A Herdeira de Merlin

By izzy_black_potter

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❝ Antes de ferir um coração, tenha certeza que você não está dentro dele. ❞ Em um mundo onde o grande... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
•Sobre o próximo livro •
Informativo

Capítulo Onze

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By izzy_black_potter

        É incrível como o tempo passa rápido, não é? Em umH momento eu era selecionada a participação da disputa das raças, e no outro eu estava sentada enquanto esperava me chamarem para realizar a primeira prova. Dois campeões já foram, só falta o garoto estelar e eu. Pelo que entendi da prova, ela se baseia em recuperar alguém amado das garras de um dragão. Já sabia deste último, já que tive uma visão. Enquanto esperava, gastava meu tempo contando os segundos, isso sempre me acalmou. Graças ao Caos o Elfo estelar era silêncio, e não me atrapalhava. Acho que estava tão distraído quanto eu. Dentro da tenda que eu me encontro posso ver luzes vermelhas através do tecido branco, enquanto o dragão urra de raiva no exterior. Minhas últimas semanas tem sido calmas, como o esperado. Depois que Peter me deixou plantada na cozinha, noites atrás, não nos falamos muito, mas ainda o provoco algumas vezes; isso se deve ao fato de uma preocupação recente: Alastor Nakamura, ou melhor, o que ele anda escondendo de mim. Relatos de espiões do norte mostram que os Paladinos estão agitados recentemente, a guerra de aproxima mais rápido do que previsto... Não dou um ano, se não alguns meses, para que eles ataquem, onde e quando, é a questão. Saindo de pensamentos sombrios, vago minha mente para outra lembrança...

       " Acordo de repente, suada. Tive um pesadelo. O quarto estava totalmente escuro. Olhando uma tecnologia humana desenvolvida magicamente e vejo que são quatro horas da manhã. "
        " - Ai - chamo seu nome com a voz falha. Sem resposta. - Aí? - pergunto agora com a voz mais alta. Sem resposta... Isso é estranho, Aidan é a pessoa com sono mais leve que eu conheço. Usando a minha magia acendo a luz do quarto, me deparando na cama dele desarrumada, mas sem ele. Onde ele foi?  "
         " Preocupada com meu melhor amigo, resolvo me levantar para ir procurá-lo. Desci silenciosamente até a sala e não o vi lá, então resolvo me direcionar até a cozinha, onde eu finalmente o encontre, mas não sozinho. Espiando sem ser notada vejo Aidan e Arey na mais pura pegação. Ela estava em cima do balcão e ele estava entre as pernas dela a beijando vorazmente. Atrapalhar e ver eles morrendo de vergonha ou deixar os pombinhos se amarem? Atrapalhar, obviamente. "
          " - Aham - falo imitando uma tosse. "
          " Graças ao meu autocontrole consegui segurar a risada quando Aidan deu um gritinho agudo e Arey me olhou assustada. "
           " - Atrapalho algo? - pergunto maliciosa. "
           " - Não - disseram junto com um fio de voz. "
           " - Ah... que pena, sabem? Jurava ter visto Aidan enfiando a língua dele na sua garganta, Arey - meu comentário, inocente no conotação, parece quase fazer o coração dela parar de bombear sangue para o seu corpo, e Aidan ficar tão vermelho quando as penas de uma fênix na primavera. - Realmente. Uma pena. Eu apoiaria, caso fossem um casal... "

             Foi com esse comentário que eu os deixei lá plantados, sem esperar para ver suas reações. Essa é uma das minhas melhores lembranças, já que graças a esses dois, esqueci completamente daquele pesadelo. Hoje nem sei mais o que era, o que é quase impossível, já que eu nunca tinha esquecido algo antes. É um dos infortúnios de se ter uma super memória. Imagine só, nunca poder esquecer tudo de ruim que a vida trouxe para si.
  
