The Best Of You ❄ SAD FIC

By Sweet_Kpopper

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Algumas feridas são abertas por aqueles que mais amamos. Muitos dizem que o tempo cura, talvez apenas nos dei... More

❄ THE BEST OF YOU ❄
❄ 01 - The Beginning ❄
❄ 02 || Promisse And Forgiveness ❄
❄ 03 || Friend Shoulder ❄
❄ 04 || Good Day ❄
❄ 05 || Part Of The Past ❄
❄ 07 || Unexpected ❄
❄ 08 || Confession ❄
❄ 09 || Fun ❄
❄ 10 || Return ❄
❄ 11 || Visit ❄
❄ 12 || Normal Life ❄
❄ 13 || Our Love ❄
❄ 14 || Tears and Pain ❄
❄ 15 || A New Chance ❄

❄ 06 || Despair ❄

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By Sweet_Kpopper

Boa Leitura!

“Me desculpe, isso é minha culpa. Obrigado, eu devo tudo a você... Estas foram palavras que você disse por hábito...”JongHyun feat. Taeyeon {Lonely}

     Reencontrar minha mãe meses depois de ter sido expulso de casa foi emoção demais para suportar. Naquela noite me lembro de ter sido levado às pressas para enfermaria após uma crise de pânico.

     Nada comparado às crises que costumava sofrer, mas essa assim sim me deixou exausto. Fui medicado e levado de volta ao quarto, Jungkook ficou me vigiando parte da madrugada, sei disso porque despertei pela manhã e o encontrei sentado ao lado de minha cama com a cabeça apoiada no colchão.

     Confesso me sentir desconfortável diante destas demonstrações de preocupação, mas ao mesmo tempo tenho a sensação de segurança. Algo aceitável para um emocional instável.

     No entanto, acredito que receber a notícia de que meu pai está em um hospital correndo riscos foi ainda pior. Apesar de tudo o que ele me fez já não sinto mais mágoas.

     Preciso entender que para eles foi um choque e tanto receber a notícia sobre minha orientação sexual, ainda mais da forma que essa informação chegou até eles.

     Meus pais tinham diversos planos para mim e da noite para o dia descobriram que menti para eles durante um bom tempo. Na verdade não é bem mentira, devo classificar como omissão da realidade.

     Não tenho culpa por ter me apaixonado por outro homem, nem sequer por ter nascido desta forma. O coração não escolhe á quem amar, é um sentimento que aconteceu. Transformou-se de admiração para amor.

     O fato é que eu estive enganado. Fui cegado por todas as coisas boas que ele me fez e sofri as consequências por ter buscado apoio onde achei que seria o certo.

     Aquele homem me amou, mas com as mesmas mãos que um dia me acariciaram causou cicatrizes que irei levar por toda uma vida.

     Três dias se passaram desde que vi minha mãe e meu irmão. Sorrindo contei na roda de terapia em grupo sobre a felicidade que se apoderou de mim ao abraçá-lo novamente, mas confessei o medo de ser rejeitado outra vez.

     As palavras da mais velha me pareciam ser tão sinceras, mas depois de se conviver em meio a sorrisos falsos acabamos por descobrir que nada é cem por cento confiável.

     Nem todo palhaço sorri com frequência.

     Pessoas felizes são as que mais sofrem.

     E a mais importante das lições: A maioria das serpentes matam com um abraço.

     Posso dizer claramente que fui enganado pelos bons sentimentos da vida, até passei a desacreditar em alguns. Quando se vive dias infernais é complicado aceitar que existe felicidade.

     Demorei a perceber que havia sido trancado em uma espécie de bolha. As paredes tão invisíveis quanto o vento, mas a força que me mantinha trancafiado é a mesma de um furacão.

     Desde que nos vimos minha mãe vem tentando a autorização médica para que eu possa ser levado até meu pai. Mesmo que o veja apenas por trás de uma imensa janela de vidro, preciso lhe pedir perdão, ainda que eu não tenha feito nada.

     Como Jeon disse, irei me sentir bem quando terminar de resolver algumas pendências de meu passado. Isso também inclui meu antigo relacionamento.

     Pessoas precisam perdoar umas às outras e se perdoarem para conseguir se libertar.

