Depois de três meses, Sicheng entrava mais uma vez nas férias de verão. Três meses descansando, isso que é vida.
Não tinha recebido mais notícias sobre Kai e sobre seu conflito interno sobre Chanyeol e Kyungsoo, mas esperava que o Kim tivesse conseguido sair do lugar. Era visível que ali não era o lugar certo para o menor.
Sabia que Sooyoung estava finalmente curada. Ainda não tinha feito a visita à amiga, mas encheu o peito ao proferir um belo "eu disse" ao dominador quando recebeu a notícia.
A vida dos dois estava tranquila. Voltaram a fazer sexo pelo menos duas vezes na semana, ainda que com o cuidado redobrado do japonês, Sicheng frequentava as aulas de música todo sábado de manhã e continuava sendo um bom aluno e bom submisso, muitas vezes ganhando presentes por seu bom comportamento.
Numa segunda-feira à tarde, os rapazes trocavam carinhos no sofá de casa. Carinhos nem tão inocentes assim. Sicheng descansou as costas no peito do namorado e sentiu a mão do mesmo subir por dentro de seu blusão e encontrar o piercing em seu mamilo. A boca do mais velho encontrou seu pescoço, e seus lábios finos não conseguiram reprimir os sonzinhos satisfeitos pelos atos do dono, sons que só eram ouvidos por causa do silêncio entre os dois e a casa.
— Eu não vou me controlar se você continuar gemendo assim, amor. — Yuta disse baixinho no ouvido do menino.
— Já passamos dessa fase faz tempo. — Sicheng respondeu, manhoso, com os olhos fechados. — Não precisa se controlar. — Yuta riu e sugou a pele do menor com mais força.
— Você é insaciável.
Sicheng começaria um beijo apressado após a frase do mais velho, mas o silêncio obsceno da casa foi interrompido pelo soar de batidas na porta. Yuta suspirou e tirou a mão de dentro da blusa do namorado por instinto. Com um selinho, Nakamoto levantou e foi atender.
— Talvez tenhamos um problema. — Minseok disse assim que o amigo abriu a porta. Yuta tensionou e sentiu o tesão dissipar.
— Que tipo de problema? — Ele perguntou.
— Daqueles que o Chanyeol e o Jimin não resolvem. — O Kim explicou.
— Yuta? — Sicheng chamou, preocupado com o tempo.
— Estou indo, meu bem, — Respondeu. — Eu vou me arrumar. — Yuta disse ao amigo e deu espaço para o outro entrar.
— Ah. — Sicheng soltou, em surpresa ao ver Minseok. — Oi. — Cumprimentou, balançando a mãozinha.
— Olá, Sicheng. — Minseok respondeu. — Tudo bem? — Perguntou por educação e tirou alguns papéis de uma pasta.
— Uhum. — Respondeu, aéreo, tentando descobrir do que se tratava. Percebeu que Yuta tinha ido pro quarto, e foi até o cômodo procurar mais detalhes.
— Sicheng? — O japonês chamou do banheiro ao escutar um barulho.
— O que houve? —O menino perguntou.
— Eu explico depois. — Nakamoto saiu do outro espaço com uma toalha enrolada na cintura e os cabelos pingando. — Vou sair com o Minseok, ok? Faça o jantar mais tarde e espere o papai pra comer. — Disse, vestindo o corpo.
— Por que não posso ir? — O submisso perguntou, preocupado.
— É assunto de adulto, meu amor.
O chinês franziu as sobrancelhas ao escutar aquela frase. Inclinou a cabeça, pensativo, e repassou as palavras inúmeras vezes na própria mente. Yuta atacou o cinto depois de calçar os sapatos e apontou para seus óculos e relógio na mesa de escritório. O Dong pegou e entregou ao outro, ainda com a expressão firme.
— Tudo bem? — Yuta perguntou casualmente após se perfumar.
— Claro. — O chinês demorou um pouco a responder.
— Amo você. — Deixou um beijo demorado na testa do menor e saiu do quarto, apressado. O menor o seguiu de braços cruzados e observou os dois homens sérios irem em direção à porta.
— Boa sorte. — Desejou, doce, ainda que estivesse meio chateado.
— Obrigado, meu bem. — O japonês agradeceu e selou os lábios de Sicheng por um curto tempo, acenando com a mão depois de entrar no elevador.
Fechou a porta e sentou no sofá, pensativo. Assunto de adulto? Hm.
Então fez o que o dominador pediu. Esperou até anoitecer, e depois de assistir Your Name pelo que devia ser a décima segunda vez, preparou uma salada fria e grelhou frango com legumes. Voltou pro quarto e falou com os amigos até ouvir a porta da frente ser aberta.
Encarou a porta do quarto com expectativa e sorriu leve quando Yuta deixou as duas mãos descansarem na cintura. O maior sorriu e ofegou um "ufa!", sorrindo.
