A Fera ( Esse Livro, Poderá S...

By SintiaAlencar

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"Klaus Heidmann é um alemão de 32 anos mora com sua filha de 5 anos numa mansão,ele foi devastado pelo passad... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capitulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capitulo 32

Capítulo 4

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By SintiaAlencar

Klaus.....

Mas, o que aconteceu? Primeiro, me viro e vejo olhos azuis e um cabelo de fogo me encarando. Depois, banquei o Cretino, como sempre faço, mas não esperava o que viria depois, aquela resposta dura e direta. Isso nunca havia acontecido antes. Na verdade, basta um olhar para todos terem medo de mim. Mas aquela garota, não sei se a odeio ou a admiro, por sua coragem, arriscada, mas ela não recuou nem quando a olhei.
Eu sei, me diz que tipo de pai pergunta a uma estranha, como esta sua própria filha.
Mas isso não muda o fato, dela me encarar daquela forma, havia mais que desprezo em seus olhos, havia raiva e reprovação.
Aqui é meu escritório, refúgio, refúgio, quando estou em casa, o único lugar para ficar sem ter que lidar, parece covardia, mas não estou pronto para o mundo. Durante a semana fico na empresa, às vezes viajo e fico fora por dias, sei o que todos pensam, mas ninguém fala, não até hoje pelo menos, quando aquela ruiva me fuzilou com os olhos e soltou aquelas palavras.
Meu celular toca, me tirando dos meus pensamentos sombrios.
Nem preciso olhar para saber de quem se trata, Chloe. Ela não perde a oportunidade de ser lembrada. A Barbie dos Holfmann é aquela mulher que quer ser o foco das atenções, chega a ser patético, considero ignorar, mas seu pai é um dos clientes mais importantes da companhia. Qualquer tipo de atrito pode ser desconfortável para a companhia.
Atendo, sem nenhuma animação.

— Alô??

— Humm, adoro esse seu entusiasmo.

Reviro os olhos e tento segurar minha língua cruel, mas fica difícil quando você se acostuma a ser como eu, distante e frio.

— Algo importante, Chloe?

— Só achei, que como é domingo, a noite e ....

— Não!!!

A corto, antes dela continuar.

— Sério?..quando é que você vai...

— Não!!!...eu já disse.

Que porra, de discurso é esse que toda vez ela insiste em fazer, ela não faz ideia de nada.

— Tchau!.

Desligo antes, dela insistir no discurso de aborrecimento, eu nunca teria nada com ela.

********************

Esta tudo, escuro, quando subo em direção ao meu quarto, paro em frente ao quarto de Crystal quando ouço sua voz, ela parece animada com algo, é a primeira vez que a ouço assim, mas há também outra voz no quarto, reconheço mesmo que agora seu tom é suave e afetuoso.
Ouço sua risada, é cheia de vida, por um momento me faz recordar da minha, Rose e isso me irrita, me causando raiva e mágoa, empurro a porta do quarto e as duas fixam os olhos em mim, mas agora não estão mais sorrindo.

— Ela tem aula amanhã, já deveria esta dormindo, Senhoria Miller.

A ruiva, me lança um olhar de reprovação, isso já está virando costume, mas preciso lembrá-la que aqui quem manda sou eu.

— Me desculpe, só estava contando uma história para ela, não sabia que isso pudesse ser errado.

Sinto um certo tom de sarcasmo, mesmo depois das desculpas.

— Faça seu trabalho e pare de achar sobre o que é, e não é.

Seus olhos me falam tudo, o que ela tem vontade de gritar ma minha cara, mas ela apenas se vira para Crystal, e se despede, ao contrário de mim, parece que essa garota agradou minha filha.

— Boa noite, linda, amanhã a gente se vê.

Aquilo foi doce, mas continuo irritado, e quando ela passa por mim não fala nada, apenas me ignora e sai.
Caminho até minha menina que parece, menos feliz agora.

— Boa noite, princesa.

Começo a me virar, quando minha filha me chama.

— Papa?

— Sim, princesa...

— Gostei muito da Tracy.

Então, ela se deita e fecha os olhos.

  Saio e encosto a porta, continuo meu caminho, mas paro diante da porta entreaberta e vejo cabelos de fogo, enrolada numa toalha, esta segurando algo na mão, parece distraída enquanto observa, suas pernas são pequenas e mesmo estando enrolada na toalha consigo ver suas curvas, minha calça parece ter vida própria e aquilo era novidade para mim, me odiei na mesma hora e odiei aquela garota, sigo meu caminho apressado até esta seguro no meu quarto, que merda era essa, eu nunca olhei para ninguém e nunca me causaram esse tipo de reação, nem a Chloe que é uma morena cheia de curvas, me fez sentir tesão... era isso, já fazia cinco anos que não tinha uma mulher em minha cama, mas, porque com ela diferiu, eu estava duro e excitado pra caralho, por uma garota irritante.  

