A Fera ( Esse Livro, Poderá S...

By SintiaAlencar

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"Klaus Heidmann é um alemão de 32 anos mora com sua filha de 5 anos numa mansão,ele foi devastado pelo passad... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capitulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 27
Capítulo 28
capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capitulo 32

Capítulo 26

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By SintiaAlencar

Klaus....

Bebi para tentar ser corajoso e encarar o resto dessa merda de feira. Eu sempre conseguia ser babaca com ela, sempre conseguia magoá-la, queria poder entender porque fico tão puto, quando sou esse escroto o tempo todo com ela.
Ela quase beijou a porra de um cara, sei que tudo fez parte de um joguinho de Valentin, não sei o que ele pensa que pode provar fazendo essas coisas, e agora estou aqui bêbado e com Alexia, me agarrando tentei provar para mim mesmo que eu podia sentir tudo o que sentia com Tracy, afinal era só sexo, mas foi mais um dos erros idiotas que cometi.

— Alexia...não dá.

— O quê? Como não dá?

— Eu não consigo...sinto muito.

Começo a me afastar, com uma sensação de desconforto no peito. Aquilo era muito errado, mas era errado porque não era Tracy que estava ali.
Estou voltando para feira, olho em volta procurando por ela e nada, corro até meus irmãos.

— Vocês viram a Tracy?

Olhares de raiva e desaprovação em cima de mim, tá tudo bem, eu mereço.

— Ela foi embora há uma hora.

— O quê? Como?

— Valentin a levou, mas Crystal.

Merda, me viro e corro para o estacionamento onde Valentin esta acabando de encostar o carro, me apresso o passo em sua direção.

— Cadê elas?

Ele para e seu olhar é tão furioso e decepcionado quanto os dos outros.

— Sabe, eu pensei, que você fosse só um babaca, mas depois daquela cena explicita que vimos, eu tenho certeza que você é um, puta de um egoísta.

— Espera? Que cena?

— Você quase comendo Alexia naquela árvore.

Merda, então ele viu, espera, ele disse, vimos.

— Quem mais viu?

— Acertou maninho, eu e Tracy ficamos assistindo à cena, mas quando as coisas começaram a esquentar a gente tirou Crystal, antes de vê tudo.

Aquilo só melhora e agora sinto minha garganta se apertando.

— Não aconteceu nada, não consegui.

Valentin solta uma risada.

— Mas o começo, foi o suficiente para arrasar Tracy, mais uma vez.

— Preciso ir.

Começo a entrar no carro desesperado, eu precisava ver Tracy, mas Valentin me chama.

— Klaus???... Deixa-a em paz, ela estava exausta e com certeza está dormindo.

— Que se foda, eu preciso vê-la.

— Por que, Klaus?

Sei o que ele está tentando fazer, mas não caio nesse jogo, darei a única resposta que consigo.

— Porque fui um babaca.

— Isso você é na maioria do tempo, estou perguntando, mas você não está sendo sincero.

— Isso tudo, é culpa sua com esse jogo idiota.

Meu irmão muda sua expressão para alguém, que esta prestes a me matar.

— Aquilo é tradição.

— Mas, por que chamou Tracy?

— Por que, eu não a chamaria Klaus?

— Você só fez aquilo, para me provocar.

— E por que pagou 50 mil, pelo beijo dela se não se importa?

Valentin não desiste, ele sabe que não tenho resposta para isso.

— Eu não queria, que ela beijasse e paguei porque posso.

— Continue se enganando Klaus, mas quando Tracy, acordar e perceber que você não tem coragem de admitir seus sentimentos, ela vai embora para sempre.

Ela vai embora no fim do ano de qualquer jeito, será que esse idiota não sabe.

— Ela vai embora no fim do ano.

— Mas, não precisaria.

— Chega Valentin.

Entro no carro e dou partida enquanto ele fica ali parado me olhando, uma ova que ele ficará brincando de psicólogo comigo. Não sei onde ele quer chegar com isso, mas já me cansei, e Tracy teria que me dar explicações, porque toda vez corria para meu irmão.
Chego na casa de meus pais e estaciono o carro próximo à garagem, salto do carro e entro apressado, vou até o quarto de Crystal vê-la esta dormindo e parece cansada.
Saio e vou em direção ao quarto de Tracy, minha respiração falha e aquele maldito nó na garganta esta me matando.
Coloco a mão na maçaneta e tento abrir, mas a porta está trancada.
"Que merda era essa" foi então que percebi o tamanho da estupidez que fiz naquela noite, eu a humilhei e machuquei e agora ela só queria manter distância de mim, eu não culpo.
Respiro fundo, antes de sair e voltar para a sala onde me jogo no sofá e, depois de muito se virar, eu apago.