Plantou um beijinho na testa e outro nos lábios do menor, tirando três botõezinhos das casas da própria camisa preta.
Seguiu pro banheiro e tomou um banho frio rápido, saindo com a toalha na cintura. Vestiu uma calça folgada e passou a toalha pelo corpo e pelos cabelos algumas vezes, vendo que Sicheng o olhava com um sorrisinho bobo. Deitou ao lado do submisso e estendeu um braço, o chamando pra deitar ali; ele foi sem nem piscar.
— Como foi lá? — O menor perguntou.
— Foi bem. Somos bons com assuntos chatos. — Disse tranquilo enquanto começava carinhos despretensiosos pelas curvas do Dong.
— Já tinha acontecido isso antes? — Sicheng perguntou e sentiu um aperto bom na coxa.
— Não... eu fiquei surpreso quando me disseram. — Disse baixinho e continuou com o carinho bom, passando a palma da mão pela barriguinha do chinês.
— Já está tudo resolvido? — Ele mordeu o lábio ao sentir os dedos atrevidos do dom alcançarem seu piercing como fez de tarde.
— Também não... ainda. — Explicou e juntou mais a cabeça do menino ao próprio peito, iniciando um cafuné.
— O que houve, hm? Por que não posso saber? — Sicheng fez manha e apertou as pernas.
Delicadamente, Yuta segurou com as próprias pernas a do namorado, o obrigando a deixá-las bem abertas.
— O que aconteceu? — Sicheng voltou a perguntar. Yuta apenas deu um beijinho no topo de sua cabeça e parou o cafuné, levando a mão até sua boca e impedindo que continuasse falando.
— É assunto de adulto. — Ele repetiu, com um beijo carinhoso no mesmo local de antes.
— Eu já entendo algumas coisas, pode me dizer. — Sicheng murmurou com dificuldade, querendo saber o que tinha sido tão importante para abandonar uma preliminar.
— Não quero brigar com você, meu bem. — Yuta disse num tom com mais carinho do que ameaça.
— Não precisa brigar. É só contar. — Disse com a mesma dificuldade de antes e sentiu um aperto mais forte que os outros na coxa.
Yuta nada disse. Fez um carinho breve na barriguinha do pequeno e desceu a mão até o elástico da peça íntima.
Acariciou o membro pouco teso por cima do tecido fino e sentiu o reflexo de Sicheng ao tentar fechar as pernas. Ele fechou os olhos e sentiu um sopro discreto em seu rosto, então abriu. Viu o dominador sorrir de lado e piscar um dos olhos. O chinês sorriu como conseguiu.
Yuta continuou com o carinho superficial enquanto sentia na mão a respiração do pequeno ir pesando aos poucos e os músculos da perna presa tensionarem.
— Hm? Só vou fazer de verdade quando sentir você molhadinho. — Yuta disse baixinho e viu o outro assentir com a cabeça, percebendo o ar bater em sua mão ainda mais rápido.
Arranhou com pouca força as coxas e a virilha do chinês, apertando algumas vezes e indo além quando descia mais a mão e forçava devagar contra a entrada. Puxava o elástico e colocava a pontinha dos dedos pra dentro, para então retirar e escutar um suspiro agoniado do submisso.
Massageou a ereção do Dong e o viu arfar. O sub apertou a mão que estava em cima de sua boca para conter barulhinhos enxeridos que queriam sair e pediu com os olhos fixos no dominador que começasse logo. Yuta encontrou a fenda da glande por cima do tecido e tocou diretamente ali com o dedo indicador, vendo Sicheng afundar o quadril no colchão impulsivamente. Estimulou ali por um tempinho e sentiu o ar bater em sua mão de maneira cortada, entregando os ofegos do menor, assim como sentiu o dedo umedecer pouquinho.
Levou aquele dedo até a própria boca e sentiu o sabor ácido e salgadinho, quando Sicheng esperneou pouquinho enquanto gemia.
Yuta ergueu as sobrancelhas e deixou a expressão séria, atento às reações do namorado quanto a cada mudança de movimento. Fez movimentos de cima para baixo por cima do pano e viu quando a perna solta do menino foi dobrada, numa exposição do quão inquieto o pequeno submisso estava.
Sicheng fez um sonzinho sair pelo nariz, pedindo da maneira que conseguia que Yuta começasse de uma vez e o viu afastar a mão de seu quadril numa ameaça de mentira, mas o chinês logo tratou de segurar com a outra mão o braço do namorado e colocar mais uma vez em cima de sua excitação dolorida. Nakamoto abriu um pequeno sorriso cafajeste e negou pouquinho com a cabeça, serpenteando os dedos pra dentro da pequena peça.
— Continua com a mãozinha lá, amor. — Yuta pediu ao perceber o outro afastar o braço, e Sicheng obedeceu.
