Você Cresceu [✓]

By Mogridd

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Lory nunca deixou de pensar nele. Era impossível passar por aquelas ruas e não lembrar do menino magrinho com... More

A P R E S E N T A Ç Ã O
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Aviso.

Capítulo 24.

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By Mogridd


Observei Din fazendo os pedidos e depois Molly, que brincava com os guardanapos.

- Isso tem um textura boa. - Admitiu sorrindo. Assenti com a cabeça e apreciei o cheiro doce misturando-se com o vento calmo.

- A comida chegou! - Dilan comemorou de forma divertida, se sentando ao meu lado. - Podem aproveitar. - Não esperei ele colocar o prato sobre a mesa para começar a devorar uma das rosquinhas.

Soltei um gritinho de felicidade quando a massa derreteu na minha boca.

- Eu quero a com mais açúcar. Alguém, por gentileza, me dá a com mais açúcar. - Molly pediu. Eu e Din nos encaramos e começamos a rir.

- Toma essa. - O rapaz tirou a rosquinha que eu tinha acabado de pegar e a deu para a menina. - Essa é a mais saborosa. - O fitei incrédula. - O quê? - Mordi os lábios com força. Sei que é errado ser egoísta, mas eu não consigo deixar de ser quando o assunto é comida.

- Nada. - Tirei a rosquinha que ele estava comendo de suas mãos e dei uma mordida. - Acho que essa está melhor. - Revelei com um sorriso vitorioso nos lábios enquanto Din ria.

Ele pegou outro doce ainda com um sorriso bobo nos lábios.

- Tia Lory - Molly me chamou e meu coração se aqueceu. - O tio Din falou que você canta. Isso é verdade? - Encarei Dilan confusa e encontrei o mesmo sorriso sapeca de sempre em seu rosto.

- Sim, Molly. Ela fez um show quando éramos menores. - Seu sorriso cresceu e minhas bochechas começaram a queimar.

Eu não acredito nisso.

- Peterson, não vem me falar qu- Minha pergunta foi respondida por risadas altas vindas do menino ao meu lado.

Admirei seu rosto de perfil e meu sangue ferveu.

- Eu não acredito que você falou sobre aquilo, Din! - Molly parecia confusa e o mesmo ria cada vez mais. - Peterson - Joguei um guardanapo amassado nele e o rapaz parou no mesmo instante.

- Você não jogou nada em mim. - Afirmou seriamente e eu o encarei com intensidade.

- Joguei. - Rebati no mesmo instante, e quando percebi, estava sendo bombardeada com uma chuva de guardanapos amassados. - Dilan, para! - Pedi sentindo o papel sendo jogado cada vez mais.

Quando percebi que ele não iria parar, me posicionei. Rapidamente peguei muitos guardanapos e comecei a jogar nele também.

- Você vai cair, Dilan! - Afirmei aumentando a velocidade e ele apenas riu ironicamente.

- Vamos ver, mestra. - Mordi os lábios com força e continuei jogando, sentindo meu braço cada vez mais cansado.

Subitamente os guardanapos pararam de vir em minha direção e eu sorri vitoriosamente. Porém esse sorriso morreu quando encontrei os olhos raivosos de Mary.

Ela não tinha se aposentado?

- Dilan, o que você pensa que está fazendo? - Seus glóbulos azuis fuzilavam o rapaz e eu fiquei paralisada. - Peço que vocês se retirem. - Pediu seriamente. Din assentiu com a cabeça e puxou minha mão e de Molly, nos levando para fora daquele lugar.

Encarei a parte de dentro de Candy's e depois a mulher baixinha e loura que resmungava lá dentro.

- Desculpa. - Pedi me encolhendo. - Eu tinha me esquecido que estávamos aqui. Isso costuma acontecer quando estou numa competição. - Admiti encarando o chão esperando alguma reação do menino, porém ele não falou nada.

Fitei seu rosto e fiquei confusa quando encontrei um sorriso largo em seus lábios e logo depois ele começou a rir.

- Essa foi a coisa mais louca que eu fiz em meses. - Revelou ainda entre risos.

Molly o acompanhou de boca cheia. Seu rosto estava cheio de recheio e eu não me aguentei. Começamos a rir sem parar.

Repentinamente, Din empurrou meu ombro. Admirei seu rosto brilhante e depois seu sorriso sapeca.

- Que tal você cantar para nós qualquer dia desses, Lady Gaga? - Indagou de forma zombeteira e eu senti o sangue subir para meu rosto.

