AINDA NA FESTA
OLIVER JAMES
- Levantem seus copos cuecas e calcinhas! Já passou de meia noite a horas! - Alice gritou subindo em cima do sofá já bêbada, atraindo a atenção de todos que levantaram os copos. Gritos animados foram ouvidos.
Todos bebemos nosso copo, a música se possível mais alta que antes. Eu precisava ir ao banheiro então comecei a caminhar para a escada sabendo que o banheiro é lá em cima.
Assim que cheguei a primeira coisa que vi foi um cara tentando beijar o pescoço de uma garota.
Mas pela roupa eu pude reconhecer. Não era qualquer garota. Era Stacy.
Stacy o empurrava. Sou conhecido por ser extremamente calmo mas naquele instante eu senti meu sangue ferver.
- Me solta, idiota! - Ela rosnou irritada
- Você tá surdo, merda? - Pergunto me aproximando. O cara virou pra me olhar e Stacy aproveitou para erguer o punho fechado e socar seu maxilar.
Eu observei surpreso. O cara começou a caminhar pra trás não acreditando que Stacy fez aquilo. Mas na verdade ainda tinha mais, ela levantou o joelho e acertou bem no meio das pernas dele.
- Não é não, ou quer que eu desenhe? - Ela exclamou
- Vai se foder, vadia! - Ele Vociferou irritado e ia descendo, passando por mim.
Eu segurei sua camisa, olhando dentro de seus olhos deixando claro que eu não estava pra brincadeira
- Ouviu o que ela disse? - Perguntei irritado
Ele estreitou os olhos irritado, se soltou e saiu andando. Voltei meus olhos para Stacy que estava passando a mão em seu vestido amaçado.
Eu nunca vi uma garota batendo em alguém. Mas eu paro para pensar e lembro que não é qualquer garota. É Stacy.
- Você está bem? - Me aproximei
- Não preciso que se intrometa onde não é chamado!
- Eu não me intrometi, você fez todo o trabalho. - Eu encostei na parede com as mãos no bolso, se possível admirado por ela ser ela.
Ela colocou as mãos na cintura me encarando. Seu olhar passando por meu pescoço, meu rosto, de forma demoradamente.
É quase eletrizante a energia que tinha no ar sempre que estávamos sozinhos.
- Voce é pior que carrapato, todo lugar que eu vou você tá junto. - Ela Disse, encostando na parede a minha frente. Quase como se não quisesse sair de perto de mim pra não perder um só segundo daquela energia que tínhamos.
- Eu só vim usar o banheiro.
- E tá esperando o quê? - Perguntou de braços cruzados
- O que você tá esperando? - Refiz sua pergunta
- Tô meio bêbada e resolvi tomar um ar.
- No corredor? - Franzi a testa deixando óbvio que eu não acreditava.
Ela passou a língua pelos lábios. Enquanto seu olhar varria meu corpo descaradamente.
Eu conheço aquele olhar.
Ela tá pensando na nossa noite. Mas especificamente no nosso sexo quente.
- Está pensando na nossa noite, Stacy? - Perguntei atrevido. É claro em seu rosto que sim, mas eu não podia deixar de provocar uma resposta.
Stacy abriu um sorriso atrevido. Ela deu dois pequenos passos se aproximando de mim no pequeno corredor. Quando ela estava bem perto de mim ela sussurrou próxima da minha boca:
- Como sabe?
Eu passei a língua pelos lábios admirando seus olhos brilhando ao seguir meus movimentos. Porra, eu amo admirar essa mulher.
Com agilidade eu segurei em seus braços e a virei, encostando ela na parede onde eu estava encostado. Mas dessa vez sem saída.
Minhas mãos aos lados de sua cabeça, fechando ela. Enquanto ela sugava seu ar com profundidade.
- Eu penso todos os dias quando meus olhos caiem diante do seu.
- Você pode fazer melhor do que isso. - falou
Eu aproximei o rosto do seu, beijando sua bochecha. Inspirando seu delicioso cheiro. Afastei poucos centímetros apenas para olhar seu belo rosto.
- Te prender nessa parede me faz lembrar os instante em que eu entrei e sai de dentro de você.
Ela ofegou
- O que mais?
aproximei os lábios de sua orelha
- Eu lembro da sensação de meter bem fundo. De me deliciar com seu delicioso corpo. De fazer você gemer meu nome.
- Como exatamente? - Olhou fundo em meus olhos. Sua mão ligeiramente na minha barriga, descendo. Stacy colocou a mão dentro da minha calça, da minha cueca.
- Você sabe como. - Eu ofeguei ao sentir sua mão me apertando.
