[REVISANDO] CHRONOS - jjk + p...

By hinavante

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Jeon Jungkook, um estudante do terceiro ano do Ensino Médio de apenas dezessete anos se muda para Seoul em me... More

[00] introdução + cast
[01] serendipity
[02] jungkook's calendar
[03] promise
[04] black is his new thing
[06] maybe... twenty-one questions?
[07] running in circles pt. 1

[05] italian class

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By hinavante




Não se esqueçam de votar e comentar.

_____


P A R K     J I M I N

E lá estava o garoto mistério. Esperando em frente à minha casa, para irmos juntos caminhando. Comendo mais uma de suas maçãs-verdes.

Para mim, era fielmente irônico vê-lo comendo o fruto que simboliza a vida, o amor, a imortalidade, a juventude, a sedução, a liberdade, a magia, a paz, o conhecimento, o desejo. Todas essas coisas em uma única maçã.

Para os gregos, a maçã é o símbolo do amor. Associada à Afrodite, deusa do amor, da beleza e da sexualidade, contudo, nesse caso simboliza a imortalidade, uma vez que, quem as comer nunca mais terá sede, fome ou enfermidades. 

Suas unhas pretas se destacavam dentre tudo que usava. Olhar para ele usando uma jaqueta de couro preta era primoroso. Sua camiseta adentrava sua calça que tinha um rasgo no joelho. Estava todo de preto.

Sua aura era sufocante, mas ele fazia eu querer me aproximar.

- Buongiorno. - Bom dia. Disse esbanjando autoconfiança, que eu nem mesmo sabia de onde ele tinha tirado. A única coisa que eu tinha certeza naquele momento é que eu deveria agradecer aos deuses por Jungkook saber falar italiano, porque era quase um vídeo de ASMR de tão bom. - Sua casa é de fato muito perto da minha.

Na noite anterior por algum impulso desconhecido eu mandei a localização da minha casa e pedi para que Jeon passasse ali antes da aula. E ele o fez.

Caminhar com o garoto mistério para o colégio foi deveras agradável. Mesmo que o silêncio se instalasse sobre nós, nunca era aborrecedor ou detestável. Parecíamos compartilhar mais emoções quando estávamos em silêncio do que quando tentávamos nos expressar com as palavras.

Mas ele não era o desacompanhado em quesito de mudanças, porque no fim das contas, eu havia pintado meu cabelo.

De primeira eu tinha certeza que pintaria de preto, mas um misto de emoções dentro de mim me fizeram mudar de ideia ligeiramente, mas eu ainda não sabia dizer exatamente o que eram elas.




Eu havia levado Jungkook até a porta de sua sala, já que ele ainda não conhecia muito bem a escola toda. Muitas pessoas olhavam estranho para ele, talvez por causa de suas unhas, entretanto ele parecia não dar a mínima importância, gostaria de aprender isso com ele.

Era certamente estranho pensar que a primeira vez que conversei com ele, ele parecia mais reservado, porém parece que supostamente do dia para a noite alguma coisa mudou. Bom, ele ainda é bastante reservado, mas eu tenho a constante impressão dele estar brincando comigo.

Na verdade desde que Jeon apareceu, muitas coisas perderam o sentido.

Mas ganharam um novo.

- Tenho aula de italiano hoje. Você... Gostaria de ir? - mas que diabos eu acabei de dizer? - Sabe, é bom se enturmar, e é minha função como presidente de classe.

- Claro que gostaria. - senti sua mão direita em meu ombro esquerdo - Nos vemos lá.

E com aquele belo, esguio e um tanto desajeitado sorriso ele se virou e seguiu até uma carteira que se localizava no fundo da sala. Ele andava de forma descuidada, chegava a ser de uma forma desleixada, e isso condizia muito com a personalidade que ele vinha mostrando. Não o Jungkook que eu conheci no primeiro dia de aula, mas o Jeon que eu venho descobrindo. O garoto mistério.

Afinal, eu só conheço o que ele me mostrou. E a cada pequena coisa que eu descubro, minha percepção muda um pouquinho.

Sua calça apertada deixava seus glúteos malhados ainda mais evidentes e palpáveis, tão evidentes que sem perceber, meus olhos o miravam e deliciosamente apreciavam aquela visão dos deuses.

Os deuses que me perdoem.

Quando me dei conta do que eu estava fazendo, sai dali o mais rápido possível. Mas o que caralhos você está fazendo Park Jimin?




Estávamos sentados no chão de uma sala desocupada e tranquila. Não havia muitas carteiras por ali e eu não ouvia nenhum barulho ao redor ou em salas vizinhas.