- Eu gosto das músicas da Lady Gaga. - Molly admitiu ainda devorando uma rosquinha e eu fiquei sem saber o que falar.

As memórias daquele dia no karaokê improvisado vieram em minha mente, causando uma onda de vergonha. Lembro-me do jeito que Din ficou me zuando durante meses por causa da minha "perfeita voz afinada"

E agora a "Lady Gaga" está me perseguido novamente.

- P-Peterson, nem ouse. - Disparei, tropeçando nas palavras e isso só aumentou as bochechas vermelhas.

- Tudo bem. - Aceitou, com um sorriso divertido e a voz calma.

Ele colocou as mãos nos bolsos e começou a andar devagar.

Peguei a mão de Molly e o segui.

- Para onde vamos agora? Voltar para minha casa? - Indaguei admirando seu rosto de perfil. O menino começou a rir e depois me encarou com os olhos brilhantes.

- Karaokê. - Contou simplesmente, voltando a andar. Paralisei no mesmo memento.

- Não. - Falei firmemente. - Eu não vou cantar. - Engoli em seco. Din parou de andar e se virou para me olhar.

- Ok. Então apenas nos observe. - Afirmou calmante. Seu sorriso era indecifrável, mas eu sabia que tinha algo por trás daquilo.

Din não é burro. Ele conhece meus pontos fracos e sabe que eu adoro cantar, mesmo não sabendo e sendo horrível.

- Eu quero cantar. - Molly admitiu. Admirei seus cabelos ruivos e depois a expectativa em seu rosto.

Eu podia recusar isso?

Bufei e passei as mãos em meus cabelos. Din ainda esperava uma resposta, mas ele sabia que eu não iria recusar. Eu odeio o fato de ele me conhecer tão bem.

Não falei nada e apenas o segui. Um sorriso vitorioso apossou-se de seus lábios e no fundo, eu sentia falta de cantar com ele.

A brisa estava leve e a chuva tinha passado. Molly sorria alegremente e eu tentava controlar meu coração agitado.

...*...*...

- Din, por favor, não liga para eles. - Pedi pela décima vez, enquanto Dilan tentava ligar para Emily e Ben. - Eles devem estar ocupados. - Tentei convencê-lo, mas ele não parecia querer desistir da ideia de fazer todos verem eu passar vergonha.

Me joguei no sofá ao lado de Molly. Ela parecia tão nervosa quanto eu.

- Eu vou cantar? - Ela segurou minha mão. - Eu não conheço muitas músicas. - Suas mãos estavam geladas e ela gaguejava.

Passei meus braços por seus ombros e a trouxe para mais perto, a abraçando de lado.

- Se você não quiser não precisa. Vamos só ficar zuando o Din. - Ofereci rindo e ela me acompanhou. - É uma boa ideia, né? - A menina assentiu com a cabeça, mas parecia confusa.

- Mas o tio Din falou que você canta muito bem. - Suas sobrancelhas estavam juntas e ela se afastou. - Por que você não vai cantar? -Indagou com a voz doce.

Limpei a garganta e encarei seriamente o menino que ainda insistia na mesma ideia.

- Eu tenho uma afinação horrível para cantar. - Admiti com as bochechas queimando. - O Din estava zombando de mim. - Mordi os lábios e apoiei os cotovelos nas pernas. - Eu não sei cantar. - Bufei e depois observei a expressão serena de Molly.

- Entendi. - Ela começou a balançar os pés. - Eu também não sei. - Admitiu sorrindo e eu a segui. - Mas eu vou tentar. É a primeira vez que vou fazer algo assim. - Admitiu alegremente. Era bom ver que ela estava feliz. Pelas coisas que Din me falou, ela merece diversão.

- Muito bem. Então eu vou te apoiar e zuar o Din. - Comentei e ambas rimos.

Mordi os lábios e observei o menino que se aproximava. Ele bufou e se jogou ao meu lado.

- Eles vem? - Já sabia a resposta por causa da sua expressão, mas mesmo assim queria confirmar.

- Não. - Contou simplesmente cruzando os braços. Acabei rindo quando suas bochechas aumentaram. - Benjamin está na casa dos avós de Emily. Eles não podem vim. - Sorri vitoriosamente e relaxei no sofá.

O lugar tinha pouca luz e dois sofás. A decoração era simples, apenas com algumas luzes néons. Mas o que era meu pesadelo, era a tevê e os dois microfones a minha frente.

