"ɪ ᴡɪʟʟ ɴᴇᴠᴇʀ ʟᴇᴀᴠᴇ ʏᴏᴜ."
- ᴘ.ᴏ.ᴠ. ɴɪɴᴀ -
ᴋᴀᴍᴀʀ-ᴛᴀᴊ, ᴋᴀᴛʜᴍᴀɴᴅᴜ, ɴᴇᴘᴀʟ
Não esperamos muito para passar pelo portal que Stephen criou no meio da sala da Torre, e com um breve aceno, nos despedimos dos demais, seguindo por ele (coisa que levou segundos), parando diretamente na sala central do local que a muito tempo eu não pisava os pés. Kamar-Taj.
- É sempre estranho passar por portais. - resmunga Wanda, ao meu lado, e eu não posso deixar de concordar com ela.
Estou prestes a declarar o quanto compartilho da mesma opinião, quando um outro resmungo chama nossa atenção.
- Wade? - encaro o mascarado, que misteriosamente aparece atrás de nós, junto com outro ser-humaninho que conhecemos bem. - Peter?
- Oi, Nininha! - Wade acena, e Peter o imita.
- O que vocês dois estão fazendo aqui? - os encaro, ainda sem entender como esses malucos estão aqui.
- Nós viemos ajudar você, é claro. - o mascarado responde. - Aliás, só para constar, eu concordo com a bruxinha ali - aponta para Wanda. -, é estranho passar por postais.
- Não que isso signifique que não é legal. - Peter acrescenta.
Me viro para Wanda, que assim como eu os encara com incredulidade, e claro, não podemos descartar Stephen que nesse exato momento esta com os olhos semi-cerrados sem entender nada.
- Como diabos vocês atravessaram o portal sem que percebessemos? - a feiticeira tira as palavras da minha boca.
- Todo nosso espírito de espiões nos ajudou. - Wade da ombros, para depois apontar para onde Wong estava. - Ah, e ele também.
E quase que instantaneamente,nossas cabeças se viraram para Wong, que estava com um sorriso de lado familiar até demais no rosto.
- Wong? - Steph o chama, pedindo satisfações, contudo, antes que ele tenha a chance de se explicar, uma cena inusitada acontece.
Virando o corredor que dava acesso a sala central, entra ninguém menos, ninguém mais, que um Wong sorridente, fazendo com que nossos cérebros (ou ao menos o meu) se embolassem em meio a confusão.
Quando, em um momento que eu jamais pensei que presenciaria, o Wong que acabou de aparecer, para perto de nós, tudo que ele consegue fazer, além se arregalar os olhos e abrir a boca em um perfeito "o", é perguntar:
- Mas o que diabos esta acontecendo aqui?
- Deixa eu ver se entendi. - respiro fundo, para tentar raciocinar direito tudo que aconteceu. - Você, achando ser uma ótima ideia nos enganar, se passou pelo Wong, dizendo ter mudado de ideia sobre vir junto conosco - me refiro a mim, Wanda e Stephen. -, sendo que o Wong verdadeiro estava pacientemente nos esperando aqui, apenas para que não tivéssemos como nos opor a ideia da sua digníssima pessoa em Kamar-Taj, porque, de acordo com você, não teríamos outra opção, uma vez que você já esta aqui. Sem esquecer que além de tudo, ainda trouxe essas duas criaturas - aponto para Wade e Peter, que me olham indignados. -, junto com você. - termino meu monólogo, suspirando profundamente antes de encara o deus a minha frente. - Que tipo de ideia foi essa, Loki Laufeyson?
- Uma ótima ideia visto que deu certo. - ele sorri de lado, me fazendo bufar. - E só para deixar claro, os idiotas ali - me imita, apontando para os dois. - só estão aqui porque, de alguma maneira, viram quando eu me transformei no mago sem cabelos e ameaçaram contar a você.
- O mundo é dos espertos, camarada. - Wade debocha, fazendo Loki revirar os olhos. - E também, não seria justo só você vir.
- É. Nós também queríamos ajudar a Nina. - Peter pontua. - Estamos aqui apenas para isso.
- E pela bagunça também. - Wade completa, recebendo um olhar nada agradável de Stephen, que depois me encara de novo.
- Não ache que poderá fazer algum tipo de besteira por aqui, senhor Wilson. Aliás, nenhum de vocês poderão. - ele aponta para os outros, e logo se vira para mim. - Resolva isso, Nina. Eu ofereci abrigo a vocês duas, não aos três patetas. - ele diz. - Agora se me dão licença, eu verei como o templo está. - completa, saindo juntamente com Wong (o verdadeiro agora.), a passos firmes e duros.