               - KATRINA MERLIN! - Escuto meu nome ser chamado pelo narrador da disputa. Quando foi que o estelar foi chamado? Resolvo deixar pra lá, já que agora tenho que mostrar as incríveis habilidades de uma Alpha.
         
                Com a cabeça erguida, saio da tenda. Minha roupa é inteira preta, somente com o símbolo do meu clã na frente brilhando em prata. Ao pisar fora da tenta, pude ouvir aplausos e vaias de todo o público. Muitos pagaram para vir Assistir, outro só foram convidados. Os que me aplaudiam se valorizam de uma pessoa que teoricamente não tem descendência "real" ter sido escolhida, poucos estão assim simplesmente porque me apoiam; já os que me vaiam, detestam a ideia de que não seja um dos futuros líderes aqui no meu lugar. Eles queriam Peter Vandecor aqui. Sei que dificilmente alguém me vaia por simplesmente me detestar, já que depois da morte de meus pais, Nakamura me isolou do mundo para o meu treinamento, assim passei anos vendo somente ele e os empregados de seu pequeno palácio.

                Um urro grotesco estremece os espectadores, e o grande dragão se levanta a minha frente. Ele tinha esbeltas escamas azul-celeste, seu corpo era forte e ele esbanjava vigor. Me prendi por um segundo em seus olhos, eles eram violetas e carregavam grande ódio. Não era pra menos, essa magnífica criatura foi tirada de seu lar e forçada a servir de espetáculo para essas vis criaturas que se declaram superiores. Eu estava hipnotizada com a beleza do ser celestial que se encontra vindo em minha direção, rapidamente, e pronto para me matar. Ao fundo só estava o Aidan preso em uma gaiola dourada. Minha missão era o tirar de lá o mais rápido possível. Obstáculos: dragão furioso e morte iminente. Não é brincadeira, já que no segundo seguinte o ser de aproximadamente dez metros de altura cuspiu chamas azuis sobre meu corpo, o cobrindo em seguida. Ouço a plateia gritar horrorizada, temendo ver uma morte, mas sons de surpresa e alívios são soltos ao cessar das chamas. Eu estou inteira, graças ao grande escudo mágico que criei em volta de mim, sua coloração verde, como minha magia. É curioso como os feiticeiros, não importa o que moldem sua magia para ser, sempre será da sua cor. O dragão, por outro lado, urrou insatisfeito. Percebendo que não poderia me ferir com as suas chamas, se moveu em minha direção almejando me desmembrar. Eu, obviamente, não movi um músculo sequer. Aguardei ele vir em minha direção, afinal, não sou eu presa nessa arena com ele, e sim ele que estra preso comigo. Ele pareceu confuso ao não me ver correr desesperada, mas isso de alguma forma o enfureceu mais ainda. E quando ele estava perto o suficiente para me ouvir claramente, comecei a recitar um encantamento antigo. Tão antigo ao ponto de estar na língua arcana, muito esquecida, que fora usada por feéricos a milênios atrás. Mas acredito que sua tradução seria algo como:

     Sinto a raiva em seu ser
     Assolado pela maldade do mundo você foi
     Na lembrança, isso deve ser guardado
     Ofereço a ti, majestosa criatura
     Uma amizade, e de bom grado
     Pelos nossos laços
     Dragão e feiticeira
     Não servo ou mestre
     Seremos algo a mais
     Nós somos agora, como iguais.

     Vejo o olhar da criatura, antes cheio de ódio e rancor, passar por uma breve confusão, antes de se tornar de admiração. A plateia observava tudo sem entender nada, são raros os feéricos com conhecimentos da língua arcana. Até Aidan, que desconhece essa minha habilidade, parece confuso e aflito. Lentamente o dragão se aproxima de mim, me cheirando, tal atitude faz os espectadores ficarem atentos, e logo depois, totalmente espantados. O grande dragão, me reverencia, e eu somente retribuo o ato de respeito e reconhecimento. Logo movo meu olhar para Ai, que está com os olhos arregalados. Solto um sorriso maroto para ele, e isso parece acalmar um pouco o mesmo.

