Um Retorno Inesperado | ✓

By abewrite

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Lauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim... More

Acervo
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo
Agradecimentos
SUR-PRE-SA!

Capítulo 1

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By abewrite

Depois de três anos eu finalmente estou voltando para casa: Frankwood, Califórnia.

Minha cidade natal de pastos verdejantes, vinhos saborosos e um calor terrível. Era razoavelmente pequena, mas bem desenvolvida. 

Eu tinha quinze anos quando deixei tudo para trás e foi bem difícil me acostumar em Londres. Nos primeiros meses eu me recusei a interagir com outras pessoas, mas no final, eu aceitei, resolvi viver a minha vida mesmo com toda a saudade. Afinal, era só questão de tempo até retornar.

E agora aqui estou eu e admito: não sei se estou pronta.

Eu nao via meus amigos há muito tempo e nosso contato não era mais o mesmo. Talvez, eles nem se lembrassem de mim. Isso que me assustava.

Como eu vou agir? Como eu vou voltar para escola? Como eu vou falar com eles? Eu devo falar com eles?

- Filha! Filha! Já pousamos, pegue suas coisas! - Minha mãe disse me sacudindo.

Despertei dos meus pensamentos ansiosos assim que minha mãe me chamou.

- No que tanto pensou a viagem inteira, Lauren? Toda vez que olhamos você estava no mundo da lua. - Meu pai falou rindo.

- Eu só estou nervosa, não sei como vão ser as coisas... - Falei com um tom desanimado enquanto andávamos para fora do aeroporto até o carro que nos esperava.

- Relaxa, amor, você vai se sair muito bem e fique tranquila que os seus amigos vão ficar muito felizes em te ver. - Minha mãe falou tentando me acalmar. Bufei.

- Não tenho tanta certeza, mãe. Nós perdemos o contato.

- Não seja dramática, Lauren. - Meu pai riu, revirando os olhos.  - Não é como se eles te odiassem.

- É... - Murmurei.

- Vai dar tudo certo, filha, não se desespere. - Minha mãe falou e os dois entraram no carro.

Encostei minha cabeça no vidro olhando para o lado de fora. Meu coração poderia pular do meu peito a qualquer momento ou eu mesmo o vomitaria.

Voltar assim, do nada, é tão estranho. Mas, para quem sumiu do nada, uma volta do mesmo jeito faria sentido.

- Chegamos na nossa linda e velha casa. É muito bom estar de volta! - Minha mãe diz abrindo a porta.

- Que saudades que eu estava desse sofá! - Meu pai disse se deitando.

A casa já estava toda limpa e arrumada. Minha mãe fez questão de ligar para a nossa antiga empregada para que ela deixasse a casa preparada para nos receber.

Olhei para dentro relembrando meus momentos nela. Está exatamente como a três anos.

Sorri sentindo o cheiro de lar.

Peguei as minhas malas e subi para o meu quarto, abri a porta com espectativa e me joguei na cama.

- Saudade que eu estava de vocês, estrelinhas! - Olhei para o teto, observando as estrelas de plástico que brilhavam no escuro. Eu as tinha desde os oito anos de idade.

Me levantei para arrumar a mala quando vi um porta retrato antigo, em cima da mesa, do lado da cama, com uma foto de nós seis quando nos formamos no fundamental.

Era eu, Julie, Melissa, Daniel, Bryan e Jack. Nós fazíamos tudo juntos desde a infância, até porque nossos pais também eram melhores amigos desde pequenos.

Éramos bem diferentes um do outro, poucas coisas tínhamos em comum, mas nunca foi um motivo de briga entre nós. Quer dizer, com exceção do Daniel.

Daniel era mestre em tirar qualquer pessoa do sério, fazia tudo por atenção e parecia ter um certo favoritismo em relação as pessoas nas quais ele queria esgotar toda a paciência. Eu era uma delas, consequentemente, sempre brigávamos por alguma coisa e sobrava para os nossos amigos a missão de interferir.

- Lau, vem jantar, amor! - Minha mãe gritou do andar de baixo.

Desci e fui até a cozinha onde meus pais já estavam sentados a minha espera.

- Já arrumei as roupas e separei uma para a escola amanhã. - Disse, me sentando.

