Meu Destino #2

By autora_AB

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[Esse livro é a continuação do "Meu Destino 1", é necessário ler o primeiro para entender a história.] Para... More

Volume 2
Epígrafe
Prólogo
Um - Mason
Três - Camila
Quatro - Camila
Cinco - Mason
Seis - Camila
Sete - Lauren
Oito - Camila
Nove - Lauren
Dez - Camila
Onze - Lauren
Doze - Camila
Treze - Mason
Quartoze - Camila
Quinze - Mason
Dezesseis - Lauren
Dezessete - Mason
Dezoito - Camila
Dezenove - Mason
Vinte - Camila
Vinte e um - Mason
Vinte e dois - Mason
Vinte e três - Camila
Vinte e quatro - Lauren
Vinte e cinco - Mason
Vinte e seis - Camila
Vinte e sete - Mason
Vinte e oito - Camila
Vinte e nove - Mason
Trinta - Lauren
Trinta e um - Lauren
Trinta e dois - Camila
Trinta e três - Mason
Trinta e quatro - Camila
Trinta e cinco - Camila
Trinta e seis - Mason
Trinta e sete - Camila
Trinta e oito - Camila
Trinta e nove - Mason
Quarenta - Lauren
Quarenta e um - Mason
Quarenta e dois - Camila
Quarenta e três - Mason
Quarenta e quatro - Lauren
Quarenta e cinco - Camila
Quarenta e seis - Lauren
Quarenta e sete - Mason
Epílogo

Dois - Lauren

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By autora_AB

Lauren Brench

     MEUS PAIS ESTÃO parados na minha frente a tanto tempo, que não duvidaria se alguém me falasse que a porra de 1 século já se passou, na medida do campeonato nada me surpreende mais. Ambas imitação de estátuas baratas me encaram como se eu fosse uma maldita equação que não conseguem resolver. Minha mãe por incrível que pareça carrega lágrimas nos olhos e um sorriso mostrando todos os seus dentes brancos e alinhados. Agora, meu pai
está da mesma forma que Mason me encarou por horas: assustado e desconfiado.

Apesar disso, o mais frustante de tudo
é ter confiado nas palavras de Mason e bastado sua mamãe chegar pra ele não honrar sua promessa no mesmo segundo em que ela disparou na minha cara "Ela não pode ficar aqui"
e minutos depois telefonou para minha família vir me buscar mostrando que eu ainda não sou bem-vinda naquela maldita casa. É claro que teve também a parte da vadia da Mabel tentando gritar apenas pelo olhar o mesmo de sempre; que ela não me suporta. Mesmo depois de tudo que passamos, parece que Mason continua o mesmo pau mandado da mamãe e se isso não mudou nem mesmo por uma tragédia, creio que não exista nada que mude.

— Qualé, caramba! Vocês não vão abrir a porra da boca? — grito não suportando mais o silêncio e descontado minha raiva sem me importar com quem será atingido.

— Vejo que voltou com a língua mais afiada! Não quero ouvir nenhum palavrão que você escutou nesses últimos meses pelo aquelas caipiras. — meu pai devolve com o tom de voz suave, acho que seu temperamento calmo é a única coisa que faz ele ainda aguentar minha mãe.

Aperto meus lábios tentando conter a vontade de gritar todos os palavrões que conheço. Como ele podia se referir a família que cuidou de mim todo esse tempo, como se não fossem animais? Bem, no começo eu cheguei a pensar isso deles e especialmente de Benjamin, mas depois reconheci todas as suas boas intenções. Caramba, ele havia me salvado, me levou para sua casa e deixou eu ficar sobre o seu teto o quanto eu precisasse mesmo a gente se odiando. E tem sua mãe Penelope e sua irmã Kate que tentaram me acolher como se eu fosse da... família.

Uma coisa que antes cheguei a ter somente com Mason e meus amigos.

— Eu preciso de vinho — minha mãe anuncia saindo da sala, como se precisse de uma amardura para suportar a batalha.

Solto uma risada de raiva.

— Não diga uma coisa dessas da família que cuidou em 7 meses o que vocês não cuidaram em 17 anos! — grito bufando de raiva. Meu pai me encara forçando uma expressão de tédio no rosto, que eu consigo me lembrar que é a mesma que ele fazia quando sua esposa começava a implicar com alguma baboseira — Vocês dois continuam implocritas! Por acaso já conseguiram a empresa querida de volta?

— Lauren!

— O quê? Olha pra nossa família pai, o que restou de nós por causa dessa maldita empresa? — a calmaria da face dele parece ter evaporado — Tô errada?

— Lauren, agora não! — minha mãe grita, entrantando na sala. Ela tem uma taça com vinho dentro em uma das mãos cheia de anéis brilhantes.

