1 mês depois do acontecido.
*Bella narrando*
Querido diário,
Por mais de tudo que aconteceu, eu amo Lauren e tenho certeza que ela sente o mesmo a mim, eu não queria perdê-la, rezava todas as noites para todos os deuses existentes que me deixassem aproveitar mais um tempinho com ela, me sinto culpada por não ter dito o quanto a amo, antes dela partir. Hoje volto a escola depois do suicídio de Lauren infelizmente ter dado certo, hoje não irei ver ela nos corredores, assim como nos outros dias também não á virei. Hoje sinto saudade do que não vivemos e não viveremos. Hoje sinto saudades dela.
Eternamente, Isabella.
Eu estava exausta, totalmente desequilibrada e fora de ética, queria passar mais um mês inteiro deitada em minha cama sem ter que ver o rosto de alguém. Infelizmente, irei para o colégio hoje. Não vejo nenhum dos meus amigos desde o acontecido, não sei do Bruno, do Lucas ou muito menos da Lua, não sei se já superaram ou ainda estão tristes, não sei se vou ter outra colega de quarto, ou ficarei sozinha novamente, pra variar.
Estacionei meu carro no estacionamento na escola, grupinhos de alunos já se formavam no campus a aquela hora da manhã. Bati a porta do carro devagar, porém, realmente pareceu ser um barulho estrondoso pois todos me olhavam fixamente. Pelo o que me parecia, eles estavam surpresos em me ver. Agarrei a alça de minha mochila beje escura com força, abaixei a cabeça e tentei fingir ao máximo de que estava me importando com o que eles falavam. Subi as escadas ainda de cabeça baixa e finalmente cheguei em meu antigo quarto, abri a porta e tudo estava lá, tudo, menos as coisas de Lauren era como se ela nunca tivesse existido: O canto da parede onde sua cama costumava a ficar, agora não passará de um simples canto vazio.
Após colocar meu uniforme, fui para a sala de história, entrei atrasada, todos ainda me olhavam, mas dessa vez, não abaixei a cabeça.
- Senhoria Anderson.- disse o professor.- que prazer enorme revê-la.- terminou.
sorri.
sentei-me a uma carteira no fim da terceira fila, ao lado da parede, olhei em volta e vi eduardo, sentando em uma carteira do outro lado da sala, ele sorriu ao me ver e eu retribuí o sorriso, não queria que ele soubesse que eu ainda estava triste. A aula de história era um verdadeiro tédio, felizmente a hora passou rápido e logo fomos liberados para o almoço.
- Ei.- ouvi uma voz familiar.
Me virei de costas e o reconheci, era Eduardo.
- Pra onde vai?.- perguntou.
- Oras, para o refeitório, está na hora do almoço, não é?.- tentei parecer normal
- É claro.- ele disse desconfiado.- Te acompanho?.- perguntou.
- Sem problemas.- respondi.
Eu precisava ver Lucas, ele era o único que me deixava chorar em seu peito e me entendia com um facilidade que só eu sei. No refeitório, tentei encontrar uma mesa em que todos eles estivessem juntos, sem sucesso.
Cada um deles, estava em uma mesa diferente.
Vi Manuela conversando em uma mesa com as líderes de torcida.
Bruno estava com a equipe de Lacross, Lucas e Gus com a equipe de futebol. Lua estava em uma mesa com a Rebecca e outra garota que não reconheci. O que acontecera enquanto eu estava fora?
Sentei-me em uma mesa sozinha, Eduardo sentou com uns amigos dele que eu não conhecia. Tudo estava estranho, mais que diabos aconteceu aqui?
Alguém mexeu no meu cabelo, eu senti, mas tivera a impressão que fosse o vento.
Lucas sentou ao meu lado, fora ele quem mexera em meu cabelo.
- Como vai?.- ele disse animado. - Ainda triste? ou nem?
- Eu estou bem, e olha só, alguém cortou o cabelo, finalmente.- falei mudando de assunto e pegando em seu cabelo.
Ele riu.
- Senti saudades de você, Isabella.- ele disse confiante. - Agora que voltou pode ser meu par.- ele riu ainda mais.
- Par?.- confusa
- A nossa formatura é daqui 1 mês Isabella, estamos em dezembro, esqueceu? ESTAMOS NO TERCEIRO ANO.- ele disse.
- Estou sem cabeça pra isso Lucas, acho que vai ter que arrumar um outro par.- falei.- e além do mais, eu nem sei se vou me formar, não venho pra aula faz um mês, acha que eu consigo passar?.-falei triste
- Você é a pessoa mais inteligente que eu conheço. É claro que consegue.- falou ele.
Abracei o mesmo quase querendo chorar, mas me segurei e só consegui dizer o quanto eu o amava.