Com os olhos presos aos do namorado e as mãos em contato com as suas, o japonês começou a tocar Sicheng com certa lentidão. Instruiu com atos que seu menino controlasse a respiração já ofegante e cortada, o mandando inspirar e expirar três vezes. Com o submisso mais calmo e relaxado, Yuta aumentou pouquinho a velocidade da masturbação.
Sicheng puxou a mão do mais velho sem força, pedindo silenciosamente que tirasse logo seu pênis de dentro da roupa, e foi o que ele fez depois de alguns segundos pensando. O chinês contraía os dedos dos pés, inquieto, e acariciava a mão do namorado que estava se movimentando. Desceu a mãozinha até os próprios testículos e os massageou, recebendo um olhar duvidoso de Nakamoto.
— Eu vou tirar a mão da sua boca. Permaneça quieto. — O dominador ordenou e concretizou o ato, deixando o braço repousar por pouco tempo no travesseiro até soltar o membro duro do outro e subir seu blusão até acima do tórax.
Com a mão por baixo da cabeça de Sicheng, puxou a roupa um pouco mais pra cima enquanto voltava a o estimular e desceu a mesma mão até o mamilo eriçado. Viu o menino ofegar e morder o lábio enquanto continuava com a massagem nas próprias bolas e sentia as mãos grandes do dominador em lugares estratégicos de seu corpo.
A boca do mais velho encontrou seu rosto, maxilar e pescoço, espalhando beijinhos ou carinhos fortes pela pele imaculada, assim como à tarde. Sicheng transpirava tesão.
A mão que estimulava o pênis do menino desceu e segurou o pulso do braço que massageava o saco e o distanciou dali. Sicheng nem pensou em desobedecer. A velocidade aumentou mais, e ali estava o reflexo de fechar as pernas que foi mais uma vez impedido.
O braço antes ocupado do chinês agora agarrava e acariciava o braço do dono desesperadamente, a perna solta dobrava e estendia e o quadril afundava algumas vezes. Sentia arrepios na medida que o prazer ia aumentando e o mundo ficava embaçado no que lágrimas de tesão surgiam no cantinho de seus olhos, e Sicheng se deixou gemer baixinho e manhoso quando viu a cabeça do dominador saindo da curva de seu pescoço e voltando a encarar seu rosto.
A respiração dele voltou a desregular, e Yuta decidiu voltar com o cafuné e os beijinhos carinhosos na bochecha, na boca, na testa e na pontinha do nariz. Sicheng sussurrou de forma arrastada um "Yuta" que fez o maior suspirar e aumentar a velocidade do toque. Respondeu um murmúrio e ouviu um gemido.
Acariciou a glande inchada e molhada com o dedão, sentindo o pré-gozo fluir de acordo com as passadas de seu dedo ali. Ambos sabiam que Sicheng viria a qualquer momento. Ao perceber o quadril do submisso em movimento involuntário, deixou a mão parada para que o chinês estocasse, e ouviu um choramingo tão manhoso que pareceu choro de verdade.
Voltou então com os movimentos rápidos e ouviu gemidos prolongados que Sicheng tentava segurar mordendo o lábio inferior. O submisso abraçou o braço do dono com mais vigor e ofegou de maneira ansiosa quando ouviu um som vindo de Yuta. Gozou em pouco tempo, e ele não parou de apertar e bombear até achar bom. Massageou por último os testículos quentes do amado e sorriu satisfeito quando sentiu mais uma vez o reflexo das pernas por conta da sensibilidade.
Sicheng soltou o braço do dono. Respirou fundo e sentiu as pernas tão consistentes quanto gelatina. Yuta levantou e levou lenços depois de limpar a própria mão. Limpou o namorado e trocou sua peça íntima por uma limpa.
— Sua vez. — Sicheng disse, depois de recomposto.
— Não quero.
— Eu quero. — Fez birra baixinho.
— Quem manda aqui? — Perguntou tranquilo.
— O daddy. — Sicheng respondeu.
— E quem obedece? — Brincou.
— O Sicheng. — Fez bico.
— Ainda bem que você sabe. — O chinês respirou fundo.
— Eu fiz o jantar. — Comentou, orgulhoso.
— Vamos comer. — Levantou e estendeu a mão para o submisso segurar, e ele foi.
Andaram de mãozinhas dadas até a cozinha, onde a mesa foi posta, e depois de esquentar o que tinha esfriado, comeram.
Yuta pigarreou.
— O clube... foi denunciado anonimamente. — Comentou sem interesse enquanto levava mais salada à boca. Sicheng tensionou.
— Como assim? Por quê? — Perguntou, assustado.
— Bem... Minseok foi denunciado por lavagem de dinheiro.
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altas tretas
VÃO LER GODS DESERVE AN ALTAR POR FAVORZINHO E RUNAWAYS OBG