Teen Mermaids

By _EuVitoria_

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Pertencente a dois mundos, Lydia, Rebeka e Luce precisam encontrar suas verdadeiras identidades. Seus c... More

Mudança
Festa na praia
Pulando na água
Poderes
Salva vidas
Uma nova sereia
Cardume
Uma dança
Sentimentos expostos
Doce chamado
Carta reveladora
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Hipnose
Visitando a vovó
Doador anônimo
O plano
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Livro de porções
capitulo especial - Morgana
Enfrentando tubarões
Capítulo especial - Morgana e Shelby
Evento de talentos
Malévolas
Festa na piscina
Banho de lua
Desafio
Para sempre, meu amor.
Perda de humanidade
Cupcake encantado
Recuperando a humanidade
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Uma novidade em Magic city
Concha prisão
Capítulo especial - Morgana
Encontro desagradável
Capítulo especial - Morgana
Indo as compras
Capítulo especial - Morgana
Oferta
capítulo especial - Morgana
Resgate
Capítulo especial - Morgana
Primeiro beijo
Capítulo especial - Morgana
Baile de natal
Agradecimentos
Novidades

Emboscada

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By _EuVitoria_

No meio do corredor de School Magic, algo natural pra uns mas errado para Lydia acontecia. Mais uma vez um aluno nerd era intimidado por aqueles que se titularam os populares, como se o fato de terem dinheiro e reconhecimento os fizessem donos da escola. A garota se recusava a ver aquela cena e ficar parada como todos os outros, não precisou de muito tempo de coragem para se aproximar dos valentões que haviam encurralado um pobre garoto usando óculos, contra o armário.

- Eai, quatro olhos, você vai ou não fazer o meu trabalho de literatura? - Claro que tinha que ser James o autor daquela sacanagem. O idiota estava agarrado na gola do outro menino, que sequer sustentava seu olhar intimidante, pois estava dominado pelo medo. Assim que chegou perto o suficiente, Lydia limpou sua garganta, chamando a atenção para si. O líder e seus seguidores lhe olharam com tédio, pois ela estava interrompendo um momento prazeroso para muitos deles.
 
- Solta ele. - ela ordenou autoconfiante, arrancando altas gargalhadas de todos os rapazes, mas James não riu, apenas lhe avaliou com curiosidade, ainda segurando o nerd.

- Ou você vai fazer o que, pequena? - ele perguntou, adotando seu tom supremo de deboche, como se pudesse estalar o dedo e tira-la de seu caminho. Mais uma vez, todos os outros riram.

  - Você é tão covarde. - ela riu sem humor, se aproximando ainda mais de forma a deixar claro que ele não iria intimida-la como fazia com todos. - Não se garante com alguém do seu tamanho? Ou o que? Só grita alto com quem se cala para te ouvir?
  
  Os olhos de James assumiram uma fúria notável, ainda mais quando seus amigos bajuladores soltaram um "ooh" a favor do showzinho de Lydia. Aquela garota iria se arrepender por mais uma vez estar se metendo em seus assuntos.
 
- Acho que você gosta de ouvir o som da minha voz. - Ele se gabou, sorrindo maliciosamente e cruzando seus braços musculosos. Se esforçando para não parecer abalado. - Está sempre arrumando desculpinhas para falar comigo.

- Eu tenho é nojo de você. - Lydia brandou o encarando nos olhos, aquelas palavras não alcançavam a verdade, mas James não pareceu ter notado pois engoliu em seco, finalmente afetado. - Assim como metade dessa escola. Eles podem até temer você, mas não o amam e não o respeitam.

- Sua vadiazinha... - um dos companheiros do rapaz tomou a frente, pronto para contra-atacar. Mas um outro corpo masculino se colocou a frente dela.

- Acho melhor vocês deixarem a garota em paz. - o outro adolescente tinha a mesma voz intimidante que os demais.

   - Ou vai fazer o que? - o seguidor de James peitou o defensor de Lydia.

   - Acabar com um por um de vocês. - o garoto bateu de frente sem se intimidar, seus punhos cerrados mostravam que ele partiria para a briga se assim preciso fosse.

