Teen Mermaids

By _EuVitoria_

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Pertencente a dois mundos, Lydia, Rebeka e Luce precisam encontrar suas verdadeiras identidades. Seus c... More

Mudança
Festa na praia
Pulando na água
Poderes
Salva vidas
Uma nova sereia
Cardume
Uma dança
Sentimentos expostos
Doce chamado
Emboscada
Carta reveladora
Respostas
Hipnose
Doador anônimo
O plano
Executando o plano
Livro de porções
capitulo especial - Morgana
Enfrentando tubarões
Capítulo especial - Morgana e Shelby
Evento de talentos
Malévolas
Festa na piscina
Banho de lua
Desafio
Para sempre, meu amor.
Perda de humanidade
Cupcake encantado
Recuperando a humanidade
Expostas
Uma novidade em Magic city
Concha prisão
Capítulo especial - Morgana
Encontro desagradável
Capítulo especial - Morgana
Indo as compras
Capítulo especial - Morgana
Oferta
capítulo especial - Morgana
Resgate
Capítulo especial - Morgana
Primeiro beijo
Capítulo especial - Morgana
Baile de natal
Agradecimentos
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Visitando a vovó

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By _EuVitoria_

  Quando desceu do carro, Lydia Paker era puro desespero, seu estado era agoniado. Corria pelos corredores do hospital com o coração a mil por hora, James segurava sua mão o tempo todo, lhe transmitindo coragem para enfrentar a situação. Quando finalmente chegaram a sala de espera, encontraram Meredith e Loren, o estado de ambas não era diferente do da sereia.

   A garota estava tentando entender qual motivo seu pai teria para abandonar suas filhas e ir socorrer sua segunda ex mulher. Léo havia mencionado que Megan precisava dele, mas o que poderia ter sido tão urgente? O homem se encaminhava para lá quando o acidente havia acontecido. Enquanto isso, sua caçula gastava suas frustrações e mágoas em copos com álcool e uma pista de dança improvisada. Se sentia péssima.

   - Mãe? - sua voz estava chorosa quando ela chamou pela mulher, que ao se erguer e encarar a filha também parecia arrasada. Meredith até então não havia movido um músculo. - Aonde ele está? Cadê o meu pai?

   Loren fez o que lhe era esperado, caminhou até a menina e lhe envolveu em um abraço familiar e materno. Suas mãos alisaram os cachos da garota.

   - Ele perdeu muito sangue. - murmurou no ouvido dela, a embalando e chorando junto com a outra. - Está inconsciente, meu amor.

  - Sra. Paker? - um homem de expressão fechada e jaleco branco se aproximou, aquilo fez com que as duas se afastassem para ouvi-lo, cada qual com o rosto banhado em lagrimas. - Pode me acompanhar, por gentileza?

  Loren atendeu ao seu pedido. As paredes pareceram diminuir para sua filha, era como se elas fossem esmagá-la, seu coração estava pequeno, o ar quase não chegava em seus pulmões. Definitivamente preparada para o pior. Percebendo isso, James se aproximou, seus olhos se encontraram e pela segunda vez naquela noite, ela fora amparada pelo abraço dele. Mas daquela vez correra para eles, indo ao seu refugio.  O capitão não tardou para envolvê-la quando a menina desabou em seu peito. Ela estava tão frágil e ele queria guarda-la em um potinho para protege-la da dor.

   - Eu não quero perde-lo. - murmurou Lydia, ela teve que erguer sua cabeça para poder olhá-lo nos olhos. Estava em grande desvantagem em relação a altura, ele possuía quase um palmo a mais.

   - Você não vai. - murmurou depois de respirar fundo e negar com a cabeça. Após isso tornou a deita-la em seu peito, abraçando-a como se somente ao solta-la a garota fosse se desmanchar. A dor dela, doía nele e por mais esse motivo, a sereia o amou.

   Quando Loren finalmente tornou a surgir, as lágrimas escorriam ainda mais por seu rosto, ela estava realmente abalada, mas não abalada o suficiente para o luto.

   - E o meu pai, mãe? - ela se alarmou rapidamente, sentia um aperto angustiante pois sabia pela face da outra, que as notícias não eram boas.

