Peças Elementais

De starrgaryen

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Nebraska Cartell, a garota dos cabelos branco como a neve e os olhos azuis como o gelo, não se sente pertenci... Mais

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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7

Capítulo 6

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De starrgaryen

Haviam se passado dois dias, desde que eu acordara na Enfermaria do ''Instituto'' aquele cujo eu não tinha permissão de explorar.

Minha única companhia era a Enfermeira Cecília, uma mulher de uns 30 anos, rechonchuda e que adorava ignorar todas as minhas perguntas sobre o mundo elemental.

Mas ela me entretinha, contando sobre sua família, e sua vida no Instituto, reclamando sobre como todo o santo dia, alunos vinham e iam com novos machucados como: queimaduras, galos na cabeça devido a pedras lançadas uns nos outros e que tomavam todo seu dia.Desde o dia em que eu chegara aqui, não havia visto nenhum aluno.

Cici diz que, por causa de meus machucados, eu havia sido colocada em outra parte do Instituto, longe da enfermaria dos alunos. Afirmação da qual eu não acredito.

Dove não me visitara nenhuma vez desde o dia em que acordei, e por um momento o medo de ela ter sido decapitada ou enforcada por seus ''crimes'' me atingiu como um tiro, mas duvido que as coisas sejam feitas dessa forma aqui...bom... eu esperava que não.

Perdida em devaneios com o provável motivo de Dove não ter vindo falar comigo desde então, quase não ouvi, quando alguém bateu na porta, impacientemente.

Me levantei rapidamente, provavelmente seria ela com um belo pedido de desculpas e mais informações sobre o mundo elemental.

Mas quem atravessou o portal era alguém totalmente desconhecido, e que fez um frio descer pela minha espinha e se instalar na base das minhas costas.

Uma mulher alta, loura, usando um terninho bem cortado e um olhar matador parou ao lado da minha cama, sem fazer o menor esforço para sorrir. Ela me analisou e uma leve vergonha me invadiu sob seu olhar superior, eu estava parecendo uma enferma naquela cama.

Fiz como se fosse me levantar mas a mulher já estava falando.

''Não será necessário'' murmurou se aproximando mais de mim enquanto me encarava, vi um lampejo de reconhecimento em seus olhos mas fora tão rápido que me perguntei se não havia sido apenas algum efeito de luz.

Ela pareceu perceber que estava encarando a tempo demais e disse:

''Meu nome é Zarina, sou a responsável por esse Instituto.'' Ela ainda me encarava, com um olhar superior.

''Hmm... meu nome é Neb...''

''Eu sei quem você é'' ela me interrompeu impacientemente.

''O conselho está quase travando uma guerra por sua causa, não se fala de outra coisa!'' Disse mais para si mesma do que para mim.

Ela suspirou cansada, como se fosse o trabalho dela impedir que o tal conselho entrasse em guerra, e que o trabalho todo estava caindo sobre suas costas.

''Tudo bem,isso não vem ao caso. Você recebeu alta... será realocada no alojamento ainda hoje''

Ela me encarou por mais um tempo como se estivesse tentando se comunicar telepaticamente comigo, vendo que eu não era capaz de entender sua mensagem ela grunhiu:

''Se arrume, eu já estou atrasada!''

E saiu batendo a porta.

Me levantei em um pulo, sentindo dolorosamente o lugar onde o cão havia me mordido.

Fiz o possível para não estragar os curativos de Cecília ao enfiar uma calça jeans rapidamente, coloquei uma blusa escrita ''I love waffles'', quem pode me culpar? Sou fã da Eleven.

Peguei minha mochila e sai em disparada, ao passar por Cecília, que estava meio em choque parada no meio do corredorzinho, falei:

''Obrigada Cici!'' Ela fez uma expressão emburrada pelo apelido usado mas me lançou um sorrisinho, reconhecendo o agradecimento.