   - Qual é, Nolan.  - O líder do bando de babacas voltou ao seu posto na frente do grupo, empurrando seu companheiro para o lado e ficando nariz com nariz com o novo adversário. - Você sabe que não é bom entrar no meu caminho.

   - E você sabe que eu não tenho medo de você. - Um sorriso travesso se abriu nos lábios do rapaz, ele não parecia temer James Alves em toda sua grandeza e poder. Exatamente como a sereia parada ao seu lado. Quando tinha total certeza que ambos estavam prestes a sair no soco, Lydia se enfiou em meio aos dois, usando suas mãos para afasta-los.

   - Já chega. - ela inclinou um pouco sua cabeça para encarar as pupilas de James, que lhe fitaram de volta, com intensidade. - Já tem o que queria, é mais uma vez o centro das atenções. - muitos ao redor observavam. - Agora por favor, deixe-nos em paz.

   - Como quiser. - James murmurou tão baixo que apenas ela ouviu. Ele lhe fitou mais uns segundos, com um olhar indecifrável e pela primeira vez a garota não viu divertimento nem deboche em sua linda face. Assim que ele se afastou e lhe deu as costas, levando seus amigos junto, a sereia ficou parada lhe observando se afastar. James Alves era um mistério, porque quando olhava nos olhos dele, sabia que existia um príncipe por debaixo da fera.

  - Você está bem?  - a voz de Nolan tirou-a de seus pensamentos, fazendo-a perceber que ficará tempo demais observando o ponto de partida do capitão do time de Lacrosse. De qualquer forma, a pergunta não havia sido direcionada para ela e sim para o jovem nerd que ambos haviam ajudado.

  - É, estou. - ele ajeitou seus óculos com mãos trêmulas e suadas, era evidente que estava envergonhado. - Muito obrigado.

   Os dois balançaram a cabeça juntos, e o pobre garoto sumiu silenciosamente, passando despercebido por todos os outros adolescentes, como se fosse invisível.

   - Obrigado. - Lydia se virou para aquele que havia lhe ajudado e encontrou um rosto familiar. Nolan, o garoto bonito da praia. O mesmo que havia pego sua bola antes que ela caísse na água. - De novo, aliás. - sorriu de forma simples, captando que a mesma lembrança havia voltado a mente do rapaz.

Apesar de estar sendo um pouco mais tolerável, as piadas a respeito de seus sentimentos por Luca, não haviam parado. Mesmo ali, em frente a escola esperando por Amanda que não chegava nunca, havia um grupo de garotas lindas paradas, elas cochichavam entre si, vez ou outra encaravam Luce e soltavam altas gargalhadas.

  A situação estava incomodando a sereia, embora ela tentasse se manter neutra, seu olhar para elas era raivoso e suas unhas cravavam a pele de sua mão. A raiva lhe consumia de uma forma que Luce nunca desejou, era tão mais fácil quando era a garota invisível. Maldito foi o dia que a moto de seu amor platônico bateu em seu corpo, porque lá havia começado o ódio de Batty Denver por ela. E isso deu início a toda sua humilhação. Mas por que a loura lhe achava uma ameaça? Ela era linda, popular e se vestia melhor do que ninguém. Enquanto isso, Luce se considerava apagada, sem graça e esquisita.

Todo aquele ódio direcionado a ela, era gratuito. Luce nunca havia feito nada para nenhuma daquelas pessoas que lhe atiravam ofensas, mas o fato da mais popular lhe detestar, colocou um alvo em suas costas.

   Quando a loura finalmente entrou em seu campo de visão, com sua aparência intacta e seu caráter imundo, o ódio cresceu ainda mais no peito da sereia, pois por onde passava Betty era elogiada e bem recebida. E ela não merecia aquilo, pois fazia mais mal do que a própria malévola. Ela era uma farsa, fingindo falsa inocência e todos acreditavam que a patricinha merecia ser idolatrada.

   A medida que a garota se aproximava mais do ponto onde ela estava, mais o ódio ia crescendo dentro de Luce, até que ele finalmente lhe dominou. Cega pela dor que Betty lhe causou e pelo ódio que a mesma despertou em seu coração, a sereia colocou seu pé em frente aos passos da garota, que ao não vê-lo, tropeçou e caiu no chão. Um erro, um erro gravíssimo. Pois Luce podia não ter visto, mas aquela queda estava predestinada a acabar com um desmaio, uma vez que havia um pedra na qual a cabeça da patricinha bateu, levando-a imediatamente a inconsciência.

