Você Cresceu [✓]

By Mogridd

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Lory nunca deixou de pensar nele. Era impossível passar por aquelas ruas e não lembrar do menino magrinho com... More

A P R E S E N T A Ç Ã O
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Aviso.

Capítulo 7.

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By Mogridd


Dilan ficou paralisado com minha resposta, acho que ele não esperava que eu iria concordar tão facilmente.

- Ah... E-então tá, mas o banheiro é lá em cima, e... Você... - Ele parecia meio perdido. - Você está bem?-Perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Ótima! - Fiz posse pondo as mãos debaixo do queixo. - Vamos, agora me leve até o banheiro. - Pedi dando espaço para ele subir as escadas. O mesmo começou a subir. A casa era bem decorada e as escadas tinha um tecido de veludo, o mesmo que estávamos encharcando. O andar de cima era lindo, no fim do corredor tinha uma janela enorme. Tinham quatro portas no corredor, já até imaginava o que eram. Um porta-retrato chamou minha atenção, nele estava um homem familiar com lindos cabelos negros e olhos claros. Esse homem com olhar doce que sempre me tratava bem é o falecido pai do Dilan. Lembro-me até hoje como foi difícil para o Din e para a mãe dele.

Fiquei em silêncio observando o quadro sem me dar conta, até o menino chegar perto de mim.

- Papai... - As palavras saíram baixas de sua boca e uma tensão se formou no ar. Meu coração doeu por ele. Fiquei calada sem saber o que falar, até que Dilan se pronunciou novamente.

- É aqui. - O rapaz parou enfrente a uma porta. - Pode entrar, eu já vou descer. - Declarou dando passagem para o banheiro e se afastando.

- Espera.- Puxei seu braço fazendo-o parar. - E-eu preciso de uma toalha. - Admiti meio corada.

- Ah... Claro. - Dilan entrou no banheiro, abriu um armário, e tirou umas toalhas brancas dos mesmos. - Aqui... - O rapaz me entregou a tolha com o cabelo pingando. Nossos dedos se tocaram o que fez uma onda subir por meu corpo, Isso me fez corar ainda mais. Fiquei calada encarando o chão, pude sentir seu olhar queimando em minha pele o que fez uma sensação quente dominar meu pescoço e orelhas. Toquei o tecido macio, a sensação foi boa. - Qualquer coisa estou lá embaixo. - Disse se afastando. Observei o menino meio magro se afastando, sua blusa branca grudada no corpo revelou um pouco da sua pele que chamou minha atenção.

Uma tosse saiu automaticamente da minha boca fazendo eu fingir que não estava o olhando quando ele se virou para me observar com cuidado. Entrei no banheiro de forma rápida tentando evitar ter que encará-lo.

- Ok... - Tentei me acalmar. Minhas mãos estavam trêmulas de nervosismo, meu corpo tremia de frio, mas o banheiro era reconfortante. Ele era grande e bem decorado. Diferente do meu banheiro, esse banheiro era quente, passava uma sensação tranquila. - Uau. - Comecei a mexer nas coisas, abri os armários e ví tudo que tinha dentro, estava tudo bem organizado e cheiroso.

Depois de passar longos minutos vasculhando tudo, finalmente comecei a tirar minhas roupas encharcadas, meu corpo tremia e eu tirava as roupas com dificuldade. Liguei o chuveiro, coloquei uma das minhas pernas debaixo da água e depois entrei completamente. A água quente escorreu por todo meu corpo, fazendo o frio que eu sentia sumir. Fechei os olhos só sentindo a água. Tentava parar de pensar naquele turbilhão de pensamentos sobre um menino que não saia da minha cabeça. Não entendo como ele pode entrar na minha cabeça tão facilmente. - Idiota. - Desliguei o chuveiro depois de aquecer meu corpo debaixo do mesmo. Ao sair e parar de sentir a água quente caindo sobre mim, um vento frio tomou conta do lugar, meu corpo se arrepiou com a mudança. - Frio... - Resmuguei passando as mãos nos braços. Me enrolei na toalha, e comecei a mover os dedos. - E agora? Eu chamo ele? - Perguntei-me nervosa. - Que roupa eu vou usar? Que merda! Por que não pensei nisso antes!? - Balancei a cabeça me sentindo uma idiota. - Ok... - Respirei profundamente e chamei o menino. - Dilannn! - Gritei o mais alto possível, logo passos rápidos (até demais) começaram a subir as escadas.

