ᴄᴜʀɪᴏsɪᴛʏ || no + min

By chittaprrx_

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Onde Jeno e Jaemin listam em tópicos todas as suas curiosidades e pontos de interrogação sobre sua relação um... More

I got the question about (us) you

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By chittaprrx_

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PARTE I
ᴀ ᴄᴜʀɪᴏsɪᴅᴀᴅᴇ ɪɴsᴀᴄɪᴀ́ᴠᴇʟ ᴅᴇ ɴᴀ ᴊᴀᴇᴍɪɴ
sᴏʙʀᴇ ʟᴇᴇ ᴊᴇɴᴏ.
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Na Jaemin observava minuciosamente cada detalhe do loiro que dormia ao seu lado, calado. Completamente em silêncio.

O nariz perfeitamente assimétrico, os olhos pequenos, a pinta ao lado do olho, a boca bem desenhada... Tudo no loiro despertava curiosidade em Jaemin.

Curiosidade. Guardem essa palavra e todas as suas variações. Elas irão aparecer muito aqui.

Lee Jeno era ninguém mais e ninguém menos que o homem mais cobiçado da cidade. Tanto por moças, quanto por moços. E não só no sentido amoroso: Lee Jeno era rico. Muito rico. Praticamente cheirava à dinheiro.

Na Jaemin não era rico, pelo o contrário: Era um belo de um pobretão que vivia às custas de trabalhar na floricultura de sua família, que consistia em seus pais e nele.

Ah, e Lee Jeno era o melhor amigo de Jaemin desde muito pequenos. Nenhum dos dois se lembravam direito como, mas haviam se tornado melhores amigos à quase duas decadas. Mesmo sendo tão diferentes um do outro.

Melhor amigo... Outro rótulo curioso. Afinal, o que faz de um melhor amigo um melhor amigo? Porque Jaemin tinha, até abril deste ano, plena certeza de que Lee Jeno era um melhor amigo enviado pelos céus para cuidar de si: Jeno era cuidadoso, conselheiro, um bom ouvinte e, além de tudo, um ótimo ombro (e pescoço, já que o Na adorava esconder o rosto na curvatura do pescoço do rapaz) amigo.

Mas você leu bem. Jaemin achava isso até Abril deste ano.

Porque em Abril, Lee Jeno havia lhe dado um beijo. E não foi um selinho não, foi um beijo bem daqueles de cinema, só faltou a trilha sonora no fundo mesmo. Bom... Talvez alguma música da Mariah Carey fosse ideal para aquele momento.

Você, caro leitor, deve estar curioso sobre como, subitamente, Lee Jeno foi ousado o suficiente para ter beijado seu melhor amigo Na Jaemin tão intensamente. Bom, saiba que você não é o único curioso.

Na Jaemin também estava curioso sobre isso, afinal, já estavam em junho e não houve explicações sobre o ocorrido por parte do loiro.

Mas Jeno era uma pessoa sem um pingo, nenhum pouquinho mesmo, de vergonha na cara. Este continuara falando com o Na normalmente, inclusive, Jeno vivia fugindo de sua casa para ir dormir na cama de Jaemin. Este último fingia que não via o amigo chegar de madrugada sorrateiramente pela janela de seu quarto, só para ter o gostinho de ver Jeno acordá-lo com selares gentis em seu rosto, só para dormir de conchinha consigo depois e acordar às onze da manhã, indo tomar café na mesa da família dos Na como se fosse da casa. Isso era um ritual que Jeno fazia quase diariamente, desde que se conheciam.

Inclusive, naquela noite, Jeno havia feito aquele ritual. Já devia ser umas quatro da manhã, e o Lee estava agarrado ao Na quase como um coala: Suas pernas estavam enroscadas entre os quadris do Na, enquanto os braços circundavan seu tronco. A cabeça de Jeno se encontrava enterrada na clavícula bem definida do outro loiro.

Na Jaemin estava com essa curiosidade o rodeando desde Abril: Melhores amigos faziam coisas como Jeno e Jaemin faziam?

