estamos chegando na reta final da fic :'(
e tbm estamos com quase 5k de leituras!! <3333
enfim, boa leitura :)
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Íris Apatow
Hoje eu só queria ficar sentada no sofá comendo um monte de besteiras, com meu cobertor rosa assistindo vários filmes clichês na Netflix. Meu ânimo pra fazer alguma coisa era 0.
Meus pais não estavam em casa, como sempre. Eles trabalham o dia inteiro no escritório de advocacia dos dois. Sim, eles são advogados e isso já me deu vantagem em várias ocasiões. Quando eu era pequena, eu me aproveitava disso e sempre dizia “eu posso te processar, meus pais são advogados”, e claro, muitos acreditavam e ficavam com medo de mim.
(N/A: esse parágrafo foi baseado na minha vida, a única coisa de diferente eh q apenas minha mãe eh advogada AKJSJSKKASD)
Posso dizer que estou apaixonada pela pessoa pessoa mais improvável desse mundo. Com certeza eu não deveria, mas infelizmente não podemos escolher em quem nos apaixonamos. Ele é meu melhor amigo. Como posso estar apaixonada pelo meu melhor amigo? Noah Schnapp. Que merda você fez comigo, garoto?
(N/A: não me julguem, eu queria que Íris tivesse um crush e só pensei nele)
Não contei a Millie, se não ela iria surtar e fazer sei lá mais o quê. Essa garota é doida.
Quem sabe assistindo algum filme clichê de adolescentes eu não tenho uma ideia de me aproximar daquele garoto que rouba os meus pensamentos toda hora?
Claro, Íris. Ótima ideia. Você vai copiar as ideias daquelas adolescentes apaixonadas. Que piada. Você não é uma adolescente apaixonada.
Saí dos meus devaneios pelo toque do meu celular. Então eu me toquei que a televisão estava ligada na Netflix e eu tinha um balde de pipoca nas mãos. Eu realmente ia colocar meu plano em prática.
Era a Millie me ligando. Atendi.
Ligação On
Íris: Oi, Mills.
Millie: Íris! Oi! Boa tarde pra você também. O que está fazendo?
Íris: Sentada no sofá com a televisão ligada na Netflix. Meus planos pra hoje é assistir filmes clichês.
Millie: Você está apaixonada ou é só impressão minha?
Íris: O quê? Eu? Apaixonada? Puft... que nada. Só me deu vontade.
Millie: Íris. Eu te conheço há 10 anos e sei muito mais coisas sobre você do que você mesma. Acha que eu não sei que quando está apaixonada você assiste vários filmes clichês?
Íris: Ah, Milliezinha. Não tem jeito. Você me conhece mesmo.
Millie: Ahá! Acertei. Então, quem é o sujeito?
Íris: Então... é que... é o Noah.
Millie: O QUÊ? O nosso Noah? O Schnapp? ÍRIS! Não acredito, sua doida!
Íris: É, ele mesmo. Por favor, não conta pra ninguém, isso fica entre a gente.
Millie: Claro! Quer dizer, pra quem eu contaria?
Íris: Ok. Então, Millie, tem planos pra hoje?
Millie: Hoje? Não... na verdade eu estava pensando em me demitir do trabalho, sabe? Meu pai não precisa mais da minha ajuda. Eu também poderia focar mais em mim, sabe? Em entrar em uma faculdade...
Íris: Sei... eu também tenho que começar a procurar uma faculdade pra mim... quer dizer, falta poucos meses para o fim do ano e as vagas estão se esgotando cada vez mais...
Millie: Pois é... eu também preciso ver isso.
Millie: Bom, agora pode ir assistir seus filmes clichês. Vou arrumar alguma coisa pra fazer aqui.
Íris: Tudo bem, até mais, Mills.
Millie: Até mais, Íris.
Ligação Off
Coloquei meu celular do meu lado e comecei a procurar algum filme adolescente que esteja em alta para passar a minha tarde super tediosa.
Depois de alguns minutos de busca, o controle parou em um que me chamou atenção: Simplesmente Acontece. Por incrível que pareça, eu nunca tinha assistido esse filme. Espero que seja bem clichê. Cliquei no mesmo e ele começou.
