Depois de uns minutos ali esperando, Luca apareceu e veio até mim.
- Bora? - Ele sorri.
Me levantei e nós saímos da escola.
- Er... eu vou sair de casa 14h30. Ta bom pra você? - Pergunto e ele me olha. No momento em que ele fez isso, um vento bateu no cabelo dele o jogando pra trás e, eu admito que o deixou muito atraente.
Digamos que eu fiquei um pouco de tempo de mais olhando pra ele e, isso fez com que eu tropeçasse.
- Eita! - Ele segura meu braço e eu rio de nervoso. - Chuta o chão não. - Ele ri.
- Eu sou o desastre em pessoa. - Penso alto e ele ri.
- 14h30 ta ótimo pra mim. - Ele diz e eu sorrio pra ele. Quando me dei conta, já havíamos chegado na minha casa. - Até daqui a pouco, Emma. - Ele acena e eu solto um sorriso tímido antes de entrar em casa.
- Cheguei, mãe! - Digo e ouço minha mãe responder do jardim lá de trás. Fui até meu quarto, tirei minha mochila de minhas costas, meu tênis e o celular do bolso.
Assim que joguei o celular na cama, vi que tinham umas mensagens de uma menina da minha sala pedindo para eu mandar foto da matéria de hoje pra ela, já que ela tinha faltado.
Antes de visualizar as mensagens, peguei meu caderno e a apostila e posicionei meu celular para tirar foto da apostila. Porém, quando liguei a camera, ficou tudo branco. Virei o celular e vi que tinha alguma coisa dentro da minha capinha do celular que estava tapando a lente da câmara.
Tirei minha capinha e vi que tinha um papel dobrado.
Ao abrir, vi novamente aquela caligrafia.
" Você é o motivo do meu sorriso bobo e do meu olhar apaixonado. "
Gente, sério. Se alguém um dia tentar roubar o meu celular, essa pessoa não vai ter dificuldade NENHUMA de fazer isso! A pessoa colocou um bilhete na capinha dele e eu não vi cara!
Mas... esse acho que foi o bilhete que mais gostei até agora.
O coloquei junto aos outros e tirei a foto que a menina pediu. Enviei pra ela e depois troquei a roupa que eu estava.
- Mãe? - A chamo saindo do quarto e indo em direção a porta dos fundos que dava para o nosso jardim.
- Oi filha! - Ela responde e eu a vejo sentada pintando. Minha mãe sempre pintou desde criança, e olha... ela tem um talento incrível pra isso.
- Eu vou no Canil hoje, ta? - Falo e me sento ao lado dela.
- De novo?
- É... segunda é feriado. - Falo e vejo que ela está pintando a árvore que tinha no jardim de casa. - Está ficando incrível. - Sorrio e pra ela e ela me devolve um sorriso carinhoso.
- Os cachorros são o único motivo por você ir tanto ao Canil? - Ela pergunta voltando a olhar para o quadro.
- É claro que são. - Rio.
- E um certo estagiário veterinário não tem nenhuma parcela de culpa nisso? - Ela sorri maroto.
- Não! - Afirmo e ela ri.
- Se você diz. - Ela da de ombros.
- Além do mais, se eu tivesse algum interesse no Eduardo, eu não levaria o Luca comigo. - Falo e ela me olha.
- O Luca vai com você? - Ela sorri.
- É... ele pediu. - Sorrio pra ela.
- Huunmmmm... - Ela pisca pra mim e volta a pintar. - Vai almoçar... daqui a pouco você vai sair e não vai querer comer.
- Sim senhora. - Falo antes de voltar pra dentro de casa.
[...]
Depois de almoçar eu fui ler um pouco e me entristeci ao ver que faltava apenas um capítulo para terminar o livro.
Me deitei na cama e comecei a ler esperando que desse a hora, coisa que passou bem rápido.
Logo eu terminei de ler o livro e eu senti que estava transbordando amor kkk. O livro é uma gracinha e a Lindy e o Hunter sempre serão meu casal favorito.
Comecei a me arrumar e resolvi ir com o macaquinho que eu ia pro parque, não que eu queria imprecionar alguém como minha mãe disse, mas estava calor e ele é muito bonitinho.
Me vesti, calcei o tênis, paguei minha mochilinha de sempre e sai do quarto com o celular em mãos.
- To indo, mãe! - Grito da porta e a ouço responder.
Sai de casa e segui a rua para passar em frente a casa do Luca. Quando virei a esquina, o vi na calçada conversando com um homem.
Fui andando em direção a eles dois e ao chegar perto, Luca se virou para mim. Não sei se isso foi impressão minha, mas assim que o Luca me viu, ele me olhou de cima a baixo e depois soltou um sorriso ladino.
- Oi Emma! - Ele sorri e eu me aproximo.
- Oi! - Sorrio tímida.
- Ah.. esse é o meu pai. - Ele diz e o homem dele estende a mão para eu cumprimenta-lo.
- Muito prazer! - Falo enquanto aperto sua mão.
- O prazer é todo meu! Ouço muito falar de você lá no Canil. - Ele sorri e eu o olho confusa.
- Er... meu pai é o dono do Canil. - Luca diz e eu arregalo meus olhos.
Não acredito que o pai do Luca é o dono do Canil! Eu sempre ouço muito falar dele lá mas nunca o tinha visto.
- Mesmo? - Pergunto e ele sorri.
- Sim... A Maia e o Edu falam muito de você e de como você cuida dos cães. Sou muito grato a você por isso. - Ele sorri.
- É um prazer pra mim visita-los. - Sorrio para ele.
- Er... vamos? - Luca pergunta e eu assinto.
- Foi um prazer. - Sorrio para o senhor que devolve um sorriso. - Seu pai é o dono do Canil e você não me disse?? - Pergunto baixo enquanto caminhávamos.
- Eu não achei que fosse importante. - Ele da de ombros.
Fomos andando juntos até o Canil e ao chegar lá avistei a Maia na recepção.
- Oi Maia! - Sorrio pra ela. - Esse é o Luca.
- Oi Emma! Oi Luca! É um prazer. - Ela sorri pra ele que devolve o sorriso.
Fomos em direção a sala onde os meus queridinhos estavam e assim que entramos, os cachorros já ficaram eufóricos.
- Oi meus amores! - Falo me aproximando e fazendo carinho em um de cada vez enquanto o Luca me observava sorrindo. Ao chegar onde estava o Sam, o vi segurando uma flor vermelha na boca dele. - Ai meu Deus! Isso é pra mim? - Pergunto estendendo a mão e o Sam a solta na minha mão.
- Acho que sim. - Ouço Eduardo que aparece sorrindo e vem em minha direção.
- Ah... obrigada. - Sorrio segurando a flor.
Quando Eduardo parou na minha frente, Luca surgiu ao meu lado e colocou seu braço no meu ombro me abraçando de lado.
- Não vai me apresentar seu amigo? - Luca pergunta olhando para Edu.
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Continua...