E não, não estou falando somente de dormirem agarrados ou de se beijarem numa tarde fria de abril. A lista de coisas que os dois haviam feito juntos era extensa, quase quilométrica.

Vamos a lista:

1. O primeiro beijo de Jaemin fora com Jeno, aos oito anos de idade. Jaemin perguntou ao amigo como era beijar alguém e Jeno disse que poderia-lhe mostrar. O Na aceitou e deram um breve e inocente selinho.

2. Jeno e Jaemin tomavam banho juntos. Isso mesmo, meus caros leitores. Mais especificamente, na casa digna de um presidente do Lee (bom, digamos que era quase isso, já que o pai de Jeno era prefeito da pequena cidade que moravam), onde havia uma suíte enorme só para Jeno, com banheira de hidromassagem e tudo. Não pensem besteira, os dois só se davam banho mesmo e no máximo, faziam uma brincadeira aqui ou ali.

3. Jeno e Jaemin compartilhavam roupas, inclusive, cuecas. Próximo.

4. Jaemin amava cozinhar para Jeno. Era quase seu passatempo favorito. Não existia prazer maior para o Na do que ver Jeno todo felizinho comendo uma comida feita por si.

5. Os pais do Lee não iam muito com a cara do jovem Na, por razões desconhecidas por Jaemin, mas mesmo assim, Jeno nunca escondeu e nem teve vergonha de sua amizade com ele, inclusive, seu quarto era abarrotado de fotos com o melhor amigo, ou até mesmo só dele.

6. Jaemin gostava de Jeno desde aquela tarde de abril que se beijaram. E não era como amigo. Era aquele gostar de sentir milhares de borboletinhas fazendo cócegas no seu coração.

Este último tópico é algo que o Na imaginara que partia só de sua parte. Afinal... Um homem lindo e rico como Jeno não se interessaria por um florista pobretão e metido à príncipe da Disney. Aquele beijo devia ter sido só mais uma de suas demonstrações de afeto.

Um homem... Curioso como até outro dia, eram duas crianças que se tornaram amigas e agora eram dois rapazes com vinte anos na cara. Mas nunca perderam os costumes, nem o carinho um pelo outro. Pensar naquilo fazia, até abril, o coração de Jaemin aquecer, mas agora doía. Doía porque ele sabia que era isso. Coisa de amigo. Não passaria disso, como infelizmente, o Na queria.

Sem perceber, Jaemin deu uma longa fungada, significando que um choro iria se iniciar. Tentou ae controlar para não acordar Jeno, mas foi em vão.

-Nana? -Jaemin ouvira a voz rouca à baixo de si, quase saltando da cama de susto. -Ainda está acordado?

Jeno o olhava com olhos turvos de sono, completamente inocentes. Ah, se o loiro soubesse como aqueles olhos tão intensos eram motivo de todas as noites mal-dormidas do Na...

-T-tudo, eu estava tendo um pesadelo, é isso. -Jaemin falara, em um pânico contido.

-Quer fazer alguma coisa pra descontrair a cabeça? Amanhã é sua folga, pode ficar acordado até tarde... -Jeno falara, num tom sugestivo que não foi captado pelo loiro à sua frente.

-Não... Vamos voltar à dormir, ok? -Jaemin respondera bagunçado os fios do Lee, que soltou um muxoxo baixo.

-Ok...

× ♡ ×

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PARTE II
ᴀ ᴄᴜʀɪᴏsɪᴅᴀᴅᴇ ɪɴsᴀᴄɪᴀ́ᴠᴇʟ ᴅᴇ ʟᴇᴇ ᴊᴇɴᴏ sᴏʙʀᴇ ɴᴀ ᴊᴀᴇᴍɪɴ.
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Lee Jeno observou Jaemin se aconchegar na cama e fechar os olhos com força, voltando à dormir, ainda enroscado em si. O Lee estava preocupado, afinal, jurou ter ouvido o amigo chorando.