     No entanto, perdoar aquele homem é o que encontro de mais complicado, ainda que ele esteja a sete palmos debaixo da terra.

     – Jimin, doutor Min está te chamando na sala dele. – disse uma das enfermeiras interrompendo a coreografia que estava montando.

     – Senhor Jung, preciso sair por um instante.

     – Vá ver o que ele quer, vamos fazer uma pausa para os alunos se hidratarem.

     – Quer que eu lhe acompanhe, Jimin? – questionou Jungkook um pouco preocupado.

     – Não é necessário, nos vemos daqui a pouco.

     Segui um pouco nervoso até o consultório do mais velho, talvez ele queira trocar minha medicação ou conversar um pouco mais sobre a crise do último fim de semana.

     Ele já estava me esperando um bronca e ver sua expressão um pouco tensa foi ainda pior.

     Entrei assim que fui permitido e me sentei na cadeira em sua frente o esperando mandar a bomba, até que veio o suspiro.

     – Algum problema, doutor Min?

     – Acabei de receber uma ligação de seu irmão e bom... – aquele silêncio dramático me fez pensar o pior. – Eles conseguiram a autorização médica para levar você até seu pai, mas eu preciso saber se está pronto para isso.

     – O senhor sabe que não. – disse exatamente o que ele queria ouvir. – Mas eu preciso ir até ele, sinto que preciso ver como ele está.

     – Eu só não quero assistir mais uma de suas recaídas, Jimin. Sei que é difícil pedir para que você se resguardar de muitas emoções, tudo bem?

     – Quem vai me buscar?

     – Seu irmão. – sua resposta foi imediata. – Vá se arrumar, ele já deve estar a caminho.

     – Certo. Obrigado, doutor Min.

     Caminhei de volta ao estúdio de dança apenas para avisar Hoseok e Jungkook sobre minha saída, o mais novo obviamente se preocupou afinal foi ele quem presenciou minhas reações no últimos dias.

     Então segui até o quarto para me arrumar, um pouco tenso por ser a segunda vez que deixarei a clínica em meses. Jungkook e eu não voltamos nem para tomar café naquele estabelecimento, tenho me dedicado bastante a melhorar que me privei de muitas coisas por escolha.

     Me arrumei com roupas quente e confortáveis, principalmente uma camisa que escondia as marcas em meus pulsos. Não que eu sinta vergonha, afinal cada uma delas é sinal do que venho tentando superar, mas por não querer preocupar meu pai caso ele permita minha aproximação.

     Minha mãe diz que as coisas mudaram desde que tive de sair de casa, segundo ela a forma de pensar do mais velho se modificou com a dor de ter me feito passar por aquela porta sem rumo ou sem qualquer outra coisa.

     Segundo ela tudo piorou quando ele soube o que aconteceu comigo e as condições que doutor Min me encontrou sobre a tal ponte. Inclusive seu acidente tem uma pequena relação com as verdades que meu irmão jogou na mesa de jantar.

     JiHyun simplesmente não aguentou ver meus pulsos enfaixados, meu corpo magro e todas aquelas cicatrizes.

     Assim como o velho não aguentou imaginar minha situação e acabou passando da conta no álcool antes de pegar em um volante.

     Não o culpo, até porque culpa é algo que já consome sua consciência sem de uma forma que o faz querer se esconder atrás de uma garrafa de Whisky.

     Como se o álcool fosse capaz de arrancar todo sofrimento. Mera ilusão, assim como os medicamentos ele te deixa entorpecido por algumas horas, mas logo sua consciência retorna e você percebe que todos os problemas estão ali.

     Assim que terminei de me arrumar fui chamado por um das enfermeiras, JiHyun me esperava na portaria e pediu que me apressasse um pouco por conta do horário.

     Segui até o hospital não foi tarefa fácil, senti o nervosismo tomar conta de meu corpo assim como o mesmo medo de rejeição. Foram minutos de muita tensão onde nem sequer o abraço de minha mãe me fez melhorar.

     O médico responsável já estava ciente de minhas condições e foi outro que questionou se eu me sentia confortável de fazer tal visita, mas não por conta de meu passado e sim pelas atuais condições físicas de meu pai.

     – Querido, tem certeza que quer ir sozinho?

     – Sim, mãe. Eu preciso fazer isso. – suspirei segundos antes de ser conduzido além da porta que limitava a área social da UTI.