*****************

Desperto cedo, tomo banho e ponho meu terno, pego minha pasta e sigo para cozinha, paro quando ouço risadas, faço uma careta, qual o problema com essa garota, ela trabalhou em circo ou algo assim, era irritante essa alegria logo de manhã, mas assim como sempre acontece, quando entro na cozinha tudo fica em silêncio.

— Papa?

— Guten Morgen Prinzessin(Bom dia princesa)

Faço um aceno para todos, mas o cabelo de fogo me ignora, quase sorrio, o porquê não sei.

— Frank, tudo pronto para irmos?

— Sim senhor.

Olho para a ruiva irritante.

— Esta tudo, pronto, para ela ir para escola?

Ela ergue seus enormes olhos azuis.

— Estamos.

— Ótimo...

Me viro e todos seguem atrás de mim, chego ao carro e me ajeito no banco de trás, Crystal se senta no meio e a ruiva fica pensando por alguns segundos, mas Crystal acaba com a dúvida.

— Aqui Tracy.

Ela entra e se senta ao lado da minha filha, por um tempo é tudo silêncio durante o trajeto, parece que ela não gosta muito de falar a minha presença.
Mas Crystal parece gostar muito de interagir com Tracy, então aproveito para observar.

— Você vai entrar comigo?

— Claro que vou linda, somos melhores amigas, lembra?

A facilidade com que ela lida com minha filha é ao mesmo tempo, reconfortante, e é mais um daqueles momentos que me pego pensando em como Rose, seria uma ótima mãe para nossa filha, já falhei com ela, sei que onde ela estiver esta puta da vida comigo, perdi anos da minha filha e continuo ignorando a atenção e o carinho que ela merece, solto um suspiro alto de mais e acabo atraindo a atenção de todos no carro, os olhos da ruiva, fixam em mim, e eu juro que consigo ver algo, além deles, algo doloroso, eu aprendi a reconhecer a dor toda vez que me olhava no espelho, mas isso me facilitou enxergar e reconhecer nos outros, ela desvia seus olhos de mim e tenho certeza, que ela fugiu para não ser descoberta.
Como de costume, o carro me deixe na empresa e segue com Crystal para escola, só que agora Tracy está lá também.
Entro e sigo para minha sala, acompanhado com um monte de bom dias e eu com meu aceno de cabeça, como resposta, entro na minha sala e jogo a pasta em cima da mesa, me sento e fico ali com meus pensamentos intrigados, com uma certa ruiva irritante, quando aceitei que Clarck mandasse sua sobrinha, não pedi informações apenas decidi fazer um favor para um amigo da família, agora me pego perguntando porque não obtive mais informações.
Meu dia segue, com reuniões e muitos telefonemas, meu dia era basicamente isso, reuniões, telefonemas e novos negócios, às vezes até a minha hora de almoço era feita na minha sala.
Estou terminando um lanche, quando batem a minha porta.

— Entre.

Para minha surpresa é Maik meu cunhado, digo cunhado porque ainda o considero assim, ele é irmão da minha Rose ...minha linda esposa.

— E aí cara?

— Maik, o que devo a honra?

Ele faz careta e balança a cabeça.

— Eu nunca vou me cansar, dessa sua recepção calorosa, Klaus.

— Você espera o que, um beijo e um abraço ou talvez que eu me jogue nos seus braços.

Ele solta uma risada alta enquanto o observo, eu costumava rir assim, mas hoje não vejo motivo para isso, Maik ri com tanta facilidade que me irrita.

— O aniversário de Crystal, esta chegando.

E pronto, meu humor se transforma em pedra, porque me recordar desse dia, é o mesmo dia em que perdi o amor da minha vida, a irmã dele.

— Klaus, eu sei o que te recorda esse dia, mas você precisa enxergar que a sua filha está viva, que minha irmã não aprovaria essa atitude sua.

— Maik, para.

— Tá, mas lembre-se, você já perdeu 5 dos melhores anos dela e está tirando dela a alegria de comemorar seu aniversário, pondo sobre ela a culpa dessa data.

Maik se vira e vai embora irritado, mas não tanto quanto eu, que agora estou com aquela dor insuportável no peito e a mágoa me deixando um gosto amargo na boca.

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