Jeno acabou demorando o olhar no rosto do Na que já havia caído no sono, se perdendo nos traços faciais bem definidos do rapaz.

Curioso como desde pequenos eram melhores amigos conhecidos por todos na pequena cidade e todos viam Jeno como o "mais bonito e futuro quebrador de corações" da relação. O Lee não se achava nenhum pouco charmoso, não tanto quanto o Na.

Afinal, Na Jaemin era estupendo, uma obra de arte. E o Na sequer se esforçava: Ele não se maquiava, não era fã de manter os fios rebeldes penteados e nem gostava de perfumes com fragrâncias fortes. Jaemin exalava uma beleza natural que vinha de dentro e transparecia por fora, quase como um espelho.

Jeno tinha sorte de ter um melhor amigo como o Na. Mas o terrível azar de desejar mais que isso.

E todo esse desejo fez com que Jeno cometesse um terrível erro: Beijar Na Jaemin numa tarde fria de Abril.

Vamos voltar para essa tarde, mais precisamente, no dia 14 de Abril, às quatro da tarde, na casa do Lee.

Jeno havia chamado Jaemin para passar a semana consigo, afinal, seus pais haviam viajado para fora do país à negócios e deixaram o jovem sozinho à ver navios, sem absolutamente nada pra fazer. Então, este acabou arrastando Jaemin para passar aqueles dias consigo.

Fizeram coisas nenhum pouco produtivas naqueles dias: Comeram quase toda a comida que tinha na casa, assistiram filmes tristes e comédias românticas antigas, maratonaram Friends, tomaram banhos juntos (novamente, sem malícia alguma. Afinal, mesmo que Jeno quisesse, jamais faria algo que o Na não se sentisse confortável ou não quisesse), dormiram juntos e passaram longas tardes e madrugadas moscando.

Tudo isso eram coisas que os dois faziam desde que eram crianças, mas agora... Jeno não sabia como, mas era diferente.

Não era normal sentir o coração palpitar tão forte ao ver o Na rir com alguma comédia romântica, ou sentir o coração doer ao ver Jaemin chorar como um bebê assistindo Marley e Eu pela centésima vez, também não era normal sentir coisas e sentimentos estranhamente quentes ao ver o corpo nu de Jaemin no banho, tão inocentemente brincando com a espuma que sua banheira fazia e principalmente, não era normal que Na Jaemin tomasse conta de 95% de seus pensamentos.

Ah, e nos outro 5%, Jeno estava pensando em coisas relacionadas ao loiro, como na família dele, na comida que ele fazia, entre outros.

Voltando ao dia 14 de abril. Neste dia, os dois combinaram de -tentar- fazer biscoitos, usando uma receita que haviam visto na TV.

Tirando a parte de terem quase virado a cozinha do Lee de cabeça para baixo e terem sujado tudo de farinha (inclusive, o cabelo de Jeno inteiro), fazer os biscoitos foi consideravelmente fácil.

Ficaram em frente ao forno, vendo os biscoitos crescerem feito duas crianças.

-Não vão ficar prontos nunca? Eles nem crescem!  -Jeno dissera com um bico gigantesco, ajoelhado em frente ao forno.

-Jeno, colocamos eles aí faz nem 15 minutos. É óbvio que não ficarão prontos agora. -Jaemin rebatera, se levantando e indo beber água.

Jeno, como a criança num corpo de um rapaz que era, meteu o dedo no vidro do forno, o que ocasionou em uma leve queimadura pelo fato do forno está quente.

-Aí! -O Lee gritou, chupando o próprio dedo indicador numa tentativa de amenizar a dor causada pela queimadura.

Jaemin largou o copo com água na pia e foi correndo até o loiro, que agora estava sentado no chão da cozinha, agonizando exageradamente de dor.

-'Tá vendo? Tem que esperar longe do forno, Nono! -Jaemin dissera, observando o dedo do melhor amigo, levemente roxo da queimadura.

-Desculpa... -O Lee respondera, de cabeça baixa.