- Que bom filha! - Meu pai sorriu.

- Eles sabem que eu voltei? - Perguntei com medo da resposta.

- Claro que sim, eles são seus amigos. Estava hoje mesmo falando com a Lucy e ela disse que Julie está muito ansiosa para te ver. - Ela sorriu.

Não pude conter um sorriso de orelha a orelha. Tive que me controlar muito também para não acabar chorando ali.

Julie, assim como a Melissa, sempre foi a minha melhor amiga e era muito importante para mim saber que ninguém guardava nenhum rancor.

Depois do jantar fui para o meu quarto e me preparei para dormir. Deitei na cama pensando no dia de amanhã e não demorou muito até meus olhos pesarem.

Acordei com o despertador gritando no meu ouvido. Me estiquei, sonolenta e desliguei, ficando por alguns minutos sentada na cama.

Depois de me arrumar para o colégio, peguei minha mochila e desci para tomar o café da manhã. 

- Bom dia... - Falei aparecendo na cozinha.

- Bom dia! - Meus pais falaram em uníssono.

- Tem como eu faltar hoje? Ou talvez o resto do ano? - Perguntei, me sentando.

- Para de drama, Lau, você vai se sair bem! - Minha mãe disse pegando sua bolsa e se despediu.

Meu pai não demorou muito e fez o mesmo, me deixando sozinha.

suspirei olhando para a maçã na minha mão.

- Eu vou comer no caminho. - Falei para mim mesma ou talvez um fantasma que estivesse me acompanhando.

A escola não era muito distante de casa, então dava para ir a pé tranquilamente. Como eu não estava atrasada fui caminhando em passos normais e aproveitei para reparar na cidade a minha volta. Poucas coisas haviam mudado até então.

Lembro que naquela noite, antes de chegar em casa e receber a notícia, estávamos na casa da Julie. Se eu soubesse que aquele seria o nosso último momento juntos eu tinha aproveitado mais.

Flashback

Me despedi de Daniel que havia me deixado na porta de casa e entrei, aliviada por não sentir mais tanto frio por causa da roupa úmida combinado ao vento fresco. Me lembrei que ele tinha me emprestado o seu moletom e abri a porta para entrega-lo, mas já tinha ido.

Parando para pensar, ele estava estranho ultimamente. Quer dizer, não brigamos por nada. Parecia mais tolerável e estava até sendo legal.

- Filha, é você? - Meu pai aparece na sala - Que bom que você chegou, precisamos conversar!

Engoli em seco e segui ele até a cozinha.

O que será que eu tinha feito?

- O que foi? - Perguntei me sentando.

- Filha, eu e seu pai temos que te contar uma coisa.

franzi a testa, preocupada.

- Meu chefe me ligou a uma hora atrás falando que houve um acidente com um amigo de trabalho e ele havia recebido uma proposta de emprego para Londres, mas não poderá ir. - Meu pai falou.

- E o que isso tem a ver com a gente? - Perguntei confusa mas talvez tenha parecido rude.

- Bom, o meu chefe, então, fez a proposta a mim. Disse que seria uma oportunidade única e realmente é. Apesar de ter sido feita em tão pouco tempo. - Ele coçou a nuca nervoso.

- E o senhor vai?

- Sim, você e sua mãe também.

- O QUE? - Arregalei os olhos. - Por quantos dias?

- Na verdade... - Minha mãe falou olhando para o meu pai insegura. - Nós vamos ficar mais tempo, meu amor. - Ela falou com a voz branda tentando me acalmar.

- Quanto....quanto tempo? - Gaguejei tentendo processar tudo aquilo.

Tentava não chorar como um bebê, mas era impossível e meus olhos já estavam cheios de água.

- Três...anos... - Ele falou baixo.

Aquelas palavras me atingiram como um soco na barriga.

- três ANOS? Vocês estão loucos, não pode ser. E a minha escola? os meus amigos? minha vida toda é aqui! - Falei irritada. - Não pode ser!

- Eu sei, meu amor, mas tenho certeza que você vai conseguir criar uma vida lá também. - Minha mãe deu um pequeno sorriso tentando amenizar a situação.

Balancei a cabeça negativamente.