        - Eu posso? - questiono ao dragão, que acente para mim. - Obrigada. Qual seu nome? - pergunto enquanto me movia para seu pescoço, usando minha magia para fazer pequenas plataformas para sua nuca.
       
         " Meu nome é Dayruus, minha doce senhorita " ele responde em minha mente, é um dos efeitos do feitiço.

         - Muito bem, Dayruus. Meu nome é Katrina! - falo com ele, ignorando as exclamações surpresas e burburinhos vindo da plateia.
  
          Assim, ele levantou vôo, me levando em direção a gaiola do feérico prestes a ser resgatado.
       
           - Precisa de ajuda? - questiono sorrindo felina ao meu amigo.
          - Você é louca. - ele concluí. - Eu não poderia ser salvo por ninguém melhor! - ele fala animado.

          Usando minha magia, eu quebrei o cadeado da gaiola, que permitiu que ele pudessem enfim subir no dragão junto a mim. Ao fundo a plateia grita extasiada.

           - Caramba! Eu tô voando em um dragão! Eu vou contar isso para os meus filhos, e para o meus netos - ele fala em êxtase.
           - Claro. E é por isso que eles sempre vão amar mais a tia Trina. - provoco.
           - Vai a merda, Kat!
           - Se segura - aviso.
           - Que? Por... AAHHH!
    
           Rio com o grito do meu amigo, quando bruscamente Dayruus levantou vôo. Nós passávamos por cima de todo o estádio, deixando a plateia assustada, admirada e, levemente, estremecida ao ouvir os gritos do dragão. Olho para os juízes da disputa, todos seguravam placas com nota mil, a pontuação máxima, sobre suas cabeças. Olhando para a projeção que for o ranking dos participantes, mostra meu nome com grande destaque no primeiro lugar. Eu vou vencer essa partida, e vai ser pelo Aidan.

            Depois de pousarmos no chão, após nosso show, Aidan corre animado para falar com os recentes amigos. Eu, por outro lado, me viro para o dragão que me olha atentamente.
 
            - Vou vê-la novamente? - ele questiona.
            - Provavelmente, não - respondo o olhando serena.
            - Por quê? - ele parecia nitidamente triste.
            - Vai retornar a sua família, Dayruus.
            - O que? Eu... Posso fazer isso? Realmente? Poderei ver meus filhotes e esposa novamente? - apesar da voz extremamente grossa e rouca, ele parecia uma criança perguntando.
             - Vou providenciar, é uma promessa, meu amigo. Logo estará com eles.
            
               Ele parecia genuinamente feliz com isso, e para mim isso bastava. Infelizmente, a magia draconiana, perdida a muito tempo mas ainda existente em alguns lugares, fazia com que somente essa raça pudesse entrar na floresta de Valka, hábitat natural deles. Muitos deles, que arriscaram sair da floresta, por serem jovens e burros ou simplesmente por necessidade de caça, eram capturados e levados para todas as partes de Elfhergar, onde logo, morriam. Os que sobreviviam eram tidos como entretenimento. Meu antepassado, Merlin, a muitos e muitos anos, se compadeceu de três dragões que seriam levados para serem jogados em uma arena qualquer do província dos elfos estelares, e os comprou no lugar da família real. Obviamente ninguém, nem os reis de Strix, ousaram o desafiar. Foi daí, de sua amizade, dificilmente conquistada, com essas criaturas que surgiu o encantamento.

              - Adeus, Dayruus - disse virando as costas para o dragão, tendo a certeza que o mandaria de volta para sua casa.
         


Capítulo Doze já disponível no Dreame! se puderem ler lá me apoiam muito! Beijos da Izzy! ( Link no primeiro comentário dessa parte)

        



       
    

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