O Amor De Um Viking (Concluíd...

By ImEmili

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Diana Markovic foi enganada pelo ex-noivo e por toda a família vigarista dele na Austrália, por isso decide v... More

Sinopse
INFORMAÇÕES
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EPÍLOGO

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By ImEmili

Hugh Mikhail - Dois anos depois...

Minha carne estava tremendo, mas eu não podia parar. Era a minha única forma de esquecer tudo, de tentar não sofrer. Terminei minha centésima flexão e cai no chão com a respiração ofegante, sentindo em seguida todos os meus músculos doerem.

— Vai acabar se machucando feio desse jeito. — Rick, que dividia a mesma cela comigo, falou.

— Essa é a intenção. — respondi me virando de costas para baixo, começando as sequencias de abdominais.

— Está querendo se machucar? Você está pegando muito pesado consigo mesmo durante o último ano. Tudo isso é para não ter que lidar com as lembranças dela? — a pergunta dele fez minha cabeça girar.

— Do que você está falando? Cala a porra da boca.

— Você sabe, Mikhail. Você sabe.

Parei imediatamente as abdominais e passei as mãos nos cabelos em frustração. Por que ele tinha que continuar me lembrando dela?

— Isso não tem nada a ver com ela. — menti.

— Ah, não? — ele riu.

— Não, eu já disse. Eu só estou afim de fazer exercícios.

— Isso se parece mais com automutilação. — disse ele — Você pode falar comigo sobre ela novamente, não precisa fugir até das lembranças que de acordo com você mesmo, foram ótimas.

— Está louco? Já se passaram dois anos! Dois malditos anos! Ela com certeza já seguiu em frente, deve estar feliz com outro alguém. Eu não vou ficar falando dela, não mereço nem que seu nome passe pelos meus lábios. Com certeza ela me odeia. — mesmo que me esmagasse o coração pensar assim. — Isso sim é automutilação, ficar tendo essas lembranças felizes com ela, sendo que nunca mais voltará a acontecer. Por esse motivo, meu amigo, que eu quero continuar fugindo das lembranças.

Eu fui obrigado a contar para Rick sobre a Diana, porquê ele nunca mais me deixou em paz depois de eu tê-lo acordado certa noite, tendo sonhos com ela. Era recorrente as noites que eu acordava gritando por ela, desta forma fui compelido a contar tudo a ele.

— Não seja idiota, cara. Como você pode adivinhar que ela seguiu em frente? E se ela ainda tiver esperando por você?

— Até hoje, essa foi a coisa mais estúpida que você já disse, e olha que não foram poucas.

— Por que isso seria estupidez?

— Você não entende. Eu quis isso, eu busquei que ela me odiasse para sempre quando naquele dia eu não fui me despedir dela. Meu desejo era exatamente esse, que ela não me esperasse, que seguisse em frente. Eu nunca iria querer que minha princesa ficasse esperando por um homem condenado dentro de uma cadeia. Se não fosse isso, acha mesmo que eu não teria ficado com ela? Eu a queria com todas as forças da minha alma!

Entendo... — disse ele após algum tempo em silêncio. — E se você saísse hoje, vai me dizer que não teria a curiosidade de ir vê-la? Saber como ela está?

Caralho, mas é claro. Era o que eu mais queria, porém não podia.

Soltei uma respiração profunda fazendo minha cabeça latejar. Me deitei de volta no chão mas não consegui reunir forçar para voltar a fazer exercícios, apenas fiquei olhando para o teto branco.

— Eu espero que ela esteja feliz, porque ela merece ser muito, muito feliz. E por mais que doa, espero também que ela tenha me esquecido, que esteja com um cara legal e não com um babaca feito o Jeremy, ou... Eu.

E eu não queria testemunhar isso de forma alguma. Saber ou imaginar, era muito melhor do que enxergar com meus próprios olhos ela sendo feliz com outro homem.

— Cuidado para não se arrepender. Porque mesmo que ela queira te esfaquear, com o tempo você pode acabar reconquistando-a.

— Agora você virou conselheiro amoroso, Rick? — zombei.

— Vai se ferrar! Eu só estou dizendo que a sua princesa poderia entender o que te levou a fazer o que fez. Pensando bem, foi gentil da sua parte pensar exclusivamente na felicidade dela. Por mais que tê-la deixado ir sem se despedir deve ter doído pra caralho nela.

