[DEGUSTAÇÃO] Lucca - Série Do...

Autorstwa DudaGomes22

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•LIVRO 6 DA SÉRIE• "Ele deseja a única mulher que não pode ter." Lucca Pozzani, sub-chefe da máfia italiana... Więcej

SINOPSE
PRÓLOGO
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Agradecimentos e avisos

Capítulo 2

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Autorstwa DudaGomes22

Olaaaar!
Voltando ao normal depois de 15 dias seguidos com enxaqueca! Boa leitura, meus docinhos!

.•. DIAS DEPOIS .•.

LUCCA

Estou conversando com uma adorável amiga quando a vejo entrar na casa do Salvatore com Leonel. Antonella tem os cabelos presos em um penteado, usa joias que atraem o olhar de qualquer pessoa e os lábios pintados de vermelho são a imagem da tentação. Ela não me vê, mas eu continuo observando-a.

— Me ouviu, Pozzani?

Perdonami, bonita. — Beijo a sua mão. — Preciso resolver um pequeno problema. Scusi.

Estou quase alcançando os dois quando Ettore se atravessa na minha frente.

Che cazzo stai... (Que porra está...)

— Impedindo você de fazer alguma merda, Pozzani — rosna. — Se mantenha longe dela, não se brinca com instintos.

Desvio o olhar para Antonella e passo a mão nos cabelos, bebendo toda a dose de uísque de uma só vez. A quinta delas.

— Você está certo. — Bufo. — Vamos arrumar esposas... logo.

— O que acha de espanholas?

Caliente — digo a única palavra que sei em espanhol, sorrindo. — Me piace. (Me agrada.)

Olho para o topo da escada da casa e vejo Enzo se aproximar com sua bela esposa. Kiara está com um sorriso no rosto, mas sei o quanto a situação a desagrada.

Buona Notte, amigos — Enzo começa. — É muito bom tê-los aqui na nossa casa e é bom estar de volta, apesar do momento triste que Muccini viveu.

É inevitável, olho para Antonella e noto o seu olhar perdido, ela parece triste. Então, seu olhar se ergue, encontrando o meu. Meu coração parece voltar à vida, se aquecendo dentro do peito. Pensei que isso tivesse passado com todos esses anos que estive no Brasil, mas me enganei.

Sorrio para ela, admirando-a. Um simples ar de riso surge no seu rosto e desaparece tão rápido que minha mente não é capaz de guardar para si. Ela não é a minha Antonella. Por fim, desvio o olhar para ver o discurso do chefe.

— Mas hoje é um dia alegre, eu e minha esposa queremos anunciar que estamos esperando uma criança. — Toca a barriga da esposa e a encara, sério. — E queremos partilhar a nossa alegria em gerar herdeiros para a Famiglia... faremos prosperar!

Todos erguemos as taças e copos e esperamos o garçom subir com uma bandeja até os dois. Kiara pega uma taça com água e Enzo pega a taça com champanhe.

Brindiamo! (Brindemos!) — Muccini puxa, erguendo a taça.

— Vamos, quero cumprimentar a nova mãe da Famiglia. — Pisco para Ettore.

— Você não tem jeito, figlio di puttana. — Ele sorri. — Vamos de uma vez.

Olho para Kiara no topo da escada e detenho Ettore quando a vejo trocar um olhar com Antonella. Ela sabe.

— A esposa da máfia é muito mais esperta do que aparenta — Ettore alfineta. — Enzo está tendo trabalho com ela.

Dio santo, Ettore.

Vou seguir para o casal, que desce as escadas, mas Ettore me detém novamente, quando Muccini se aproxima antes de nós. Rizzi passa por nós com a esposa e nos cumprimenta. Deixamos que os dois casais parabenizem o chefe e a esposa para nos aproximamos em seguida.

— Salvatore! — Me aproximo e olho para Kiara. — Devo parabenizá-la novamente, senhora?

Ela ri pela minha brincadeira, o que me faz ganhar um pouquinho de moral com ela, e Ettore faz cara feia ao meu lado.

— Mais respeito — o consigliere resmunga.

— Você é muito sério, Ettore. — Dou de ombros. — Não está vendo? Ela está sorrindo.

— Dio santo, calem a boca — Enzo diz, com um ar de riso, mas sei que quer nos matar também. — Vocês precisam de esposas... rápido.

Sei que se precisar dele, estará lá. Somos muito mais do que somente cargos na Famiglia, formamos um laço de amizade, apesar de não demonstrarmos muito isso.

— Não vou me casar com uma menina da Famiglia, Salvatore — abaixo o tom de voz. — Quero peitos suculentos... preciso de uma mulher. Falaremos sobre isso amanhã, pensei em uma das filhas de um dos capos da Espanha.

Ettore segura forte o meu braço, me repreendendo e eu abro um sorriso junto com Kiara, que parece se divertir com as minhas piadas. Ela nunca nos havia visto dessa maneira, creio eu.

