quando Caitriona Balfe chegou na Escócia e vimos vocês dois conversando pela primeira vez, já sabíamos que iriam ficar juntos. Seriam dois idiotas se não ficassem. Estava na cara, um do outro o que vocês sentiam. A felicidade era estampada e genuína. - Ele falava, agora sério.
- Você é um cara de sorte Heughan! - David Berry havia tomado a fala. - Caitriona é uma pessoa muito especial. Sabe que falamos isso com todo o respeito, mas convivemos com ela e sabemos do ser iluminado que ela é ... e te ama demais.
Assim eles levantaram suas taças e brindaram a nós mais uma vez.
Eu não tinha como discordar de nenhum deles. Eu era um cara de sorte pela mulher maravilhosa que tinha ao meu lado! Eu só queria poder ter a certeza a de que tudo ia continuar assim.