  - Ele precisa fazer uma transfusão de sangue com urgência. - aquelas simples palavras aumentaram infinitamente a agonia de Lydia. Pois assim como sua mãe e irmã ela sabia que aquilo não era nada bom, pois seu pai era -O, um tipo sanguíneo raro cujo ele pode doar para todos os tipos sanguíneos mas só pode receber de doadores do mesmo tipo, o que era bastante incomum. Nem mesmo um individuo dos Paker possuía aquele tipo sanguíneo.

   - O que faremos? - seus olhos estavam com ainda mais água, ela estava tensa e sem saber o que esperar. Pois a qualquer momento seu pai podia não aguentar e simplesmente partir.

   - Vamos conseguir um doador. - Loren respirou fundo na tentativa de se acalmar para poder acalmar a sua filha, ela pegou a face da mesma entre suas mãos e começou a secas as lágrimas contidas nela. - Ele já está na fila de espera, tenho certeza que seu pai vai resistir um pouquinho até que consiga fazer a transfusão. Temos que ter fé, ok? - a garota assentiu ainda inconsolável. - Agora você precisa ir para casa descansar.

   - Não. - ela se afastou negando com a cabeça um milhão de vezes. - Eu não vou deixar vocês aqui. Eu vou esperar pelo meu pai.

   - Escute, querida. - sua mãe pegou em suas mãos afim de acalmá-la e convencê-la. - Eu preciso que cuide dela. - apontou com sua cabeça para trás. Aonde Meredith parecia estar congelada no lugar, Lydia sequer havia se dado conta do quão abalada sua irmã adotiva estava, ela não ousava mexer um único músculo. - Você pode fazer isso?

  A dor da garota era tão notável que ela não conseguiu simplesmente ignorar e viver a sua. Teve que acenar com a cabeça e como sempre, não sentir nada para proteger quem sentia. A sereia se afastou de sua mãe, se permitindo caminhar até Meredith que nem mesmo se limitou a olhá-la.

   - Vem, Mery, vamos embora.

   Finalmente a jovem pegou a mão que lhe fora estendida e se ergueu, mas ainda parecia não estar em contato com o mundo real. Andou para fora do hospital em automático, sua palma era a única coisa que mostrava força, tal era a fibra com a qual pressionava a mão de sua irmã.

   Quando o carro de James encostou em frente a casa dos Paker, Meredith foi a primeira a pular para fora dele, ela estava realmente atingida pelo acidente de seu pai, mas não era para menos já que se o homem não conseguisse rápido uma transfusão, morreria.

   Sozinha no carro com o capitão, a sereia se virou para o lado e pela primeira vez era um rosto amigável. Aquele garoto no volante, não se parecia com o mesmo que desfilava esbanjando arrogância nos corredores de Magic City.

   - Obrigada. - agradeceu com sinceridade, o clima estava tenso depois de tantos gestos afetivos causado por fortes emoções. Lydia realmente não conseguia entender o que rolava entre ela e o popular. - Você foi incrível.

  - É o que dizem. - seu sorriso era típico. O rapaz se inclinou para livrá-la do cinto, roçando de leve sua mão na perna da garota, que se acendeu com o toque. A sereia forçou um sorriso para disfarçar o quão nervosa ele a deixava.

   - Boa noite, babaca. - murmurou pulando para fora do automóvel, suas palavras eram amigáveis e não ofensivas.

   - Boa noite, pequena. - ele sorriu lhe deixando sem ar, e partiu. 

Luce estava feliz, era o seu primeiro dia como uma líder de torcida e tudo o que conseguia era pular em êxtase. Não via a hora de participar da  torcida do primeiro jogo e mostrar que ela não era somente uma estranha, ladra de namorados, ela era uma Fênix. Sua animação aumentou ainda mais quando saiu do vestiário feminino, usando seu uniforme e pompons, atraindo a atenção de muitos olhares por onde passava. Seu corpo era lindo, e a mini saia rodadinha o deixava ainda mais visível aos olhares dos garotos que lhe secavam enquanto ela seguia junto das outras dançarinas. Tornar-se uma delas era como ganhar um lugar na pirâmide social do ensino médio e finalmente Luce receberia seu destaque, daquela vez, de uma boa forma.