Ao abrir as grandes portas de madeira escura da Enfermaria 2.0. Demorei um pouco para me ajustar a pouca iluminação do corredor, enquanto a Enfermaria era muito bem iluminada, o corredor era cheio de sombras e a pouca luz fazia o corredor ter um aspecto medonho.

Observei a arquitetura do corredor, muito parecida com uma igreja gótica que eu havia visitado com o colégio, um ano atrás.

As paredes eram de pedra, em estilo gótico, e vitrais escuros se estendiam por todo o corredor.Lustres enormes estavam dispostos por sua extensão.

A luz que entrava pelas janelas escuras, não era suficiente para iluminar todos os cantos do corredor, mesmo com a ajuda dos lustres. Então, grandes sombras escuras se formavam a cada canto, dando um ar misterioso e medonho ao lugar.

Zarina estava parada em um canto enquanto arrumava seu terninho perfeito, seus olhos eram super escuros e entre ser encarada por eles ou ter que passar 24 horas em algum daqueles cantos sombrios eu preferia os cantos.

''Vamos logo, você está me atrasando'' Ela se apressou pelo corredor e tive que correr um pouco para acompanha-la, sofrendo um pouco pela perna.

''Teve sorte de sobreviver, sabia? 90% das pessoas que são mordidas por um Canis daquele tamanho, geralmente não sobrevivem.''

Ela murmurou como se soubesse que eu estava mancando logo atrás dela.

''Como sabe?'' perguntei.

''Sei o que?'' pude perceber pelo seu tom que suas sobrancelhas estavam franzidas e uma expressão de deboche residia em seu rosto.

''Qual era o tamanho do tal canis'' falei, por um momento achando que tivesse gaguejado, pelo olhar repreendedor que Zarina me lançou.

''Dovenna falou para todo o Instituto sobre o Canis'' Ela pronunciou o nome de Dove como se fosse menos que lixo, e depois de processar a informação eu assenti.

''O que vai acontecer com ela??''perguntei baixinho, com medo de sua resposta.

''O conselho vai julga-la, talvez ela seja exilada ou morta, eu prefiro a segunda opção'' Disse como se estivesse me contando o que comera de café da manhã, suas palavras fizeram meu estômago se retorcer desconfortavelmente.

Permanecemos em silêncio por todos os corredores, as palavras de Zarina sobre a possibilidade de Dove morrer eram como um martelo sendo martelado repetidas vezes contra meu cérebro, por mais que ela tenha mentido para mim a vida toda, ela ainda havia me salvado e era a única pessoa que me lembrava de minha antiga vida, da qual eu nunca mais poderia retornar.

Me amaldiçoei mentalmente por ainda me importar tanto com ela.

Chegamos a uma encruzilhada,e percebi que passamos um bom tempo andando, e de que eu não fazia a menor ideia de como voltar para a enfermaria se precisasse.

Quatro túneis, cada qual possuía desenhos e símbolos rabiscados em volta dos portais que me deixaram um pouco tonta ao encará-los.

''Vai ter de seguir sozinha a partir de agora , tem alguém te esperando na outra ponta'' E sem indicar qual caminho eu deveria seguir, ela simplesmente virou uma esquina, indo embora. Quando eu me esforcei para segui-la, ela já havia desaparecido.

Nenhuma placa indicava qual caminho levava ao meu alojamento, e por um momento de pânico me perguntei como será que eles dividiam os alunos.

Quatro caminhos, não poderia ser em meninas e meninos.

E logo me lembrei do discurso de Morgana, ela havia mencionado os quatro elementos, terra, fogo, ar e água.

Me aproximei do primeiro portal, e pude ver mais de perto os símbolos, que continuavam a me dar dor de cabeça e a me deixar tonta, quando eu os encarava por tempo demais.

Imagens de uma figura humanoide que eu julguei serem fadas, graças as delicadas asinhas que saiam de suas costas, estava gravadas na pedra, junto a várias imagens de tornados e nuvens.

Ao tentar me aproximar de sua entrada, senti uma brisa gelada invadir meus ossos.

Caminho errado.