Eu queria fugir daqui.

- Mas deixando isso de lado, vamos começar com uma música da Lady Gaga? - Seus olhos me fitavam com um brilho estranho e seu rosto possuía um sorriso sapeca. - Que tal Alejandro? - O sangue subiu para meu rosto e pude sentir minhas bochechas queimando. Din começou a empurrar meu ombro e eu fiquei paralisada.

Não, não, não...

- Eu conheço essa! - Molly exclamou e ambos olhamos para ela. - Eu sei ela toda. Posso cantar? - Perguntou ansiosa. Soltei um suspiro por causa do alívio e depois sustentei os olhos castanhos de Din.

- Sim, você pode. - Respondi sem desviar o olhar. Molly parecia animada e isso só fez meu sorriso crescer. - Ela pode né, Dilan? - Indaguei como provocação. Din estreitou os olhos e depois riu.

- Claro. - O menino se levantou, começou a mexer em algumas coisas e depois voltou com um microfone nas mãos. - Aqui. - Ofereceu para Molly, que parecia não saber como usar. Ele começou a explicar para ela e eu me peguei o observando. O jeito que Din trata as crianças com tanta doçura e cuidado, é encantador.

Quando Molly entendeu como se fazia, ele beijou sua testa e ligou o som. Meu coração perdeu uma batida junto a melodia de Alejandro.

Seus olhos caíram sobre mim e ele se aproximou sorridente. Tentei controlar meu coração acelerado, mas não conseguia.

Admirei seu rosto iluminado pela luz néon e depois seus olhos vidrados na pequena menina.

- Você escapou hoje - Falou repentinamente, fazendo eu perceber que estava o encarando. -, mas qualquer dia desses você ainda vai cantar. - Seu sorriso divertido me pegou e eu assenti com a cabeça, voltando a encarar a menina. Agradeci mentalmente por estar escuro aqui. Seria estranho se ele visse minhas bochechas coradas.

Molly começou a cantar junto a música. No começo ela parecia tímida e cantava baixo, mas conforme eu e Din gritavámos mensagens de apoio, ela começava a se soltar.

Sua voz era angelical e passava tranquilidade. Peguei Dilan cantando junto algumas vezes, mas ele parava toda vez que eu o encarava.

A sala estava animada. Eu e Din gritavámos, enquanto Molly cantava lindamente.

- Ela me lembra você. - O garoto admitiu repentinamente. Deixei de observar a menina que cantava, e fitei seus olhos avelã que brilhavam lindamente. - Menos a voz. Ela canta bem. - Mordi os lábios e o encarei seriamente. Ele começou a rir e eu empurrei seu ombros rindo junto.

- Você não pode falar nada. - Comentei de maneira brincalhona e ele me encarou sério. - Você também é um desastre cantando. - Sorri e cruzei minhas pernas, voltando a fitar Molly.

Porém, não consegui prestar atenção em mais nada quando seu joelho tocou o meu.

- Eu canto bem. -Murmurou para sí mesmo, mas eu escutei e mordi o interior das bochechas para não rir.

O lugar estava bem escuro, e quando Din se aproximou quase fiquei embriagada com seu cheiro doce misturado com a colônia masculina.

- Eu coloquei o nome do gato de Nigrum. - Sussurrou no meu ouvido. Sei que foi um ato inocente, mas isso não impediu de um arrepio dominar meu corpo.

Afastei meu rosto do seu. Meu coração estava descontrolado e eu apenas assenti com a cabeça.

- É preto em latim. - Contou voltando a encarar a menina que cantava o refrão. - Você gostou? - Seus olhos castanhos caíram sobre mim e isso só aumentou meu nevorsismo.

Engoli em seco tentando me acalmar. Eu não entendia porquê estava tão nervosa, mas apenas olhar para ele, me causava isso.

- Eu gostei. - Admiti de maneira baixa. Ele abriu um sorriso covarde e concordou.

Comecei a passar a mão pela parte fazia do sofá. Seu joelho ainda tocava o meu e isso estava me causando borboletas na barriga.

Quando Molly terminou de cantar gritamos e a abraçamos. Ela estava ofegante, porém orgulhosa de sí mesmo por não ter errado nem uma parte.

- Eu cantei bem? - Indagou se sentando ao sofá e bebendo refrigerante.

Eu e Din nos olhamos e depois sorrimos.