  O alvoroço fora instantâneo, dezenas de corpos corriam curiosos, se aproximando do local aonde estavam. Alguns gritavam por ajuda, um escândalo um tanto exagerado, não era caso de ambulância, mas algumas seguidoras fiéis da popular exigiam que alguém chamasse uma. Luce se apavorou imediatamente, pois logo uma das acompanhantes de Betty Denver estava lhe culpando, gritando que viu quando a jovem havia posto seu pé no meio do caminho. Quando acordasse, a menina ia amar tudo aquilo, ela era viciada em ser o centro das atenções. Ficaria ainda mais  feliz ao saber que quem fora ao seu socorro havia sido Luca Drummond, seu ex namorado e ainda amor de sua vida. Ele ergueu seu corpo desacordado, como um garoto cavaleiro faria. Ah, sim, ela realmente adoraria saber de tudo, apreciaria o olhar decepcionado que Luca lançará para Luce. Seria para Betty, o pacote completo.

   A sereia havia agido sem pensar, mas se afundou ainda mais fundo no buraco ao qual já estava. Agora seria conhecida também como a garota que havia feito um "atentado" contra Betty, por inveja, eles diriam, já podia até ouvir os comentários e as informações a mais que acrescentariam naquela história. Mais um ponto para a abelha rainha.

   Enquanto erguia o corpo de sua ex namorada, Luca lançou a Luce um olhar um pouco triste. Ele estava claramente decepcionado com ela, e a jovem só queria saber o motivo. Por que? Não compreendia qual expectativa o rapaz tinha sobre ela.

   É claro que já havia olhares críticos a sua volta, olhares de nojo e desprezo, mas nenhum deles havia doido tanto quanto a de seu amor platônico. Ela queria correr até ele e lhe chacoalhar até que o mesmo lhe dissesse porque estava lhe torturando daquela forma.  Porquê que lhe olhava com tanta dor, como se ela tivesse partido seu coração...

   Não tinha as resposta, mas as conseguiria, pois seu corpo agia por instinto puro e antes mesmo que pudesse raciocinar, correu atrás do garoto alto e de ombros largos, que carregava em seus braços fortes uma garota desacordada. Ela não era a única a segui-lo, um enxame inteiro ia atrás de sua abelha rainha. Enquanto os que não presenciaram a cena, se limitavam a abrir caminho e lançar olhares curiosos. O estado de Luca era claramente nervoso, ele adentrou na enfermaria e bateu a porta logo em seguida. Impedindo que o "formigueiro" entrasse atrás. Os curiosos e Luce foram obrigados a esperar do lado de fora, enquanto no interior do lugar, Betty Denver era colocada sobre uma das camas e  era examinada pela enfermeira que cuidava de acidentes como aquele, não era grave o suficiente para ser levado ao médico.

Enquanto isso, do lado de fora Luce estava trêmula e inquieta, temendo as consequências de seu ato imprudente, mas acima de tudo, querendo desesperadamente trazer o olhar doce e cheio de ternura que certo dia Luca havia lhe lançado. Enquanto esperava andando de um lado para o outro, o dia do acidente que sofreu voltou a sua mente. O rapaz descendo da moto dominado pela culpa e pela preocupação, todo atencioso e doce.  Aquele dia fora o melhor de sua vida, pois pela primeira vez em anos, ela não havia sido invisível para o seu grande amor.

Luca apesar de ser popular, era calmo, até mesmo tímido as vezes. Tinha um jeito doce, e não maltratava ninguém ou se achava superior. Ele era um garoto de ouro, uma raridade. Em questão de minutos, saiu de dentro da sala. Suas mãos penetravam em seu cabelos, esmagando alguns fios em um ato nervoso. O rapaz andava de um lado para o outro e quando seus olhos se focaram na sereia, ela sentiu a decepção que partia daquelas pupilas. E de repente nada era mais importante do que trazer de volta o olhar anterior, doce e amável.

- Luca. - Luce se aproximou, o olhar de repulsa que ele lhe lançou, partiu seu coração. - Eu sinto muito.