   Naquele momento enquanto os melhores garotos lhe olhavam, ela se sentiu uma idiota por desejar apenas um par de olhos sobre seu corpo, Luca. Mas bem, ele era inalcançável e apesar de ter seu lado safado, sabia que o jovem ia muito além de músculos e desejo carnal, ele era a alma. Ele tinha uma alma. Uma diferente das de qualquer um dos outros de sua idade, e por esse motivo era o seu primeiro amor. Mas mesmo que a sereia não soubesse, ele estava ali, ele lhe observava de longe, feliz por sua conquista. Só era tímido demais para se juntar a todos aqueles caras que babavam pela nova "garota do momento"

   Como a número um do grupo, Betty ia guiando o grupo de garotas pelos corredores. Era incrível a capacidade que ela tinha de fingir que não havia mandado espancarem as sereias e suas amigas. Ela desfilava sendo avaliada como uma boa pessoa, mas na verdade era o satanás na versão feminina. Luce tentava ignorar as diversas vezes em que a abelha rainha tentava lhe atingir no dia, ela estava furiosa pela menina ter sido selecionada, por ela nem na escola a outra estava.

   Todas as fênix seguiram sua titular para a quadra, a coreografia já havia sido montada e passada passo a passo para cada membro do grupo. A parte de Lucinda era uma das mais complicadas, o que não surpreendeu a sereia, dado ao fato de que quem havia organizado tudo havia sido sua grande inimiga. Quando Luce já estava em sua posição, assim como todas as outras, ela viu Betty rir e caminhar em sua direção, olhando-a de cima abaixo com desprezo.

   - Tem certeza de que consegue? - questionou com desdém e ar de superioridade.

   - Tenho, Betty. - seu sangue ferveu com o interesse nítido da garota em lhe humilhar perante as outras. Espremendo suas palmas ela conseguiu se controlar e não estapear a face da abelha rainha.

   - Boa sorte, então. Você vai precisar. - a tirana jogou seus cabelos para trás e desfilou até a caixa de som, colocando a musica e logo se encaminhando para o seu posto.

   Assim que o show começou os corpos se movimentaram de acordo com o que fora treinado. Luce as acompanhou e sentiu o momento combinado no qual duas das Fênix ergueram o seu corpo para o alto. Ela balançou os pompons e encolheu as pernas, ganhando impulso para dar um mortal no ar. Assim que as mãos soltaram seus tornozelos, deu duas cambalhotas seguidas e esticou suas pernas, erguendo os braços para cima. O combinado era que feito esse passo, as garotas deveriam pega-la novamente e pousa-la no chão, mas ao invés disso, todas foram para os lados e Lucinda despencou.

   - Eu avisei que você não ia conseguir. - a voz da abelha rainha soou maléfica como sempre, Luce segurou o braço dolorido no qual havia caído por cima e encarou uma Betty vitoriosa. - Desista, Lucinda, ninguém acredita que você consegue.

   Ela jogou seu próprio cabelo para o lado e girou nos tornozelos. Em seguida surgiu o rosto de todas as outras fênix. Risadas e mais risadas. Ninguém a queria no grupo. Mais uma vez a sereia se viu humilhada, mas daquela vez doeu bem menos, estava acostumada a ser tratada daquela forma repugnante. Estava com o braço doendo, queria matar Betty Denver e se preparava para tal quando ouviu passos voltando a surgir na quadra. Mas para sua sorte daquela vez era um rosto amigável, o rosto de Belamy Martin.

  - O que aconteceu, gata? - o garoto correu até ela de forma teatral, em tudo o menino exagerava. Sem pensar duas vezes o mesmo estendeu sua mão para sua melhor amiga, oferecendo-lhe ajuda para se erguer do chão.

  - Aquela vaca da Betty. - rosnou ouvindo o ódio em sua própria voz, depois soltou um gemido de dor em um de seus membros. - Ela armou para mim de novo, pediu para que as garotas saíssem debaixo e me deixassem cair...

   - Eu mataria ela com as minhas próprias mãos se pudesse. - seu melhor amigo tomou sua dor quando compreendeu o ocorrido. Ele também detestava a abelha rainha, ou "barbie falsificada" como havia apelidado a garota no último ano do fundamental. - Olha o que ela faz com o seu bracinho! Vem, vamos a enfermaria...