-Tudo bem. Vamos fazer um curativo nisso, se não eu enfio esses biscoitos em lugares nenhum pouco agradáveis para você. -Jaemin puxou Jeno para cima, deixando-o de pé e o arrastando para a mesa, à fim de colocar um bandaid no dedo do loiro.

Jeno observava tudo em silêncio, enquanto o Na pegava alguns utensílios para fazer o curativo. Jaemin limpou a queimadura e logo em seguida, colocou um bandaid azul no dedo do melhor amigo, depositando um beijo no curativo em seguida.

-Pronto, um beijinho para sarar. -O Na sorrira, como se não estivesse ameaçando Jeno de ter biscoitos inseridos em orifícios do seu corpo que não eram sua boca à segundos atrás. -Agora você fica quieto e não mexe com nada quente.

E então, o Na sorrira de forma radiante. E aquilo não foi nenhum pouco saudável para o pobre coração apaixonado do Lee.

De maneira impensada e um tanto inexperiente, Jeno levou sua destra ao rosto do melhor amigo, para em seguida depositar um beijo desajeitado em seus lábios.

Como nenhum dos dois havia beijado muito na vida, não foi nada muito casto, mas seria eufemismo dizer que o beijo fora bom. Não haviam sequer adjetivos para descrever o quão bom aquilo havia sido.

As bocas pareciam se encaixar perfeitamente, e as línguas tinham um ritmo gostoso, quase dançavam entre si. Mas infelizmente, o ar se fez necessário, e os dois tiveram que se separar, ofegantes.

Jeno esperava alguma reação do Na, até que fosse dar um tapa em seu rosto ou enfiar sua cabeça na pia da cozinha, mas sua resposta foi sorrir envergonhado e chamá-lo para assistir alguma coisa.

E desde esse dia, não se beijarem mais, nem tocaram no assunto. E Jeno estava com medo de ter feito algo que o Na não tivesse gostado.

Será que o Lee beijava mal? Será que estava com bafo? Será que Jaemin o achava um maníaco sexual?

Céus, eram tantos pontos de interrogação circulando na cabeça do Lee...

Como Jaemin não falara nada, Jeno preferiu não tocar mais no assunto e agir como sempre agira com o Na. Como naquele momento, em que Jeno estava dormindo agarradinho com Jaemin na cama de solteiro pequena do Na.

Mas havia uma exclamação garrafal nisso tudo.

A forma que o Lee sempre tratara o Na que o fez se sentir apaixonado por ele.

Jeno confiava em Jaemin ao ponto de compartilhar cuecas com ele. Confiava ao ponto de confiar seus maiores segredos, confiava ao ponto de compartilhar sua casa, sua intimidade... E confiava ao ponto de querer muito entregar seu coração para o Na.

Mas Jeno tinha consciência de que o melhor amigo provavelmente não queria seu coração. Tinha consciência de que eram amigos.

Mas, tinha curiosidade de imaginar como seriam se fossem mais que isso. E pensar nisso fazia o coração do Lee se quebrar em pedacinhos menores que uma polegada.

E agora que Jaemin chorou ao seu lado... Eles sempre contavam um pro outro o que os magoava, se o Na não o contou, deveria estar perdendo confiança nele.

Jeno suspirou, triste e de coração pesado. Resolveu dar um basta naquela confusão em sua cabeça e caminhou para fora da cama do Na, com todo o cuidado do mundo para não acordá-lo. Quando já estava completamente fora da cama, olhou ao redor e resolveu pular a janela, com destino à sua própria casa

Sem pretensão nenhuma de voltar.

×♡×

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PARTE III
ᴀ ᴄᴜʀɪᴏsɪᴅᴀᴅᴇ ғɪɴᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ sᴀᴄɪᴀᴅᴀ ᴅᴇ ɴᴀ ᴊᴀᴇᴍɪɴ ᴇ ʟᴇᴇ ᴊᴇɴᴏ.
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Jaemin acordou e sentiu a cama estranhamente vazia ao seu lado.