  - Eu também. - um sorriso triste surgiu em seus lábios. - Porque eu achava que você era diferente, mas você não é! É igual ou pior do que essas garotas daqui, que só querem poder e poder. Quando eu te olhava Luce, eu via uma garota boa e inocente, não pense que eu nunca lhe notei. Porque eu sempre te via lá, uma boa garota... Uma garota que gostava de livros, era leal aos amigos, não se importava em passar despercebida. Mas já não é mais a mesma pessoa. Quem é você,  afinal de contas?

  Depois de tudo o que dissera, Luca apenas saiu lhe deixando ali sozinha. Ela engoliu em seco, com pesar, colocando uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha e doeu ter sido comparada com aquelas adolescentes, doeu perceber que o havia decepcionado.

- Luca. - chamou o vendo se afastar, o mesmo não tornou a olhar para trás, a garota exclamou com os olhos cheios de lágrimas: - Droga! - suas mãos espremiam seus cabelos, antes dela ir para o banheiro tentar se recompor.

Assim que chegou ao lugar que desejava, Luce apoiou suas mãos na pia e soltou o choro reprimido, as lágrimas escorriam por sua face. Não percebeu que chamará a atenção de algumas pessoas enquanto passava, só foi notar que era seguida quando o banheiro já estava ocupado por mais seis garotas. Quando ergueu seus olhos para o espelho, engoliu em seco ao ver através dele, os rostos amigáveis de Lydia, Rebeka, Amanda, Danna, Meredith e Clark. Luce suspirou e sem pensar duas vezes se virou e se jogou nos braços de Lydia, que lhe envolveu.

- Quando foi que eu mudei tanto? - Ela quis saber, seu rosto enfiado no peito da melhor amiga enquanto a mesma acariciava seus cabelos sedosos.

- Você se perdeu por um tempo. - a garota afastou-a de seu peito e olhou em seus olhos tão compreensíveis quanto suas palavras. - Mas por isso estamos aqui, para isso servem os amigos, para que possamos juntas te reencontrar.

Naquele momento Luce soube a verdade, ela não estava sozinha. Havia sido injusta com suas amigas, que não lhe deram as costas nem mesmo quando o mundo inteiro lhe atirou pedras. Seus olhos tornaram a encherem de lágrimas, mas aquelas eram de emoção, pois passando de rosto em rosto, viu a mesma feição em cada uma delas, amor. Havia falado poucas vezes com algumas, outras conhecia a dias, mas somente o fato de estarem ali quando ela precisou, lhe deu a certeza de que amizade verdadeira não era questão de tempo, mas sim de lealdade e empatia.

- Abraço coletivo? - sugeriu, sabendo que com a ajuda daquelas garotas, daria a volta por cima. Todas elas riram e se juntaram em um abraço sincero.

Cada qual estava ali por um motivo, Amanda havia entrado recentemente para a vida da sereia, mas estava se mostrando verdadeira e atenciosa. Clark era prima de Rebeka e assim como Danna, havia ido ali acompanhando a outra que era uma das melhores amigas de Luce, junto com Lydia que havia levado sua irmã. Mas abraçadas, não parecia haver outra razão se não a amizade forte a qual estavam iniciando dentro daquele banheiro feminino.

   Era claro que Rebeka havia reparado nos olhares que se voltaram para ela e para as meninas assim que o grupo abandonou o banheiro. Estavam todas ligadas, uma segurava a mão da outra enquanto desfilavam distribuindo sorrisos. Tudo parecia ocorrer em câmera lenta, seus cabelos se moviam com graciosidade e cabeças se viravam para lhes acompanhar. Entre todas, Clark era a mais constrangida pela atenção repentina. Estavam juntas para enfrentar a situação na qual Luce havia se enfiado. Betty Denver já havia desperto, e estava furiosa. A abelha rainha havia explanado para a escola inteira que iria acabar com a raça de sua "agressora".

  O dia não demorou a passar, e no final de todas as aulas, as garotas abandonaram a escola juntas. Decididas a enfrentarem seja lá o que Betty estivesse planejando. O pé de Luce havia sido o início de uma guerra, que iria ser travada no fim daquela tarde.