   - Tá doendo muito, Bell. Se saiu do lugar, certeza que a treinadora vai me suspender. - choramingou.

    Apesar de ter dito um milhão de vezes para a enfermeira de que não precisava enfaixar seu braço, Luce não conseguiu se livrar daquilo. Aparentemente, ela havia adivinhado, seu braço estava mesmo deslocado e precisava de uma ajudinha para voltar ao lugar. E aquilo nem era o pior, ela estava completamente suspensa dos ensaios, por tempo indeterminado.

   Depois de meia hora insuportável, fora liberada já medicada, a dor havia diminuído consideravelmente, mas sua raiva não. Tentando se controlar ela viu Rebeka surgir pelo corredor, a menina estava parecendo bastante avoada, seus olhos pousaram sobre a tala no braço de sua amiga.

- O que aconteceu?

  - Longa história. - resmungou sentindo o ódio voltar junto com a lembrança. - O que você tem? - questionou percebendo que a garota estava mais inquieta do que o normal.

   - Precisamos visitar Margaret.

Após contar para sua amiga o que havia acontecido no restaurante, Rebeka a convenceu de que precisavam visitar sua avó biológica. Luce concordou com ela de que algo estranho estava acontecendo. Não podiam simplesmente ignorar a mensagem que aquele homem havia levado. Acionaram a campainha e alguns segundos se passaram antes das garotas ouvirem o ecoar dos passos no interior da casa.  Ao julgar pela expressão confusa no rosto de Margareth, elas perceberam que eram as ultimas pessoas que a senhora esperava ver. Mas não podiam culpá-la, haviam reagido mal a verdade, haviam fugido dela, fingindo que não haviam descoberto serem primas e netas de uma sereia.

   - Precisamos conversar. - Foi Rebeka quem falou, podia ouvir-se o desespero em sua voz.

   - Entrem. - pediu gentilmente, seu pequenos olhos se enchendo de brilho e esperança. - Querem beber um chá? - perguntou fazendo a frente enquanto as guiava para a cozinha.

   Mesmo que quisessem ir direto ao ponto, não puderam negar o que ela tão cordialmente lhes ofereceria. Rebeka não sabia como agir, era tudo tão estranho e confuso. Quando "nascera" a mãe de Ana e Gloria já havia falecido, nunca tivera uma figura de vó antes, mas querendo ou não, seu sangue corria nas veias daquela desconhecida.

   O cômodo no qual entraram, não era muito chique. Mas tinha um ar acolhedor como todo o restante da casa. Havia uma mesa de pedra rústica, cercada por cadeiras enfeitadas por almofadas, nas quais as garotas se sentaram imediatamente. Margareth colocou três xícaras sobre a mesa, depositando em seguida um liquido que aparentava ter sido preparado muito recentemente. Talvez segundos antes dela atender a porta. 

   - Então... - não ergueu seus olhos para encarar as meninas, parecia estar muito centrada em servir uma xícara para si.  - O que as trazem aqui?

  Ambas as garotas trocaram olhares rápidos. Nenhuma dela queria verdadeiramente estar ali, elas não queriam lidar com nada daquilo, tão pouco enfrentar a realidade na qual se encontravam.

   - Acho que Shelby sabe sobre nós. - Confessou. Naquele momento a mão de Margareth se abriu com o baque da revelação, ela acabou por soltar a chaleira que bateu na mesa causando um estrondo. Seus olhos estavam arregalados quando ela finalmente encarou as meninas, sua voz apresentou o mesmo grau de pavor:

  - Como é que é? - Rebeka sabia que corria perigo dado ao passado de sua família verdadeira, mas somente ali realmente caiu a ficha do quão na linha de fogo estava. Como se estivesse passando mal, a senhora se sentou com a cabeça entre as mãos. - Mas ela nunca viu vocês... Não tem como saber... - sua voz era dirigida a si própria, como uma linha de raciocínio.

   - Bem... - Beka limpou sua garganta. Não havia escapatória. Se não tinha contado antes de seu encontro com sua tia, aquela era a hora de dizer. - Eu a vi a algum tempo atrás...