Steph estava zangado, e eu não tiro a razão dele, de jeito nenhum. Afinal, Kamar-Taj, apesar de tudo, é um lugar que exala calmaria e tranquilidade, e obviamente, ter os três - Loki, Wade e Peter - aqui, é tudo, menos calmo e tranquilo.
No fim, eu e Wanda ficamos para dar a bronca. E a feiticeira, entendendo isso, se aproximou de mim, respirando fundo também.
- Eu cuido das duas crianças e você do deus? - ela pergunta, me fazendo assentir. - Ótimo. - se vira para eles. - Os dois comigo. Agora. - os chama, fazendo-os ir até ela em uma velocidade incrível, provavelmente por notar a expressão nada feliz da feiticeira, e antes de saírem da sala totalmente, Wanda se vira, olhando de Loki para mim. - Boa sorte.
E eu iria precisar.
Loki e eu fomos para uma sala separada do templo, onde poderíamos conversar com mais privacidade.
Claro, isso se nós estivéssemos conversando alguma coisa, já que faz quase meia-hora que eu consigo apenas encarar o deus da trapaça.
- Você vai ficar suspirando e me encarando por quanto tempo exatamente? - ele pergunta, depois do silêncio.
- Até entender qual parte do seu cérebro foi responsável por essa ideia. - respondo, mau-humorada. - O que exatamente você tinha na cabeça para pensar em algo assim, Loki?
- Em você. - ele diz, simplesmente. - Minha cabeça estava em você, assim como meus pensamentos.
- Palavras bonitas não vão te livrar, Laufeyson.
- É a verdade. - ele da ombros. - Eu disse para você que onde você estiver, é onde eu devo estar. Não estava brincando, Nina. Não podia deixar você vir sozinha, não sem mim.
- Pensei que de todas as pessoas você seria a principal a entender que eu tenho a capacidade de fazer isso.
- E eu entendo. - ele diz, se aproximando. - Entendo, de verdade. Sei que pode e vai fazer isso sem ajuda. Mas você deveria saber que eu faço questão de estar ao seu lado. - completa, se aproximando mais, me analisando de uma maneira que por um momento, parecia que ele estava olhando meus pensamentos mais profundos. - Você não esta tão zangada por que eu vim, Nina. - ele diz, de repente, depois de me analisar por alguns instantes. - Você sabia que eu daria um jeito de vir, mais cedo ou mais tarde. Me diga porque esta zangada, Nina.
- Não sei do que está falando. - cruzo os braços, na defensiva, de repente me sentindo um pouco exposta por saber que ele me conhece de uma maneira assustadora.
- Sabe sim. - afirma. - Me diga, querida, o porque de estar tão zangada comigo. - ele pede, me encarando e fazendo eu me remexer no lugar.
E ele espera, pacientemente, enquanto penso sobre confessar agora ou demorar mais sobre o porque realmente estou tão na defensiva com ele. No fim, seu olhar insistente acabou vencendo.
- Pensei que tinha me deixado. - confesso, de repente me sentindo boba e insegura, como uma adolescente, enquanto fico com a cabeça baixa. - Você não apareceu, e eu não sabia onde estava, então pensei que tinha ficado tão chateado com a minha decisão a ponto de ir embora. - completo, me sentindo ainda mais estúpida, depois de parar para pensar em tudo que ele fez para estar aqui comigo.
Loki fica em silêncio por alguns minutos, e eu simplesmente não consigo olhar em seus olhos, porque nesse momento, a ideia de parecer tão tão exposta quanto ao que senti, faz com que eu me sinta uma idiota.
- Olhe para mim. - ele pede, e eu exito em fazê-lo. - Querida, olhe para mim. - diz, colocando a mão suavemente em meu queixo, me fazendo olhá-lo. - Nina, eu quero você entenda uma coisa. - começa. - Eu jamais deixaria você. Nunca seria capaz de fazê-lo, porque desde que entrou na minha, você se tornou a pessoa mais importante para mim. Se tornou minha luz, em meio a toda a escuridão que me meti nesses anos todos, e eu não quero que pense que algum dia eu serei capaz de deixar você, porque essa é a ideia mais absurda que eu já ouvi em toda a minha vida. E por mais que eu já tenha abandonada muitas pessoas na minha vida, você não será uma delas, porque a minha fidelidade é total e incondicionalmente sua.