Jeon olhava nos fundos dos meus olhos. Eu me sentia assombrosamente exposto. Eu tinha certeza que o garoto misterioso conseguia me ler. Ler meus pensamentos, minhas vontades, meus defeitos, minhas perspectivas e desejos mais obscuros. Ele sabia.

Sentados lado a lado.

Senti de supetão sua mão percorrer minha coxa. Isso foi mais que o suficiente para me dar um frio na barriga, muitas borboletas passeavam, voavam e pousavam por ali. Não sei ao certo quanto tempo passei admirando seu palmo se aconchegando ali em busca de contato.

Suas mãos eras aprazíveis, deleitosas, fascinantes e cheias de veias que me despertavam lascívia. Em um ato mal pensado, coloquei minha mão direita sobre sua esquerda.

Eu sentia ele vislumbrar meu rosto. Ele era um predador, e eu a sua presa.

Naquele momento eu me sentia sem defesa alguma.

Guiei suas garras até a minha virilha, e tornei a olha-lo. Eu nem mesmo sabia o porque ou de onde tirei a coragem de faze-lo, apenas fiz. Seu sorriso pervertido acompanhava o meu ato.

Senti-o apertando minha carne e como resposta meu membro fisgou dentro da calça que o reprimia. Jeon fazia tudo isso olhando no fundo dos meus olhos, ele sabia que isso que deixava mais alucinado.

Estérico e estimulado, o conduzi até meu membro. Sem controle algum de meu corpo, deixei um arfar escapar. E esse pequeno incidente despertou uma fera, que era mais feroz do que eu podia mesmo imaginar.

Jeongguk acirrava meu membro por cima das vestes. Estava determinado a me fazer perder o controle. Comprimi meus lábios, me dedicando a não facultar minhas cordas vocais a trabalharem, não podia soltar um som sequer, por mais inaudível que fosse. Não anuiria deixa-lo ganhar.

Numa ação precipitada, tirei minha mão anteriormente sobre a sua e levei até seu falo, senti-lo rijo daquela forma me dava um tesão incontrolável. Naquele momento nós dois soubemos que a fera havia caçado sua presa. Constatei sua mão apertando rigidamente minha glande, em consequência soltei um gemido alto junto à um grito. Eu havia perdido.

- Park Jimin!

Acordei assustado, tão assustado que eu caí da cadeira na frente de uma sala inteira. Todos alunos olhavam para mim, alguns riam e outros inclusive gargalhavam.

Que vergonha.

- Dormindo na sala de aula, Park Jimin? Se veio para a escola dormir, deveria ter ficado em casa! - o professor cuspia rispidamente as palavras - Pegue suas coisas e saia da sala, agora!

Não o retruquei, apenas assenti. Acatei minha mochila e tentei andar rápido até o banheiro. Ter uma ereção em público era incrivelmente desagradável e vergonhoso. Eu nunca sabia bem como agir ou o que fazer.

E naquele banheiro nojento da escola, foi a minha segunda vez um problema por causa de um sonho pervertido.

Um sonho pervertido com Jeon Jungkook.

O garoto que fez a minha vida virar de ponta cabeça, sem nem mesmo ter a intenção de fazê-lo.


J E O N      J U N G K O O K


Sem sonhos estranhos ou pervertidos e sem sustos. Foi assim que eu acordei aquela manhã. Eram seis da manhã e eu vi uma mensagem de Jimin no meu celular com uma localização anexada.


Park:

Passe aqui antes de ir, vamos juntos.


Na noite passada eu fiquei um bom tempo refletindo antes de dormir. Eu queria ser diferente. Ser a pessoa que eu não tinha coragem de ser. E eu tinha a chance de ser diferente nas minhas mãos.

Eu estava em um novo ambiente, um lugar que ninguém me conhecia e eu poderia me mostrar a pessoa que nunca tive coragem de ser. A pessoa sincera que não liga para a opinião e julgamento alheio. Beija quem quiser, independente de gênero. Foda-se os padrões e principalmente: Foda-se o que as pessoas pensam de mim. 

Estava disposto a não me importar. Não dessa vez.

Ser homem e pintar as unhas não diz absolutamente nada sobre a minha masculinidade e ainda mais, a minha masculinidade é uma coisa totalmente distinta da minha sexualidade. E eu estou disposto a provar isso para todos esses preconceituosos de merda.

Sempre quis pintar a unha, mas eu tinha medo do que poderiam dizer.