- Muito. - Admiti, e Dilan fez o mesmo. Um sorriso grande se apossou do rosto da menina e ela voltou a beber o líquido em silêncio.

Depois disso, conversamos sobre várias coisas e eu contei a história de como tinha quebrado a janela do Din. Molly riu bastante e Dilan também.

O lugar era acolhedor e divertido. Eu escutava cada gargalhada do menino ao meu lado com cuidado. Ficamos mais algum tempo lá, e depois chegou a hora de ir.

Fiquei irritada por Dilan não ter cantado, queria ter zombado ele.

A brisa passava por nós com calma e nós andávamos devagar até a casa de Molly.

- Eu não acho que seja verdade. - Din se intrometeu na conversa sobre ETs que eu e Molly estávamos tendo.

- Por que não? - A menina indagou pensativa.

Admirei o pôr do sol enquanto Dilan dava argumentos sobre sua opinião.

A imagem a minha frente era linda. O som sereno das árvores e os últimos rastros do sol no céu, formavam um final de tarde perfeito.

- Eu não acho. - Molly apertou minha mão fazendo eu encará-la. - Você concorda, tia Lory? - Fitei Din e a menina que esperavam uma resposta. Eu estava completamente perdida naquela conversa.

- Sim? - Minha afirmação saiu mais como pergunta. Esperei alguma reação vinda dos mesmos, porém eles ficaram calados.

- Não quero mais falar com você, Lory. - Molly soltou minha mão e saiu na frente, já Din deu leves tapinhas na minha cabeça.

- Boa menina. - Afirmou sorridente. Sustentei seus olhos profundos me sentindo perdida.

- Quê? - Indaguei confusa. Molly parou de andar e ficou a nossa frente.

- Você acabou de concordar que o papai noel não existe! - Ela parecia irritada. - Mas ele existe! - Bateu o pé no chão voltando a andar.

Segurei seu braço quando ela quase caiu.

- Não existe. - Din falou seriamente. O fitei incrédula.

- Existe sim. - Afirmei freneticamente com a cabeça e Molly concordou.

- Vamos embora, tia Lory. Tio Din é um menino mal. - Ela puxou minha mão e eu acabei rindo quando percebi que Dilan tinha se ofendido.

- Verdade. - Dei língua para o mesmo e comecei a andar de maneira rápida.

- É mentira! Papai noel existe sim! - Din gritou correndo atrás de nós. Peguei Molly no colo e comecei a correr. A menina ria em meus braços e o vento forte batia em meu rosto.

Comecei a rir junto com ela e nós deixamos Dilan para atrás.

...*....*...

- Eu não acredito que você me deixou para atrás mesmo. - Mordi os lábios para evitar de gargalhar e joguei uma almofada no rosto de Tessa, que ainda permanecia sonolenta.

Ela não reclamou, apenas afundou o rosto no travesseiro mais uma vez.

Sorri descaradamente para Din que se encontrava no chão.

- Eu acho errado ficar mentindo para as crianças. - Contou dando carinho no meu gatinho que estava em seu colo. Peguei mais uma almofada e arremessei em seu rosto.

- Errado é tirar o brilho da infância falando esse tipo de coisa. - Coloquei minhas pernas por cima das da Tessa e relaxei no colchão.

Depois daquilo, eu e Molly corremos por bastante tempo até Din nos alcançar. Nós a deixamos em casa e ela agradeceu por tudo.

No caminho para minha casa, Din ficou reclamando por eu ter corrido dele, e eu sinceramente não conseguia parar de rir. Quando chegamos, Tess ainda estava dormindo e eu fiz questão de acordá-la me jogando por cima dela.

Agora estamos no meu quarto.

- Talvez. - Murmurou ainda acariciando o gatinho. Assenti e encarei o céu lá fora. A noite tinha chegado e as estrelas brilhavam junto a lua.

Hoje a noite está linda.

Memórias nostálgicas daquele dia que eu e Din vimos as estrelas juntos vieram em minha mente, trazendo com sí, o mesmo desejo por seus lábios.

Respirei fundo tentando me livrar daqueles pensamentos, mas foi em vão quando meus olhos foram parar no formato de sua boca.

Me joguei no espaço vazio ao lado de Tess e escondi meu rosto no travesseiro.

- Lory - Sua voz soou pelo quarto fazendo meu corpo estremecer. Continuei parada sem saber o que fazer.

