Psicologia Reversa | JooHyuk

By loryroux

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Psicologia reversa é o nome de uma técnica de persuasão, onde o objetivo pretendido é apresentado de modo con... More

Notas Iniciais
01 - Capítulo Um
02 - Capítulo dois
03 - Capítulo três
04 - Capítulo Quatro
05 - Capítulo Cinco
06 - Capítulo Seis
07 - Capítulo sete
08 - Capítulo oito
09 - Capítulo nove
10 - Capítulo dez
11 - Capítulo onze
12 - Capítulo doze
13 - Capítulo treze
14 - Capítulo quatorze
15 - Capítulo quinze
16 - Capítulo dezesseis
17 - Capítulo dezessete
18 - Capítulo dezoito
19 - Capítulo dezenove
20 - Capítulo vinte
Agradecimentos

21 - Capítulo vinte e um - Final

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By loryroux

A semana seguinte foi realmente corrida.

Depois do aniversário de namoro bem sucedido entre Kihyun e Wonho, nos reunimos mais uma vez em um dos barzinhos da cidade no domingo a noite. Eu e Jooheon tínhamos nos rebaixado ao nível um pouco menos sério do que um namoro - e não havia exatamente um nome para isso - e aquilo parecia ter gerado um bocado de dúvidas nos nossos amigos, mesmo depois de contarmos a verdade para todos eles.

Quando digo sobre contar a verdade, foi lavar toda a roupa suja na mesa do bar. Entramos em assuntos diversos e meio constrangedores sobre os anos reprimindo nossos sentimentos, os mal entendidos que havíamos passado e todas as coisas que deixamos de falar um para o outro por medo. Aquilo causou uma onda de risadas e indignação e foi engraçado ver a carinha irritada de Kihyun perguntando "porque é que nós simplesmente não continuamos namorando como já estávamos".

Jooheon e eu sorrimos e ele me abraçou, deitando o rosto no meu ombro. Não respondemos porque sabíamos que era difícil compreender. Não precisávamos que ninguém mais entendesse, na verdade. Tudo que queríamos era continuar naqueles passos tão lentos e ao mesmo tempo tão rápidos que vínhamos dando todos os dias.

Nossa rotina era praticamente a mesma desde que assumimos para nós mesmos o que tínhamos como algo real. Acordávamos juntos, íamos até a faculdade, nos encontrávamos no Moncafe ao fim das aulas quando ele tinha algum tempo e nos víamos novamente durante a noite. Dividíamos o jantar e nossas maratonas, quando trocávamos beijos e nos animávamos a ponto de irmos além quando nos cansávamos do que quer que estivéssemos assistindo.

E durante mais um daqueles fins de semana completamente caseiros, havíamos nos rendido novamente a esses carinhos. Jooheon riu contra o meu pescoço quando sentiu que eu começava a ficar excitado com os beijos que ele espalhava pela minha pele e eu estapeei seu braço, sorrindo de volta.

Sua boca voltou a morder meu pescoço em seguida, enquanto suas mãos desciam e exploravam meu corpo por cima das roupas que começavam a me incomodar. Quando Jooheon fez menção de tentar tirá-la, agradeci e o ajudei a me livrar de tudo de uma vez, incitando-o a fazer o mesmo.

Nossa posição anterior, onde Jooheon descansava sobre o meu corpo, mudou. Dessa vez eu me coloquei sobre ele, sentando em suas coxas e espalhei beijos molhados pelo seu pescoço, peito e barriga. Era sempre gostoso notar como Jooheon parecia satisfeito em me deixar controlar o ato, porque eu amava o modo como ele se colocava à minha mercê.

Não ousou reclamar quando sentiu minhas mãos rodearem seu pau, movimentando para cima e para baixo de modo lento. Mesmo suas expressões impacientes eram divertidas porque eu sabia o quanto ele apreciava cada segundo de tortura. Era bom provar cada pedaço exposto de pele, e Jooheon se abria a cada novo centímetro explorado, desejando que eu fizesse com ele o que eu bem entendesse.

Decidi me mover, sentando sobre seu rosto, agarrando os fios de seus cabelos incitando-o a me preparar com aquela boca deliciosa e, como um bom garoto, ele obedeceu. Seus dedos e sua língua me estimularam com tanta vontade que precisei me esforçar para sair daquela posição e voltar ao seu colo, guiando a extensão até que estivesse devidamente encaixada em mim.

Meus movimentos naquele momento já não eram tão suaves. Sentei com força e Jooheon sufocou um grito enquanto eu mordia meus próprios lábios para não fazer muito barulho. Minhas mãos encontraram seu pescoço, naturalmente, e usei o aperto de apoio enquanto me movia devagar, rebolando em seu colo, enquanto seus quadris se moviam em favor de mim.

Nossos corpos se uniam numa sincronia absolutamente perfeita e seu desespero ao se sentir perto do clímax me levou à borda também. Ele gozou primeiro e eu vim em seguida, caindo em seu colo e espalhando beijos na pele quente enquanto suas mãos acariciavam meus cabelos.

— Min - chamou, um tanto distante - Namora comigo.

Foi impossível segurar o riso. Ergui o rosto, beijando seu queixo e olhando em seus olhos ansiosos.

— De verdade, agora. É um pedido oficial.

— Chega a ser engraçado - respondi, ainda entre risos - Acho que já estamos namorando há alguns anos. Na verdade, acho que nos casamos.

Jooheon acompanhou minha risada.

— Isso é um sim? - perguntou mais uma vez - Meu plano de fingir um namoro que não é namoro para que a gente namore deu certo?

— Esse plano foi meu, espertinho - bati em seu peito - E é claro que é um sim.

— Que ótimo - puxou meu rosto, beijando minha boca mais uma vez - Achei que teria que usar psicologia reversa em você para que aceitasse.

— Não - respondi - Deixe para o pedido de casamento.

— Achei que já estivéssemos casados.

— Eu sou um romântico, honey - fiz manha - Preciso de uma aliança e então poderemos comemorar nossas bodas.

— É claro. Eu vou me esforçar.

Nossas risadas voltaram a se entrosar e aquela conversa era tão natural e íntima que nada parecia fora do lugar. Nenhuma insegurança existia porque havíamos ultrapassado a última barreira restante para transformar nossa amizade em algo mais. Sabíamos ler os sinais um no outro, sem permitir restasse a menor sombra de dúvidas.

Havia o cheiro da comida ruim que havíamos comprado, o filme repetido na TV, nossos corpos quentes enlaçados e uma pilha de tarefas universitárias esperando para serem feitas. Aquela era a nossa vida há muito tempo e, embora nada parecesse diferente, tudo havia mudado.

Talvez precisássemos daquela jogada contrária do destino para, finalmente seguir pelo caminho certo. Existiam diversos ditos populares para exemplificar aquele evento cósmico, como aquele que um dia eu havia escutado na cafeteria antes de dar o primeiro passo para tal acontecimento.

E esse devia ser o segredo. Aproveitando aquele novo cenário eu tive certeza de que tudo não passava de um plano do universo que nos fez o favor de usar em nós sua própria psicologia reversa.

Fim

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Como de costume, a gente se vê nos agradecimentos xuxus

segue mais um pouquinho...

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