- Rebeka? - não ouvia aquela voz fazia alguns dias, mas só percebeu que sentirá falta dele quando encontrou Eduardo parado em frente a sua escola, a garota congelou no lugar e instantaneamente, todas suas amigas também pararam de andar. As meninas notaram seu nervosismo, isso lhe garantiu olhares que lhe pediam permissão para se afastar. Ela sorriu de leve para elas e acenou com a cabeça, ambas se afastaram lançando um olhar de alerta para Eduardo.

- Qual o problema delas? - O garoto se aproximou com as mãos meio enfiadas no bolso de seu  jeans.

- Não sei. - encolheu seus ombros, mentindo. Era obvio que sabia, elas estavam lhe protegendo. Pois Rebeka havia lhes contado exatamente o que acontecera na última noite que viu o garçom. O rapaz respirou fundo, como se estivesse se preparando para algo.

- Eu sinto muito por Amber. - Disse por fim. - Eu não esperava que ela fosse agir daquela forma...

A garota teve que se segurar para não revirar os olhos e surtar ao lembrar da cena. Era boa em esconder sentimentos, por tanto foi exatamente isso o que fez.

- Não se preocupe com isso. Não me deve explicações, somos apenas amigos.

Eduardo franziu sua sobrancelhas, mas acabou por perceber que ela tentava controlar o ciúmes que sequer era para existir. Um sorriso malicioso se abriu nos lábios do garçom e ele aceitou jogar seu jogo.

- Exatamente. - concordou com a mesma firmeza que havia na voz dela. Embora ambos soubessem que eram bem mais do que meros amigos. - Então o que acha de sair para tomar algo com o seu "amigo?"

O coração de Rebeka acelerou com a expectativa de mais um dia na praia ao lado dele, com a desculpa de amigos ou não. Ela adorava sua companhia, seu cheiro, os sentimentos bons nunca sentidos antes... Quem diria que a patricinha rebelde se apaixonaria justo  por um garçom problema.

Ela jamais diria não a um passeio com um garoto bonito e atraente como Eduardo, jamais fugiria de um desafio, e ele estava lhe desafiando, testando para ver até aonde ela iria com aquela história de amigos. Mas daquela vez Rebeka o faria, agiria fora de seu padrão por suas amigas. Erguendo sua cabeça e encarando sobre os ombros dele, encontrou seu grupo conversando entre si e gargalhando alto. Elas estavam felizes apesar de tudo, e o motivo era único: tinham uma a outra, e pela primeira vez, Rebeka teve um bom motivo para dizer não a um garoto. Havia errado muito quando se deixou levar por seus hormônios e não impediu Betty  de expor uma de suas melhores amigas, mas recompensaria seu erro. Alguns segundos depois dela virar sua cabeça para encarar as meninas, Eduardo limpou sua garganta. Ela as deixou de lado, para fita-lo.

- Não vai dar. - foi tudo o que disse antes de abandona-lo ali e voltar para junto das outras adolescentes, as mesmas ainda lhe esperavam. Foi recebida por sorrisos. A conversa era animada e a maioria não parava de falar. Mas sua prima colocou seu braço sobre seus ombros e perguntou:

- Tudo bem?

- Tudo. - concordou após um suspiro e em frações de segundos já estava sendo incluída no falatório e seu corpo junto ao das outras, já entrava em movimento.

Andaram juntas por minutos, conversando e contando histórias, marcando coisas de garotas e soltando gargalhadas divertidas. Quando tiveram o desagrado de terem seus caminhos cruzados por Betty e suas fiéis seguidoras.

- Achei você, pequena ladra de namorados. - a abelha rainha tinha um sorriso maléfico em seus lábios, suas mão estavam postas em sua cintura e a suas costas se encontrava um grupo inteiro de patricinhas.

- Eu não quero brigar com você. - Luce se pronunciou, esforçando-se para manter-se neutra. - Deixe-nos passar.

A loura sorriu ainda mais, negando com sua cabeça enquanto seus cabelos se balançavam.

- Não mesmo. Temos um acerto de contas, não se lembra? - Sem esperar por uma resposta, ela estalou seu dedo e seguindo aquela ordem, todas suas amigas partiram para cima da outra garota. Luce não teve tempo de reagir, logo as garotas partiam para cima dela com violência. As acompanhantes da sereia também não puderam pensar muito, a chuva já caia, era tarde demais para não se molhar.