- O que aconteceu? - Perguntou num tom preocupado o que me fez rir, porém o mesmo morreu ao lembrar do motivo de tê-lo chamado.

- Q-que roupa eu vou usar? - Tentei não demostrar que estava com vergonha... Tentativa falha.

- Ah... Merda eu não pensei nisso... - Escutei ele falando baixinho atrás da porta. Um silêncio tomou conta do lugar e logo consegui escutar ele pisando de leve no chão. - Espere, já volto. - Pediu tirando-me do meu delírio. Logo o mesmo começou a se afastar, depois de alguns segundos ele voltou. - Aqui. - Abri a porta o suficiente para conseguir pegar a roupa. - São minhas, espero que você não se incomode.

- Sem problemas... Obrigado. - Agredeci timidamente pegando as roupas. Olhei o moletom cinza perfeitamente dobrado e com cheiro de amaciante. Uma onde de vergonha me invadiu ao pensar que ele já usou isso e que eu teria que usar uma calcinha molhada.

- De nada. - Falou. Tentei tirar toda água que conseguia da minha roupa íntima e depois a vesti junto ao moletom. Ele não ficou tão grande em mim porque sou alta, mas me aqueceu de uma forma muito boa. Respirei profundamente procurando coragem para sair daquele banheiro com armários bonitos. Mas finalmente, com muita força de vontade, sai do cômodo. Senti vontade de me socar quando minhas bochechas voltaram a queimar ao encontrar os olhos castanhos do rapaz me olhando atentamente.

- Nossa... - Murmurou quase num sussurro. Sua boca estava aberta, mas ele não falou nada, apenas ficou me olhando de cima à baixo. Isso acabou me deixando com vergonha pelo motivo de eu estar sem sutiã, muita vergonha. Cruzei os braços tentando fazer uma barreira para ele parar de me olhar.

- E-eu vou te esperar na sala. Tchau! - Declarei num tom alto saindo com rapidez. Porém fui impedida por um toque quente e cuidadoso.

- Não... - Sua voz saiu arrastada fazendo meu corpo se estremecer, seu toque quente me deixou atordoada. - Eu vou ser rápido. Me espere no quarto... - Permaneci parada encarando o carpete branco do chão, enquanto tentava não prestar atenção na sua pele contra a minha. Seu pedido fez tudo dentro de mim se revirar.

- Que? Claro que não. - Declarei me soltando dele. Eu estava quente, só não sabia se era por causa do moletom que me deixava quentinha ou por causa da vergonha.

- Lory... - Meu nome saiu lentamente por seus lábios vermelhos e seus olhos fixaram os meus de forma seria. Escutar o mesmo falar meu nome causou uma sensação gelada na minha barriga. Minhas bochechas estavam queimando, igualmente todo restante do meu corpo. - Ok... - Contou soltando meu pulso. - Pode me esperar na sala. - Ele passou a mão nos cabelos e me olhou uma última vez antes de entrar no banheiro.

- Quê? - Estou perdida. Ele simplesmente entrou no banheiro. O que foi isso agora? - Seu lixo com cabelos sedosos. - Murmurei baixo o suficiente para ele não escutar. Caminhei aérea pelo corredor bem decorado, meu coração ainda estava abalado e eu ainda sentia o calor de sua mão em meu pulso.

Maldição, Lory!

Desci as escadas de veludo apreciando a sensação. Ao chegar no primeiro andar pensei em ver a casa para me acalmar, mas acho que não daria certo e nem seria educado, e isso com certeza revelaria o meu costume feio de ficar olhando as coisas dentro dos armários da casa dos outros. Então apenas peguei minha mochila e me acomodei no sofá branco com uma mancha clara.

