Aviso: esse capítulo contém descrições fortes de assassinatos e mutilação.
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Alastair estava dançando alegremente, nem parecia que poucos minutos antes estava demonstrando um nervosismo angustiante. Mia estranhava, não entendia o que se passava na mente dele, mas ela não ia se dar ao desprazer de perguntar, então ficou quieta o acompanhando na dança. Alastair chegou mais perto do ouvido de Mia.
- Você procura Alice.
Mia ouviu esse nome e sua mente quase entrou em transe, não sabia quem era, mas o nome era sufocantemente familiar.
- Eu sei que conheço, mas não me lembro, quem é Alice?
- Eu não sei quem é, só sei que foi você quem a trouxe para este mundo.
- Como assim?
- É só isso que quero falar no momento, mas uma dica: siga a estrada das pedras amarelas.
Mia ficou confusa.
- Espera, você está citando O Mágico de Oz?
- Sei que você adora esse filme. Pense em mim como o mágico ajudando você.
- Se você conhece a história, você sabe que o mágico é apenas um mentiroso.
- Você é esperta mesmo - Alastair deu um sorriso assustador, toda sua feição bela foi substituída por um rosto quase demoníaco - Não deixe sua máscara cair de jeito nenhum!
Em uma fração de segundos, Alastair solta Mia no meio do salão e desaparece no meio dos outros dançarinos, Mia fica desnorteada enquanto todos os casais dançam ao redor dela.
Dezenas de máscaras passam pelos seus olhos, parecia um zoológico bizarro, vários animais deformados e com semblantes tristes.
A música também começa a ficar estranha, todos instrumentos começam a desafinar, se tornando um som horrível. Mia tapa os ouvidos, os outros continuam dançando, mas agora de forma estranha, se mexendo como se estivessem sendo possuídos, alguns fazendo som de engasgo, outros puxando os cabelos e revirando os olhos, e no meio de tudo, estava Mia, assustada, sem entender o que estava acontecendo.
Um rapaz que estava dançando, acabou se empolgando demais, durante sua dança, sua máscara de leão caiu.
Assim que sua máscara tocou o chão e mostrou o seu rosto pálido e triste, todos pararam de dançar e olharam para ele.
O rapaz estava a poucos metros de Mia, que estava tensa, sem saber o que ia acontecer a seguir. A parceira do rapaz, uma moça de vestido rosa e máscara de rato, começa a gritar. Um grito tão ensurdecedor que se destacou em meio a toda aquela música horrível.
-AAAAAAAAAAAAAAAH, NÃO PODE!!!
Os olhos do rapaz arregalaram, neste momento, a moça saca uma faca e corta a sua garganta. Ele cai no chão, ela pula em cima dele e continua cortando. Mia entra em pânico e solta um grito, todos em voltam começam a dançar novamente, dessa vez, batendo uns nos outros para que suas máscaras caiam.
Assim que as máscaras começam a cair, o massacre começa, os mascarados começam a cortar a garganta dos sem máscara.
Sangue é espalhado para todos os lados, a música parou de tocar, apenas gritos podiam ser ouvidos agora.
Mia observa em choque a cena, ela estava imóvel, sem conseguir respirar, em pé no meio do salão, vendo todos matando uns aos outros.
Assim que as gargantas eram cortadas, o que matava puxava a cabeça com força o suficiente para arrancar, fazendo-a rolar pelo salão.
Uma cabeça rola na direção dos pés de Mia, isso faz ela acordar e ficar horrorizada com a cena.
Meu Deus, o que eu faço?! O que eu faço?!?!, era o único pensamento dela. Não fazia ideia de como ia escapar dessa, sabia que era uma questão de minutos até alguém tentar retirar sua máscara também.
Alguém segura a sua mão, Mia começa a gritar.
-ME SOLTE! NÃO! POR FAVOR, ME DEIXE EM PAZ!
O mascarado solta a sua mão.
-Calma, eu vim ajudar, vou tirar você daqui - a voz dele era doce e tranquilizante - Siga-me, vamos sair daqui.
Ele estendeu a mão, Mia não sabia se devia confiar nele, mas ele tirar ela daquele lugar já era bom demais.
Eles passaram por cima dos cadáveres aos montes e correram até uma pequena porta no canto do salão.
Assim que os dois saem, todos os mascarados do salão param o massacre, soltam suas facas e vão procurar as cabeças dos seus parceiros mortos.