  - O QUE? - duas vozes com a mesma surpresa. Dois pares de olhos voltados em sua direção.

   A sereia suspirou e pensou na melhor forma de contar, então narrou detalhadamente a história. Desde o dia em que havia ouvido uma voz chamando por seu nome, ao ponto no qual ia atrás da dona da voz e encontrava-se com Shelby, a rainha do cardume laranja.

   - Você se entregou quando falou sobre a voz. - Margareth espremia suas têmporas, como se finalmente tivesse entendido tudo. O encontro que sua neta havia tido com sua filha, havia deixado a senhora ainda mais nervosa. - Nós sereias não podemos hipnotizar outras sereias, encantamos apenas mundanos com a nossa voz. Você é metade humana. Por isso foi hipnotizada por seja lá quem estivesse lhe chamando. E quando contou o que ouvira para Shelby, ela ligou dois mais dois e descobriu sua identidade.

   - Então ela sabe que sobrevivemos? Que suas irmãs deram a luz? -  a preocupação no rosto de sua avó não facilitavam as coisas. Todas aquelas descobertas estavam levando Rebeka ao seu extremo.

   - Agora ela sabe. - concordou, fazendo-a se sentir culpada por ter ido bisbilhotar no mar.  Se não tivesse sido curiosa, Shelby jamais saberia de sua existência e a de suas primas. - Só não entendo como ela sabe aonde vocês estão...

   - E se ela vier atrás de nós? Se mandar alguém atrás de nós... - a voz de Luce cortou a linha de raciocínio da outra. Ela não estava mais suportando tantas incertezas e dúvidas. Sempre tivera tudo sobre controle e de repente sua vida tornava-se um caos. Uma estranha como avó, melhores amigas como primas, uma tia psicopata... Era exigir demais de sua sanidade.

   - Isso pode acontecer. - não quis esconder nenhum fato, por mais assustador que pudesse parecer, as garotas tinham que se adaptar, a vida delas jamais seria a mesma. - E tem mais uma coisa... - deu uma pequena pausa para ter certeza de que ambas estavam atentas, o que diria em seguida era importante demais para ser ignorado. - Nesse final de semana é bom que vocês se isolem longe da praia, não podem olhar para a lua, nem sequer verem o reflexo dela. Nada...

   - Por que? - Luce fez a mesma pergunta que circulava na mente de Rebeka.

   - Nunca foi recomendável para nenhuma de nos encarar a lua. Ela possuí poder sobre as sereias, pode trazer diversas reações para o comportamento de vocês. Nunca se sabe ao certo de que forma ela te afeta. - jogou mais uma verdade de seu mundo marinho sobre elas, mais um problema sobrenatural com o qual se preocupar.

   Rebeka suspirou e passou as mãos pelos seus cabelos, em um ato de exaustão. Achara que podia ignorar seu outro mundo e seguir sua vida fugindo da verdade. Engano seu, teria que aceitar seu lado sereia. todas teriam.

   - Então não podemos ver a lua cheia de forma alguma? - perguntou, finalmente aceitando que não teria como escapar de todo aquela confusão.

  - Não. Seria ainda melhor se não estivessem perto do mar. - aconselhou a mulher sábia. - Vocês não tem um lugar fora de Magic City para o qual possam ir?

   - Minha família tem um chalé. Podemos ir para lá. - a garota sugeriu.

   - É perfeito.

   - E o que faremos para deter Shelby? - a sereia finalmente foi ao "X" da questão. Surpreendendo ambas as duas, pois até onde sabiam, ela mesma dissera que nem ela nem suas primas teriam envolvimento naquela história. Mas o que não imaginavam era que agora tudo o que a jovem mais queria era encerrar aquele passado e iniciar um futuro aonde pudesse apenas ser uma humana.

  - Vamos esperar a noite de lua cheia passar. Venham as três até mim e faremos juntas um plano. - Margareth sorriu para suas netas. Contente por finalmente depois de dezessete anos colocar um ponto final naquela história, que em momento algum fora um conto de fadas. Como poderia? Tudo o que havia passado fora uma tragédia. Sua filha invejosa havia matado suas irmãs, por sede de poder. Mas agora com a ajuda das descendente de suas meninas, ela faria justiça e traria paz para o cardume.

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