Depois de ficar alguns minutos esperando Dilan descer, meu nervosismo aumentou... Comecei a brincar com meus dedos tentando me acalmar, mas isso não funcionou. Primeiro, por que eu ainda estou aqui? Segundo, por que o Ben ainda não chegou em casa? Se ele estivesse aqui eu não estaria prestes a ter um ataque cardíaco. E terceiro, por que do nada, o Dilan ficou... Ficou sério? O que ele quer falar comigo, ele quer falar algo? Merda, Dilan...

Passos pesados fizeram eu quase pular do sofá. Minha postura automaticamente se ajeitou fazendo todos meus músculos ficarem tensos. Logo depois, o menino de cabelos castanhos apareceu com uma toalha enxaguando os fios marrons.

Seus olhos encontraram os meus de forma séria fazendo eu desviar o olhar e encarar Smuff que dormia tranquilamente em meu colo.

- Lory... - Começou, me chamado fazendo eu me sentir obrigada a encará-lo. Ele vestia uma camisa social azul marinho, que estranhamente realçavam suas pequenas sardas. Ou talvez era só porque eu estava admirada com o fato de ele ficar bem e diferente com uma camisa social, ele estava diferente de uma forma bonita.

- Oi... - Respondi depois de ficar longos segundos calada como uma idiota por causo do meu pequeno choque. Voltei a brincar com meus dedos sem conter meu nervosismo. Senti seus olhos queimando em minha pele fazendo minhas unhas irem parar na minha boca e eu começar a ruelas. Din limpou a garganta e começou a falar num tom calmo, e algo dentro de mim se revirou.

- Obrigado... - Agradeceu de forma sincera se aproximando lentamente. Meus olhos sustentaram os seus de maneira agitada revelando meu estado interior.

- Pelo o quê? - Perguntei perdida sem conseguir raciocinar. Um sorriso zombeteiro apareceu em seus lábios e ele sentou confortavelmente ao meu lado, fazendo meu coração se agitar e eu me me afastar dele.

- Por salvar meu cachorro. - Contou jogando a cabeça para trás e fisgando meu olhar com seus olhos brilhantes e seu sorriso bobo. - Eu não sei o que faria sem meu filho. - Com um movimento rápido Dilan se aproximou do meu rosto e continou sustentando meu olhar de forma calma. Meu coração acelerou ao ponto de senti-lós pulando nas orelhas e fazendo eu perder o ar que me restava. Uma de suas mãos se aproximou do meu rosto e eu jurei que algo dentro de mim tinha acabado de morrer. - Bobinha. - Falou com um sorriso bobo nos lábios, tocando meu nariz com a ponta dos dedos e pegando com cuidado Smuff de meu colo. Fiquei paralisada observando o menino acariciar o cão de forma calma, minhas bochechas estavam queimando, junto ao meu pescoço. Meu corpo simplesmente não me respondia. Parte de mim tinha vontade de agredi-lo, mas a grande maioria estava afundada em um mar de vergonha e vontade de sair pulando pela janela.

Tudo culpa do comportamento infantil do Dilan, do imprevisível Dilan...

Quando já não aguentava mais prender a respiração, finalmente consegui respirar de maneira profunda e pesada, fechei meus olhos e passei a mão na parte fazia do sofá de forma calma. Joguei a cabeça para trás e respirei mais fundo ainda tentando arrumar coragem para abrir os olhos e encarar o menino que eu podia sentir que estava me olhando.

- Você quer falar algo? - Perguntei abrindo os olhos e encontrando Din com a cabeça jogada para trás e perto de mais do meu rosto. Joguei o corpo para longe dele no impulso por causa do susto e de imediato consegui senti minhas bochechas começarem a queimar. Encarei o menino com a minha respiração pesada, o mesmo tinha o mesmo sorriso travesso de um tempo atrás nos lábios e seus olhos brilharam com a pergunta.

- Mas é claro que sim, Mestra.

"Seu lixo com cabelos sedosos."

Minhas batatas com gosto de cebola! Eu peço mil milhões de desculpas por ter demorado TANTOOO para postar ( na verdade foram uns dias, porém para mim é muito.) o motivo foi porque eu tive um bloqueio criativo TwT. Lamento muitão, mas aí está o capítulo 7! Espero que vocês tenham gostado! Não se esqueçam de votar e comentar, Beijão!❤✨

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