*******************

Beber demais nunca é uma boa, nem me lembro como cheguei ontem em casa, mas agora, ouvindo os sons das risadas que vêm da cozinha, parecem ecos na minha cabeça.

— Acordou, bela adormecida?

Olho para a poltrona ao lado e vejo Petrus, com um sorriso no rosto.
"Ótimo, vai começar a lição de moral"

— Antes de abrir a boca para fazer piada, pense nas consequências.

Meu irmão ergue as mãos em defesa.

— Escolha inteligente.

Me levanto e vou até a cozinha, meu cérebro precisa de café. Quando entro, os olhares de todos estão sobre mim, mas não vejo Tracy, Crystal e...
"Puta que pariu" Valentin também não está.

— Cadê Crystal?

Minhas irmãs erguem a sobrancelha, enquanto minha mãe coloca roscas e mais café na mesa.

— Está lá no pomar, com Tracy, Valentin e papai.

— Claro que ele está.

Minha mãe me olha e seu olhar é aquele de mãe que está prestes a esfregar umas verdades na cara, antes de puxar a orelha.

— Não gosto quando você fala assim de seu irmão.

— Então, fala para ele, para de ficar me provocando.

Petrus entra na cozinha nesse minuto e começa a falar.

— No que exatamente, ele está te provocando Klaus?

Começo a me levantar com raiva, mas a voz da minha mãe me prende no lugar.

— Klaus?

— Mãe, eu estou morrendo de dor de cabeça e cansado de todos vocês se meterem em minha vida.
Minhas irmãs se levantam e começam me atacar também.

— Se meter na sua vida, acorda Klaus, você está assim porque não consegue admitir que é louco por Tracy..

Eles querem testar minha paciência, tentando enfiar algo na minha cabeça que é impossível, já cansei de falar que amei. Amo uma única mulher em toda minha vida.

— Não sejam ridículos, eu só amo uma única mulher em toda minha vida e nunca...nunca vou amar ninguém que não seja ela.

Silêncio e olhos atentos olhando em minha direção, mas não estão me olhando, me viro e dou de cara com Tracy, parada ao lado de Valentin. Seus olhos de assassinos me dizem que eu deveria correr, mas são os olhos de Tracy, que me paralisam no lugar, estão cheios de mágoa e dor. Seus lábios tremem quando me olham, ela se vira e sai apressada para longe de todos. Fico ali sem conseguir me mover, enquanto Valentin me encara.

— Nem pense em abrir essa maldita boca.

Advirto-o, ele, enquanto caminho para os fundos.

— Eu nem preciso, já disse tudo o que tinha para te falar, Klaus.

Suspiro frustrado e irritado, enquanto caminho para longe de todos.
Quando chego aos fundos, vejo Tracy longe, está observando as macieiras ao longe, parece pensativa e focada num ponto vazio.
Ela sente minha presença, logo que me aproximo dela.

— Ruiva?

Ela continua de costas.

— O que há, entre nós?

— Como assim?

Agora ela se vira e vejo lágrimas em seus olhos.

— O que temos, Klaus?

— Você sabe o que temos, falamos sobre isso, antes de começarmos com isso.

— Sou só uma trepada, para você?

— O quê? Eu? Nunca disse isso a você.

— Então, o que somos, me explica porque estou confusa aqui.

— Tracy.

— Não, preciso que me diga, aí talvez eu possa parar de me iludir ou me enganar.

— Tracy eu já disse para você, é só o que posso oferecer, eu.

— Eu sei, você ama sua, Rose.

Fecho a cara e aperto os punhos.

— Não ouse falar dela.

— Sou a babá, que você come, tudo bem, então para de agir como se importasse comigo, como se sentisse algo por mim, pare de me tratar como posse, eu não sou um brinquedo seu.

— Eu nunca disse que sentia alguma coisa por você, nunca te enganei.

Ela se aproxima, ficando na minha frente, ainda com lágrimas nos olhos.

— Que bom! Que esclarecemos tudo, Senhor Heidmann.

Então se vai, me deixando ali com a sensação de perda e mágoa.

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