— Barbieri, retire este infeliz da minha frente. — Enzo está sorrindo. — Amanhã, quando o efeito do álcool passar, trataremos sobre isso.

Meu amigo me afasta do casal e eu sorrio, adorando a pequena diversão. Pego mais uma dose de uísque com um garçom que passa e Ettore a toma da minha mão.

— Me devolva meu copo, porra.

— Pare de beber, Pozzani.

— Eu vou me divertir. — Pego o meu corpo de volta. — Com licença.

    
ANTONELLA

De longe, depois de cumprimentar e parabenizar Enzo e Kiara, fico observando Tiziana Martinelli jogar o seu veneno para Kiara. Pego uma taça de champanhe e peço licença para Leonel, que acena lentamente com a cabeça, me olhando de forma dura.

— Estão com inveja — digo, me aproximando. — Queriam as suas filhas casadas com o chefe, mesmo sendo tão novas.

— Jamais me casaria com uma criança — o chefe comenta, parecendo bravo. — Procuraria uma esposa em outras Famiglias que negociam conosco.

— Temem que Kiara possa ser um mau exemplo — continuo.

— Não sou eu quem fico fofocando pelos cantos.

— Vejo que estão se dando bem. Vou deixá-las. — Vira-se para a esposa e beija a sua testa antes de sussurrar: — Não revide provocações.

Penso no que Leonel faz comigo e sinto a angústia voltar a me corroer. Dever, é o meu dever seguir com isso... principalmente agora que ele resolveu manter o casamento mesmo sabendo o meu problema.

— Está tudo bem? — ela pergunta.

— Sì. — Abro um sorriso, disfarçando a minha tristeza. — Vamos achar um lugar para sentarmos.

— Claro. O que está achando da festa?

— Tudo está perfeito, sua casa é muito aconchegante.

— Obrigada.

— Fico feliz pelo seu bambino ou bambina. — Escondo a minha dor, me acomodando em um sofá. — Muito bom ver a Famiglia prosperar.

— Obrigada, eu... — Kiara silencia, olhando em direção ao marido. — Mas o que é aquilo?

Volto o meu olhar na direção em que ela está olhando e vejo Tiziana conversando com Salvatore. Oh, Dio, ela já está de pé novamente e parece uma onça pronta para o ataque. Seguro o seu braço e volto a ficar de pé.

— Não deve se meter...

— Sim, eu devo, Antonella — diz, sutil. — É o meu marido, não vou assistir aquela mulher dar em cima dele e não fazer nada.

Kiara afasta o braço do meu e segue na frente. Ainda assustada com a ação nada comum, sigo a mulher, querendo evitar um desastre na sua primeira festa com a Famiglia.

— Algum problema aqui, Enzo? — aborda, parando entre os dois.

O chefe engole em seco rapidamente e ergue o olhar para mim. Me mantenho quieta, apenas acompanhando a senhora da máfia.

— Tiziana estava se desculpando pelo mal entendido e já estava indo conversar com as amigas.

Meu coração se alivia quando Kiara cede, abrindo um leve sorriso para a esposa Martinelli. O casal se entreolha por alguns instantes e isso me faz lembrar que Salvatore estava indo falar sobre negócios.

— Vamos, Kiara? — chamo. — Ainda não me contou como trabalhava usando dança.

— Vá com ela esposa, se divirta.

— Você também.

Seguro a mão dela e a guio de volta para onde estávamos. Rapidamente, meu olhar procura Leonel e Lucca, encontro apenas o meu marido. Solto um suspiro e sorrio, me concentrando na minha nova amiga.

— O que quer saber sobre dança?

— Sua profissão é linda. — Dou um breve gole na taça. — Me conte um pouco sobre como fazia.

— Eu dava aulas em uma academia no Brasil, amava o meu trabalho... mas veio todo esse turbilhão de coisas e eu fui obrigada a largar tudo.

— Imagino que sim... você não sabia mesmo de nada?

— Não... Rodrigo me escondeu tudo e muito bem.

— Ele era um bom homem. — Sorrio, querendo confortá-la. — Muito sorridente... não conheci muito, mas pelo que pude, era um homem bom.

— Ele era perfeito... eu o amava muito.

Toco a mão dela que está sobre as suas pernas, sentindo-me um pouco melhor. Leonel passa para o escritório com Enzo e eu não consigo esconder o meu arrepio de medo. Meu marido pode contar tudo a Salvatore e querer acabar o casamento.

Acalme-se, Antonella! Ele não se prestaria a isso, Leonel não fará.

— Está nervosa, Antonella?

— Hum? — Olho para Kiara, que tem uma expressão preocupada. — Não, está tudo bem.

— É o seu marido? Você pode me contar...

Non — enrijeço. —, Leonel é um capo de respeito.