Fui até o próximo portal, e encarei seus símbolos.

Várias representações de um animalzinho, parecido com uma lagartixa, mas pintada de vermelho e laranja,estavam gravadas na pedra cor de areia, e ao adentrar mais, pude sentir o calor que emanava daquele caminho, errado, caminho errado novamente.

O próximo caminho era feito de terra, e o cheiro de plantas e terra molhada emanava daquele túnel, não precisei olhar para as gravuras para perceber que aquele túnel provavelmente daria ao alojamento dos elementais da terra, como Dove.

Já agoniada pela lembrança de que Dove poderia ser morta por seus ''crimes'' me adiantei ao próximo túnel, o único que eu conseguia encarar os símbolos sem ter dor de cabeça e tonturas.

O único que parecia relativamente, certo.

Admirei os desenhos marcados na pedra, a mesma mulher que estava em minha tatuagem, residia em quase todos os cantos livres do portal, além de representações de ondas e tempestades.

Passei pelo portal, adentrando a escuridão. Ouvindo o barulho de água pingando.

Tateei as paredes a procura de algo que acendesse alguma luz para que eu pudesse ver o caminho a frente, mas tudo que meus dedos encontraram foram pedra molhada.

Parei e considerei, se eu continuasse, e fosse morta por qualquer coisa que morasse naqueles túneis seria uma bela merda.Mas, eu não tinha para onde ir, nunca tive um lugar em que eu pertencesse realmente, e aquele túnel parecia tão.... certo...

Então ignorei todos os meus instintos que diziam para que eu corresse de volta para a segurança de minha ''casa'' em Princeton, e adentrei o túnel escuro de cabeça erguida.

*

A umidade do túnel deixou meus cabelos e pele, pegajosos. Fazia uns bons 10 minutos que eu estava caminhando, e o túnel apenas descia.

Senti as teias de aranha se enroscarem em meu braço e o balancei freneticamente, sempre odiei aranhas.

Eu não conseguia mais ver a luz da ponta da qual sai, quando finalmente ouvi o barulho de água corrente.

Virei uma esquina e portas duplas me receberam.

Altas e arredondadas na parte de cima, recheadas de adornos de metal em formato de ondas.

Meio sem jeito, bati a porta, sem saber exatamente o que me esperava do outro lado.

Minha perna doía e suor escorria pela minha pele.

A porta se abriu, e o lado de dentro era relativamente escuro e uma luz azulada saía de algo atrás da garota que bloqueava o portal.

Era alta, morena, os olhos eram puxados e um sorriso residia em seus lábios.

''Você parece um porco indo para o abate'' ela exclamou e me puxou para dentro, rindo.

Agora eu entendi de onde vinha toda aquela umidade. Um rio fino passava pela ''caverna'' e luz refletia nele, iluminando o cômodo precariamente.

Aquilo era uma caverna.

Ao longo das paredes molhadas, adornos de todos os tipos a decoravam.Ganchos repletos de roupas estranhas, armas, outros objetos estranhos que não reconheci... tudo fincado na pedra.

No canto mais ao sul, longe do rio. 3 beliches de metal estavam encostados na parede.

Apesar de úmido e estranho, era... confortável.

A garota que abrira a porta me olhou, ainda sorrindo, esperando minha aprovação. Assenti e ela deu gritinhos.

''É incrível, não?'' Ela disse enquanto abria os braços e dava uma volta pelo lugar.

Era, era incrível.

''Vem, vem conhecer o resto do pessoal!!'' A garota me puxou para o extremo norte da caverna onde alguns pufes estavam dispostos ao redor de uma mesinha de centro, abarrotada de cartas.

Ao me verem, os quatro levantaram, 3 garotos e uma garota, eles logo abandonaram o jogo de cartas e vieram me abraçar como se fôssemos melhores amigos.

Dominique, Kaleb e Lis... e a garota que abriu a porta, Ariane.

E finalmente, senti como se estivesse no lugar certo, apesar de ter chegado até aqui por caminhos difíceis.

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