Amor em Chamas: O Contrato

By hadassahya

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Apesar de ser herdeira, Hellena se tornou uma garota de coração humilde e solidário após passar por algumas s... More

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By hadassahya

{ HELLENA POINT OF VIEW }

Já faziam cerca de três semanas que eu estava atuando no cargo de Diretora de Operações do Imperius Shopping. Eu estava na minha sala, vestia uma calça de alfaiataria preta com cinto e uma blusa social branca e calçava um scarpin preto. Estava sentada e digitava um rascunho para um planejamento estratégico de vendas para aquele mês. Me surpreendia em ver que eu aprendia tudo com facilidade, agradeci mentalmente por não rejeitar a fazer todos os Workshops e cursos sobre administração de empresas que meu pai me sugeria enquanto eu estava na faculdade de Nutrição, mesmo cursando algo totalmente fora do padrão que ele queria para mim, ele dava um jeitinho de garantir que um dia eu estivesse preparada para assumir a empresa. E tudo aquilo me estava sendo muito útil naquele momento.

Ouvi alguém bater na porta e disse para entrar. Minha secretária, Ashley, uma mulher de cabelos castanhos enrolados que parecia ter aproximadamente a minha idade, entrou pela porta.
— Sra. Hellena, você tem uma reunião com a equipe de Marketing em 5 minutos. — Ela disse e eu lancei para ela um sorriso de agradecimento. Quando comecei a trabalhar na Imperius eu cheguei a pensar que demoraria a me acostumar em ter uma secretária, mas em pouco tempo já havia percebido que na verdade eu estaria perdida sem ela, inclusive, perderia essa reunião. E muitas outras.
— Certo! Estou indo. — Eu disse, salvando o rascunho do documento no computador e me levantando para me dirigir até a sala de reuniões.
O cargo de diretora de operações de uma empresa era ainda mais pesado do que eu imaginava. O Sr. Suller, como presidente da empresa, participava apenas das reuniões mais importantes, mas todas as outras era eu quem substituia a presença dele. Então algumas decisões importantes eram tomadas por mim, eu cia que era preciso muita confiança para estar naquele cargo. A cada dia eu entendia mais por que o Sr. Suller havia me aceitado no lugar de Liam tão facilmente, realmente com a falta de maturidade e responsabilidade de Liam, ele devia temer colocar o futuro das mãos da preciosa empresa dele na mão do filho insensato.
Mas as vezes, no fim do dia eu me pegava pensando se realmente estava valendo a pena assumir este cargo para me vingar de Liam, pois eu sempre chegava em casa extremamente exausta e mal tinha tempo para ajudar na Ong, no Asilo e no Orfanato. Além do mais, Liam andava estranhamente quieto, eu mal o via e quando nos esbarrávamos pela casa ele simplesmente me deixava em paz. Eu achava o comportamento dele suspeito mas eu é que não ia questionar.

Ao sair da empresa fui direto para casa, desejando apenas um banho quente e um prato de espaguete ao molho branco. Assim que cheguei em casa fui para o banho e deixei a água cair sobre mim, me relaxando completamente. Depois desci para a cozinha para resolver o desejo por espaguete. Geralmente pedíamos comida ou comíamos fora, até eu sabia cozinhar, desde pequena gostava de ver a cozinheira da minha casa trabalhando e quando era tarde da noite e ela não estava, as vezes eu me arriscava em receitas do youtube. Os pais de Liam disseram que era muito arriscado ter uma cozinheira em tempo integral, ela poderia observar coisas, soltar informações sobre o casamento e tudo poderia desmoronar. Então naquela noite eu decidi me aventurar na cozinha pela primeira vez e preparei o macarrão.

Eu terminei de comer e me surpreendi, havia ficado bem melhor do que eu esperava. Tinha que me lembrar de agradecer a Tia Sol por me ensinar algumas coisas, da próxima vez que eu fosse na casa do meu pai.

Estava em meu quarto quando ouvi a porta ao lado, do quarto do Liam, bater. Então soube que ele havia chegado em casa. Como eu sempre suspeitara, ele realmente passava muito tempo na academia, e neste horário costumava voltar de lá. Eu fazia o máximo que podia para evitar ele, afinal só de olhar para ele eu me irritava, mas ultimamente como ele estava andando meio estranho e silencioso, ele não estava me dando muitos motivos para eu me estressar. Ainda me lembrava daquele estranho dia em que ele foi até o Orfanato e depois disse que tinha ido conhecer o local e fazer uma doação. Eu ainda não tinha acreditado no que ele disse mas tinha decidido deixar para lá, porém o mais estranho é que exatamente no dia seguinte realmente tivemos uma doação anônima de um valor bem alto. Eu não sabia se havia sido ele, mas simplesmente não fazia sentido para mim existir qualquer traço de bondado em Liam. Pensava que talvez ele estivesse tentando articular um plano onde ele fingiria ser "bonzinho" para de alguma forma amolecer meu coração e me fazer ceder o cargo para ele. Isso explicava por que ele não estava mais me provocando. Eu deveria desmascarar ele, afinal ninguém sustenta uma máscara por tanto tempo. O que eu poderia fazer? Pensei em convidar ele para fazer alguma atividade manual no Orfanato, se ele realmente se importasse com as crianças não hesitaria em aceitar. E se ele aceitasse para se fingir de bonzinho, eu ficaria de olho nele para ver como ele agiria. Parecia a forma perfeita de pegar ele no pulo.