Kiara silencia, apenas balançando a cabeça e eu noto que me precipitei com ela. Santa Vergine, não posso perder uma amiga.

Perdonami — peço, envergonhada. —, estou acostumada com as mulheres querendo prejudicar umas às outras.

— Não posso dizer que entendo, porque não quero aproximação com nenhuma delas.

Abro um leve sorriso, vendo algumas mulheres da Famiglia conversarem, nos olhando discretamente.

— Não quis ofender. — Encolho os ombros. — Fico muito sozinha e não sei muito bem lidar com isso.

— Então façamos assim... Pode vir à minha casa quando quiser para conversarmos, se sentir vontade.

— Mesmo?

Seria uma saída para as coisas que a minha cabeça cria e dos dias que sinto a vontade insuportável de tirar a minha própria vida. A senhora Salvatore pode ser a amiga que eu nunca tive. Por algum motivo, eu confio nela.

— Claro, sempre que quiser. — Alguém a chama e ela fica de pé. — Preciso ir, com licença.

— À vontade. — Também fico de pé. — Vou dar uma volta pelo jardim.

Trocamos um aperto firme nas mãos, formando uma cumplicidade, e eu sorrio comigo mesma. Por fim, vendo-a se afastar, pego outra taça de champanhe e tomo o caminho para a porta de vidro que me guia até o jardim.

A iluminação é boa, o que deixa o jardim ainda mais bonito e vivo. Vejo algumas pessoas conversando e dando risadas, mas não me aproximo de ninguém. Prefiro apreciar a noite um pouco e a brisa fria que vem com ela. Bebo um gole da minha nova taça e sinto a minha pele arrepiar.

Buona notte, senhora Muccini.

A voz me faz paralisar, ele é inconfundível.

— Lucca — murmuro. — Buona notte.

Para diante de mim com um leve sorriso no rosto. É a primeira vez que nos falamos desde a sua chegada... a primeira vez em anos e o meu coração ainda reage da mesma forma. Uma pena eu não ser mais a mesma Antonella de antes.

Ele pega a minha mão livre e a leva aos lábios com delicadeza. O toque quente faz um calafrio tomar a minha espinha. Puxo a mão com delicadeza, querendo evitar um conflito se Leonel resolver aparecer.

— O que faz aqui sozinha? — Passa a mão nos cabelos.

— Precisei de ar... estava sufocada lá dentro.

Ficamos em silêncio, meu coração está disparado. Então, ele começa a cantar a música que está tocando dentro da casa, me fazendo abrir um leve sorriso.

— Senti falta das nossas músicas e da nossa dança típica... a Famiglia precisa fazer uma festa durante o dia.

... gosto de assistir.

Stai bene? — Franze o cenho, fazendo o meu coração acelerar ainda mais.

— Não devia estar aqui.

Perché? — Se aproxima. — Você...

— Pozzani, o chefe solicita a sua presença. — Ettore se aproxima e olha para mim. — Senhora.

— Barbieri — cumprimento, sorrindo.

— Com a sua licença. — Lucca me encara firmemente.

Apenas aceno com a cabeça levemente, sentindo o meu corpo trêmulo, um pouco nervosa.

— À vontade.

Quando ele se vai, é como se eu estivesse vivendo a mesma cena de anos atrás. Lucca sendo obrigado a esquecer o nosso casamento, tendo que me deixar. Ele foi o único, em toda a minha vida, que me tratou como mais que somente um útero a ser leiloado.

Santa Vergine — murmuro para mim mesma. — Dai-me forças.

— Antonella — Leonel chama. — Venha dançar comigo.

Olho para a expressão dura do meu marido e sorrio, fingindo felicidade para que os presentes não notem. Seguro a sua mão e ele me guia de volta para dentro da casa. Alguns casais dançam, animados, ao som da nossa música típica e o meu marido para diante de mim para começarmos a dançar.

Busco em mim todo o ânimo que me foi forçado a esconder e começo a dançar, enquanto Leonel bate palmas, me rodeando. A música alegre preenche o meu coração, o aquecendo. A única coisa que me alegra um pouco é a nossa cultura que tanto amo.

Stai bella — Leonel elogia.

Grazie — murmuro, ainda sem acreditar no que ouvi.

Continuamos dançando e eu tento não errar os passos quando noto Lucca nos observando. Penso na nossa breve conversa e sinto o meu coração se apertar no peito, mas mantenho o sorriso no rosto enquanto danço com o meu marido. Olho de lado e noto Kiara batendo palmas no ritmo da música, mas apenas assistindo. Um dia irei ensiná-la.

Olho para a sua barriga e sinto uma pontinha de inveja; sem nenhuma intenção para o mal, é claro, mas é inevitável. Poderia ser um jantar meu de revelação da gravidez... talvez Leonel melhorasse comigo. Oh, Dio, preciso tirar isso da cabeça juntamente com Lucca Pozzani ou isso pode causar uma guerra dentro da Famiglia.

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