(N/A: eu realmente nunca assisti esse filme)
[...]
O filme já estava na metade quando ouvi batidas na porta.
Ah, era só o que me faltava.
Levantei e fui até a entrada. Abri a porta e me veio a imagem de uma moça ruiva com cabelos até o peito, mais ou menos, meio baixinha e os olhos extremamente azuis. Ela usava uma calça jeans e uma blusa preta com glitter. Ela segurava uma bolsa preta e calçava um salto baixo, também preto.
A bruaca veio até a minha casa. Só pode ser brincadeira.
Millie já tinha me contado sobre ela e o que ela fez. Depois que minha amiga me contou o que a ruiva tinha falado pra ela, a apelidei de bruaca. Sempre soube que essa aí não é boa cidadã e creio que ela veio aqui pra me convidar a fazer merda.
– Oi! Íris, não é? - Sadie fala com um sorriso simpático - e falso - no rosto. Assenti com a cabeça. - Eu sou a Sadie, é um prazer conhecê-la.
Ela estende a mão e eu aperto amigavelmente com um sorriso no rosto.
– Hãm... eu posso falar com você? - A ruiva pergunta.
Lá vem merda.
– Ah, claro, entre. - Dei espaço para que ela entrasse e a mesma fez tal ato. Logo depois fechei a porta.
– Simplesmente Acontece. É um filme lindo. - Ela comenta.
– Oh, é mesmo. Ainda estou na metade, mas já pude perceber isso. Sente ali na mesa. - Falei apontando para a mesa da sala de estar.
Ela se sentou ali e eu sentei na sua frente.
– Então, sobre o que quer falar? - Fui direta.
– Bom, na verdade eu queria fazer algumas perguntas. - A bruaca responde com um sorrisinho de lado. Já vi que ela vai fazer um joguinho comigo, mas eu vou entrar nele e ganhar, ou eu não me chamo Íris Apatow. - Só um instante.
Ela abriu sua bolsa e vasculhou algo lá dentro, logo pegando um bloco de notas e uma caneta.
Isso é um interrogatório, por acaso?
– Então, vá em frente. - Disse com interesse nessas tais perguntas.
– O que você acha da Millie? - Já entendi tudo. Ela quer ver se eu sou leal ou não com a Millie para, provavelmente, me envolver em algum plano idiota da megera. Ela acha que me engana, mas a única enganada aqui será ela.
– Bom, eu conheço ela há 10 anos e nunca gostei realmente da Millie. - Comecei a mentir. - Sabe, ela sempre foi a aluna perfeita, com notas altas, sem reclamações nenhuma dos professores, além de ser a queridinha dos meus amigos. Ela até roubou a minha paixão de infância. Eu sempre gostei do Noah, mas então, eu não sei o que aconteceu que ele começou a se apaixonar pela Millie. Ela era e ainda é ridícula. Eu faria qualquer coisa pra cagar com a vida dela.
Depois do meu falso depoimento, a ruiva abre um pequeno sorrisinho malicioso e anota algo no caderninho. Logo sua atenção volta para mim.
– Como é seu relacionamento com ela? Ela te considera como o quê? - A bruaca pergunta.
– Millie é boba demais. Ela não faz ideia que toda essa “amizade” - Fiz aspas com os dedos. - é apenas uma encenação minha. Ela me considera como sua melhor amiga e me conta tudo que acontece na vida dela. Millie realmente não sabe de nada. - Meu nariz deveria estar na China, de tanta mentira que estou contando.
– Ótimo. Você faria algo ruim para estragar com a vida dela? Se sim, a que nível? - Ela pergunta com um tom sereno. Estou começando a desconfiar se ela não é da polícia.
– Sim, com certeza. A um nível bem alto. Eu gostaria muito de ver ela amarrada em uma cadeira elétrica levando choques e fazendo com que ela imagine como a minha vida era ruim no passado e de todas as coisas que eu passava. - Respondi tentando mostrar uma expressão de raiva.