Cruzo os braços fazendo bico.

— Vocês só estão felizes pela minha volta, por que agora tem de volta a  chance de me juntar de vez com Mason para recuperar a droga da companhia! — contínuo, ignorando minha mãe na minha frente que está a ponto de jogar o vaso de cristal do seu lado direito para calar a minha boca ou até mesmo sua preciosa taça com vinho — O que é? Não me diga que tão tentando empurrar a vadia da Lorraine pra cima do meu namorodo ou a...

Fray não diz nada e tampa o lado esquerdo do seu rosto com uma soltando um suspiro que preenche o silêncio do cômodo. Meu pai continua parado e olhando, mas não pra mim para algo atrás de mim.

Viro minha cabeça para trás se calando. A única coisa que passa dos meus lábios é um grito alto que aposto que não à ninguém da vizinhança, que não tenha escutado. A garota ruiva aparentemente semelhante a mim permanece parada tão assutada que não dou dois segundos para a coitada sair correndo.

— Eu não acredito! Não faz nenhum ano que eu fiquei morta e vocês conseguiram outra de mim? — grito, forçando um drama.

Olho fixamente para minha sósia que está com o semblante demostrando toda seu susto na minha frente. Se tivesse uma competição, diria que até agora, quem está ganhando da ceninha do Mason quando me viu, é ela.

Me sinto impressionada com a semelhança que temos, apesar de manter a opinião que eu sou muito mais bonita e interessante, é óbvio, a garota tem a mesma cor dos meus olhos, do ruivo nos cabelos, do tom da pele... Diria até que o formato do seu rosto se assemelha muito com o meu, já seu corpo tenho a impressão que ela seja mais magra.

Talvez eu tenha exagerado nas comidas que Penelope fazia quando estava na fazenda. Qualé, eu estava presa dentro de uma fazenda, não tinha porque manter meu peso.

— Lauren, por favor! — minha mãe fica entre eu e a garota como uma parede.

— Meu Deus! Ela é um robô!? — grito — ou vocês mandaram fabricar alguém?

Exatamente como imaginei não basta nem dois segundos e a ruiva vira seus calcanhares e sobe a escadaria  correndo. Minha mãe fica encarando o lugar onde a mesma passou enquanto pela suas costas caio na gargalhada.

— Você assustou ela sua maluca! — minha mãe grita virando o rosto na minha direção — Não precisava fazer esse drama todo. Já tínhamos tratado desse assunto no carro, eu deixei bem claro que um parente que pensamos que tinha morrido, estava de volta...

Ela trinca os dentes. E em segundos vira a taça de vinho bebendo todo o líquido. Aparatamente nervosa.

— Quem é ela? — pergunto ficando séria. Uma ideia invade minha cabeça e de repente tudo parece fazer sentindo — É a tal da Camila que tanto ouvi esse nome hoje?

— Sim, seu nome é Camila. Sua irmã gêmea — meu pai responde atrás de mim, me fazendo me virar para encara-lo.

Ele tem dois copos de whisky na mão e atravessa a sala para entregar para minha mãe, trocando o bourbon pela sua taça vazia. Não duvidaria se ambos acabassem com a adega da casa até o final da noite.

Me lembro deles terem feito isso quando eu e Mason brigamos pela primeira vez e eu comecei a me envolver com meu primo Mark e com Victor ao mesmo tempo e para o julgamento não começar, Mason não foi o santo da história ficou de amassos com Eva sabendo que ela gostava dele, tínhamos uns 15 anos na época. Lembro que aquele mês foi o fim para mamãe, eu nunca tinha visto ela tão fora de si em toda minha vida.

— Ah... aquela que morreu no parto? — pergunto dessa vez sem nenhum sarcásmo na voz. Qualquer um que me conhece bem, nesse momento saberia que eu estou quase surtando.

— É, ao que parece nesse lugar ninguém realmente morre — minha mãe gospe, enquanto brinca balançando o copo, quase derramando o líquido amarelado no chão.

— Ela e Mason já se conhecem, não é? — pergunto me dano conta de algo que por mais maluco faz todo o sentindo.

— Sim — minha mãe responde escondendo um sorriso zombeto por trás do copo que a mesma leva até os lábios tomando alguns goles.

Engulo em seco. Meu estômago embrulha. Isso não pode estar acontecendo comigo... 

— Ah, mas que... interessante — sussurro olhando fixamente para a escada e sinto a expressão do meu rosto endurecer.

Como será a relação dessas duas irmãs que ficaram separadas por tanto tempo?

Feliz Natal antecipadamente ❤ (pela linha cronológica do livro, nossos personagens já estão em 2020, então o Natal deles de 2019 está no volume 2 para quem não se lembra)

Até sábado

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