     Apesar de viver temporariamente em uma clínica – por mais estranha e liberal que ela seja – ambientes hospitalares ainda me assombram.

     Sei que é o único lugar onde se começa e de certa forma termina a vida da maioria das pessoas, saber que estou indo ver meu pai em uma situação não tão delicada já me fazem sofrer por antecipação.

     No entanto, sabendo de parte do impasse o médico me permitiu chegar apenas do vidro. Todo cuidado para preservar meu psicológico e a condição do mais velho.

     Já senti a emoção bater forte ao vê-lo com escoriações e cheio de fios. A cabeça enfaixada como evidência de uma recente cirurgia, o lado direito de seu corpo com perna e braço engessado, o local onde o acidente afetou bem mais.

     Fico me perguntando porque não me disseram isso antes? Por que não tive tempo de conversar com ele antes desta situação?

     Mais uma vez a vida provando que nem tudo é como eu imagino.

     Então seu rosto virou em minha direção. Ele não sabia que eu estava ali, mas me reconheceu assim que seus olhos se abriram e seu olhar se ficou em meu rosto.

     – J-Jimin... – eu não ouvi, mas vi claramente quando meu nome foi balbuciado com certa dificuldade.

     – Papai. – toquei aquele vidro já chorando assim como ele, ainda que houvesse uma dificuldade de comunicação eu não queria piorar mais aquela situação.

     O médico entrou no quarto para questionar algo ao mais velho e verificar sua situação. Apenas consegui observar meu pai mover lentamente a cabeça antes de voltar a encarar o vidro, então soube do que se tratava aquela conversa.

     O mais velho me pediu para aproximar, ele queria me ver de perto e dizer algumas palavras. Um pouco receoso e com medo de piorar as coisas tique que questionar o médico para ver se aquilo era seguro para sua saúde.

     Sei que guardar rancor pode facilitar algumas doenças, mas fortes emoções também costumam piorar muitas coisas em situações como essa.

     Quando entrei vi sua mão estendida em minha direção, na verdade ele nem sequer tinha forças, apenas a deixava suspensa de forma trêmula a espera de que eu fosse até lá segurá-la.

     – P-Por favor, F-Filho. – sua voz saiu tão baixa e falha que fez meu coração se apertar.

     – Pai, me descul...

     – N-Não... P-Por favor. – pediu já chorando. – Sou eu... Eu que preciso... Pedir descul...

     – Papai, não se esforce assim. Por favor, está tudo bem.

     – Me desculpe... Desculpe, filho. – disse ele tentando apertar minha mão, mas não tinha forças para isso. – Desculpe...

     – Está tudo bem. Não se altere, por favor. – me aproximei tocando suas bochechas para secar as lágrimas.

     – Filho, o pai sente muito. – pelo que pude perceber o peso na consciência era o que mais lhe sufocava.

     Fiquei por cerca de dez minutos ali, insistindo em dizer que o perdoo. Algo de coração o que possivelmente fez seus indicadores dispararem.

     O médico precisou intervir e o colocar para dormir novamente, no entanto, esperei ao lado de fora para ter certeza de que tudo isso não agravou seu quadro.

     Nada pode ser feito a não ser esperar. Por enquanto seu quadro é estável podendo evoluir para qualquer outro nível e isso nos deixa com o coração nas mãos.

     Então decidi que era hora de voltar a clínica, minha mãe até ofereceu a possibilidade de que eu volte para nossa casa, mas reconheço que por enquanto não confio em mim o suficiente para voltar. 

     Talvez mais alguns meses de internação. É opção minha continuar com as terapias ainda mais agora que estou vendo o efeito delas.

     Sei que minha mãe ou JiHyun não estão aptos a cuidar de mim durante uma das crises, preciso ter a certeza de que os enfermeiros estão por perto para me impedirem de tentar novamente aquela saída.

     No entanto, me sinto confortável se continuar recebendo a visita deles e as palavras de apoio. Saber que não estou mais sozinho é o suficiente para me dar forças e seguir em frente.

     – Querido, vamos até uma lanchonete. – a mais velha parou em minha frente para me observar. – Vou entender se quiser voltar para a clínica.

     – Está bem, mamãe. Nós podemos ir.