— Você não está ajudando ao me lembrar disso.

— É sério, cara. E se ela estiver solteira? Não vale a pena lutar por ela não?

Mesmo que a pergunta de Rick tivesse mexido comigo, não fui possibilitado de responder, uma vez que a grade da cela foi aberta. 

— Hugh Mikhail, me acompanhe. — disse o policial acompanhado do carcereiro.

Olhei para Rick, confuso e os segui pelos corredores escuros. Dois minutos depois, estávamos dentro de uma sala cheia de caixas com o que aprecia ser os pertences dos presos.

— Você está solto. Seu advogado trouxe provas de que você não matou Freddie Walter. — meu coração errou um batida.

— O que?! Que advogado? — questionei com as mãos suadas.

— Ele disse que foi contratado por Zarah Leirner. Ele pode te explicar tudo depois, estão esperando por você lá fora, ande, pegue suas coisas.

Fiz o que eles mandaram, não sabia se sorria ou se continuava confuso. Eu nem acreditava que depois de dois anos eu estava finalmente livre, isso tanto me alegrava quanto me assustava. Troquei de roupas, peguei meus pertences e antes de sair, pedi algo ao carcereiro.

— Eu poderia me despedir do Rick, antes de ir?

— Nada mais que um minuto. — assenti e fui acompanhado até a cela.

— Rick, minha madrinha arrumou um advogado e conseguiram provar que não matei o Freddie. Acabaram de me liberar.

— Caraca, isso é ótimo. Daria tudo para estar no seu lugar agora. Tenha juízo, tá legal? Esqueça a vingança, veja só o que isso fez com você. — ele se levantou e me abraçou.

— Valeu por sempre querer me mostrar o lado bom das coisas, mesmo quando eu cabeça dura não queria ouvir sua ladainha.

— Vai lá. Não se esqueça o que estávamos conversando agora pouco. — eu acenei com a cabeça e me virei para ir.

Por incrível que pareça, eu havia feito amizade com todos os caras exatamente pela minha forma fechada de ser. Quando eu passei pelos corredores, todos me aplaudiram e me desejaram o melhor, mesmo aqueles que estavam presos pelos crimes mais horrendos.

Depois disso fui levado para uma sala onde assinei vários papéis recorrentes a minha liberdade. Parecia que era uma brincadeira, eu esperava ficar preso no mínimo vinte anos até ser solto por bom comportamento. E então de repente eu estava sendo solto.

Logo um guarda trouxe minha sacola com minhas coisas, inclusive meu celular. Quando vi a luz do dia e o rosto da minha madrinha acompanhada de um homem engravatado, eu respirei o ar da liberdade com gosto.

— Filho! — Zarah gritou quando me viu e veio correndo me abraçar.

— Madrinha. Como a senhora está? — alisei seu rosto molhado de lágrimas.

— Agora estou bem. Você me preocupou tanto. Por que me telefonou daquele jeito? Você estava tão desesperado, dizendo que havia feito uma besteira.

— Eu pensei que tinha o matado, Zarah. Quando ele esfaqueou o meu pai bem na minha frente, eu fiquei cego. Então eu parti para cima dele e só sai depois que ele estava desmaiado e com o rosto desfigurado. Porra, eu havia ido lá para pagar a dívida.

— Mas agora já passou... Esse aqui é o Gregório Durval, o advogado que consegui com algumas finanças que tinha guardado. — eu cumprimentei o homem gordo e baixo com um aperto de mãos.

— Zarah, eu agradeço de coração e prometo que vou te devolver esse dinheiro que gastou, quanto foi?

— Isso não importa agora, rapaz. Vamos sair desse lugar, não acha que ficou tempo demais aqui? — eu sorri e então saímos pelos grandes portões enferrujados da maldita cadeia.

Eu, pela primeira vez em dois anos, vendo a luz do dia sem ser em meu horário de banho de sol.

— Mas como vocês conseguiram provar minha inocência? Tinham testemunhas de que eu havia espancado o Freddie e mesmo que eu não tenha atirado nele, acharam uma arma nas minhas coisas. Tudo aponta para mim.

— Filho... O seu pai, ele acordou do coma e confessou.

— Porra! Não!