– Bom, foram essas as perguntas. Agora eu gostaria de fazer uma proposta. - Ela sorri. - Gostaria de entrar no meu grupo e participar de uma coisa especial para a Millie?
– Quem participa desse grupo? - Perguntei curiosa. Por fora, eu estava com uma expressão maldosa, mas por dentro eu estava morrendo de preocupação. O que aconteceria com a Millie?
– Provavelmente você não conhece ninguém, mas mesmo assim eu vou falar. Alice Hale, ela é o cérebro do nosso plano, juntamente com Jaeden Lieberher. Eu, Sophia Lilis e Lilia Buckingham colocamos em ação. - ALICE HALE? O QUÊ? AI. MEU. DEUS. Isso vai dar merda. Muita merda. Eu tenho que entender exatamente o que vai acontecer nessa droga de plano para eu tirar a Millie dessa furada.
– Hum... aceito. - Sorri no final.
– Ótimo! Vou te explicar exatamente o que vai acontecer e qual será a sua função. - Ela fala e vasculha algo na bolsa, tirando de lá um mapa da cidade e uma planta baixa de algum estabelecimento. Estou começando a ficar com medo desse plano.
[horas antes]
Finn Wolfhard
Acordei na cama com a Millie em meus braços. Sorri lembrando da noite anterior.
Tentei levantar sem acordá-la, e perece que deu certo. Peguei meu celular e olhei o horário. Era 8:39am. Eu não sei o que deu em mim para acordar tão cedo assim, mas nós tínhamos que chegar na minha casa antes das 10h, pois esse é o horário que Helen tem que acordar.
– Millie... - A chamei, enquanto cutucava ela para acordar.
– Hmmmm... - A morena resmunga.
– Millie, a gente tem que acordar. - Insisto.
Ela abre os olhos devagar e se vira pra mim com um olhar mortal. Ergui as sobrancelhas e Brown bufou, se levantando e sentando na beirada da cama.
– Que horas são, hein? - Ela pergunta enquanto esfregava os olhos.
– 8:40am. - Respondi.
Millie levantou dali e foi até seu armário, pegou uma roupa e foi até o banheiro. Ela nem se preocupou em fechar a porta do mesmo.
Deve estar com sono mesmo.
[...]
Depois de uns 15 minutos dentro daquele carro, finalmente chegamos na minha casa. Era 9:45 em ponto.
A morena saiu do carro e eu fiz o mesmo. Abri a porta de casa e então entramos.
Fomos até a cozinha, pois não tínhamos tomado café da manhã ainda, para comer. Winona estava colocando as coisas na mesa.
– Bom dia, Finn e Millie. - Ela disse.
– Bom dia, Winona. - Falamos em uníssono.
Sentamos ali e começamos a nos alimentar (N/A: NOS ALIMENTAR KKKKKKKK desculpa, eu sou retardada) em silêncio.
Então Millie quebra o mesmo.
– Finn, eu acho que...
Ela suspira.
– Acha o quê? - Perguntei.
– Eu vou conversar com a sua mãe hoje. - Brown responde e eu fico confuso, franzindo as sobrancelhas.
– Sobre o quê?
– Sobre a minha demissão. - Arregalei os olhos.
– Como assim, Millie?
Ela mantinha seu olhar no seu achocolatado, sem desviá-lo para mim. Já eu estava olhando-a a todo momento.
– Eu acho que vou parar de trabalhar aqui, Finn. Meu pai arrumou um bom emprego e ele mesmo disse que eu não preciso mais ajudá-lo e que eu posso guardar o dinheiro do meu salário pra mim. Por mais que eu goste muito da Helen, da Winona e de outros empregados daqui, eu não necessito mais, entende?
– Tudo bem... - Olhei pra baixo. - Afinal, essa decisão é sua, não minha e nem de ninguém. Quando você pretende ir?
– Qualquer dia, na verdade. Eu não estou também desesperada pra sair. - Ela afirma e toma um gole da sua bebida.
O assunto se encerrou ali. Quando terminamos de tomar o café da manhã, Millie foi acordar a Helen e eu fui para o meu quarto.
Deitei na cama e peguei meu celular. Assim fiquei por um bom tempo.