E como sempre, o deus da mentira me emociona com sua sinceridade. Irônico, não?! A pessoa que, para a maioria, parece ser a que menos é digna de confiança, é a que eu mais confio.
- Sinto muito. Acho que eu apenas me assustei com a sua ausência, e isso fez com meus pensamentos me levassem a isso. - suspiro. - Eu não sei como, Loki, mas você se tornou minha âncora no meio disso tudo, e o pensamento de não ter você ao meu lado, mesmo que seja apenas para dizer que me apoia, me assusta. Me deixa apavorada. - confesso. - E por mais que a ideia original fosse vir sozinha, ter você aqui, agora, me deixa mais confiante.
- Isso quer dizer que você gostou da surpresa? - pergunta, sorrindo de lado.
- Não exatamente. - digo. - Você poderia simplesmente ter me dito que viria comigo.
- O mago não iria permitir. - ele revira os olhos. - E como ele, praticamente, manda em tudo aqui, seria inútil eu me impor como a feiticeira fez. Acredito que ele apenas deixou que ela viesse porque, de alguma maneira, ele gosta da relação de vocês duas.
- Somos shippaveis. - dou ombros, vendo ele me encarar sem entender. - Esqueça. - digo. - Você sabe que vai ter que aguentar o mau-humor de Steph, não é?! Ainda mais por ter trazido aqueles dois malucos junto com você.
- Eu meio que não tinha escolha. - ele diz, me fazendo encará-lo com a sobrancelha erguida. É claro que ele tinha escolha. - Eles se importam com você tanto quanto eu, Nina. - fala, vendo meu olhar desconfiado sobre ele. - Seria injusto não trazê-los quando tudo em que pensam é ajudá-la.
- Você esta ficando mole, deus da trapaça. - digo, sorrindo de lado, o vendo revirar os olhos. - Não sabia que se importava tanto com os sentimentos de meros midgardianos.
- A mulher que mora em minha mente e meu coração é uma linda midgardiana. - ele diz, e eu posso ter me derretido com suas palavras. Mas só um pouquinho.
- Você é surpreendentemente romântico, Loki Laufeuson. - digo a ele.
- Eu sou um deus, querida - começa, sorrindo de lado. -, ser surpreendente esta na minha natureza.
- Você é um convencido, isso sim. - reviro os olhos. - Agora vamos, deus de natureza surpreendente, temos um mago furioso para acalmar, e eu ainda tenho que dar uma bronca nos meninos.
- Pensei que a feiticeira cuidaria deles.
- Que espécie de amiga seria eu se não desse ao menos uma bronca naqueles cabeças-oca? - pergunto, já me desvencilhando de Loki, e indo em direção a porta.
- Acredito que antes disso, temos uma pendência. - ele diz, me fazendo parar.
- Pendência? - o olho confusa, e antes que eu possa ter qualquer outra reação, o deus me puxa para seus braços, grudando nossos lábios em um beijo, ao qual, o obviamente retribui, mesmo instante, me fazendo perder o ar. - Então- começo, ofegante quando nos separamos. -, essa era nossa pendência?
- Fiquei quase um dia inteiro longe de você e isso foi torturante, então eu acho justa uma recompensa. - da ombros, pegando minha mão. - Agora, vamos. - diz, indo em direção a porta.
- E você por acaso sabe onde devemos ir? - pergunto.
- Eu sou um deus, é claro que... - para, parecendo pensar. - Bem, talvez eu precise de uma guia. - ele diz, me fazendo rir.
- Vamos, grande deus da trapaça. - o puxo para a saída. - Esta na hora de você conhecer Kamar-Taj.
" Ｔｏ ｂｅ ｃｏｎｔｉｎｕｅｄ..."
ʜᴇʟʟᴏ ᴊᴜᴍᴘᴇʀs
ᴇsᴘᴇʀᴏ ǫᴜᴇ ᴛᴇɴʜᴀᴍ ɢᴏsᴛᴀᴅᴏ.
ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴇᴍ ᴍᴜᴜᴜɪᴛᴏ. ᴇ ᴠᴏᴛᴇᴍ ᴍᴜᴜɪᴛᴏ, ᴘᴇʟᴀs ʙᴀʀʙᴀs ᴅᴇ ᴢᴇᴜs.
- ᴡɪᴛʜ ʟᴏᴛs ᴏғ ᴋɪssᴇs ᴀɴᴅ ʟᴏᴠᴇ, ᴘ.