Eram muitas meninas, dois grupos. Uma puxava o cabelo da outra, cada qual tentando agredir mais. Um bolo de corpos de unhas afiadas, a raiva estava ativa. Rebeka se viu no meio de muitos cabelos, havia espaço na rua mas todas as garotas se juntaram em um único lugar, desferindo socos e tapas para todos os lados. A unica que não havia posto sua "mão na massa" era Betty Denver, a abelha rainha havia feito toda a confusão mas ficara fora dela, assistindo a briga com um sorriso satisfatório nos lábios.

Apesar das patricinhas estarem em maior número, ainda assim estavam perdendo. Enquanto sua líder observava tudo com seu olhar de águia.  Não gostará nem um pouco de ver sua vingança indo por água abaixo, pois as outras garotas se defendiam muito bem. Rebeka literalmente estava sobre o corpo de uma, Lydia socava outra com precisão, Luce batia em duas que conseguiam apenas estapear o ar, e por ai ia. Mas ela não se daria por vencida, era manipuladora e traiçoeira, não jogava limpo, e já tinha uma carta na manga. Pegou o seu celular e enviou uma mensagem, ansiando para o momento em que enfim veria marcas roxas em todo corpo de suas inimigas. E logo a sorte daquelas mesmas mudaram, pois da mesma rua de onde Betty havia surgido com suas amigas, cinco garotos surgiram, prontos para entrarem na briga que sequer lhes pertencia.

Luce, Rebeka, Lydia, Danna, Clark, Amanda e Meredith, pararam de lutar assim que viram os rapazes, ao julgar o sorriso malicioso nos lábios da loura popular, ambas entenderam tudo. E a autora daquela injustiça contemplava a cena como se apreciasse uma boa obra de arte. O absurdo aconteceu dentro de segundos, os garotos entraram no meio do bolo feito por meninas e começaram a usar da força bruta com o grupo de Luce. Mas suas forças masculina não as intimidou, elas não iriam fugir ou temer, iriam revidar. E se saíram muito bem, fugindo de golpes e distribuindo outros. Até que uma delas foi derrubada por um dos brutamontes, Lydia caiu no chão e teve seu estômago chutado. Caída e com dor, ela piscou, perdendo  a consciência. Quando se depararam com seu corpo, suas amigas pararam o que faziam, abandonaram em quem batiam e correram para ampara-la. Enquanto tentavam mante-la acordada, os outros possuíam rostos despreocupados, contentes com o trabalho bem feito.

Lydia se contorceu e naquele momento uma linda limusine encostou com tudo, atraindo a atenção de todos. Assim que a porta se abriu, James pulou par fora do veiculo, com uma expressão nada pacífica.

- Me vinguei por você também, Alves. - o agressor de sereia se pronunciou, orgulhoso da crueldade que havia feito, esperando cair nas graças de seu superior, pois para todos os defeitos, o popular odiava aquela garota. Mas quando ele se virou para encarar um de seus seguidores, seus olhos brilharam de uma forma intensa, enraivecida, ameaçadora. E aquele era o olhar que o fazia ser temido, admirado, aquele era o olhar que o fazia rei de School Magic.

O sorriso nos lábios de seu amigo covarde, foi murchando, ao passo que o mesmo reconhecia aquela expressão. Sua boca se abriu, mas não deu tempo de palavra alguma sair, pois o punho de James foi de encontro ao seu nariz, em um soco certeiro. Todos ficaram em silêncio enquanto ele socava mais de uma vez. Até que deu-se por satisfeito e ordenou com sua voz arrogante de líder:

- Nunca mais encoste um dedo naquela garota, ou em qualquer outra, se não quebrarei bem mais do que o seu nariz. - todo  ensanguentado, o rapaz assentiu e James correu até Lydia, seus olhos mudaram e a escuridão sumiu deles, permanecendo um brilho preocupado. - Ela precisa de um hospital. - ele acariciou com delicadeza as maças do rosto da menina, sem se importar em quem estava olhando. Não pediu permissão para ninguém, apenas ergueu o corpo da jovem e a carregou de forma protetora.

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