- Oliver - Ela gemeu no meu ouvido - Gosta quando faço isso?
Sua mão delicada fazia vai e vem, ainda dentro da minha cueca. Sua boca se aproximou da minha, eu via o tesão no seu olhar. Stacy beijou minha boca com fervura.
Excitação.
Desejo.
Luxúria.
O fogo entre nossos lábios era único. Rapidamente ela tirou sua mão de mim e alcançando meus fios, puxando. Eu puxei suas pernas fazendo a mesma entrelaçar elas em mim. Eu levantei Stacy apertando sua deliciosa bunda por debaixo daquele vestido branco.
Eu quero sentir sua boceta apertando meu pau. Quero sentir ela arranhando minhas costas. Quero ver ela me dominar assim que eu dominar ela.
- Eu te quero, Oliver - Ela disse ofegante - Agora. Eu quero você dentro de mim, agora.
Minha mão alcançou sua calcinha umida, eu ofeguei em seus belos lábios assim que meus dedos alcançaram sua umidade. Prontinha para mim.
E eu teria continuado.
Até porque eu estava duro pra caralho e queria aquilo demais. Eu precisava daquilo, precisava dela.
Precisava ver ela gozar meu nome pela sua boca sem parar.
Mas eu me toquei que nossas bocas estava com um gosto forte de álcool. E eu não havia bebido tanto assim.
Ela está bêbada.
Eu parei. Stacy me encarou confusa
- Não assim.
- O que está falando?
- Você está bêbada, Stacy.
- Mas eu ainda estou com consciência.
- Mesmo assim. - soltei ela, suspirando. Stacy me encarava perplexa, eu conseguia ver as chamas de raiva em seu olhar.
Ela arrumou o vestido e saiu andando como se nada tivesse acontecido, mas eu podia sentir a raiva domando seu corpo.
- Não acha melhor ir embora? Você parece bêbada demais.
Uma parte de mim estava louco que ela fosse fazer alguma besteira com algum outro casa. No entanto eu não podia negar que também estava preocupado.
- Se você não me quer eu acho quem queira. - cuspiu olhando pra trás
Puxei seu pulso
- Vou te levar embora.
- Uma porra que vai!
- Se você tivesse em outras condições tudo bem. Mas você está bêbada!
- Isso não é da sua conta. Me solta.
- Vai embora comigo.
- Já falei que não, me solta agora!
Eu suspirei sabendo que nem bêbada nem Sã Stacy faria o que eu quero. Sabendo que não me restava escolha eu sabia perfeitamente bem o que fazer.
- Sinto muito, Simmons.
- Sente pelo o que... MAS QUE PORRA, ME SOLTA JAMES.
Eu levantei Stacy a colocando por cima dos ombros. Stacy desferiu socos por minhas costas enquanto eu abaixei seu vestido o suficiente pra tampar sua bunda e a carreguei como um saco de batatas para o andar de baixo.
- ME SOLTA, INFERNO!!!!
As pessoas riam bebadas ao me ver carregando Stacy por entre corpos suados para fora da casa.
- Que isso, Oliver? - Anelise questionou confusa e descabelada de tanto dançar.
- Ela está bêbada demais.
- Toma - Me deu uma chave - tranca ela no nosso quarto. Eu chego daqui a pouco.
- ANELISE!!! - Stacy gritou irritada
- Tchau, amiga. Bons sonhos! - Anelise riu e se misturou entre as pessoas.
- VACA! MALDITA! VADIA! AAAAAI! - Ela gritou assim que eu bati na bunda dela. Saímos da casa e só quando estávamos quase no fim da rua, afinal, eu tinha ido a pé para a festa, eu a coloquei no chão.
Stacy ficou em pé com os cabelos bagunçados me olhando brava
- Você não tem o direito de fazer isso! - Rosnou
- Não tenho mesmo. Mas já fiz. - Falei calmamente
- Eu vou voltar. - disse pronta para dar meia volta
- Stacy - Rosnei deixando a calma de lado por um segundo - Deixa de ser teimosa, porra!
Ela me encarou surpresa. Eu virei pronto para continuar andando. A cada passo que eu dava mais o som da festa ficava pra trás.
Logo em seguida eu ouvi seus passos ao meu lado. Apesar de estar me seguindo ela não escondia a insatisfação.
- Vou te deixar no seu dormitório.
- Eu sei ir sozinha.
- Não ligo. Eu disse que vou deixar.
Ela suspirou pesadamente. Andamos por um bom tempo em silêncio, até que eu resolvi quebrar o silêncio com uma curiosidade
- Como anda você e Travis Bentol?