Jeno não estava ali. A bagunça deixada por outro corpo na cama do Na estava, e a janela aberta que significava que alguém havia pulado por ali também. Mas o corpo de Jeno não.

Jaemin foi até a porta, imaginando que talvez ele tivesse saído dali e tivesse tomando café na mesa de café da manhã de sua família.

Mas a porta estava trancada por dentro, e a chave estava pendurada no gancho, como Jaemin havia deixado na noite anterior.

-Oh... -O loiro soltou um muxoxo, um tanto triste. -Jeno não está mais aqui.

Abriu a porta e desceu as escadas, com uma melancolia não muito habitual. Geralmente, Jaemin era a alegria da casa, e junto à Jeno, ele quase brilhava. Mas naquele momento, Jaemin parecia uma florzinha triste e murcha.

-Bom dia, filho! -Sua mãe cumprimentou animada quando Jaemin chegou na cozinha.

-Oi, mãe... -Respondera, sem muita empolgação.

-Hoje é sua folga. Onde está o Jeno? Jurei ter ouvido ele pular a janela ontem. -A Sra. Na dissera, colocando o café para Jaemin.

Onde está o Jeno... Como o Na explicaria que nem ele sabia onde o Lee estava?

-A senhora deveria estar sonhando. Ele não veio aqui ontem. -Mentiu, com um sorriso amarelo. A senhora Na o olhou de cima à baixo.

-Certo... -A mulher falou, não muito conformada. -Mas por que você não passa o dia com ele?

-Está me expulsando de casa? -O Na exclamou, fingindo chateação. No fundo, havia um pouco de verdade. Não queria ir pra casa do amigo. Não naquele dia.

-É que hoje é aniversário de casamento meu e de seu pai, e você sabe... Queremos privacidade.

Jaemin engoliu o pão que estava comendo como se estivesse comendo pedra. Não conhecia mais ninguém naquela cidade, então teria que ir para a casa de Jeno de qualquer jeito. Além do mais, não iria estragar uma data tão importante para os seus pais.

-Certo, vou terminar o café e vou para a casa dele. -Jaemin falara, minimamente feliz ao ver a empolgação da mãe.

-Em compensação, fiz biscoitos pra vocês. Pode dormir lá se quiser, os pais de Jeno estão de viagem, não vai ter problema. -A mãe de Jaemin estendeu uma lancheira térmica com biscoitos.

Biscoitos, casa vazia... Aquilo estava fazendo Jaemin ter um flashback da cena ocorrida em abril, e subitamente, sentiu seu estômago embrulhar e seu apetite ir embora.

Jaemin terminou de tomar café rapidamente e foi até seu quarto se trocar. Se trocou sem muito capricho, pegando os biscoitos que sua mãe havia feito e indo embora dali, batendo pé pela cidade até chegar na casa do Lee.

Era por volta das dez da manhã e fazia um clima fresquinho. Mas Jaemin sentia seu coração fervendo.

Ao mesmo tempo que ele queria muito conversar com Jeno e saciar todas as suas dúvidas, ele estava com medo. Será que Jeno teria encontrado um melhor amigo melhor que ele? Será que Jeno havia se cansado de si? Eram tantas dúvidas, tantas coisas que o Na queria saber...

Finalmente, parou em frente à casa do Lee, sentindo suas mãos suarem. Apertou a campainha da casa mais chique da pequena cidade que moravam, sentindo o dedo formigar no ato.

Esperava ser recebido por um mordomo, mas quem o recebeu fora o própria Jeno, parecendo surpreso ao ver o Na em sua casa.

-Oi... -Jaemin falou, num tom que nem ele sabia distinguir se era de tristeza ou de vergonha. -Posso passar o dia aqui? Hoje é aniversário de casamento dos meus pais e eu não quero presenciar nenhuma fantasia sexual bizarra deles.

O Na sabia que não precisava pedir para entrar, mas lhe pareceu mais adequado naquele momento. Afinal, ele ainda não sabia porque Jeno fugira na noite anterior.

-Claro que pode. -O Lee deu passagem, e estranhamente, não abraçou Jaemin como fazia de costume.