— Sim, Hugh, sim! Por mais que você o ame, tudo isso é culpa dele. Se você não tivesse que se envolver com pessoas perigosas para pagar uma dívida que ele fez, nada disso estaria acontecendo. Você espancou o Freddie porque ele tentou matar seu pai, mas alguém atirou no desgraçado e consumou o ato e depois colocou a culpa em você, que já estava com as mãos sujas. Você é inocente!

Ela tinha razão. Eu havia me submetido a lutas clandestinas e até pegado empréstimos com agiotas, além do dinheiro da minha casa para quitar a dívida do meu pai. Foi uma promessa que fiz a minha mãe. Desde o início esse era meu propósito, ver a única pessoa da minha família ao meu lado, livre daqueles exploradores de merda.

Eu sempre ouvia meu pai dizer que pessoas com o futuro comprometido, não deveriam ter um ponto fraco ou algum alvo de barganha ou chantagem, esse foi o principal motivo de eu ter renunciado a Diana. Eu queria livrá-la de um futuro incerto, de uma bagunça, do perigo, enquanto eu tentava livrar meu pai das mãos de um homem perverso.

E não é que eu estava certo? Além dele ter tentado matar o meu pai, ainda armou para mim no dia que fui acertar tudo. No fundo eu acho que tomei a decisão correta quanto à ela, ela não deveria ficar esperando por mim, não deveria amar um homem preso e com as mãos sujas, visto que eu estava decidido a fazer qualquer coisa pelo meu progenitor.

— Mas... O meu pai é inocente.

— Você também e ele te deve isso. Só aceita.

Engoli em seco e concordei com a cabeça. O advogado disse que nos daria uma carona até um aeroporto.

— Você já decidiu o que vai fazer? — Zarah me perguntou.

— Voltar para a Austrália. — falei com uma falsa convicção.

Eu estava quase certo disso, quase... Porque no momento em que peguei meu celular, abri na página do Google afim de me atualizar dos recentes acontecimentos enquanto eu ficara preso, a primeira notícia que apareceu fez meu coração pular dentro do peito.

Ah meu Deus. Meu coração pareceu ter voltado a vida.

Princesa. Como era linda.

De repente eu já não era mais forte o suficiente para tentar bloquear minhas lembranças dela. As fortes emoções me dominaram, meu corpo tremeu.

Logo as lembranças da nossa noite juntos me atingiram com força total. Eu nunca tive nada tão real na minha vida, como foi aquele dia. Porra, eu havia perdido-a, havia despedaçado seu lindo coração.

A notícia trazia: DM a mais nova marca de roupas de grife já faz sucesso em todo o país.

Ela conseguiu!

E isso me fez feliz e mais certo de que escolhi bem em afastá-la. Ela já havia sofrido demais e merecia uma nova vida, não merecia ficar esperando triste por um homem preso. Ela sempre mereceu alguém melhor.

Transar com ela não fazia parte dos meus planos, mas no dia daquela massagem, eu fiquei desnorteado com o desejo avassalador que Diana me fez sentir. Nunca tinha feito amor daquela forma e ainda saber que ela era virgem, só fez aquilo se tornar ainda mais especial. Significou muito para mim. Eu nunca mais esqueceria aqueles momentos que passamos juntos.

Entrei no site e comecei a ver as fotos dela, sorridente, aparentemente feliz e realizada em sua grande loja chique. De repente comecei a me sentir triste, irado, idiota. Será mesmo que havia feito a escolha certa? As palavras de Rick começaram a ressoar na minha mente.

Eu escolhi por nós dois, mas juro que foi pensando no bem dela. Será que eu errei nisso? Seria tarde demais caso eu considerasse o que Rick disse? Eu não poderia ser um covarde novamente com medo de ao menos tentar reconquistá-la.

De uma coisa eu tinha certeza, Diana valia a pena, ela valia tudo.

— Você poderia me deixar em algum hotel no centro da Califórnia? — pedi ao advogado.

— Claro. — dias ele.

Zarah me olhou sorrindo. No fundo ela já sabia.

— Boa sorte, filho.

— Obrigado. Eu vou precisar mesmo.






Olázinho morês ❤️ e ai, o que acharam? Deu pra entender direitinho? Espero que sim, me esforcei demais para deixar tudo bem claro pra vcs.

O que vcs acham? Ele fez certo? Diana vai perdoá-lo?

Veremos nos próximos capítulos. Espero que estejam gostando ❤️ comentem ❤️ votem ❤️

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