Naquele momento tive plena certeza de que gostava dele, porém também tive plena certeza de que não queria gostar.
Bati a porta com toda a raiva que eu tinha naquele momento e voltei a me deitar na cama.
Eu não queria chorar. Ele não merecia que eu chorasse por ele. Eu sabia que ele era só mais um.
- Emma?? Emma! Você está ai?? - Luca bate na porta. - Emma! Abre a porta, por favor.
Não o respondi. Apenas permaneci com um travesseiro no rosto.
Depois de um tempo ali na porta, ele foi embora. Decidi que não ficaria ali no quarto, quero aproveitar o dia. Não vou ficar me remoendo, era isso que a Carol queria.
Eu só.... estava começando a aceitar a ideia de que poderia rolar algo entre eu e o Luca. Mas... pelo visto não vai.
Sai do quarto e fui em direção ao pessoal que estava na área da piscina. Alguns meninos estavam temperando a carne pro almoço e ascendendo a churrasqueira, algumas meninas estavam fazendo a comida e minhas amigas estavam conversando com uns garotos, bem a Lia estava conversando enquanto a Mia ajudava na comida. Também vi o Luca sentado perto da churrasqueira com os garotos.
Ao me ver, deu pra perceber que ele pensou em vir até mim, só que depois do olhar que eu dei pra ele, ele recuou e continuou sentado.
Fui até as meninas e me sentei com elas.
- E ai Emma? - Lia sorri.
- Oi. - Sorrio forçado pra ela e ela percebe.
- O que foi? Aconteceu algo? - Ela pergunta com seu semblante preocupado.
- Não... ta tudo bem. - Sorrio de uma forma um pouco mais sincera.
- Tem certeza? Te fizeram alguma coisa?
- Não... ta tudo bem. - Sorrio e ela volta a conversar com o pessoal que estava ali.
Fiquei apenas olhando o pessoal conversar e brincar na piscina, até que vi a Carol aparecer e ir até o Luca. Luca não parecia querer falar com ela, o que é estranho para quem estava praticamente engolindo ela a uns minutos atrás. Carol por outro lado fazia de tudo para puxar assunto com ele.
- Emma? Faz um favor pra mim? - Mia pergunta. Ela estava ajudando a fazer a comida.
- Diga. - Vou até ela.
- Vai lá no na cozinha lá de dentro e pega a maionese que deixei na geladeira?
- Lá dentro tem cozinha? - Rio.
- Tem... a última porta do corredor. - Ela ri.
- Ta bom. - Assinto sorrindo e vou até a casa onde tinha a tal cozinha que até então eu nem sabia que existia.
Entrei na casa e segui o corredor até a última porta. Ao abri-la, vi que realmente tinha uma cozinha ali. Fui até a geladeira e peguei a maionese que estava junto com outros molhos.
- Ai! Que susto! - Falo pondo a mão no peito ao ver Luca atrás de mim encostado na porta.
- Desculpa. - Ele sorri e me estende o meu celular. Eu havia até me esquecido disso.
- Ata... valeu. - Pego o celular e já vou em direção a porta para sair dali, porém não consegui, ele havia trancado. Me virei pra ele e ele estava segurando a chave. - Por que ta fazendo isso?
- Por que ta me ignorando? - Ele da um passo a frente e eu recuo um passo para trás.
- Não estou te ignorando.
- É claro que está. Fiquei quase meia hora batendo na porta do seu quarto e você não deu nem sinal.
- E eu deveria??
- Creio que sim... eu não fiz nada errado. - Ele sorri cruzando os braços.
- Se você pensa dessa forma. - Dou de ombros.
- E de que forma você pensa?
- Você não tem que se importar.
- Eu me importo. Se algo está te incomodando a ponto de você não querer mais falar comigo, eu me importo. E muito.
Olhei pra ele e não aguentei guardar comigo.
- Eu não gostei de ter visto você beijando a Carol! Pronto... falei.
- Eu não estava beijando a Carol! E nem se eu quisesse eu faria isso.
- Ah é? Então eu vi coisas? Talvez eu esteja louca.
- Eu sei que não quer acreditar em mim... mas eu não a beijei. - Ele se aproxima. - Eu tinha vindo entregar o seu celular quando ela saiu do quarto dela e parou na minha frente. Ela começou a falar umas coisas de ajudar ela a abrir a janela do quarto, algo assim. Só que nessa hora você abriu a porta e ela simplesmente pulou no meu pescoço.
- Quer mesmo que eu acredite nisso? - Cruzo os braços.
- Quero! Você tem que acreditar. - Ele olha pra mim sério e logo depois solta um sorriso. - Espera! Por que se importa tanto se beijei a Carol ou não? - Olho pra ele sem saber o que dizer. Eu não queria dizer que gosto dele, não agora. - Emma? - Ele da um passo a frente. - Você ficou com ciúmes?
- Não. - Afirmo séria e ele sorri dando mais um passo a frente.
- Então por que ficou tão incomodada com o beijo que a Carol me deu? - Ele dá mais um passo ao ponto de apenas pequenos centímetros serparar nossos corpos.
- Eu...
- Você?
- Eu acho que gosto de você. - Falo baixo olhando pro chão.
- O que? O que disse? - Ele coloca a mão na orelha fazendo sinal para eu dizer de novo.
- Eu disse que acho que gosto de você, ACHO. - Repito e ele sorri.
- Não podia ter dito coisa melhor. - Se aproxima de mim e eu dou um passo pra trás colocando a mão no peito dele.
- O que ta fazendo? - Olho pra ele com uma sobrancelha arqueada.
- O que eu quero fazer todos os dias apartir de agora. - Ele me puxa pela cintura e nos uni num beijo. Depois que nos afastamos, ele colocou uma de suas mãos na minha bochecha. - Eu te respeito. Não vou te magoar, nem te machucar. Nunca vou te obrigar a nada que não queira, e isso tudo porque sei que você não é qualquer uma. Eu não quero apenas ficar com você, eu quero que tenhamos algo sério, porém também sei que é um pouco cedo pra isso. Então, quero que a gente se conheça. Quero conhecer mais sobre você, seus gostos, seus planos, tudo que tem haver com você eu quero ter ciência... para que eu possa te fazer feliz do jeito certo.
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Continua...