Também não deu nenhuma explicação sobre o que estava acontecendo para o Na. Não disse porque fugiu e não demonstrou nenhuma expressão quando Jaemin estendeu os biscoitos para ele, que apenas os pegou e agradeceu.

Ah não, ele não fez isso. Jaemin pensou, cansado. Se era pra passar o dia ali, que não fosse daquela forma.

-Lee jeno. -O Na disse firme, vendo o loiro o olhar confuso. -Precisamos conversar.

-Pode falar. -Jeno se sentou no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos. A voz de Jeno soou um pouco mais seca do que ele gostaria.

Muitos pensamentos passavam na cabeça do Lee, e todos eles eram muito ruins. Pensou que Jaemin iria terminar a amizade consigo, ou que o Na iria desprezá-lo da forma mais cruel possível. Quem Jeno queria enganar? Ele estava em pânico!

E a forma estúpida que ele achou para esconder aquilo fora agir com frieza. Porque temia que se fosse muito gentil, se machucaria mais.

-Que merda, Jeno! -Jaemin esbravejou nervoso, irritando o Lee. -Você some do nada ontem e não me dá uma explicação? Ainda fica de cara feia pra cima de mim? Ah, me poupe.

Jeno se levantou, agora igualmente irritado. Ora, o errado ali era Jaemin!

-Você que me deve explicações, Jaemin. Agora você fica de segredinho pra cima de mim? -O Lee cruzou os braços.

-Que segredinho, Jeno? Eu não escondo nada de você! -O Na rebateu, a voz saindo alguns tons mais agudo que o normal.

-Esconde sim! Ontem você estava chorando e nem me contou o motivo!

-Eu estava chorando porque eu gosto de você, inferno! -Jaemin soltou, tampando a boca logo em seguida.

Silêncio. Um silêncio torturante se instalou no local, e o queixo de Jeno se abriu, em choque. Jaemin queria enterrar o rosto na terra e se esconder, que nem um avestruz.

-Você... Gosta de mim? -Jeno se aproximara do Na, tirando as mãos de seu rosto. -Quando isso começou, Nana?

Jaemin olhou bem no fundo dos olhos de Jeno, sem saber exatamente o que sentir.

-Foi... Depois daquele dia que você me beijou. À partir dali, eu comecei à sentir sentimentos diferentes por você. Eu fiquei com medo de te contar.

-Por que ter medo? -Jeno quebrou ainda mais a barreira de espaço entre eles, rodeando a cintura de Jaemin com seus braços.

-Porque não é recíproco, Nono! -Jaemin falou, sentindo lágrimas molharem seu rosto. -Todas essas demonstrações de carinho suas são apenas coisa de amigos, nada mais que isso.

Jaemin imaginou que ele fosse rir de sua cara, ou afastá-lo bruscamente. Mas a expressão de Jeno se suavizou, levando à mão até o rosto de Jaemin.

-Jaemin... Você é muito tonto, sabia? -Jeno deu batidinhas leves em seu rosto. O mais novo o olhou profundamente indignado. -Tudo, absolutamente tudo que eu fazia era pra fazer você perceber que eu te amava, Nana. Inclusive o beijo que eu te dei.

-É? -Jaemin perguntou confuso. -E por que você nunca me disse?

-Eu tinha medo de não ser recíproco. -Jeno respondera envergonhado.

Os dois riram. Eram iguais até mesmo nas inseguranças...

-Eu posso te beijar agora? Estou curioso para saber se beijo de namorado é diferente de beijo de melhor amigo. -Jaemin questionara, e o Lee assentiu, iniciando um beijo carinhoso.

Finalmente, estavam com todas as suas curiosidades e pontos de interrogações respondidos. Agora, o que restavam agora eram apenas afirmações e certezas.

notas da autora

olá 💕

essa fic é inspirada em curiosity do loona, recomendo o hino
viram o cb do dream? eu tô devastada, perfeito demais.

espero que tenham gostado amores 🤧💝
se cuidem e até 💕

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