Aquele tal de Park Jimin desperta algo dentro de mim que nem eu mesmo sei explicar. Ele mexe com a minha cabeça, a deixa de ponta-cabeça. Aquele garoto e essa cidade despertam minha vontade de ser a pessoa que sempre quis ser, mas que reprimi dentro de mim, talvez por medo. Medo do que pensariam. E eu deixaria essa fera sair da jaula.

Ele me deixa um pouco fora de órbita. E qualquer dia poderíamos nos colidir.

Qualquer um diria que aqueles sentimentos estranhos dentro de mim não eram reais, até eu mesmo não acreditava neles, nesses sentimentos, pois não era logicamente possível explicar. Dizem que tudo tem um porquê, e qual era o porque disso? Eu não tinha uma resposta.

O que eu sentia no meu peito não era angústia, muito menos tristeza ou revolta. Era algo novo. Talvez, inexplicável. Quem sabe, a única coisa no mundo que não tivesse um resposta.

Mas tinha. Eu apenas não sabia.

Na manhã seguinte quando o vi com seus cabelos loiros aquela sensação voltou. Seu cabelo de coloração loira, quase amarela iluminou, mesmo que pouco, a escuridão dentro de mim.

Poderia sim ser apenas uma simples coloração capilar, mas a minha intuição dizia o contrário.

Significava luz, calor, otimismo e alegria. O calor do, então loiro, aquecia meu peito duma forma que uma pessoa - desconhecida -  nunca foi capaz de fazer. Não era assustador, era apenas... Novo.

O amarelo de Jimin simbolizava a prosperidade e a felicidade. Era uma cor inspiradora e que despertava a minha criatividade. Estimulava meu raciocínio.

Estimulava o novo Jungkook.




A aula corria bem, apesar de parecer mais demorada do que o normal. Eu ainda não havia visto Taehyung hoje. Talvez ele tivesse chegado atrasado, ou tivesse até mesmo faltado às aulas.

Comecei a desenhar coisas aleatórias em meu livro. Talvez dessa forma o tempo passasse mais depressa. A verdade era que eu estava ansioso para ter aulas de italiano novamente, juntamente à Jimin, mas nem eu mesmo queria admitir isso.

Comecei a sentir certo calor, o que me fez tirar minha jaqueta. O mais estranho de tudo é que nessa época do ano na Coréia do Sul o tempo e o clima era frio e úmido.

Pouco tempo depois eu sentia um problema no meio das minhas pernas, um grande problema, aliás.

Sim, eu estava de pau duro em público. E sim, foi algo totalmente inesperado e sem explicação até onde eu sabia. 

Entrei em um conflito interno entre me manter ali até a aula acabar e acabar sendo um pouco doloroso ou em ir até ao banheiro e resolver aquilo com o risco de ser pego.

Então eu optei pela segunda e pedi à professora para ir ao banheiro.

Tenho a plena certeza de ter ouvido cochichos enquanto eu caminhava até à porta. Certamente alguém havia visto eu com aquele pequeno grande problema.

Eu ainda não sabia me localizar muito bem, então fui ao único banheiro que eu sabia que existia naquela escola, mas ao abrir à porta vi algo que eu não esperava ver: Park Jimin de costas. Mais especificamente com suas duas mãos apoiadas na pia e com seu tronco curvado para o chão.

Em poucos instantes Park percebeu a minha presença ali, logo atrás de si e se movimentou pelo banheiro masculino.

- Jungkook? O que faz aqui? - o garoto parecia inquieto, pasmado.

- Acho que o mesmo que você - falei em tom de humor fazendo o outro rir sopradamente. Suas mãos não se acalmavam, demonstrando toda sua inquietação.

- Certo... Então... Eu vou voltar pra sala - apontou para a porta, meio atrapalhado e envergonhado, fazendo o maior abrir espaço.

- Nos vemos depois.  - disse, assim adentrando à uma das cabines.


N A R R A D O R 


Para sorte de ambos a aula passara rapidamente, Taehyung não havia dado as caras, muito menos um sinal de vida. Pelo menos Jungkook não o vira uma única vez no dia.

Jeongguk esperava Jimin aparecer para irem juntos ao clube de italiano, pelo menos era o que haviam combinado.

- Desculpa a demora, parece que o meu destino é sempre estar atrasado. - debochou de si mesmo, um tanto quanto ofegante - Vamos?

Jeon assentiu, seguindo os passos do loiro.

- Está gostando da escola? - perguntou, quebrando o silêncio que insistia em acompanhá-los.