- NÃO! Eu não quero criar uma vida lá! - Falei alto. - Eu não quero ir, eu não quero... - Falei com a voz rouca tentando não chorar.

- Já está decidido, querida... - Meu pai disse firme.

- Arrume as suas malas hoje ainda, ok, nós iremos amanhã no final da tarde... - A minha mãe disse depositando um beijo suave em minha testa.

- Eu....eu não quero....

Minha voz falhava e eu chorava como uma criança que acabara de cair de bicicleta.

- Eu vou poder nem me despedir deles?

- Claro que sim,  vamos chamar todos para vir aqui. - Meu pai disse com um pequeno sorriso.

Eu não disse mais nada, apenas saí da cozinha e fui correndo para o andar de cima e me tranquei no quarto.

Naquela noite eu dormi desejando acordar e perceber que era tudo um sonho. Mas não era. Infelizmente.

...


Quando dei por conta de meus pensamentos, já estava na frente da escola.

Meu coração acelerou abruptamente e eu travei e não conseguia dar mais nenhum passo.

Alunos entravam conversando, alguns rostos conhecidos acenavam surpresos e outros passavam sem me notar. Provavelmente nem me conheciam.

Engoli em seco.

Meu estômago parecia que tinha atrofiado e meu coração ainda acelerado, chegava a errar algumas batidas.

Depois de muito hesitar, caminhei até a diretoria.

A Sra. Golden me recebeu com um grande sorriso, depois me entregou o horário e a senha do meu antigo armário.

Agradeci com um pequeno sorriso e saí da sala.

Fui até o armário e o abri. A anos atrás ele estaria cheio de figurinhas e fotos, mas agora estava vazio e morto. Teria que pensar em uma decoração.

- Meu deus, então é verdade!

Ouvi uma voz feminina bastante conhecida e meu coração disparou. Hesitei por um momento, antes de fechar o armário e olhar para a garota de pele morena, cachos bem definidos e um sorriso enorme no rosto.

Diferente de mim, Julie havia crescido bastante.

Ela não perdeu tempo. Soltou um gritinho e me abraçou tão forte que senti minhas costas estalarem, porém retribuí o abraço de bom grado e não pude evitar sorrir.

- Eu senti tanto a sua falta! - Falei prestes a chorar.

- Eu também senti a sua! - Fungou.

Ela me soltou do abraço, me olhou de cima abaixo e pegou em meu cabelo loiro.

- Caramba, você está uma grande gostosa! - Ela disse limpando uma lágrima que caiu.

Gargalhei, mesmo achando exagero da parte dela.

- Ai, é tão bom ter a minha amiga de volta, eu não aguentava mais ter que suportar a Melissa e os meninos sozinha! - Ela falou dando pulinhos de alegria.

Ri, balançando a cabeça.

- Eu imagino como deve ter sido difícil para você, mas tudo bem, agora eu estou aqui para te apoiar. - Brinquei e ela riu.

- Pelo visto, algumas coisas nunca mudam.

- Nossa, deu para ouvir os seus gritos lá de fora, Julie! - Um garoto loiro, alto e de olhos acinzentados falou, se aproximando. Ao seu lado vinha outro garoto um pouco menor: cabelo cacheado em um topete, pele negra, olhos verdes e um piercing na sobrancelha esquerda.

- Bryan e Jack? - Disse surpresa olhando para Julie e ela assentiu.

- Fala, baixinha! -  Jack sorriu colocando a mão em minha cabeça e bagunçando o meu cabelo. Ri.

Os dois me abraçaram e percebi o quanto eles estavam fortes.

- Fico feliz que você voltou, Lau! Todos nós sentimos sua falta! - Bryan falou se desvencilhando.

- Como vocês estão altos e fortes. Nem parecem aqueles meninos que competiam para ver quem comia mais. - Brinquei e eles riram.

- Você também está uma gata! - Jack piscou com um sorriso de lado. - Ulala!

Gargalhei, lhe dando um leve empurrão.

- Ah, eu sei bem quem vai gostar de reparar nisso! - Julie disse, divertida.

- Quem? - Perguntei curiosa.

Eles se entre olharam cúmplices. Mas, antes de qualquer um pensar em falar alguma coisa, um grito fino soou.