- Ele anda com as pernas dele e eu com as minhas. - Respondeu afiada
Foi inevitável não rir
- Sabe o que eu quis dizer.
Ela suspirou
- Por que diabos as pessoas pensam que só porque eu fico com um cara, independente de ser na frente de todos ou não, eu estou namorando ele?
- Eu não penso isso.
- Muitas pessoas pensam.
assenti
- Não tô 100% bêbada, Oliver. Acho que não chego nem a 60%.
- Mais ainda sim, está.
- Me tirou da festa pra eu não transar com algum idiota?
- Talvez.
- Por que ? Eu fiz isso com você lembra? Quatro meses atrás quando você chegou em mim de maneira estúpida.
Eu sorri lembrando
- Você se lembra como eu cheguei em você?
- Você disse algo relacionado ao meu corpo. Sinceramente que jeito bosta de chegar em alguém.
- Eu geralmente não chego assim nas garotas.
- Claro - Ironizou
- Tô falando sério - Eu disse, olhando ela nos olhos
- Então porquê chegou em mim daquele jeito?
- Acredite, Simmons. Naquela festa quando eu cheguei e te vi na cozinha tudo que eu pensei era em como chamar sua atenção sem ser idiota. Enquanto você ouvia a garota na cozinha falando de um cara com uma expressão de quem não tinha nada melhor pra fazer eu cheguei a conclusão que só sendo um idiota de verdade que eu chamaria sua atenção.
- Não muda o fato de que você conseguiu o que queria.
- Na verdade não. Eu ainda não consegui nem 10% do que eu quero com você.
Paramos em frente ao seu dormitório, Stacy foi entrando e eu fui atrás
- Tá me seguindo por quê? - Perguntou subindo os degraus, meus olhos fitando sua deliciosa bunda. - Você tá olhando minha bunda, James ?
Se virou para mim, no topo da escada
- Claro que não.
Ela revirou os olhos andando pelos corredores até entrar em um e ir indo até o final. Ela estendeu a mão pedindo pela chave que Anelise me deu. No segundo que abriu e entrou ela foi logo tirar o tênis
- Deus do céu, estou acabada. - Disse, ela tirou seu par de tenis com calma só então me notando ainda na porta.
- Eu vou indo. Melhor você trancar a porta. - Eu Disse pronto para ir embora, mas sua voz inusitada me chamou
- Oliver - Disse, eu a encarei - Quer ficar aqui?
- A gente não vai transar, Stacy. Não hoje. Não agora.
Ela bufou
- Eu não quero transar com você. Tô perguntando se você não quer ficar aqui pra não ficar sozinho no apartamento e eu não ficar sozinha aqui.
Não neguei minha expressão de surpresa. Mas também não pensei muito sobre, afinal o que eu conheço de Stacy Simmons é que quando ela quer algo ela é direta naquilo.
Então eu entrei e sentei numa cadeira ao seu lado da cama
- Deita na cama da Anelise. - Disse apagando a luz e se embrulhado na própria cama
- Por que não na sua? - Perguntei sorrindo descaradamente
- Porque não gosto.
- Já está com sono, Simmons?
- Esqueci completamente que amanhã cedo tenho que ir pra clínica. - bocejou olhando pro teto
- Você trabalha em uma clinica? - Perguntei curioso e talvez esperançoso de conhecer ela mais.
- Clínica veterinária. - Disse - Se quiser ir lá pra eu te dar banho, afinal cachorros merece atenção em especial.
Eu ri
- O que você faz nessa clínica?
- Trabalho.
- Com o quê?
Ela suspirou pensando se contava ou não. Até que resolveu abrir a boca.
- Cuidando de cachorros abandonados, achados nas ruas. A gente cuida deles, oferece amor e carinho e esperamos que alguém os adote.
- Achei que não acreditava em amor.
- É diferente. Os animais são diferentes. Os humanos deveriam dar mais valor a eles. Cuidar, interagir. Nada se compara ao olhar carinhoso de um animal para você. Independente se é um cachorro, gato, hamster...
- Você parece gostar do que faz.
- Eu gosto. Amo ir para a clínica todos os dias, lá de alguma maneira não é um trabalho, é um lugar onde eu me sinto em paz.
- Eu não vou ficar por muito tempo - Falei vendo a mesma fechar os olhos - Só o tempo de você dormir, então eu vou embora.
- Como você quiser. - Disse suspirando, quase se entregando a um sono profundo. - Oliver?
- Sim?
- Se quiser ir lá um dia.
- Onde?
- Na clínica.
Eu sorri
- Pode dormir, Stacy.
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