Aquele silêncio não era do tipo constrangedor, ou que era ruim. Para falar a verdade, era até mesmo bom. Muitas vezes o silêncio pode dizer muito mais do que singelas palavras.

- Não é de todo mal. - comentou. - Para falar a verdade, acho que posso até dizer que foi umas das melhores experiências com escola que tive até hoje.

- Você sempre muda de escola? - perguntou com receio de estar invadindo a privacidade alheia.

- Não só de escola. De cidade. - olhou para o garoto ao seu lado. - Mas meio que estou acostumado.

- Sabe, se estiver no tédio ou querendo companhia, pode... Ir lá em casa passar o tempo. - disse um tanto baixo.

- Pode me esperar, então. Não é muito difícil eu ficar entediado.

Chegamos à sala e as carteiras estavam organizadas em uma roda, Park apenas se sentou na mais próxima e seu acompanhante fez o mesmo. Em poucos minutos a sala já estava ocupada e o professor também já havia se acomodado.

- Poderia se apresentar, por favor? - pediu o professor, gentilmente.

O garoto de roupas pretas assentiu e se levantou passando os olhos por todos do clube.

- Chiao. Mi chiamo Jeon Jungkook. Piacere di conoscerti.

- Uau, parece que alguém já domina a língua muito bem. - o professor abordou.

Não só o italiano. 

- Grazie.

- Certo, certo... Alguém tem alguma pergunta para o Jeon?

Uma menina levantou a mão e o professor fez um sinal para que ela dissesse.

- Você dá aulas particulares? - ela e suas amigas começaram a rir baixo.

- Também vou querer! - um outro menino disse.

- Não sei se sou bom professor. - respondeu-os com um tom de bom humor.

Park observava toda a situação quieto e o professor finalmente prosseguiu com a aula. Depois de já estar sentado, Jeongguk fingiu uma intimidade que ainda não tinha com o loiro e soltou:

- Relaxa, passione. Tem Jungkook para todo mundo. - deu uma risadinha e voltou a prestar atenção ao que o professor dizia. 





- Jimin, surgiu alguns imprevistos importantes. Você poderia arrumar os materiais e as carteiras no lugar? É urgente. - revelou o professor, olhando as horas em seu relógio, apressado.

- Claro, professor. Sem problemas. - assegurou gentil.

Depois de aproximadamente uma hora e meia de aula, por algum motivo que era desconhecido por Jimin e pelos alunos, o professor tivera que sair mais cedo, então pediu para que o representante da respectiva classe organizasse tudo.

O garoto ainda sim misterioso percebeu o que estava acontecendo e se juntou ao loirinho, ajeitando as coisas em seus devidos lugares.

- O que foi? Por que está fazendo isso? - sorriu.

- Eu posso ser gentil às vezes, sabe? - comentou fazendo o menor revirar os olhos e rir soprado.

- Beleza, então enquanto você ajeita essas carteiras eu ajeito esses papéis. Quando você acabar aqui você vai lá pro fundo na sala e me ajuda a guardar naquele armário.

- Falou e disse, tesoro.

- Eu desisto de você. - riu escondendo o sorriso atrás de uma das mãos indo até o fundo da sala.

Alguns minutos se passaram, não muitos, mas o suficiente para que ambos começassem a conversar e trocar ideias. Jogar papo fora.

- Acho que acabamos. - falou Jimin pegando sua mochila e colocando nas costas. - Vamos juntos?

- E tem outro jeito? - Jungkook gracejou fazendo o mesmo e o acompanhando até à porta.

O maior puxou a maçaneta, mas a porta não abriu. Puxou de novo, mais forte. Nada. Então tentou várias vezes, mas a maldita porta não abria de forma alguma.

- Jimin... Tá trancada. - em resposta, ele arregalou os olhos, assustado.

Dessa vez Park fez o mesmo que o outro, e tiveram certeza que...

Estavam presos na sala de italiano.

_____

E aí gates! Quanto tempo, né?

HOJE É MEU ANIVERSÁRIO! (E quem ganha presente são vocês, risos).

Me desculpem pelo sumiço, eu estava precisando de um tempo para organizar a minha vida, planejar algumas coisas, ficar bem comigo mesma e buscar algumas inspirações, até mesmo para me conhecer melhor.

Acho que agora está tudo certo!

Não se esqueçam de votar no capítulo, porque isso me ajuda demais e eu vou considerar como presente de aniversário! <3

É isso! Obrigada quem lê e está sempre comentado aqui na fic e desculpa por qualquer erro nesse capítulo. 

Meu twitter: 

Arrivederci, tesoros. ;)

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