Você Cresceu [✓]

By Mogridd

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Lory nunca deixou de pensar nele. Era impossível passar por aquelas ruas e não lembrar do menino magrinho com... More

A P R E S E N T A Ç Ã O
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Aviso.

Capítulo 23.

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By Mogridd


Olhei novamente para o gatinho, porém nem um nome aparecia em minha mente. Afaguei seus pelos e ele fechou os olhos como resposta, apenas apreciando o carinho.

Qualquer barulho vindo de fora já fazia meu coração pular. Já tinham se passado vinte minutos desde as mensagens e minha esperança de vê-los estava diminuindo a cada momento.

Respirei fundo e me levantei, indo conferir as mensagens mais uma vez.

"Espero que você não esteja me odiando"

Por que ele acharia que eu estou o odiando, se na teoria, somos apenas amigos?

Bufei e voltei a me jogar na cama. A chuva continuava a cair fortemente e isso já estava me preocupando.

E se algo tiver acontecido?

Essa hipótese foi deixada de lado quando a campainha tocou, dando espaço para o nervosismo e ansiedade.

Mordi os lábios com força e comecei a me preparar para a pessoa que eu iria conhecer.

Escutei minha mãe abrindo a porta e recebendo todos. Quando a voz do Dilan foi escutada, meu coração perdeu uma batida.

Eu também amo sua voz.

Desci com cuidado as escadas. Meu corpo continuava quente e meu coração acelerava a cada passo. A cozinha estava vazia então fui para a sala, onde encontrei as pessoas sentadas nos sofás.

Os olhos de Dilan caíram sobre mim. Naquele momento, eu me esqueci das outras pessoas, apenas me perdi no castanhos de seus olhos. Ele abriu um sorriso bonito e covarde, fazendo meu corpo paralisar.

— Oi. - Uma voz doce soou pelo cômodo, chamando minha atenção. Encarei a menina com cabelos de uma cor diferente. Não conseguia decifrar se eram laranjas, ruivos ou loiros. As muitas sardas em seu rosto, davam um ar ainda mais fofo e exótico para ela. Seus fios eram selvagens e contrastavam perfeitamente com sua imagem angelical. Mas o que me fez ficar confusa mesmo, foram seus olhos. Eles não apreciam ter uma cor exata.

— Oi. - Minha voz ficou entalada. Estava perdida. Essa menininha que aparentava ter entre nove e dez anos era a Molly?

Constatei que sim após olhar ao redor e não ver ninguém desconhecido.

— Me chamo Molly Sandler, prazer. - Suas mãos procuraram as minhas mesmo elas estando a sua frente. — Desculpa. - Pediu depois de, sem querer, encostar na minha barriga. Suas mãos encontraram as minhas e depois, ela as apertou com cuidado.

— Lory Thompson. - Sorri para ela. Ainda não estava acreditando no que estava vendo.

— Lory. - Tessa me chamou e logo depois me abraçou. - Preciso te contar umas coisas depois. - Juntei as sombrancelhas e ela me lançou um sorriso grande, voltando a se sentar ao lado de minha mãe.

— Eu estava ansiosa para te conhecer. O tio Dilan fala muito bem de você e eu amo escutar as histórias que ele me conta sobre vocês. - Fitei seus cabelos diferentes e depois o rosto de Din, que estava corado.

— Ele fala sobre mim? - A pergunta escapou de meus lábios por causa da descrença em suas palavras.

— Na maior parte do tempo. - Contou sorridente. - Eu adoraria poder ver as estrelas também. Todos falam que são muito lindas. - Foi então que minha suspeita foi comprovada.

Molly é cega.

Prendi o ar com força e encarei Din que parecia triste. Como se soubesse o que eu queria perguntar, ele assentiu com a cabeça e então meu coração se despedaçou.

O menino se levantou e ficou ao lado de Molly.

— Não se preocupe. - Ele passou as mãos pelos ombros da pequena menina e beijou seus cabelos. A criança sorriu com o gesto e segurou sua mão. Dilan a levou até o sofá.

— Eu também vim aqui porque queria sua ajuda. - Mordi os lábios e me sentei ao seu lado. — Eu, Din e Tessa, estamos fazendo uma arrecadação para conseguir fazer abrigos para animais de rua. - Ela segurou minha mão. — Precisamos de mais pessoas, e o tio Dilan disse que você é uma boa pessoa. - Ela parou por um minuto. — Você nos ajudaria? O frio de Umbrella City mata muitos animais e nós queremos mudar isso. - Seu rosto emanava expectativa e pude sentir suas mãos frias.