Só poderia ser...

- Ai meu deus, eu não estou acreditando no que eu estou vendo!

A Melissa.

- Não é um fantasma, relaxa. - Falei sorrindo. 

Ela pulou em cima de mim e quase fomos parar no chão.

- Eu senti tanto a sua falta, eu não acredito que você voltou para nós! Como você está maravilhosa! - Ela disse me apertando mais.

- Mel, assim você me sufoca! - Falei tentando respirar.

Deus, quando foi que ela ficou tão forte?

Em uma altura mediana, a Melissa era, de longe, a mais fofa de nós. Sua pele era bem clara, tinha sardas em seu rosto, olhos verdes e o cabelo, na altura dos ombros, era de um castanho tão escuro que parecia preto. Era meiga como uma boneca de porcelana, mas não se deixem enganar.

- Me desculpa, é que eu realmente estou muito animada! O nosso grupo está completo novamente! - Ela falou empolgada e todos riram.

- Falando nisso, onde está o Daniel?- Bryan perguntou.

- Ele sempre chega atrasado. - Julie deu de ombros.

- O dia mal começou e vocês já estão falando mal de mim? - Uma voz conhecida falou, se aproximando.

Julie e Jack abriram um espaço para que ele entrasse no meio dos dois e participasse da roda que havíamos feito no meio do corredor.

- Do que vocês estavam falando de mim? - Um garoto de cabelo castanho perfeitamente bagunçado apareceu entre os dois.

Assim como seus dois amigos, ele também aparentava estar forte.

E uau! Como ele estava....diferente.

Seus olhos avelã se encontraram com os meus em um misto de surpresa e confusão.

- Lauren? - Piscou tentando digerir a informação. - Caramba... - Ele passou a mão na nuca. Parecia sem graça. - Quanto tempo. Eu não sabia que... Vocês sabiam? - Ele perguntou aos nossos amigos.

- Eu só fui saber hoje de manhã, quando minha mãe me contou. - Jack riu e os outros concordaram.

- Ah... - Murmurou. - Meus pais não estavam em casa, então... - Deu de ombros.

Confesso que estranhei a sua reação. Eu não esperava que ele ficasse tão surpreso, na verdade, esperava uma piada provocativa ou qualquer coisa do tipo.

Por um momento me senti nostálgica.

Era bom estar de volta.

- Parece que todos mudaram bastante, eu quase não reconheço vocês. - Ri.

- Se a altura não tivesse continuado a mesma, eu diria que você está irreconhecível. - Daniel riu.

- Haha. - Revirei os olhos. - Parece que nem tudo mudou, pelo visto.

Ele sorriu e todos gargalharam.

- Temos que sair hoje para comemorar! - Julie falou animada.

- Onde vamos, então? - Mel perguntou animada.

- Duck's - Falamos em unissono.

- Faz tanto tempo que eu não vou lá, que saudade de comer aquelas tortas! - Sorri, lembrando do gosto da torta de morango com blueberry. A minha favorita.

O Duck's era a tradição que foi passada dos nossos pais. Já tinhamos provado todas as tortas e eram as melhores do mundo.

- Você vai nos contar tudo sobre a viagem, eu quero saber cada detalhe. - Jack disse passando seu braço em volta de mim.

- Não tem muito o que falar! - Dei de ombros.

- Como não? Você ficou em Londres por três anos! - Julie falou óbvia.

Ri.

- Ok, eu conto, mas não prometo que seja tão emocionante!

Logo o sinal tocou e todos foram para as salas.

Na hora do intervalo, fomos para o refeitório. Entrei na fila, cumprimentando algumas pessoas que conhecia e peguei uma pizza. Fui em direção a mesa onde estavam os meus amigos e me sentei.

Eles me olhavam com expectativa.

- O que foi? - Perguntei franzindo a testa.

- Como se sente até agora? - Jack perguntou.

- Feliz por estar de volta e um pouco mais calma também. - Ri.

- Estava nervosa? - Julie perguntou.

- Muito, eu não sabia como seria com vocês. Quer dizer, achei que me odiassem. - Ri.

- E achamos que você nem iria querer falar conosco. - Mel deu risada.