Eu ouvi a porta do quarto de Liam se abrindo novamente, então esperei alguns minutos e saí do meu quarto. Desci as escadas e ignorei a presença de Liam ao passar pela cozinha, me sentei no sofá da sala e liguei a TV, comecei a passar o catálogo da netflix. Liam bebia um copo de água enquanto eu pensava em formas de puxar assunto para chegar onde eu queria. Mas para minha sorte, antes que eu dissesse algo ele falou primeiro:
— Eu te convido a se retirar pois eu vim assistir TV primeiro . — Ele disse, eu revirei os olhos. Ele caminhou até a outra ponta do sofá e eu me senti meio estranha por estar sentada no mesmo sofá que ele.
— Desde que eu me lembre, eu também moro aqui, então eu tenho liberdade para ficar onde eu quiser, e neste momento eu quero ver TV. — eu disse.
— Você pode usar seu notebook, no seu quarto. — ele disse sorrindo como se estivesse me apresentando uma ótima solução.
— Mas eu quero ficar aqui e usar essa enorme TV. — contra-ataquei.
— Tudo bem, pode ficar. Mas eu também não vou sair. — Ele disse.
— Eu não me importo. — eu disse, continuei passando pelo catálogo.
- Está começando a apreciar minha presença? Isso é ótimo. - Ele disse com ironia.
- De forma alguma, se eu pudesse eu estaria bem longe de você. - falei sem tirar os olhos da tela. Eu gelei quando ele se moveu no sofá para mais perto de mim.
- Não ouse! - Eu praticamente gritei, olhando para ele e apontando o controle para ele como se fosse uma perigosa arma. Eu sorriu de uma forma irritante.
- Tem medo da nossa proximidade? - Disse ele ainda com um sorriso irritante no rosto.

Eu revirei os olhos e já sentia falta de todas aquelas semanas sem comunicação. Tentei pensar em algo para chegar ao assunto que eu queria, mas não sabia como. Continuei passando o catálogo.

— Você vai ficar passando esse catálogo pra sempre e não vai escolher nada? Me passa o controle. — Ele disse erguendo a mão.
— Não, eu não confio nas suas escolhas. Até por que eu já vi você assistindo alguns programas bem chatos aqui. — indaguei com os olhos na tela.
— Então você fica me observando pelos cantos? Interessante. — Ele disse. Eu olhei para ele e ele ainda estava com aquele sorriso estranhamente malicioso no rosto. Eu exagerei em uma expressão de nojo e ignorei a provocação, eu sabia bem que ele só brincava daquela forma para me irritar.
- Não desta forma. Eu só te observo o suficiente para conhecer meu inimigo. - eu disse.
- Me considera um inimigo? essa doeu Helleninha. - Disse Liam levando a mão no coração de forma teatral. Eu olhei para ele com uma sobrancelha erguida quando ele disse "Helleninha". Não sabia se era melhor ou pior que "gracinha". Mas não contestei pois eu já o conhecia e sabia que se eu demonstrasse irritação ele usaria aquilo mais vezes contra mim. Aquela conversa já estava me cansando então decidi ser mais direta para onde eu queria chegar.
- Bom... depende. Se você realmente tiver feito uma doação para um orfanato. Nós não seríamos mais inimigos, mas amigos de causa. - Eu disse tentando soar convincente.
— Você realmente ainda não acredita na minha doação? — questionou ele.
— Definitivamente não! Na verdade eu acho que você é um risco para crianças. — Eu disse. Esse assunto pareceu chamar a atenção dele, que me olhava atentamente.
— Eu não faria mal a uma criança. — Ele pareceu tão sincero que eu quase acreditei, olhei para ele e parecia ter algo diferente em seus olhos azuis.
— Aposto que você nem gosta de crianças. — eu disse rindo.
— Eu não tenho contato com crianças. Mas isso não é verdade. — disse ele. Eu notei que ele parecia querer se defender, ele estava se dedicando mesmo ao seu papel de bonzinho.
- Hm, então você está me dizendo que se importa com crianças carentes? - Eu disse tentando fingir que estava caindo no papinho dele.
- Eu passei a me importar quando os vi de perto. - Ele falava, desta vez olhava para baixo e parecia perdido em seus pensamentos. Eu limpei a garganta chamando a atenção dele.
- Então prova. - Eu disse.

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