Não pensei nem por um minuto antes de responder.

— Claro. - Disparei rapidamente e ela sorriu. — Também falarei com mais pessoas. Certeza que elas vão ajudar. - Fitei Dilan e seus olhos me observavam com um brilho indecifrável. — Eu vou ajudar. - E então abracei a pequena menina. Seus braços quase não conseguiam cobrir o meu corpo.

Eu não acredito que cheguei a ter raiva dessa pequena criança que possui um coração tão grande.

— Obrigado, tia Lory. É muito bom saber disso. - Seu sorriso era sincero e feliz. - Se você não se importa...

Meu peito voltou a doer quando ela colocou as mãos em meu rosto.

— Seu nariz é muito bonito. - Comentou depois de tocar o mesmo. Um sorriso espontâneo dominou meus lábios e eu agradeci. - Isso é uma cicatriz? - Juntei as sobrancelhas e toquei o tal lugar. Acabei rindo quando percebi o que era.

— Não. - Respondi. Din começou a rir também. - É recheio de rosquinha seco. Acabou grudando no meu rosto. - E então todos na sala começaram a rir.

— Filha, que coisa mais porca. - Mamãe comentou de forma brincalhona me fazendo corar.

— Não mesmo. Eu sou limpa. - Rebati e todos voltaram a rir. - Sem graça, isso. - Escondi meu rosto com as mãos e me encolhi no sofá.

— Nós sabemos. - A voz divertida de Din preecheu meus ouvidos, para logo eu sentir seus ombros empurrando os meus de leve.

— Eu não sei de nada. - Disparou Tessa.  A encarei seriamente e ela me enviou um beijo no ar e então voltou a mexer no celular.

— Vocês querem algo? - Mamãe indagou ao se levantar e Tess fez o mesmo.

— Tem doce? - Sorri ao ver o rosto brilhante de Molly. - Se tiver, por gentileza, eu vou querer. - Mamãe acabou rindo e então segurou sua mão, a levando até a cozinha.

Dilan estalou o pescoço e se ajeitou no sofá. - Desculpa. - Seus cotovelos se apoiaram nas pernas e ele limpou a garganta. - Fui imaturo em relação ao Trevor. Eu apenas fiquei com medo de ele fazer algo com você. - Seus glóbulos sustentaram os meus e então voltaram a encarar o enfeite de gato a nossa frente.

— Sem problemas. - Revelei depois de perceber que ele esperava que eu falasse algo. — Mas você não deveria ter ido embora daquele jeito. Você sempre faz isso. - Mordi o interior das bochechas e relaxei no sofá, mas logo meu corpo ficou em alerta quando seus ombros tocaram os meus. — I-isso é bem chato. Às vezes parece que você espera que eu adivinhe o motivo da sua repulsão. - Gaguejei mesmo tentando falar sério, o que tirou uma risada abafada dele. — É sério, Dilan. Quando falei que Trevor nem é meu amigo eu falei sério. - Cruzei os braços e bufei, mas não estava irritada de verdade. Apesar de tudo, eu fico feliz em tê-lo aqui.

— Desculpa novamente. - Ele jogou a cabeça para atrás. - Eu não sei agir quando fico irritado ou decepcionado. - E então seus olhos prenderam os meus. Admirei a imensidão daquele castanho claro.

— Por que aquilo te deixaria irritado? - Indaguei sem desviar o olhar e por um minuto, pude jurar que suas bochechas coraram.

— P-porque o Trevor é um idiota. - Dessa vez foi a vez dele de gaguejar e eu rir. — Não ria, Lory. O cara é um escroto de verdade. - A voz séria de Din me deixou intrigada.

Apesar de Din falar todas essas coisas sobre Trevor, ele não me parece um idiota, e sim, um irmão protetor e cuidadoso.

E uma pessoa com uma infância difícil.

Mesmo tendo opiniões diferentes, resolvi guardá-las para mim e mudar de assunto.

— Como a conheceu? - Encarei a pequena menina que comia minhas rosquinhas. Senti uma pontada no coração ao ver aquilo, mas resolvi ceder. Pelo menos uma vez na vida eu devo dividir comida. Voltei a fitar Din para impedir a mim mesma de não ir lá.