- Ou pior, que ficasse em Londres. - Jack acrescentou.

- Não, eu não via a hora de voltar! - Ri. - Londres é maravilhosa e eu também tenho amigos lá, mas a minha casa sempre foi aqui. - Falei sorrindo.

- Que linda! Eu vou chorar! - Bryan dramatizou limpando as lágrimas falsas com o guardanapo.

Gargalhamos.

- Parece que o coração da Lauren derreteu um pouco nesses últimos anos. - Daniel disse, rindo.

- Para falar a verdade é só um bônus de ter reencontrado vocês, a partir de amanhã já estarei xingando todos novamente. - Falei piscando e eles gargalharam.

Quando as aulas do dia acabaram cada um voltou para a sua casa.
Julie e Jack se despediram de mim com um abraço e foram caminhando, pois moravam perto um do outro.
A mel pediu um uber porque havia se mudado a pouco tempo e se despediu quando ele chegou.
Já eu, Bryan e Daniel fomos juntos pois nossas casas também eram próximas.

- Assim como nos velhos tempos. - Sorri, respirando fundo.

- Para ficar mais parecido vocês precisam começar a brigar por alguma coisa. - Bryan disse, rindo.

- Lembra daquela vez que eu, sem querer, pisei nos cadarços dela e ela caiu com tudo no chão? - Daniel riu e Bryan o acompanhou.

- Mentiroso! Você fez aquilo de propósito! - Apontei para ele com os olhos cerrados.

- Eu juro que não foi, eu nunca faria isso! - Ele disse colocando as mãos pra cima fingindo rendição.

- Sei. - Arqueei as sobrancelhas.

- Dessa vez eu vou concordar com a Lauren. - Bryan riu.

- A forma que vocês me viam me deixa ofendido. - Ele disse colocando a mão no peito.

Bryan gargalhou jogando a cabeça para trás.

- Você mesmo manchou sua reputação. - Dei de ombros, convencida e ele fez uma careta.

soltei uma risada.

- Não me lembro disso não! - Ele fez de desentendido.

- Vou lá, galera, até mais tarde! - Bryan se despediu atravessando a rua para a sua casa.

Eu e Daniel continuamos em silêncio até ele resolver quebra-lo.

- Você está diferente sabia?! - Ele disse assim que chegamos em frente a minha casa.

Parei de frente para ele.

- Diferente como? - Perguntei franzindo a testa.

- Não sei explicar... - Ele deu de ombros. - Está mais bonita e mais madura também...

Franzi a testa com um sorriso.

- Você me elogiando? - Brinquei e ele revirou os olhos.

- As vezes acontece. - Deu de ombros.

- Você também mudou. - Sorri.

- Estou lindo, pode falar. - Sorriu de lado, convencido.

Bom, errado ele não estava, mas eu não iria dar esse gostinho. Não a ele.

- Não digo lindo, está mais para suportável. - Sorriu. - Se passaram quase um dia e ainda não tive vontade de te exterminar!

Ele gargalhou.

- Você também parece mais mansa. - Ele disse dando tapinhas na minha cabeça como se eu fosse seu animal de estimação.

Fechei a cara.

- Você é um idiota! - Revirei os olhos e ele riu mais uma vez.

- Bem, então até mais tarde... - Falei me despedindo e ele assentiu.

Assim que eu me virei para entrar, senti suas mãos quentes me tocarem. Voltei a olha-lo e, então, ele me surpreendeu com um abraço.

No início eu fiquei sem saber como reagir, mas seu perfume era tão bom que achei que fosse me embriagar

Ele se afastou de mim e seus olhos encontraram os meus ainda confusos.

- Não vai se acostumando, é apenas porque você voltou. - Piscou, se distanciando.

Ri, revirando os olhos e entrei dentro de casa.


Olá, olá! Quanto tempo!

Ai, estou tão feliz de ter voltado a escrever, espero que vocês também!

Lá vamos nós para mais uma jornada! Quem tá comigo?

Comentem muito e não se esqueçam de votar!

Obrigada por continuarem me acompanhando e nos vemos no próximo capítulo.

Revisado em 08/04/2022

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"Todo mundo tem uma pessoa, aquela pessoa Que te faz esquecer todas as outras".