     Vi o sorriso daquela mulher, ter a presença de ambos os filhos em um momento como esse é de onde vem suas forças. JiHyun também parece gostar de minha presença, apesar de que nossa relação de irmãos ainda continua um pouco fria. Não o culpo por agir assim, impossível condená-lo por um erro que não cometeu.

     Me emocionei quando chegamos ao nosso restaurante favorito, me recordo de quando costumávamos jantar ali em família aos fins de semana.

     Deixei os pedidos a critério de minha mãe, estava pensativo demais em meio à tantas lembranças. Então novamente fui surpreendido quando ela pediu meu prato favorito, além de se recordar também do meu suco predileto.

     Acabei deixando algumas lágrimas escaparem sem perceber. Depois de tanto tempo vivendo delas é difícil notar quando alguma acaba escorrendo pela bochecha, quase como costume.

     Apenas me senti calmo e consegui controlar aquelas emoções quando ela me abraçou, JiHyun também se juntou a nós dois naquele abraço e pela primeira vez vi meu irmão chorar por estar feliz.

     Sei que ele tanto quanto os mais velhos sofreu com minha ausência, assim como tenho a certeza de que nossa relação familiar será restaurada aos poucos e com paciência.

     Cada um respeitando o espaço do outro, a opinião do próximo e principalmente a questão de minha orientação sexual. Isso não parece ser mais um tabu para os mais velhos, sendo sincero acredito que eles tenham percebido que apesar de tudo eu ainda continuo sendo o filho deles.

     O pequeno e amoroso Jimin, que apesar das surras que levou da vida, das quais usou como lição para fortalecer, continua sendo o garotinho carinhoso de sempre.

     Depois daquela refeição eles me levaram de volta a clínica. Minha mãe prometeu me dar notícias e me visitar no sábado, além de trazer alguns pertences pessoais.

     Soube por JiHyun que meu quarto está da exata forma que o deixei, minha mãe costumava entrar no mesmo apenas para limpar a poeira ou chorar pelas madrugadas.

     Choro de culpa e de saudade, afinal nunca fui um filho que os abandonou, sempre estive disposto a ajudá-los independente da vida que levava escondido.

     Aliás, sei que não deveria sentir vergonha de ser quem sou, mas durante anos tive medo de ser julgado por eles. A sociedade já não me importa mais, são basicamente hipócritas que se dizem donos da verdade.

     Verdade essa que vem cercada de inseguranças.

     Verdade tão defendida que falta tempo para eles mesmo viverem conforme acham ser o correto.

     Pessoas se ocupam demais com a vida alheia e acabam se esquecendo dos próprios problemas.

     Em algum lugar pessoas morrem de frio, sede ou fome, mas na mente de alguns o problema maior são homens beijando homens e mulheres beijando mulheres.

     Pobre almas cegadas pelo ódio. Se ao menos soubessem levar ao pé da letra um dos principais mandamentos. Deve-se amar ao próximo como ama a si mesmo, pena que muitos se esquecem disso.

     Utilizam a ideia de amar o próximo apenas se compartilharem a mesma opinião, talvez tenham se esquecido que aquele que julga será punido da mesma forma.

     Como já dizia o sábio William Shakespeare: “Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado”.

     Nesse caso, quando julgamos o próximo acabamos sendo condenados pelas próprias ações da vida.

     Me despedi de ambos e entrei na clínica. Pude ver os olhos chorosos da mais velha quando um dos seguranças fechou os portões.

     Sei que aquilo parece uma prisão às vezes, mas não vejo como tal. Ao menos não é pior que aquela que vivi meses atrás.

     Entrei na clínica estranhando a calmaria, alguns estavam jantando e outros já dormindo. No entanto, havia uma movimentação de enfermeiros procurando por um dos pacientes.

     Possivelmente eles faziam o mesmo quando eu costumava me esconder para chorar ou esconder uma de minhas crises. Acreditei que fosse um dos novatos, até ouvir o nome de Jungkook.

     – Doutor Min, onde está Jungkook? – indaguei sentindo um aperto no peito.

     – Não tenho ideia, estamos procurando por ele já faz um tempo. – sua expressão era de fato preocupante. – Um dos internos disse que o viu chorando no banheiro, acredito que ele esteja passando por uma recaída.