— O pai dela é o veterinário que cuidou de Smuff. Ele é uma pessoa incrível e eu me espelho bastante nele. - Escutei a sinceridade em sua voz e depois encarei seus cabelos na testa. — Quando eu contei a ela sobre como encontrei Smuff, ela se comoveu. Desde então planejamos fazer uma arrecadação e só agora está indo para frente. - Acompanhei seu sorriso feliz. — Eu imaginei que você tivesse achado que eu tinha voltado com a Melanie ou algo assim, por isso trouxe ela. - Revelou sem me encarar.

Isso nunca passaria na minha cabeça, porque além do mais, não vi Melanie desde aquele dia.

— Entendi. - Assenti com a cabeça e o silêncio caiu sobre nós.

— Ela chora toda noite. - Pisquei, confusa com sua fala repentina. - Molly morava com  sua avó na cidade vizinha, mas ela morreu há duas semanas. - Meu peito voltou a doer e eu apertei a almofada em meu colo. - O pai dela pediu minha ajuda. Ele não sabe como cuidar dela - Din parou por um instante. — , principalmente por causa da deficiência dela. - Concordei com a garganta seca.

— E como você pretende ajudar? - Encarei seu rosto de perfil e depois suas mãos juntas. - Eu também quero fazer isso. - Admiti firmemente e seus olhos me encararam.

— Sério? - Sua voz emanava expectativa e concordei. Esperava que ele falasse mais, porém ele apenas relaxou no sofá e permaneceu com um sorriso tranquilo nos lábios. - Obrigado. - Sorri com ele e me levantei para beber água.

Dilan sempre foi assim, prefere ajudar os outros do que ser ajudado. Até mesmo quando está terrivelmente quebrado, ele se importa mais com o próximo.

Ele é uma pessoa incrível e isso é uma das coisas que eu mais amo nele.

Mamãe e Tess tentavam explicar que muito açúcar faz mal para Molly, porém a menina continuava a comer minha última rosquinha. Sorri com a cena e coloquei água em dois copos de água. Me apoiei nos balcões fiquei observado mamãe falar como eu era idêntica quando era menor, enquanto Molly buscava por mais açúcar e Tessa escutava atentamente.

Sai da cozinha rindo sozinha e cheguei na sala à procura do menino, mas ele não estava mais lá.

Olhei pela janela e ví que seu carro ainda permanecia no mesmo lugar. Onde ele se meteu?

Subi devagar as escadas, torcendo para ele não estar onde eu achava que o encontraria. Porém, esse desejo morreu quando abri a porta do meu quarto e o encontrei mexendo nos meus perfumes.

— Dilan! - Rapidamente o menino se virou com o rosto pálido. - O que você fez? - Me aproximei do mesmo e meu sangue ferveu quando ví meu frasco de perfume no chão, quebrado. - Eu não acredito. - Entreguei os copos para o garoto e me ajoelhei para pegar os cacos. - O que você está fazendo aqui? - Respirei fundo passando as mãos pelos os cabelos.

Ele ficou calado e quando encarei os copos, ambos estavam vazios.

— Dilan! - Exclamei e ele se encolheu.

— Desculpa, eu estou nervoso. - Tive que espremer os lábios para não rir, eu tinha que me manter firme. Ele invadiu meu quarto e quebrou minhas coisas.

— Larga isso. Vai acabar quebrando também. - Bufei e ele colocou os copos em cima do criado mudo e logo depois se sentou na minha cama. - Levanta. - Falei seriamente. Eu não acredito nisso. - O que é isso? - Indaguei respirando com dificuldade. - Peterson, o que é isso? - Fechei os punhos quando vi uma cópia da foto que eu tinha rasgado em suas mãos. - Você veio no meu quarto para pegar isso!? - Tirei a foto de suas mãos e ele voltou a se encolher. - Eu não acredito, Peterson! - Olhei novamente a foto, o que fez a minha raiva aumentar. Rasguei o papel com força, tentando descontar toda minha repulsa naquilo.

— Desculpa. - Sua voz estava fraca e eu soltei o ar de forma pesada, voltando a jogar o lixo na lixeira.

— Eu não dei permissão para você invadir meu quarto. - Disparei sentindo meu corpo quente.

— Eu também nunca dei para você invadir o meu, mas mesmo assim você pulava minha janela toda noite. - Abri a boca, supresa por ele ter recrutado. - Você não tem direito de brigar comigo. - Resmungou cruzando os braços. Suas bochechas aumentaram e me peguei achando fofo sua expressão brava.