Esperei que ele falasse mais alguma coisa, porém tudo ficou em silêncio e apenas o som da noite era escutado.

Meu corpo paralisou quando percebi que ele estava se aproximando da cama e meu coração quase parou quando ele se sentou na beirada da mesma.

- Lory? - Sua voz estava baixa e ele tocou minhas costas e me balançou um pouco. - Eu sei que você está acordada. - Afirmou num sussurro e eu acabei rindo contra o travesseiro.

Me virei e encontrei seus olhos observadores e seu sorriso feliz.

- Espertinho. - Sussurrei e ambos rimos. - O que foi? - Indaguei observando seu rosto sereno. Ele não falou nada, apenas me fitou e depois pulou a janela.

Sorri sozinha por um tempo e depois o segui.

O céu era uma imensidão negra, iluminado apenas pelas estrelas cintilantes.

Me sentei ao seu lado e pude sentir seu cheiro natural, que por algum motivo era doce. Ele abraçava os joelhos e observava os pontos brilhantes. Seu rosto iluminado pela luz natural era a melhor imagem do mundo.

Mordi os lábios para impedir de um sorriso bobo dominar meu rosto, mas foi em vão.

A brisa estava leve e a noite refrescante. Eu podia respirar calmante e apreciar o calor do menino ao meu lado.

É nesses dias que eu mais sentia falta dele.

Soltei o ar que nem percebi que estava segurando e por impulso, apoiei minha cabeça em seu ombro. Eu gosto de fazer isso porque eu consigo sentir seu calor e cheiro mais facilmente, e eu amo ver suas bochechas vermelhas toda vez que faço isso.

- Hoje a noite está bonita. - Admiti num sussurro. Meu coração dava batidas lentas, porém pesadas.

Din concordou e apoiou sua cabeça na minha, me deixando supresa.

- Hoje o dia foi muito divertido. - Revelou sorrindo e eu o segui. Ergui minha cabeça para observá-lo mais cuidadosamente.

Ele cresceu, porém ainda consigo ver aquela criança ali. Mas eu acho que não importa muito, pois sou apaixonada por todas as fases do Din.

- Sim. - Admirei o céu negro quando seus olhos encontraram os meus. - Eu senti falta desses dias. - Admiti sinceramente. Seu ombro quente tocou o meu, fazendo uma onda de eletricidade subir por meu corpo.

Respirei profundamente sentindo minhas bochechas queimando.

Para minha supresa, Din se aproximou mais. Quando ele ficou a minha frente, eu me perdi em seus olhos intensos.

- Eu também. - Admitiu num sussurro enquanto tirava uma mecha de cabelo do meu rosto.

Senti o sangue subir pra meu rosto e sorri timidamente.

- Dilan - O chamei e ele me olhou atentamente. - Eu quero que você me conte o que fez durante esses quatro anos. - Soltei com rapidez e seus olhos piscaram algumas vezes, tentando entender o que eu tinha falado.

Eu queria perguntar isso há muito tempo, porém não encontrava o momento certo.

Fiquei calada esperando alguma resposta, e Din parecia indeciso. Ele desviou o olhar e voltou para seu lugar, me deixando perdida.

- Eu acho melhor não. - Sussurrou tropeçando nas palavras. - Eu não me orgulho muito disso. - Contou enquanto escondia o rosto. - Eu era novo e imaturo. Prefiro não falar sobre isso. - Contou simplesmente. Eu queria ver que expressão agora, mas não conseguia.

Suspirei frustada e voltei a admirar o imenso céu escuro.

Talvez ele não confie em mim para contar seus segredos mais profundos, e isso me mágoa profundamente.

Assenti com a cabeça e engoli em seco.

- Não se sinta ofendida com isso. O único que tem que sentir vergonha sou eu. - Revelou firmemente. O encarei com a curiosidade pesando em meu corpo, porém deixei esse assunto morrer aqui.

Dilan Peterson esconde segredos de mim e talvez seja melhor eu não saber.

- Tudo bem. - Falei mais para mim do que para ele. Esperei que Din levantasse o rosto e voltasse a conversar comigo, porém ele não fez isso. Dilan parecia envergonhado e isso só aumentou minha curiosidade e decepção. - Eu também tenho meu passado.

"Ela me lembra você."

Oiii meus amores!💙

Esse foi o capítulo 24. Espero que tenham gostado❤

Muitoooo obrigado por tudo e amo vocês.

Nos vemos na quarta😊

Próximo capítulo quarta.

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