     – Mas eu... Ele não parecia mal esses dias.

     – Jimin, ele está tão obcecado em ajudar você que acredita estar melhorando apenas com essas ações. – o médico respondeu me deixando ainda mais preocupado. – Lembra do que conversamos sobre sorrisos falsos?

     – Eu tenho que encontrar ele.

     – Pode verificar seu quarto? Talvez ele tenha deixado alguma pista.

     – Sim, claro! – sem precisar ouvir mais nada segui até o cômodo, mas não encontrei nada que pudesse dizer onde ele está.

     Então me lembrei de quando mencionei sobre meus esconderijos. Uma vaga lembrança de quando lhe disse que o terraço era um ótimo local para pensar, assim como pode ser facilmente associado a outras coisas quando estamos no auge do desespero.

     Acredito que nunca corri tanto por aquelas escadas, até ignorei a falta de ar para tentar fazer alguma coisa por ele. Jungkook tem se ocupado demais em me ajudar e acaba se esquecendo de seu próprio tratamento.

     Se sacrificando para ajudar outra pessoa. Um ato nobre, mas terrivelmente perigoso.

     E eu estava certo, ele estava ali de pé sobre o muro. De braços abertos o mais novo parecia abraçar o vento forte e ignorar qualquer palavra que o segurança dizia a ele.

     – Jungkook... Por favor. – disse percebendo ele virar o rosto em minha direção.

     Haviam lágrimas ali, no mesmo rosto onde um sorriso agora está enfeitando. Aquela expressão parecia um misto de que tudo ficará bem, assim como um pedido de socorro.

     É confuso pensar assim, mas essa é a maior realidade de pessoas como nós. Essa maldita doença mexe com nossas cabeças a ponto de nos fazer imaginar que tudo ficará bem se simplesmente deixarmos de existir.

     – Jimin, se poder me ajudar eu te agradeço. – disse o segurança de uma forma meio rude, mas sei que é apenas sua forma de lidar com aquilo. O homem parecia terrivelmente perturbado com aquela cena.

     – Jungkook, se é isso que você quer eu não vou impedir. Eu já estive nessa situação e sei o quanto isso parece atraente. – me aproximei calmamente na medida que tinha sua atenção aos poucos em mim. – Olha para mim, meu anjo.

     Ele virou o rosto ainda mais em minha direção. Vi seu olhar distante e senti meu coração se apertar quando seu corpo se desequilibrou um pouco.

     – Jimin... – o segurança parecia pressentir toda a desgraça.

     – Jungkook, posso te pedir uma última coisa? – me aproximei com a mão estendida e percebi seu olhar fixado em meu rosto. – Se você for, me leva junto... Por favor.

     Foi tudo tão rápido, quando sua mão tocou a minha o puxei com força para o chão e abracei seu corpo. Ele tentou de soltar, mas quando percebeu o que eu havia feito apenas me abraçou chorando ainda mais.

     – Pode me odiar o quanto quiser, mas eu... Eu não podia permitir isso. – disse com minha voz cheia de emoção. – Me desculpe... Me desculpe, Jungkook.

     Ele não disse nada, logo doutor Min apareceu e o medicou com a ajuda de alguns enfermeiros. Sei que possivelmente não nos veremos por um tempo agora que ele ficará em observação, mas eu só queria que Jungkook saiba que ele não está sozinho.

     – Jimin, você salvou uma vida hoje. – doutor Min disse completamente orgulhoso.

     – Eu fiz apenas aquilo que ele fez e faria novamente se fosse preciso. – me sentei no chão apoiando as costas no muro. – É tão assustador. Quero tanto ajudá-lo, mas não sei como.

     – Apenas faça por ele o que ele por você. Dê apoio. – disse o mais velho. – Essa guerra não se luta sozinho.

     Doutor Min tem razão. Existem batalhas onde podemos lutar sozinhos, mas não a guerra. Sempre é bom somar força e se Jungkook precisa de mim estou disposto a ajudá-lo.
    
.
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❄❄❄

"Ninguém no mundo te conhecerá tão bem quanto você mesmo, por isso seja seu melhor amigo, não lute contra você, lute a seu favor"Nancy Medina


OBS.: A última cena foi inspirada em um mangá Yaoi que li recentemente. Para quem se interessar o nome é Rent Boy.

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