Encarei o menino a minha frente e instantaneamente minha raiva sumiu. Por muito tempo eu achei que nunca mais iríamos brigar por coisas fúteis e que eu não iria voltar a reencontrar esse garoto que já faz parte de mim.

Mas aqui estamos, brigando por causa de uma foto.

— Você é um idiota, Dilan. - Sem pensar, passei meus braços por seu corpo, o abraçando com necessidade. Ele retribuiu e eu pude sentir o calor de seu corpo se misturando com o meu.

Era reconfortante e calmo. O simples fato eu caber tão bem em seus braços fazia meu coração acelerar, mas o que mais me afetava era ele continuar a mesma pessoa mesmo tendo passado alguns anos.

— É você é uma bobinha, Mestra. - Sorri por causa do apelido e afundei minha cabeça em seu peito, podendo escutar seu coração batendo rápido.

                     ...*...*...

- Com que frequência ele fala de mim? - Perguntei para a menina ruiva que dava carinho no meu gatinho.

- Não vamos voltar a falar sobre esse assunto, Lory. - Pediu Din. O fitei seriamente e ele afundou a cara no meu travesseiro.

— Continue. - Pedi de maneira calma, tirando um fio de cabelo do rosto de Molly.

Ela sorriu e se ajeitou na minha cama. O lugar estava bem apertado, então coloquei minhas pernas por cima das do Din.

— Folgada. – Reclamou com a voz abafada e eu ri. Ele continou com o rosto no travesseiro e Molly continuava acariciando o animalzinho.

— Pode continuar. – Pedi rindo e Molly me seguiu.

— O tio Dilan fala bastante sobre você. Principalmente como você é uma mulher forte e que eu tinha que te conhecer. - Meu sorriso aumentou e eu observei o menino que permanecia calado com o rosto no travesseiro.

— É mesmo? - Indaguei me divertindo com tudo aquilo. — Então quer dizer que o tio Din fala muito sobre mim? – Sorri ao ver ele se remexendo na cama.

— Sim. Ele também me falou que... – Antes que Molly pudesse terminar de falar, Dilan tapou sua boca. Fitei o rosto do garoto incrivelmente vermelho e depois seus olhos temerosos.

— Vou pedir desculpa para sua mãe! – E rapidamente saiu do quarto levando a menina junto.

Fiquei na mesma posição, tentando processar alguma coisa, mas nada passava na minha cabeça. A única coisa que eu podia sentir era a curiosidade entupindo minhas veias.

Encarei o meu tapete ainda molhado e depois o lugar que meu perfume costumava ficar.

— Ele vai pedir desculpa para mamãe porque ela não deixou ele limpar a bagunça? - Encarei Tessa que continuava mexendo no celular. — Tess? - Chamei-a e só então ela me olhou. — Você estava me escutando? –Ela piscou algumas vezes e só então pareceu entender o que eu estava perguntando.

— Claro. – Sorriu docemente. — Onde está o Din? – Indagou perdida. A encarei seriamente e então ela admitiu que não estava escutando.

— A Molly ia falar algo e ele simplesmente tapou a boca dela e saiu correndo. – Observei atentamente sua expressão. Ela olhou o celular e voltou a me fitar.

— Provavelmente ela ia falar algo que não deveria. – Contou voltando a mexer no celular. Concordei com a cabeça e me joguei na minha cama. O colchão era macia e eu gostava de passar a maior parte do tempo nele.

—Tipo? - Encarei o teto branco e depois o rosto pensativo de Tess.

— Ele estava vermelho? – Indagou saindo da cadeira e se sentando ao meu lado.

lembrei da sua perfeita face de tomate e acabei rindo um pouco.

— Sim. – Admiti brincando com as pontas do cabelo. Tessa sorriu e se jogou no espaço livre da cama.

— Deve ser algo embaraçoso. – Revelou. Me virei para encará-la. Seu rosto estava sereno e ela tinha os glóbulos fechados.

— Será que era algo sobre mim? – Mordi os lábios e admirei suas sardas, logo Tessa abriu os olhos e me observou.

— Sim. – Falou calmamente. — Tenho toda certeza que sim. – E então voltou a fechá-los. — Eu posso tirar um cochilo aqui? Eu não quero ir para casa só para dormir. – Tirei um fio de cabelo de seu rosto e me levantei da cama.

— Claro que pode. – Sorri para ela e a ruiva retribuiu. — Mas quando você acordar vai ter que me falar sobre aquilo que você ia dizer. — Ela assentiu com um sorriso e fechou os olhos lentamente. — Bom sono. - Desejei saindo do quarto.

Tess parece realmente cansada e um cochilo talvez resolva.

Desci as escadas com rapidez e encontrei Din, Molly e mamãe na cozinha.

Parei por um minuto quando percebi que a conversa era sobre mim.

— Nem um amasso? – Meu rosto começou a arder quando reconheci a voz maliciosa da minha mãe.

— O que é um amasso? - Molly indagou e eu pude escutar Din tossindo.

— S-senhora Thompson, eu não acho uma boa ideia a senhora perguntar algo desse tipo, principalmente na frente de uma criança. – A voz de Dilan permanecia calma, mas o fato de ele estar gaguejando não ajudava na sua fachada serena.

Resolvi me posicionar, mesmo tendo certeza que estava vermelha e descobririam minha espionagem.

— Tessa capotou. – Revelei me sentando nos bancos ao lado de Dilan. — Ela estava com sono. – Peguei um dos cookies a minha frete e os mordi. Eles estavam quentinhos e isso só favoreceu o sabor.

— É feio ficar espionando, filha. Principalmente se você for ficar tão vermelha. – Mamãe passou a mão por minhas bochechas e eu engoli em seco.

Não tive coragem de levantar a cabeça, então continuiei comendo em silêncio.

— Eu quero mais um. – Molly admitiu tirando uma risada de todos.

— Pode ficar com o meu. – Disse Din. Encarei o menino que entregava o cookie na mão da criança. Molly agradeceu e devorou a comida. Sorri com a cena.

Meus olhos e de Dilan se encontram, e então ambos devíamos.

— Eu estava pensando – Encarei mamãe, que falava animada. — Que tal irmos ao cinema? – Seus olhos brilhavam e eu achei meio estranho ela propor isso do nada. — Será uma ótima oportunidade para descontrair um pouco.

Encarei seus olhos verdes pensativa.

— Eu acho que não vou poder ir. – Molly revelou chamando a atenção de todos. — Sabe, eu sou cega. - Minha mãe congelou e depois arregalou os olhos como se estivesse pedindo ajuda para ajeitar a situação.

Passei a mão pelos cabelos da pequena menina e ela sorriu com o gesto.

— Cinema é um saco, vamos marcar de fazer outra coisa. Talvez sair para pegar um ar ou andar por aí. – Comentei calmante e mamãe concordou.

— Concordo. – Disse Molly, voltando a comer os cookies. — Por que não vamos agora? – Seu rosto brilhava e ela parecia animada com a ideia.

Pulei do banco e fui em busca da minha carteira.

— Vamos. – Afirmei voltando á cozinha. — Vou comprar mais rosquinhas para mim. – Dilan sorriu e pulou do banco, ajudando Molly a descer.

— Vai ficar diabética. – Comentou Dilan rindo e eu o segui.

— A Deusa do açúcar nunca deixaria isso acontecer. – Empurrei seu ombro e ele fez o mesmo comigo, tirando uma risada de minha mãe.

— Tomem cuidado com ela. – Alertou, nos observando com um sorriso no rosto. Assenti e segurei a pequena mão de Molly.

Ela parecia ansiosa e animada. Sorri para Din e ele segurou a outra mão dela.

— Teremos. - Garantiu. – Muito obrigado, senhora Thompson. Até mais. – Mamãe sorriu.

— Muito obrigado. Os biscoitos estavam muito bons. – Molly disse. Minha mãe abraçou a pequena menina e agradeceu.

— Quando Tess acordar, fale para ela que saímos. – Pedi. — Já voltamos, mãe. Te amo.

E então saímos. A chuva tinha acabado, e o sol banhava aquele fim de tarde com sua beleza.

— Para onde vamos? - Din indagou sorridente. Pensei por um momento e logo o lugar perfeito veio em minha mente.

— Comer rosquinha.

"É você é uma bobinha, Mestra."

É assim que vejo a Molly❤

               

Eu fiz. Não sei se ficaram boas, mas queria compartilhar com vocês❤

Esse foi o capítulo 23! Espero que tenham gostado uhuuu

Amo vocês e obrigado por tudo.💙

       Próximo capítulo sábado.

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